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História Don't Belive in Fate. - After Party


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


As # significam passagens te tempo indeterminado, como "algum tempo depois ”.
obrigada, boa leitura <3

Capítulo 3 - After Party


Acordei com uma dor de cabeça infernal que mal me deixava abrir os olhos. Eu nem conseguia me lembrar de como cheguei à cama, passei a mão pelo colchão até encontrar meu celular e checar as horas. 9:16 consegui enxergar por fim e logo abaixo a notificação de várias mensagens da Hellen.

 

“Você já esta acordada? Ela ainda esta ai?”foi a ultima que li.

“Acabei de acordar, e não tem ninguém aqui Hell”.  Respondi.

me levantei com dificuldade e outra notificação chegou.

“COMO ASSIM??? Não acredito nisso”

“Venha ver por você mesma e traga o café da manhã”

“já estava pensando nisso baby, tudo bem eu levar a Amber, ela dormiu aqui”

 Ela dormiu lá? parece que agora Amber fazia mesmo parte da banda.

“ok”

Mandei por último chegando ao banheiro, coloquei o celular sobre o balcão da pia enquanto olhava para imagem horrível no espelho, as madeixas ruivas desgrenhadamente caiam por sob o meu ombro, e o azul de meus olhos parecia não se encaixar com aquele rosto de maquiagem borrada e pequenas olheiras, desviei os olhos do espelho em busca de algum remédio para minha ressaca. Enquanto eu procurava nas gavetas, meu celular vibrou , olhei de relance e era uma notificação de e-mail, ignorei.

#

Depois de tomar o remédio, escovar os dentes e tomar uma ducha quente eu já me sentia um pouco melhor. Penteei os fios ainda úmidos de meu cabelo, peguei o celular e fui em direção às escadas, Hellen morava há um quarteirão e já deviam estar próximo, destranquei a porta de entrada e subi digitando uma mensagem para Hell

A porta está aberta, Estou no terraço

 Assim que abri a porta de correr, que separava a sala do terraço da área descoberta,  para que Joe entrasse ela respondeu “ok, já estamos chegando

Olhei a mensagem e enquanto Joe fazia festa e lembrei do email.

 

 

Olá,

Espero que tenha conseguido encarar os cinco lances de escada sem se machucar.

Tenha um ótimo dia.

 

O e-mail não tinha assunto e foi endereçado ao meu e-mail de trabalho, mas no final tinha –propositalmente ou não– um número de celular.

“Samantha?” mandei para o número.

Esperei alguns minutos e sem obter resposta fui cuidar de Joe.

#

“Liza?”  Escutei a voz da Hellen subindo as escadas enquanto eu recolhia a ultima sujeira do “banheiro de joe”, na verdade era apenas um local atrás da lavanderia coberto e fácil de limpar onde ele foi treinado para fazer suas necessidades, valeu a pena todo dinheiro que gastei para adestra-lo.

Lavei minhas mãos e fui encontra-las.

—olá meninas! –Falei passando pela porta.

Amber estava sentada no canto do sofá terminando de desembalar as coisas do café e me cumprimentou com um sorriso enquanto Hellen saltava do outro lado ao meu encontro.

— Nossa você está péssima.

— Eu sei estou pensando seriamente em nunca mais beber. –eu disse caminhando e sentando na outra ponta do sofá cobrindo os olhos.

—Não é pra tanto – ela sentou na curva do móvel entre Amber e eu.

—Conta logo. Como foi?

—Como foi o que? Já disse que não trouxe ninguém pra casa.

—Ah mas alguma coisa aconteceu porque você nem se quer ameaçou me matar.

—Bem lembrado, ainda tenho que me acertar com você, com vocês duas – corrigi olhando para Amber.

—eu apenas fiz o que ela pediu

—Obrigada por me entregar Amber. – Hellen disse encarando-a e nós três riamos.

Fiquei aliviada quando elas começaram a falar do plano de Hellen, e as perguntas sessaram, eu descobri que Ben gostou menos que eu da peça toda e ainda não tinha dado sinal de vida. Tomamos o Café caprichado do Burn’s enquanto falávamos e riamos de coisas aleatórias.

#

Passava das 13h quando decidimos sair para almoçar, Hellen sugeriu um restaurante na Madison. deixei elas com o Joe e fui me trocar.

no closet combinei uma camisa branca de manga curta com um jeans escuro e uma sapatilha cor da pele. passei algo que disfarçasse minhas olheiras  e  lembrei de chamar o Ben para nos acompanhar

“ vamos almoçar na Madison, vem com a gente?” enviei.

Hellen bateu na porta do quarto e entrou sem esperar permissão.

—será que o Ben está com raiva de mais pra almoçar com a gente? – ela disse se jogando na minha cama.

— acabei de convida-lo. – falei procurando um prendedor de cabelo.

—Não pense que se livrou de mim OK? –ela não iria esquecer.

—onde está Amber?

—Brincando com o Joe e você comigo Liza, qual o nome dela? –eu ria de sua impaciência.

—Samantha

—ok Samantha o que?

—Não sei , na verdade você deve saber.

Contei para ela por alto como foi meu curto tempo com Samantha e sobre a história da vaga de estágio, ela ficou chocada e eu descobri seu nome completo, Samantha Marianne Jones.

—Ok e você ainda não acredita em destino?

—Então você acha que era meu distino encontrar com ela.

—Claro que era Liza, ela seria sua estagiária mas ela tomou outra decisão então o distinto deu um outro jeito de vocês se conhecerem.

Aquilo poderia fazer sentido mas isso não quer dizer que eu acredite.

Enquanto fazia um rabo de cavalo o celular bipou.

—Parece que alguém não está mais com raiva. –falei apontando para o celular na cama para que ela o pegasse–o que ele disse?

—Ele nada, mas Samantha disse. "Oi, como está de ressaca?"

eu peguei o celular das mãos dela rapidamente e sentei ao seu lado, li a mensagem imaginando sua voz rouca enquanto Hellen se matava de rir.

"melhor do que quando acordei, como conseguiu meu e-mail?" mandei e um sorriso bobo surgiu no meu rosto.

— Não me disse que tinham trocado números.– Hellen tinha as duas mãos na cintura e eu contei do email.

Internamente eu tentava entender minha felicidade  e excitação de falar com Samantha, era tudo novo pra mim , eu me sentia como uma adolescente idiota, e olha que nunca me senti assim na adolescência.

—Ok , vou chamar a Amber para irmos. – Hellen anunciou e saiu ainda rindo.

o celular bipou novamente mas era apenas o Ben perguntando o endereço do restaurante, eu mandei  as coordenadas e avisei que nos encontraríamos lá.

Alguns minutos depois  Samantha me respondeu

"Que bom. eu encontrei seu e-mail nos papéis da entrevista, desculpe mas você não me deu seu número"

“Você não pediu" respondi.

“ verdade, eu estava distraida”

“com o que?”

“Com você"

Senti meu maxilar doer e percebi que eu ainda sorria. como ela conseguia me deixar daquele jeito até por mensagem?

fiquei ali com o celular na mão pensando no que responder e ouvi Hellen me chamando da sala.

resolvi não mandar nada.

#

O almoço foi ótimo, encontramos uma mesa perto da janela e Ben chegou um pouco antes de pedirmos e não estava de mal humor.

Saboreávamos a sobremesa, quando Hellen fez a bendita pergunta “Vocês acreditam em destino?"

eu me Encolhi na cadeira desejando sumir.

—Eu não acredito em uma ordem suprema que Reja ou reaja a tudo –Amber começou– Eu sei que coincidências acontecem mas prefiro pensar que tudo tem uma explicação científica.

—ok sabe tudo, e você Ben acredita?– ela o encarava

—Eu não uso a palavra destino mas acredito que tudo que tem que acontecer acontece de um jeito ou de outro.

—Isso!  era essa a resposta que eu queria ouvir. – ela vibrava– e caso você não saiba Benjamin você acaba de citar a parte da descrição da palavra destino. Agora escutem isso lembram da mulher com quem deixamos a Liza ontem, então...

o sorriso de Ben parecia sumir gradualmente enquanto Hellen tagarelava, já Amber parecia maravilhada com o modo como ela contava o ocorrido, Hellen tinha o poder de fazer de uma palavra um slogan bem elaborado, qualidade muito apreciada no trabalho mas não naquele momento.

—Se isso não é destino eu não sei o que é – ela finalizou.

—Uau! Acho que devo agradece-la pelo meu emprego– Amber disse arrancando risadas de todos na mesa, quer dizer menos de Ben.

—E você Liza– ele pigarreou– acha que essa mulher é seu destino?

—Eu não acredito em destino, mas ela é alguma coisa.

#

Depois de um longo debate sobre  homossexualidade e um discursinho um tanto quanto preconceituoso de Benjamin eu já não via a hora daquilo acabar e quando a discussão passou a ser sobre o que eu devia ou não fazer, Eu mesma chamei o garçon.

Hellen e eu fomos para nossas casas e Ben deu carona para Amber.

#

No começo da noite eu estava em meu escritório conferindo alguns projetos de anúncios por puro costume. quando me peguei pensando em Samantha e na sua última mensagem, ela estava mesmo interessada em mim? Não que ela não tivesse deixado totalmente claro na noite anterior só era difícil de acreditar.

A excitação que eu senti com o olhar dela no meu corpo, o frio na barriga quando seus lábios tocaram meu rosto. Eu já tinha sentido isso antes, mas ela fazia aquilo tudo parecer tão diferente.

Pensei em retornar sua mensagem, mas parte de mim não queria deixar. não que fosse uma parte preconceituosa, nunca tive algum, era mais o medo do que aquilo estava provocando em mim.

“Oi” mandei por fim. obtendo resposta logo depois, como se ela estivesse esperando meu contato a qualquer momento.

“Olha quem apareceu, Olá."

"Foi mau, passei a tarde com meus amigos”

“Ah então eles são sortudos"

foi ler e o sorriso instantaneamente se formar.

“O que você está fazendo?" mudei de assunto

ela mandou a foto de uma mesa com um notebook e algumas pilhas de papel com a legenda "fazendo hora extra voluntária"

eu ri sozinha e também mandei uma foto da minha escrivaninha dizendo que fazia o mesmo.

Dessa vez ela demorou um pouco para responder. eu coloquei os fones no celular e coloquei uma música aleatória indo em direção a cozinha.

#

A música toque do meu celular interrompeu a que eu escutava, tirei o aparelho do bolso do moletom e chequei o nome na tela. Samantha.

—oi! – eu disse depois de uma certa demora para atender.

—será que somos muito viciadas em trabalho? é sábado a noite. — A voz dela era ainda mais grave por telefone.

—acho que somos um pouco.

engatamos numa conversa sem fim começando por nossos trabalhos, passando pela nossa infância e escola, pulando para o ensino médio e a faculdade.

Samantha morava na Califórnia antes de se mudar para NY para dividir um pequeno apartamento com mais duas amigas, seu "cubículo",como ela gostava de dizer, no Lenox Hill  era sua primeira experiência de morar totalmente sozinha, tinha se mudado para ele há duas semanas e ainda estava mobiliando.E quando dei por mim já falávamos de nossos projetos pra vida.

Não sei explicar, os assuntos apenas surgiam e a conversa fluía.

#

23:08 quando olhei para o relógio ao lado da cama após um bocejo involuntário. Tinha acabado de desligar a ligação com Samantha, conversamos tanto e sobre tudo que parecia que já nos conhecíamos.

E foi tão tranquilo e divertido como se fosse com a Hellen, OK eu sabia que Samantha não era como Hellen e nem ela queria ser, mas poderíamos ser amigas né? O ponto é que agora sóbria o bastante eu não queria pensar nela como outra coisa além disso.

Não era o fato dela ser mulher e nem o fato de eu ser hétero,mas o que eu estava sentindo. eu sempre gostei de coisas novas e era a primeira vez que eu me sentia incomodada com isso, eu estava com medo das coisas que eu estava sentindo,das sensações estranhas que Samantha provocava em mim, de como ela me deixava totalmente despida de minhas armaduras mesmo em uma conversa por telefone. Eu estava perdida.

Me aprontei para dormir e liguei o despertador. Pretendia acordar cedo e correr um pouco no parque, dois dias sem exercícios e eu já me sentia sedentária.

Novamente pensei em Samantha para me acompanhar, mais cedo ela disse que gostava de se exercitar mesmo que não tivesse muito tempo para isso, mas ela disse que frequentava a academia do prédio o que era bem diferente de correr ao ar livre ás sete da manhã. resolvi não chamar.

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