História Don't Belive in Fate. - Autumn and chocolate!

Outubro chegou junto com as temperaturas mais baixas do outono até o momento.

Acordei naquela manhã fria com o corpo de Elliza grudado ao meu, era maravilhoso me aconchegar em seus braços dessa maneira, ela me envolvia num gostoso abraço pela cintura, com uma perna sobre as minhas e a cabeça levemente descansada em meu peito. Não dava para ver seu rosto direito, mas a expressão nele devia ser serena como a imagem gravada em minha mente de tantas vezes que a admirei dormindo, eu podia sentir sua respiração profunda e compassada, puxei o cobertor um pouco mais e acariciei seus cabelos inspirado o perfume e lembrando das últimas semanas.

Depois que voltamos de Santa Barbara Elliza estava no mínimo diferente e com isso eu quero dizer bastante apegada a mim, não que não fosse antes, mas desde que a conhecera aprendi a respeitar o seu espaço e que ela presava muito isso, não sabia realmente o que era, e julgava seu jeito as vezes um tanto reservado podia ser algum tipo de resquício do modo como fora criada. Mas algo tinha mudado, Elliza estava mais… aberta, mais carinhosa e sem receio e um tanto mais protetora, para não dizer ciumenta. Eu era surpreendida com demonstrações de afeto quase todos os dias, públicas ou não. Estávamos juntas todas as noites e agora almoçávamos juntas também em algum dia da semana e ela ficava chateada quando isso não acontecia, cheguei a receber rosas na editora outro dia e minha chefe insiste em dizer que me viu corar.

De qualquer forma eu atribuía a leve mudança a algo em algum momento durante ou depois da viagem, talvez agora depois de conhecer minha família e a mim mais um pouco também ela estivesse se sentindo mais a vontade talvez.

Na verdade o motivo não importava muito, já tínhamos comemorado o nosso segundo mês de namoro, no real sentindo de comemorar, com direito a jantar surpresa, em minha casa dessa vez. Nosso círculo de amigos em comum tinha aumentado com Lexie e Julie, e as crianças é claro e nos reunimos quase que todas as semanas no Sant louis pub para um happy hour. Estava indo tão bem que as vezes eu tentava me lembrar de todas as vezes que imaginei nosso relacionamento, antes de ele existir, se era mesmo assim. Só nunca imaginei as cenas de ciúmes embora ela tentasse esconder eram raras as vezes em que a percebia com ciúmes de mim, já a peguei bem mais vezes com ciúmes da Hellen por exemplo, cheguei a questiona lá uma vez e e ela negou é claro, mas quando era eu o objeto de ciúmes eu gostava, e que ela nunca saiba disso.

Eu por outro lado não tinha dificuldade em assumir o meu lado ciumento e Elliza o conhecia. Tínhamos apenas diferentes formas de lidar com isso, eu ficava irritada com a outra pessoa que, realmente ou apenas na minha cabeça, estava de olho na minha namorada. Ela por sua vez ficava calada, triste e recentemente bastante irritada, mas só comigo. A última parte eu adicionei a lista a partir de um incidente a menos de dois dias.

No próximo sábado seria o aniversário do pequeno Max e fomos a shopping depois do trabalho comprar os presentes. Em uma das lojas nos separamos pelo lugar ser muito grande e termos ideias de presentes diferentes. Uma das vendedoras se ofereceu para me ajudar, confesso que ela era muito bonita e que seu carisma ia muito além das normas de bom atendimento, mas eu não dei muita atenção aos olhares e a conversa mole, apenas escolhi o que queria, agradeci e mencionei ir atrás da minha namorada, que nesse caso infelizmente acabava de virar o corredor como quem esperava a sua deixa. Ela passou por nós e apenas disse que estava indo e seguiu o corredor com seus presentes em direção ao caixa e coube a mim correr para alcança-la. Elliza só falou comigo dentro do carro, depois de ter usado um tom bem triste para recusar o meu convite para comer no café do shopping que tinha seu bolo favorito, eu perguntei o que houve e fomos até em casa com ela bastante irritada. E eu tentava não rir de tão linda que ela ficava tentando se justificar sem entregar que só estava com ciúmes. A irritação não durou muito quando chegamos em casa e a beijei até ela sorrir de novo.

Elliza se mecheu sobre mim e a apertei em meus braços, arrancando seu primeiro sorriso do dia antes mesmo de abrir os olhos.

POV Elliza

Sexta

O dia estava entediante, sem mais projetos para analisar, sem clientes novos para bajular e dentro de alguns dias, sem Amber para me atormentar. Ainda não tinha perdoado a garota por não escolher continuar comigo depois do estágio, não era exatamente uma surpresa, Amber tinha comentado antes, mas não achei que fosse sério. Ela tinha optado pelo cargo vago de assistente de criação, isso significava trabalhar para todo o andar em vez de só para mim e Hellen, mesmo seu argumento sendo bom "Não foi por onde você começou?" Eu não queria ter que procurar outra assistente.

No momento estávamos as três sentadas em algum canto da minha sala apenas esperando dar a hora de irmos para casa, eu particularmente pensava no que fazer para Samantha quando chegasse em casa, por causa dos preparativos para o aniversário do bebê e um ensaio fotográfico, não estariam todos presentes para o happy hour de hoje o que deixava minha sexta a noite em aberto. Pesquisava no celular alguma receita de nível intermediário boa o bastante para surpreende-la, eu tinha ficado boa nisso, inventar coisas para fazer para ela ou com ela. Hoje eu só queria compensa-la pelo outro dia em que rejeitei bolo por estar irritada, eu estava me tornando uma pessoa impossível de se lidar quando estava chateada, admito. Mas não era algo que eu pudesse controlar e aí depois quando me acalmava me sentia culpada e uma completa idiota, e então tentava recompensa-la de algum jeito, mesmo Samantha dizendo todas as vezes que nem se lembrava mais do ocorrido. Não que fossem tantas assim, mas quando eu chegava a demonstrar nem eu me aguentava. Samantha era muito gentil com todos, conhecidos ou não isso com certeza era uma qualidade, mas isso combinado a sua beleza e o sorriso encantador passava uma ideia muito além de gentileza, isso somado a falta de importância quando alguém estava sutilmente dando em cima dela. Na minha cabeça isso era motivo mais que suficiente para me irritar, mas eu não queria me irritar com ela nem com ninguém, mas Samantha sempre fora impaciente e me enchia de perguntas o que geralmente me levava a ser grossa com ela e logo depois me sentir culpada por isso. Não me lembrava de ter sentido tanto ciúmes de alguém quanto eu sentia de Samantha, isso devia fazer parte do pacote de namoro, afinal eu nunca amei alguém como a amava.

E um sorriso instantâneo surgiu com o último pensamento.

"Elliiiiza"

Só então percebi Hellen estalando os dedos para mim.

—Ah, o que foi?

—Volta pra terra meu bem —riu— e então vamos ao cinema? Nós três, mas pode chamar a Sam também.

—Ah, vou furar com vocês hoje, vou fazer um bolo pra Sam. Falei conferindo a hora e juntando minhas coisas.

—Hm, pelo visto, Amber, nosso cinema virou Netflix no meu sófa. —A loira falou revirando os olhos e colocou a bolsa no ombro.

—Sabe que eu amo vocês não é?!

Às sete Samantha chegou reclamando de mais um dia de hora extra e eu a recebi com um beijo e uma taça do seu vinho branco preferido.

—Hm, o que temos para hoje? —Perguntou depois de deixar suas coisas no escritório e tomar um gole de vinho.

—Um super bolo de chocolate que acabei de por no forno e ingredientes devidamente organizados para sua calda especial.

—Hmm, está se aventurando na cozinha sem mim, senhorita?

—Só adiantando um pouco as coisas —passei meus braços a sua volta— você ainda é a minha chef preferida.

Beijei seus lábios e lambi os resquícios de vinho antes de me afastar.

—Mesmo? Mais que chef Henrry da sua delicatenssen preferida.

—Verdade, aí mds ele faz aquele pudim maravilhoso que ninguém consegue copiar.

Fingi estar em dúvida e depois de uma cara chocada da morena, fui atacada com beijinhos.

—Pronto agora é só esperar esfriar.

—Posso comer isso?

Falei apontando para a panela com o restante de cobertura.

—Só se dividir comigo.

—Nem vem eu não divido doce.

—Nem com seu amor ela falou se aproximando.

E eu balancei a cabeça negativamente levando a colher a boca.

—E onde fica o ato de comparti...

O celular dela tocou no sofá e ela fez uma careta antes de ir atender.

—Oi Joy!

A chefe dela? Em Que horas era?

—Sim eu estou com eles só um instante.

Samantha foi para o meu escritório, bom nosso, e eu sorri, de como ela tomava conta de cada pedacinho da minha vida.

POV Samantha

Voltei a sala e Elliza estava sentada sobre o balcão com a panela da cobertura sobre a perna distraída lambendo a colher.

—Espero mesmo que tenha deixado para mim.

—Ah me desculpe esqueci. Ela ria

—Eu não acredito que comeu tudo. fui em sua direção.

—Eu amo doce.

—Mais que a mim?

Ela mordeu o lábio inferior e sorriu. Colocou a panela ao seu lado sobre o mármore e eu pude ver que ainda tinha muito.

—Pois bem não se esqueça de que foi eu quem fez.

—Eu sei eu amo tudo que você faz.

Peguei outra colher e me debrucei sobre o balcão provando da cobertura também, nunca fui chegada a chocolate, mas estava realmente bom.

—Então… A Joy está pegando no seu pé?

—É ela queria saber sobre os arquivos que finalizei, estamos com essa edição comemorativa de alguns títulos e está uma loucura de tanto trabalho.

—Hm.. Se ela não fosse hétero eu diria que ela está querendo enlouquecer só você.

Ela balançava os pés a beira da bancada como uma criança.

—Olha, você também era, quando te conheci —dei risada e ela fez careta.— Mas ela não faz meu tipo.

—Muito velha pra você?

—Na verdade não, mas não curto loiras.

—Então se ela fosse morena tudo bem?

—Ou ruiva… —sorri e ela me olhou tão séria que meu riso se desfez. Mas depois riu e cerrou os olhos antes de me chutar com a ponta do pé.

Com o movimento a colher dela caiu e ela fechou as pernas rapidamente evitando que o objeto caísse no chão, mas isso não evitou que sujasse suas coxas de chocolate.

"Droga!" Ela falou jogando a colher na pia atrás do balcão.

Eu dei risada enquanto ela praguejava. Elliza passou o dedo indicador sobre a calda cremosa que escorria sob sua coxa esquerda e levou o dedo a boca. Ela fez isso inocentemente mas eu vi a cena em câmera lenta e de forma tão sexy, Deus como ela conseguia ser tão sexy?

—Deixa eu te ajudar. —falei me afastando do mármore.

Ela não disse nada e eu me aproximei de suas pernas. Me curvei e passei a língua em sua coxa lambendo toda a calda, passei para a outra que tinha quase nada e fiz o mesmo. Elliza ria de um jeito gostoso eu via sua barriga se movimentar com as risadas.

—Ta bom, já está limpo. —ela Afastou minha boca do local segurando o meu rosto. —está me fazendo cócegas.

—Não acho que esteja limpo o suficiente falei pegando minha colher disfarçadamente da panela.

—Mas já está.

Assim que ela respondeu passei a colher sobre sua coxa direita um pouco mais acima quase na barra do short.

—Saaam... —Ela reclamou

—Deixa comigo! —Apoiei as mãos sobre seu joelhos d novamente me curvei.

Passei minha língua onde sujei e dessa vez eu e brinquei com a língua no local deslizando de um lado a outro, Elliza suspirou, chupei sua coxa com gosto e ouvi um riso.

—Não me marque.

—Juro que não é essa a minha intenção. Falei e voltei ao local intercalando com beijos.

Ela pousou uma mão em meus cabelos acariciando-os enquanto eu percebia sua respiração se alterar. Mordi devagar sua coxa e ela agarrou em meus cabelos com mais força.

Ela estava adorando

—Deita pedi me afastando

—Pra que?

—Deita logo. Elliza obedeceu com um sorriso torto.

Ela estava deitada na grande bancada de mármore branco, com as pernas dobradas e os pés apoiados na beirada. Liz vestia um pequeno short jeans e um crooped vermelho de deixando parte de sua barriga lisinha a mostra. Abençoado seja o seu aquecedor.

Ela tinha as mãos presas as duas beiradas da gemPeguei a panela e voltei a minha bela ruiva, afastei mais um pouco sua blusa e derramei um fio de cobertura sobre sua barriga, em volta do umbigo e até mais em cima do estômago, ela mordia o lábio observando cada movimento meu.

Quando passei minha língua pela primeira vez seu corpo se contraiu e eu ri e continuei primeiro pela parte de cima e depois em direção ao umbigo, Elliza já estava com as duas mãos sobre o rosto mas eu podia vê-la mordendo os lábios além da sua respiração pouco descontrolada, eu beijava, mordia e saboreava o doce em sua pele alva e naquele momento eu estava adorando o sabor de chocolate.

Por fim mordi

—Oh... —Ela gemeu

—Esta gostando?

—Estou —sorriu— é bom?

Ela me olhava.

—Delicioso.

—Deixa eu provar em você. —Ela falou com um sorriso safado se sentando.

Passei cobertura na boca e me aproximei. A ruiva me puxou pela blusa me agarrando e devorando os meus lábios. Ela deixava  escapar algo parecido com gemidos enquanto eu apertava sua cintura. Desabotoei seu short e ela me ajudou a tira-lo e depois a blusa eu adorava sua casualidade em não usar sutiã. Elliza prendeu as pernas a minha volta e eu distribui beijos por seu queixo, maxilar e pescoço enquanto fincava minhas unhas em sua cintura sem dó. Ela se apoiou no mármore inclinando o corpo para trás, do meio de suas pernas alcancei a panela de cobertura e derramei um pouco por seu seios e com o indicador eu espalhei a calda escura. Quando terminei ela pegou minha mão e chupou meu dedo me encarando com as duas safiras cintilantes. Deus ela era minha perdição. Logo depois me atentei aos seu seios pequenos e redondos. Lambi, beijei e suguei um e outro até as manchas de chocolate darem lugar a pequenos rastros vermelhos.

Elliza me deixava louca, me fazia perder os sentidos, se agarrou novamente a mim e sem esforço tirou minha blusa e o sutiã me agarrando pelos cabelos e me trazendo ao seus lábios, ela tinha levado a sério nossas brincadeiras.

E quando estávamos exaustas e risonhas sem citar a nudez, o forno apitou.

Timing perfeito.