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História Don't Belive in Fate. - You, me and... Him


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


E como eu disse, em fim capítulo 28 ufa!
E eu o dedico a todos vocês em especial as leitoras:
~Cielely_Alves, ~mell1ss4 e ~Jclara obrigada por pegarem no meu pé e pelas mensagens, não sabem o quanto é importante para mim saber que se importam.

Capítulo 28 - You, me and... Him


POV Samantha

As semanas passaram e aos poucos o sorriso que eu tanto amava voltou aos lábios de Elliza. A conversa com os pais dela parecia ter sido superada apesar de não tocarmos muito no assunto.

No começo da semana eu recebi uma ligação animada de minha mãe sobre uma viagem que ela e meu pai fariam, me enganei ao pensar que ela estava apenas me avisando.

—E você ganhou um fim de semana inteirinho na Califórnia com seu irmão. — tive que rir.

—Mãe eu não posso ir pra casa.

—Ah querida da um jeito, você ainda tem aquela folga?

—Tenho, mas...

—Ótimo, nos vemos no fim de semana. E ah! Traga a Elliza para o seu pai conhecer.

—Mãe..

—Beijos, Filha.

E três dias depois cá estamos nós no saguão do JFK esperando nosso vôo às 23:45. Elliza estava impaciente e ansiosa, mesmo que não tivesse motivo para tudo isso e que eu a tranquilizasse sobre meu pai, não adiantava.

Antes que minha mãe dissesse para leva-la comigo eu já pensava em faze-lo, sabia que seria bom pra ela ter contato com uma família digamos, diferente da dela, eu torcia para que ela se sentisse como eu, amada.

POV Elliza

Eu olhava pela janela do avião ainda um pouco sonolenta, Samantha tinha acabado de me acordar porque pousaríamos logo. Meu olhar perdido escondia o frio na barriga, ou pelo menos era o que eu pensava.

—Tudo bem amor? — Samantha perguntou tocando meu braço.

—Uhum — sorri

Ela me encarou por um instante e desviou o olhar colocando o cinto como a aeromoça pedia.

—Não vejo a hora de chegarmos, o pessoal deve estar todo no aeroporto nos esperando.

Meus olhos se arregalaram involuntariamente, meu queixo caiu e no outro segundo Samantha riu como se tivesse acontecido a coisa mais engraçada do mundo, e percebi que ela só queria ver minha reação.

—Samantha! — repreendi fingindo socar seu braço.

—Ai —riu— Amor você fez uma cara assustada tão linda.

— Pare de rir.

— Está com medo da minha família? Não se preocupe a pior você já conheceu: Minha mãe

—A Lore é um amor.

—Então você vai adorar os outros, relaxa, meu pai e meu irmão não mordem.

6:48 anunciava no saguão do aeroporto por onde eu seguia Samantha que conhecia o local.

—Estão ali. — ela disse eu tentei encontrar quem ela mostrava seguindo seu olhar.

Mas não deu tempo, logo um homem moreno e alto a abraçava pela cintura quase a tirando do chão, um garoto bronzeado de olhos claros os observava e ria como eu.

—Como está a minha garota?

—Bem pai, bem. —ria—

—E você deve ser Elliza. —e como da primeira vez em que vi Lore, sua esposa, ele me abraçou antes que eu pudesse estender a mão, não foi demorado quanto o dela, mas tão bom quanto.

#

Depois de mais ou menos uns quinze minutos, nos quais tentei participar de uma conversa sobre times de baseball, sem muito sucesso é claro, viramos em uma rua e o cheiro de mar ficou mais forte, pensei em comentar, mas é claro que aquilo só era incomum para mim ali. Fiquei observando as lindas casas uma ao lado da outra, brancas em sua maioria e num estilo clássico praiano. Tudo chamava à atenção dos meus olhos destreinados, os jardins cheios de cores, as casas e os tons de verde e azul do mar mais ao fundo delas. Mais alguns minutos a distância entre um imóvel e outro aumentava e a velocidade do carro diminuía até pararmos a entrada de uma casa de dois andares de estilo clássico e pintada em tons pastel, o jardim era com certeza o mais lindo que já vi.

Ao entrarmos pude constatar que a casa era tão aconchegante por dentro quanto aparentava por fora.

—Mãe? —Samantha chamou assim que fechou a porta atrás de nós.

—Ai estão vocês! —A versão loira e baixinha da minha namorada vinha do que deveria ser a cozinha. —como foram de viajem?

—Bem mãe e você como está? —perguntou num abraço longo

—Ah eu estou ótima querida

E antes que largasse a filha ela já me sorria.

—E você está cada vez mais linda —sorri para o abraço aconchegante que viria.

—Subam e se acomodem, aprontei o quarto da Samie para vocês —ela disse sorrindo e olhando para nós, percebi uma notinha de travessura no modo como ela falava. — o café já está quase pronto.

subimos cada uma com sua mala de mão e Samantha parou ao lado da primeira porta.

—Ok, esse é o meu quarto e antes que veja você tem que saber que minha mãe é quem decorava nossos quartos sem segundas opiniões e ela os mantém assim até hoje ok?

—Ta —sorri do quão estranho aquilo parecia— ok... Eu acho.

Ela riu e então abriu a porta. Tinha toda razão, não era nada parecido com algo que eu pudesse imaginar, o quarto era todo em tons de rosa e branco parecia que eu tinha acabado de entrar em uma festa infantil com decoração de bailarina. Deixei a mala num cantinho e andei um pouco pelo quarto observando e sorrindo para minha namorada encostada a porta de braços cruzados, brinquei com cortina de seda transparente com estampa de sapatilhas e ela ria, caminhei até a cama e me sentei quase num pulo, a cama de mola respondeu ao movimento na mesma intensidade com um barulho irritante, olhei para Samantha com cara feia.

—Não me culpe, ela é quem teima em deixar o quarto do mesmo jeitinho de sempre.

—Você é uma boa menina, merecia uma cama nova. —sorria em quanto ela se aproximava.

—Boas meninas não se importam com o barulho da cama —se abaixou a minha frente— apenas meninas mal intencionadas

Subiu as mãos apoiadas em meus joelhos até a cintura e me puxou para juntar meus lábios aos seus a cama rangeu um pouco e nós rimos.

POV Samantha

Nós descemos para o café e depois de uns cinco minutos à mesa com minha família, ou menos, Elliza estava totalmente confortável com eles, ria das histórias que meus pais contavam, respondia tranquilamente as coisas sobre ela que sorrateiramente meu pai tentava saber, eu até não me importei de contarem os fatos vergonhosos da minha infância só para continuar vendo aquele sorriso contagiante no rosto dela.

Depois do café fomos enxotadas da cozinha antes que pudéssemos ajudar a tirar a louça. Então levei Elliza para caminhar um pouco no gramado dos fundos, tínhamos mais de meio quilômetro de quintal antes a areia e por fim o mar, e ela parecia encantada com tudo.

—Você está bem? —perguntei enquanto ela sorria olhando o horizonte com um braço a minha volta.

—Você está querendo saber como estou me sentindo ou se estou louca?—brincou.

—Acho que as duas coisas

—Eu estou bem, a verdade é que estou muito bem.— sorrio— Você tem tanta sorte Sam, seus pais são tão legais, sua família é maravilhosa, confesso que estranho um pouco e nem preciso dizer porque, mas eles — olhei para a casa— são tão acolhedores, realmente adorei conhecê-los, fora esse lugar que é simplesmente lindo, deve ter sido uma delícia crescer aqui.

Meu sorriso não cabia no rosto de tão grande depois de ouvir tudo aquilo.

—Você não sabe o quanto isso me deixa feliz, eu queria muito que você tivesse uma experiência diferente de tudo que me contou sobre sua infância —sorrio culpada— e claro que eu queria que você se desse bem com meus pais.

—Teria como acontecer o contrário?

Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias e também ficamos algum tempo em silêncio apenas admirando a vista incrível naquela manhã, parecia que até a natureza queria impressionar Elliza.

Algumas horas depois com o táxi a porta nos despedíamos de meus pais.

POV Elliza

Lore então se demorava passando as instruções, mas eu acho que ela só queria alongar o tempo.

—Eu abasteci a despensa e a geladeira, então, não vivam de pizza. 

—Mãe, até parece.

—Te conheço, faz os gostos do Shawn e por ele mesmo não comeria outra coisa.

—Ok. — Samantha disse revirando os olhos

—O carro está aí, mas lembrem de repor a gasolina. 

—Deixa comigo —falei num tom sério fingido.

—Ok, eu ligo para vocês. —Lore disse vencida por fim. — amo vocês, se cuidem.

Nós despedimos e observamos até o carro sumir na rua, a caminho da casa Samantha abraçou minha cintura.

—Em fim sós.

Suspirou e eu olhei para Shawn que riu e depois passou correndo por nós e entrou.

—É, tem ele também. —falou num tom mais desanimado e rimos.

Sentada a beira da cama com cabeceira de ferro retorcido em vários corações eu voltava a observar o lugar, apesar do cômodo não ser nada do que eu esperava eu conseguia ver os toques de Samantha espalhados nele, no cantinho estilo home Office como do seu quarto em New York, na estante próxima a janela com os livros, CDs e DVDs organizados em ordem alfabética, no painel de fotos ao fundo que agora eu me levantava para ver mais de perto. Samantha com os pais, adolescente com os irmãos, adulta com varias pessoas das quais reconheci apenas Lexie, Julie e... Emily, tratei logo de me atentar a outra foto, uma mini Samantha sorridente mesmo com a falta de dois dentes. "Que lindinha" falei comigo mesma sorrindo e de soslaio vi se aproximar a linda mulher que a garotinha da foto se tornou, já sem blusa secando as mãos em uma toalha.

—Está pronto

Segui a minha linda namorada até o pequeno e aconchegante banheiro e sorri ao ver a banheira ao lado da janela com vista para a imensidão esverdeada mais ao fundo.

—Olhando tudo isso eu não sei como trocou essa vista.

—E tendo você em meus braços eu sei que foi a melhor coisa que fiz. —ela acariciava meus braços enquanto dizia e depois deixou um beijo suave em meu rosto antes de se afastar

Samantha sempre me dizia coisas maravilhosas e que me deixavam sem palavras algo que já não era necessário ela sabia exatamente o efeito que causava em mim e gostava disso.

Eu olhei novamente para a banheira e ela estava ainda mais convidativa do que antes, com Samantha dentro jogando água aos poucos pelo colo nú e eu me apressei para me desfazer das roupas e fazer companhia a morena.

#

Mais tarde depois do almoço divertido que assisti Samantha preparar com Shawn —era um dom de família provavelmente— Tiramos um cochilo no sofá redondo da varanda dos fundos com uma leve brisa do mar. Claro que acordei horas depois quando Samantha saiu, mas antes que eu me levantasse ela voltava a varanda falando ao telefone

—Que bom, está tudo bem aí?…. Que bom aqui também, não mãe ele não deve estar com saudades… tem o quê, umas cinco horas que vocês saíram? —Ela ria me olhando— estou falando a verdade, comigo aqui ele nem vai perceber que você não está… ok vou chama-lo.

E logo depois voltou rindo e se jogou ao meu lado.

—Da pra acreditar? Duvido que ela aguente até domingo.

—Tadinha já deve ter se esquecido como é ficar só os dois.

—Deve ser isso… —Ela se aconchegou mais a mim colocando uma das almofadas atrás da cabeça.— Mas e quanto a você, meu amor, o que quer fazer nesse fim de tarde?

Beijou o alto da minha cabeça.

—Não sei, o que você gosta de fazer quando vem pra cá?

—De verdade? Eu gosto bastante de dormir. —Eu ri.

—Isso a gente já fez

—Ok, quer que eu seja sua guia turística em Santa Bárbara, mas tá meio tarde e confesso que não conheço o lado turístico da Riviera americana.

—Tudo bem.

Ela me estudou por alguns segundos antes de eu começar a rir.

—O que esta olhando?

—Tive uma ideia —anunciou e se levantou rapidamente— vamos fazer um tour.

—Não precisa, não acabou de dizer que estava tarde?

—Vamos visitar meus pontos turísticos

E piscou antes de entrar esperando que eu a seguisse e é claro que eu fui.

Entramos no utilitário azul com cara de anos 90, ou menos, com Shawn no banco de traz, a relíquia demorou um pouco para pegar e o garoto questionava porque não pegamos a SUV igualzinho o da Sam estacionada ao lado e ela rebatia com "quero que a nostalgia seja completa" o que nenhum de nós dois entendemos. Por fim o aposentado azul não pegou mesmo e pude ver o caçula rir convencido enquanto entrava e colocava o cinto no banco de trás do carro preto.

—David e eu aprendemos a dirigir naquele carro, sabia? E ainda foi o primeiro carro de cada um. —Samantha disse enquanto manobrava.

Shawn não escondeu a risada, eu sim.

—O que foi? ter um carro desse na minha Adolescência era muito descolado.

—Ah claro , você deveria fazer muito sucesso. —brinquei e os dois riram.

—Claro que fazia…

Samantha seguiu uma rota curta fora do centro da cidade e nas horas que se seguiram ela fez um tour pela sua vida Começando por onde fez o jardim de infância, a primeira escola, segunda escola para qual teve de ir depois de se meter em encrenca, o high School e depois passamos por seu parque favorito, a doceria que costumava visitar e até a loja de discos onde ouviu pela primeira vez uma música da Madonna, a primeira boate hétero e a primeira boate gay também. Também passou pelo parquinho onde se viu apaixonada pela primeira vez por uma garota do bairro que só queria se aproveitar do seu lanche, mas Samantha disse que não se importava desde que ela segurasse sua mão enquanto comia ou apenas sorrisse para ela.

— Que fofa. —falei depois de um suspiro.

—Idiota isso sim.

Shawn adorava implicar com Sam, e é claro que Samantha tinha uma quantidade de paciência admirável, mas nem de longe lembrava minha relação com Maggie. Eles se amavam e dava pra ver por entre as piadas e olhares travessos.

Por fim já de noite, paramos no lugar onde era a sorveteria preferida da Sam, que agora também tinha um espaço onde serviam pizza, tornando-se o lugar preferido de Shawn também.

Enquanto comiamos Samantha nos contava fatos e eventos da sua vida em Santa Bárbara, e confesso que achei a cidade pequena para tanta agitação. Quando voltavamos para casa fiquei pensando no nosso passeio e em como minha namorada tinha o poder de tornar tudo mais bonito, interessante e único claro que amei muito mais conhecer o lugar onde ela ganhou sua primeira competição de balé e ao mesmo tempo a primeira faixa de karatê do que um centro de lojas movimentado, queria aprender mais sobre ela e consegui isso em cada parada, em cada local onde apontava com o dedo e logo depois vinha uma história ou simplesmente quando nos distraíamos e  eu a pegava com um olhar longe e um sorriso de quem relembra bons momentos. E como se pudesse eu me apaixonava mais.

—Garoto! —Samantha o chamou assim passamos pela porta e ela em fim lembrou que quebramos uma das especificações de Lore "nada de Pizza" — Se a mamãe ligar você nem sabe o que é pizza ok?

O garoto assentiu e subiu a escada aos pulos.

Um pouco mais tarde já estávamos os três nos exercitando de alguma forma explorando os jogos novos de Xbox, presente de Samantha.

Era bem verdade que eu estava já a algum tempo empoleirada no sofá apenas assistindo os dois e esperando que alguém perdesse para substituir, mas os dois eram muito bons. Lá alguma hora Samantha percebeu e então pediu que lhe deixasse ensinar a mim também para jogar. No meio da segunda música eu tinha pegado o jeito da coisa e então o telefone tocou. Samantha pausou o jogo e ficamos esperando o garoto que já tinha corrido para atender.

"Sim estamos bem" ouvimos dizer enquanto voltava para a sala com o aparelho colado ao rosto.

—…Ah foi bem divertido, a Samie nos levou para dar uma volta pela cidade de carro… o carro velho deu uma surra nela —ele ria e Samantha já avisava que queria falar também— ok mãe, vou passar para ela. Ah sim... — exitou— Nós já comemos, fomos ao Bigger's!

No mesmo instante Samantha levou a mão ao rosto balançando a cabeça negativamente, eu ri e só então ele percebeu que tinha quebrado o acordo e ainda soltou um "Ops", rimos as duas, "Mas não se preocupe, tinha muito brócolis na pizza e eu comi todos! Vou passar para ela" Samantha o encarou.

—Além de dedo-duro é um péssimo mentiroso. —disse depois de tampar o microfone e antes soltar um "Olá mãe, estão se divertindo muito?"…

Enquanto ela falava ao telefone e o garoto parecia ter sumido do nosso ponto de vista, voltei a pensar no quanto eu gostava daquela mulher linda de risada alta que despreocupadamente ao telefone desfiava a barra da camiseta e batia o calcanhar no piso. Depois lembrei dos dias horríveis que fiquei sem ao menos vê-la e que agora me pareciam tão impossível de ser verdade. Me imaginar sem ela era impossível.

Eu a amava. muito!

Estava apaixonada. Perdidamente!

Faria qualquer coisa por ela. Sem nem pensar duas vezes!

Tinha medo de perdê-la um dia. E um pavor desse sentimento.


Notas Finais


Obrigada por lerem, me digam o que acharam.
Beijos
See ya!


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