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História Don't Belive in Fate. - Emily.


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Dez capítulos depois ela está de volta, conheçam a Lily de verdade pelos olhos de Elliza. ;)

Capítulo 33 - Emily.


Fanfic / Fanfiction Don't Belive in Fate. - Emily.

Sabe como quando a gente olha para algo muito claro e depois olha para um lugar escuro e fica vendo luzes ou aqueles pontos verdes, coisas que não existem e a gente sabe que não existem e mesmo assim as vemos. Como Não acreditar em algo que não existe se você vê?

—Vamos Hellen!

Chamei do sofá da loja de roupas infantis, onde eu estava impaciente ao lado de Samantha e Amber.

Não eram só os meus hormônios a flor da pele, não podíamos estar todas na tpm, mas compartilhávamos o estresse de estar a quase vinte minutos naquele sofá.

—Já escolhi a moça vai apenas embrulhar.

A loira falou e seguiu a vendedora. Amber se acomodou no sofá revirando os olhos ao lado da Sam.

—Quanto tempo resta agora?

—Estamos atrasadas uns vinte minutos. —Samantha soltou um suspiro.

—Incrível como até quando saímos cedo ela consegue nos atrasar.

"Eu ouvi isso" Hellen gritou de algum lugar.

—Ah, que ótimo então!

Conseguimos chegar antes de cortarem o bolo, foi isso que Benjamin gritou da varanda da casa da mãe da Julie, com uma câmera no pescoço, e pela quantidade de mini vans estacionadas do lado de fora eu esperava bastante gente. Samantha não estava muito animada com a festa, tinha reclamado de dor de cabeça mais cedo, embora tivesse tomado os comprimidos que dei. Ainda não estava com uma cara muito boa.

As meninas seguiram o Ben e Samantha e eu ficamos para trás.

—Ta tudo bem? —Perguntei quando ela demorou mais de dez segundos com a mão na chave do carro.

—Estou melhor, daqui a umas horas eu tomo outro comprimido.

—Você deveria ver isso.

—Não é nada, só trabalho de mais.

—Então você precisa descansar, ficamos um pouquinho e depois vamos pra casa, ok?

Ela desviou os olhos para mim e sorrio balançando a cabeça positivamente. Ganhei um beijinho e fomos em direção a casa que tinha mesmo cara de casa da vovó.

Fomos recebidas por Lexie com o aniversariante sorridente no colo, Ben tirou uma foto nossa e mais outra quando Emma se juntou a nós e depositamos os presentes numa caixa grande e azul, quase cheia.

Depois de conhecermos uma outra Martha, a mãe da Julie, e cumprimentarmos vagamente as demais pessoas no lugar, fomos a varanda dos fundos onde tinha um balanço e bem menos gente.

—Você parece bastante crescida.

Me abaixei para ficar da altura da garotinha que nos acompanhou.

—Está quase do meu tamanho.

Fiz cara de surpresa e ela riu.

—Eu cresci dois centímetros ontem!

—Tudo isso num dia?

Emma fez que sim e nós rimos de sua inocência.

—Nós temos uma coisa pra você — Samantha fez suspense pegando sua bolsa. —Só não conta pro seu irmão ok?

—O que é?

Samantha tirou as duas bonecas que encontramos no shopping. Branca de neve e Merida, nomes que a pequena exclamou quando desfez o laço na sacola.

—O que achou?

"Mágico" na linguagem de princesas de quatro anos isso deveria ser algo muito bom. Ganhamos abraços e beijos antes dela sumir pra mostrar os presentes para as mães.

Nos servimos de suco e sanduíches naturais trazidos pelas meninas.

—Elas guardaram pra gente, não são um amor?

Hellen falou deixando a bandeja com o restante no beiral da janela.

—Isso ou elas já sabiam que estávamos com você e já esperavam que atrasássemos bastante. Samantha debochou e nós rimos.

—Até você, Sam?!

A morena deu de ombros e Emma passou correndo com as duas bonecas como aviões, chamando nossa atenção.

"Não dá pra tirar com você correndo!"

Ouvimos antes de Benjamin aparecer na porta com a câmera na mão.

—Que foi, Ben? A sua câmera não é boa o bastante para tirar fotos em movimento?

Hellen riu de boca cheia e no segundo seguinte o flash disparou.

—Pronto tenho uma foto real sua pra colocar na página da empresa.

Ele nos mostrou e a foto não era nem um pouco legal.

Emma voltou para nós, mostrando as bonecas da "tia Liza e da tia Sam" para os demais e evitando que Hellen atacasse Ben com uma almofada.

E então eu queria entender como um momento de descontração, inocência e banalidades se torna sufocante e insuportável para alguém em 2 segundos, duas palavras na verdade.

"Tia Lily!"

Meu riso endureceu torcendo para que fosse uma irmã de Julie ou Lexie, outra pessoa outra Lily qualquer. Mas não, a mulher de cabelos vermelhos tingidos se abaixou para abraçar a garotinha.

Ela nem tinha nos visto e eu já pensava em uma forma de sair da li, falho, não tinha como.

Então olhei pra Samantha que a olhava e como se em um segundo se lembrasse de mim ao seu lado, virou e me encarou, não tive tempo de definir o que vi em seus olhos, Emily nos cumprimentou com um "Olá" simpático e todos responderam do mesmo jeito, todos menos eu, eu sorri em resposta era o meu máximo.

Bom das horas seguintes não teve muito o que dizer sobre a festa, era um aniversário de 1 ano, não tinha mesmo muitos acontecimentos além do Max chorar quando cantamos parabéns. O resto dos acontecimentos eu apenas assisti. E quando em fim voltávamos para casa eu pensava na tarde, na Emily.

.

Antes que pareça que estou apenas de implicância quero dizer que nas horas anteriores ela acabou com qualquer motivo que eu tivesse para implicar com ela e com todos os que imaginei também. Queria poder dizer que ela era chata, rude e grossa. Queria poder acusa-la de como ela tinha me tratado mal, de como ela mal me olhou e sobre como me excluiu de todas as conversas. Queria, mas não podia.

Minutos após ela chegar, fomos chamados para cantar parabéns, Max chorou, fizemos um choroso "aah" em uníssono e um "Onw" do mesmo modo quando Julie, Lexie e Emma cantaram happy birthday baixinho para acalma-lo.

Depois disso com mais algumas cadeiras formamos um pequeno grupo na varanda dos fundos. Lexie, Julie e as crianças se juntaram a nós e logo Emily trouxe sua cadeira para mais perto, se apresentando como velha amiga do casal. Não lembro exatamente no que eu estava pensando mas quando dei por mim, todos estavam rindo e se dando bem, Emily, Lexie e Julie contavam histórias de quando chegaram a Nova Iorque e acharam que seria perfeito, e como a ficha caiu assim que ficaram presas do lado de fora do próprio apartamento. Até eu tive vontade de rir.

No minuto seguinte começaram a falar sobre quando Samantha se juntou ao trio de amigas e algumas histórias que eu já tinha ouvido tomaram um tom ainda mais divertido na narrativa de Emily. Samantha ria a ponto de deixar lágrimas escapar, e nem parecia saber o que era dor de cabeça e com certeza não parecia querer eu a levasse logo para casa. Meus amigos também riam sem parar, quando Emily contou como a Emma quase nasceu no cinema porque Julie queria ver o final do filme, Hellen pediu um tempo para respirar e eu me senti estranha naquele lugar.

Emily era a pessoa mais simpática que eu conheci nos últimos meses, perdendo apenas para Lore, mas essa também achava a Emily simpática. Na viagem de Santa Barbara eu já tinha começado a conhecer a Lily que eu não queria conhecer, a foto da adolescência em um dos aniversários em que Samantha convidou a garota que gostava e Danny conseguiu pegar o momento exato em que Samantha a olhava com um sorriso imenso. E mais algumas outras no natal em que Samantha apresentou a namorada de NY que por acaso fora a mesma paixão da adolescência. Ver aquelas fotos mexeu um pouco comigo. Todos a adoravam, e agora de perto eu via porque.

 Ela era realmente bonita, seu rosto tinha traços suaves e marcantes que chamava a atenção, os olhos, talvez por não estar assustada agora, não pareciam tão enormes e no entardecer o verde tomava uma tonalidade de folhas secas e seus cabelos, embora eu não gostasse da cor, tinha um cacheado natural que dava vontade de tocar para sentir se era tão macio quanto pareciam e por Deus, talvez fosse a sua aura contagiante, mas se alguém me dissesse que aquela mulher a minha frente tinha 27 eu não acreditaria, parecia a adolescente, pelo menos ria como uma e mantinha a mesma cor de cabelo desde os 16. Todos pareciam encantados por ela, e eu não os julgava eu também estava. Emily era bonita, simpática, engraçada, divertida e tinha uma risada contagiante sem contar que era elegante o bastante para não deixar transparecer durante as histórias que ela e Samantha foram algo além de amigas.

Ela era perfeita e na minha cabeça o único motivo para ela e Samantha não terem continuado era que, Emily, não quis. Porque da parte de Samantha eu sabia que Lily foi seu primeiro amor e ela sofreu bastante com o término, soube disso por outras fontes porque Samantha me contou apenas por alto e não gostava de tocar no assunto, sua desculpa era porque não gostava de viver no passado, mas talvez a verdade fosse que ainda doesse.

Samantha estava ao meu lado o tempo todo aquela tarde e por mais que Emily evitasse dizer, em cada história que ela contava eu via Samantha ao lado dela, em cada acontecimento inusitado, em tempos felizes ao lado do seu primeiro amor e dando a risada sonora que eu tanto amava.

Poderia não ser verdade ou apenas os hormônios, poderia não ser nada do que eu estava vendo e sim ser apenas uma conversa normal entre amigos, sobre lembranças.

Mas novamente, Como não acreditar em algo que não existe se você vê?

.

—Nossa eu não me lembro de ter rido tanto assim.

Hellen me tirou dos pensamentos se ajeitando no banco de trás com Amber e Ben, que tinha nos pedido carona. Eu estava com as chaves então me apressei em sair assim que todos se acomodaram.

—Eu também, aquela garota, a Emily ela é de mais.

—E lésbica! —Amber disse, dando voz aos meus pensamentos.

—Eu sei, assim como 90% das pessoas na quela festa faziam parte de alguma sigla e eu não estou julgando.

Amber comentou mais alguma coisa sobre a festa e os outros seguiram os comentários depois de deixar Ben em casa e quando achei que o assunto tivesse mudado, Hellen continua.

—Mas certo, se não fosse a amiga das meninas eu não teria ficado tanto tempo numa festa sem bebidas alcoólicas. —Ela riu— Ela era mesmo assim animada o tempo todo, Sam?

—Bastante. —Samantha respondeu sem muito interesse olhando para rua.

—E você já a conhecia, Liza?

—Nos esbarramos no supermercado uma vez. —Samantha me olhou de relance e sorriu.

—Gostei do astral dela, Samantha devia chama-la numa de nossas saídas.

Eu ri sem humor enquanto estacionava em minha vaga.

—Melhor não. —A morena respondeu quando desliguei o carro.

—Porque não?

Samantha não respondeu e como Hellen Aida esperava uma justificativa eu dei.

—Porque estar numa roda com a ex namorada e a atual acidentalmente é uma coisa, daí a convida-la para sair já é um pouco de mais não acha?

 Bati a porta do carro, um tanto mais forte que o necessário, e segui para a entrada abraçando meu corpo , tinha ficado frio de mais para parar e espera-las.



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