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História Don't Belive in Fate. - It's Your Fall


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Oi Genty, já vou me desculpando pela sexta, mas eu estava na estrada e o cap, ainda não estava totalmente pronto, então venho a esta hora da madruga posta-lo pois acabo de finalizar, beijos
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Capítulo 27 - It's Your Fall


Me virei deitando com as costas na cama completamente exausta e pela respiração ofegante Samantha estava do mesmo jeito, olhei para o lado e observei seus pés deslizando um no outro e sorri, ela fazia isso quando estava relaxada. Passei as pontas dos dedos em seu tornozelo e ela o encolheu.

—Eu preciso dormir, por favor — fingia implorar e eu ria, ela tinha dito isso mais cedo e teve mais dois orgasmos depois disso.

 Me apoiei na cama e voltei a cabeceira.

—Não sei do que está falando, pode dormir.

A morena me olhou com os olhos semicerrados como se não acreditasse no que eu estava dizendo.

—Eu sou inocente

—Claro, uma inocente e estonteante ruiva, de um corpo tentador e um apetite sexual voraz. —Ela disse a ultima palavra num tom de rosnado e eu ri.

—É difícil não ser, você me excita apenas por respirar ao meu lado. —Falo sorrindo e puxo seu corpo para mais perto do meu.

—Eu tenho que trabalhar amanhã, lendo e relendo textos chatos se eu não dormir agora vou acabar desmaiando em minha mesa.

—Tudo bem —revirei os olhos— mas só porque não quero a Joy pegando no seu pé

—Obrigado você é muito compreensiva —ela ria— agora vem cá.  —Me puxou pra mais perto e com uma mão em minha coxa puxou minha perna por sobre a sua.

Sorri e acariciei seu rosto por um instante, mesmo com pouca luz ela tinha os olhos mais lindos que já vi e sorri a admirando.

—Eu amo você. —ela disse depois de um suspiro preguiçoso

—Eu também amo você.

#

Acordei fazendo careta pro despertador que me tirava de um sonho muito bom, alguma coisa com filhotes de cachorrinhos, e antes que eu alcançasse o aparelho Samantha o desligou com um tapa e uma cara engraçada. Rindo a abracei afastando os fios do seu rosto.

—Bom dia

— Nada de bom dia eu ainda tenho uma hora para dormir.

— Tá bom, vou deixar você dormir

—Ah não fica comigo, já não se exercitou bastante até a madrugada.

Ela me olhava com os olhinhos pequenos, mas um sorriso travesso e eu ri.

—Você venceu —voltei a me aninhar em seus braços e fiquei pensando  como eu era sortuda em tê-la comigo.

 

POV Samantha

Subi as escadas e cheguei ao último andar sem perder o fôlego, eu tinha pegado o jeito, toquei a campainha e Elliza demorou um pouco para atender quando ia tocar de novo a porta se abriu.

Uma Elliza de olhos avermelhados e rosto ainda úmido me atendeu.

—O que houve amor? A abracei forte

—Meus pais estão aqui

—Fazendo o que? O que aconteceu?

— Estávamos conversando, na verdade ainda estamos —ela suspirou e não precisou continuar

—Nem peça para eu ir embora porque eu não vou. — falei quando ela fez sinal de se afastar

—Eu não vou pedir isso, mas eu tenho que terminar essa conversa com eles e a sós.

—Eu fico no escritório, tenho que pegar umas coisas — falei tirando o Pen drive da bolsa— mas tem certeza que ta tudo certo?

Ela fez que sim.

Acompanhei Elliza pelo hall até a sala e vi o casal sentado no sofá, Martha tinha um olhar tão perdido que nem me viu e Richard apenas me cumprimentou com o olhar e fiz o mesmo antes de entrar no escritório e fechar a porta. Abri o notebook sobre a escrivaninha e me sentei, eu tinha planejado ir mais cedo do que o combinado para pegar as fotos originais do evento para Joy, algo simples em que eu não conseguia me concentrar. Fui até a porta.

Minha mãe me disse várias vezes que era feio ouvir a conversa dos outros, claramente não foi o bastante.

— ...Você tem noção da guerra que suas filhas travam dentro de sua própria casa? Você ao menos sabia que estávamos ali?

A voz de Elliza não estava excessiva, mas o silêncio total dos outros e o tom acusador dava essa impressão.

—Ninguém nos ensinou a amar uma a outra e ser ignorada por você apenas nos fazia brigar mais uma com a outra pela sua atenção em vão é claro. Papai não tinha tempo de nos passar isso também já que estava ocupado em compensar a sua falta realizando todos os nossos desejos, isso quando não estava evitando que nos machucasse em nossas travessuras uma com a outra.

—Não seja ridícula Liza. — Martha se manifestou.

—Eu ridícula? Você não sabe e nem se interessou em saber de nada que se passava fora do seu escritório.

Ficaram em silêncio por um instante.

—Sabia que quando eu tinha cinco anos a Maggie tentou me afogar na banheira? Que ela colocou bichos mortos na minha cama durante a noite, e que ela falava pra todo mundo na escola que eu não era sua irmã. —O nervosismo está explícito em sua voz— E hoje eu também a entendo, ela já não tinha a atenção que merecia quando era só ela e não aceitaria dividi-la. Eu não estou a culpando porque também fiz coisas ruins com ela. A única que eu culpo é você era por sua causa que fazíamos isso, para ter de você nem que fosse um sermão pelas nossas travessuras e nem isso tivemos de você.

—Eu sei querida, mas vocês se deram bem com o tempo não foi? —Ouvi a voz de Richard pela primeira vez.

—Não pai, nós não nos demos bem, apenas desistimos de brigar por algo que nunca teríamos e o que nos duas tivemos durante muito tempo não era mais do que uma empatia por termos o mesmo sangue, eu a amei mais estando longe dela do que quando a tinha por perto.

Outro instante de silêncio.

—Ao contrário dela eu nunca consegui superar o fato de nunca ter tido uma mãe como as das minhas amigas, de ter que esperar os aniversários e datas comemorativas para ganhar um abraço ou um sorriso que fosse de você, nunca superei o jeito que você tratava o meu pai como também nunca entendi como ele conseguiu ficar ao seu lado e mesmo depois da gente crescer e sair de casa. Muito menos superei a vontade imensa que eu tinha de ser filha de qualquer um de nossos empregados porque eles sim me tratavam como você nunca tratou. — Elliza tinha voz de choro novamente.

Outro silêncio e eu queria abrir uma frestinha para ver o que estava acontecendo.

—Querida eu não sabia... — Martha se manifestou novamente.

—Não sabia por que nunca se interessou, porque se tivesse ao menos olhado para nós saberia e não me chame de querida porque você nunca me quis bem. —a voz se alterou e não consegui mais ficar escutando.

POV Elliza

 

Senti as lágrimas queimarem meu rosto e depois o toque de Samantha em minhas costas.

—Amor tá tudo bem acho que ela já entendeu. —A morena entrelaçou a outra mão na minha e eu não me importei, na verdade deixei de me importar com o que eles pensavam desde o início dessa conversa.

Samantha apertou minha mão e me passou o olhar seguro que me acalmava, mas aquilo ainda não tinha terminado.

—Não ela não tem essa capacidade.

—Elliza Jane —ela se levantou e pela primeira vez me encarava de verdade— sinto muito que seu relacionamento com sua irmã não tenha sido como você queria e que me culpe por isso,  sinto muito que minha obsessão pelo trabalho e minha carreira tenha feito tão mal a vocês duas. entendo que queira me ferir com isso. — apontou para nossas mãos entrelaçadas com desprezo— mas você é uma mulher adulta agora não precisa fazer esse tipo de coisa para chamar minha atenção.

Eu ria sem nenhum humor ela estava mesmo dizendo aquilo?

—Você acha que eu estou com a Sam para atingir você? —Ela não respondeu.

—Você não tem ideia do quanto me destruiu emocionalmente, antes dela eu não acreditava no amor eu nem achava que fosse ser amada um dia, que dirá ter a capacidade de amar. Se minha própria mãe não me amou quem amaria? E eu me achava tão parecida com você como eu poderia um dia ser capaz de amar?

—Amor. Oh por favor, você fala como uma adolescente boba — minha mãe voltou a se sentar respirando os olhos— você sempre foi uma boa menina, sabe que isso é errado ao olhos de deus e não vai te fazer bem.

Respirei por um segundo tentando entender  o que se passava em sua cabeça, e a raiva queimava meu estômago, junto com um sentimento de abandono e rancor.

—Sabe o que não me fez bem? Ter você como mãe, pode ter sido um exemplo de mulher na igreja, ser realizada profissional e financeiramente e fazer inveja a suas amigas, mas como mãe você fracassou o que você acha que Jesus pensa disso? E se tem uma pessoa que me faz bem é ela.

Levantei a mão de Samantha unida a minha,  ela se recusava a sair do meu lado. Pensei novamente no que ia dizer e o quanto as lembranças em minha mente me assombravam.

—Ah Alguns meses eu fui vitima  de uma tentativa de assalto — senti o corpo de Samantha se enrijecer assim que comecei a falar— dois homens me pararam sozinha a caminho da casa de uma amiga, eu estava sozinha porque minutos antes eu tinha brigado com meu amigo porque ele usou seu nome   pra dizer que você não aprovaria minha relação com uma mulher.  — apontei para mulher que me olhava altiva em seu terninho branco— Nós brigamos e eu decidir ir sozinha e cai na mão daqueles dois animais pervertidos que não queriam só o meu carro e sabe se lá o que eles teriam feito comigo se a Sam não tivesse chegado, os dois agora olhavam para a morena ao meu lado, um dos caras tinha uma faca e ela não hesitou em lutar com ele desarmada para me salvar. Ela me protegeu, ela cuidou de mim. Ela foi a melhor coisa que já me aconteceu e não apenas por ter salvado a minha vida, mas por me fazer amar e me mostrar que por mais que eu me pareça eu não sou você.

Eles agora esse entreolhavam mudos e Samantha limpava as lágrimas que fugiam de seus olhos.

—Vamos Richard —minha mãe se levantou após um tempo se entreolhando— precisamos ir.

Ele a acompanhou e eu os segui com os olhos. Ela parou diante de mim e pela primeira vez pensei ter visto compreensão em seus olhos ela olhou para Samantha e depois saiu sozinha. Meu pai também parou a minha frente me encarando com o mesmo olhar doce de sempre e ao contrário dela pegou minha mão livre entre as dele.

—É uma pena que a conversa que achei tão necessária para vocês tenha acabado dessa forma, eu sei agora como foi tudo tão difícil para você mesmo que eu não aprove o jeito como falou com sua mãe, mas acho que ela precisava saber como você se sente e eu espero mesmo que não sofra mais com isso. —Olhou para Samantha e depois novamente para mim— Enfim eu estou orgulhoso da mulher que você se tornou.

—Ah papai... —Eu o abracei

—Você pode ter crescido, mas será sempre minha garotinha.

Após nós separarmos do abraço demorado, meu pai observou Samantha por alguns segundos que para mim foram uma eternidade.

—E você... —meu coração palpitou— Obrigada por cuidar da minha menina.

Samantha sorriu num misto de alivio e felicidade quase como o meu, e Richard nos sorriu de leve antes de sair.

—Eu ainda não estou acreditando que você contou pra eles? — ela perguntou quando me viu escorregar na porta que abara de fechar.

—Muito menos eu.

—Como você decidiu falar?

—Eu não decidi, na verdade eu não planejei nada dessa discursão, eu apenas queria saber como a Maggie estava.

A morena me olhava com um sorriso inacreditável, e eu ainda estava pensando em como tinha chegado aquele desfecho, mas tínhamos uma sensação em comum, a de um peso tirado das costas.

 

 

 


Notas Finais


;)


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