História Don't Belive in Fate. - Are you kidding me?

"Que papo é esse de ex e atual?" Hellen perguntou entrando no meu quarto logo depois de eu tirar os sapatos.

Esperava que Samantha me seguisse… na verdade era totalmente esperado que a Hellen viesse também.

—É isso mesmo que você entendeu, Hell.

—Mas co.. —a loira parou quando a olhei de canto— Horrível, não sei o que a Sam viu nela, Mulher sem sal não é?!

—Você é a melhor! —Eu ri

—Eu sei —ela deu o seu sorriso convencido— Mas me conta, como a Sam te falou isso?

E então eu contei toda a história a ela, desde o supermercado, o que descobri em Santa Barbara e todos os meus conflitos internos que julguei loucos de mais para falar em voz alta, até para minha melhor amiga.

—E então, qual a parte louca?

—Você estava me ouvindo esse tempo todo?

—Sim, mas pra mim tudo que disse até agora é normal. Elliza, ela foi a primeira namorada, a primeira que ela amou de verdade, como você disse, é claro que dá ciúmes, bate uma insegurança, um medo talvez, mas isso é normal. —suspirei— E ainda conhecer a pessoa e só confirmar tudo que já te disseram dela? Amiga, vai por mim eu conheço pessoas que estariam bancando a louca de verdade por menos que isso e não estou falando só de mim.

Eu ri.

—Mas algo me diz que fiz de novo. Senti ciúmes e me calei só pra depois explodir com ela.

—Ah, tudo bem ela vai entender, põe a culpa no seu ciclo menstrual.

—O meu o quê?

—O seu ciclo, achei que os casais lésbicos compartilhavam isso, deus, até eu sei quando você está.

—Você é minha melhor amiga, né.

—E então? A Samantha não é só uma versão melhorada de mim com quem você tem sentimentos românticos e um bom sexo?

—Okey Hellen, agora você vai me contar de onde tira essas idéias malucas.

Deus, como eu agradecia por ter aquela loira louca em minha vida.

Quando em fim consegui parar de rir deixamos o quarto e fomos pro terraço já que o restante da casa estava vazia. Encontramos Samantha e Amber na parte externa, conversando e rindo como nós há minutos atrás.

—Parece que alguém arranjou sua própria "Hellen"!

Observei.

—Bonitinhas.

Depois de ficarmos alguns minutos observando as duas e apontando os pontos físicos em comum, elas entraram.

#

Mais tarde depois do jantar, quando finalmente ficamos a sós no carro a caminho do apartamento da Sam, eu toquei no assunto.

—Desculpa.

—Tudo bem. —Ela respondeu com um sorriso torto e os olhos na rua.

"Tudo bem" pela primeira vez ela não disse "pelo quê?", Será que ela apenas sabia o que era ou dessa vez ela tinha mesmo se importado. E fiquei pensando nisso em silêncio durante o caminho.

Samantha me olhou uma ou duas vezes, mas não devolvi o olhar. Quando chegamos ao prédio ela me deu as chaves quando passamos da entrada.

—Esqueci uma coisa, já volto.

—Onde, no carro? Eu seguro o elevador.

—Não, pode subir eu já te encontro.

Isso não aconteceu, depois de 20 minutos eu já ligava pela segunda vez e dessa vez ela disse que já estava no prédio.

POV Samantha

Peguei o elevador passando as mãos pelos cabelos meio úmidos, tive que correr alguns metros na chuva, mas tinha conseguido e carregava a embalagem descartável em minha mão como um troféu.

Abri minha porta em silêncio e deixei o casaco molhado no hall agradecendo por Elliza ter ligado o aquecedor.

—Graças a deus, onde você estava?

Elliza apareceu no fim do corredor com uma rulga de preocupação e eu sorri.

—Desculpe não era pra demorar.

—E onde estava? Você tomou chuva, Sam?

—É, um pouco —sorri culpada— bom a loja de tortas aqui perto que você adora, estava fechada, então eu fui naquela bakeshop da Madson e adivinha, eles tinham cheseecake de frutas vermelhas e blueberry!

Entreguei a embalagem um pouco molhada.

—Não acredito que estava na rua a essa hora procurando cheseecake.

—Mas é o seu preferido, Amor. —choraminguei.

—Eu sei e eu adorei. mas não precisava.

E então ela sorriu.

—Sim precisava, você não estava feliz mais cedo e eu te entendo, não tinha algo que eu pudesse fazer, mas eu queria fazer algo nem que fosse achar sua torta favorita às dez é meia da noite.

Antes que eu terminasse de falar ela sorria e depois de colocar a embalagem de lado ela se colocou sobre as pontas dos pés para passas os braços em volta do meu pescoço e me dar um beijo demorado.

—Você é a namorada mais linda que existe.

Ela sussurrou em meus labios.

—Claro que sou.

Ela riu.

—Estou ofendida com a felicidade que você está comendo isso.

Falei quando ela veio para o sofá toda sorridente com seu pratinho, depois de trocarmos de roupas.

—Não era essa a sua intenção? — riu— quer um pouco?

—Não, obrigada, já ultrapassou minha cota de glicose hoje.

—Hm, outro dia você não parecia se importar muito com isso.

Ela limpou os lábios com a língua e juntei aos pensamentos de outra noite e sorri.

—É, aquele dia o doce estava no seu corpo, não era algo que eu recusaria. Pisquei.

Elliza sorriu e voltou a comer e eu a checar meus emails, a maioria eram da minha chefe me pedindo várias confirmações sobre o evento da próxima semana e ultimamente eu estava odiando esse lance de ser seu braço direito, eu tinha até colocado meu celular no modo avião durante a tarde e agora chegavam dúzias de mensagens. Algumas mensagens lidas e ignoradas depois Elliza disse que tinha terminado e quando a olhei ela tinha os labios sujos com calda vermelha e sorria.

Mordi meu lábio e a chamei com o indicador. A ruiva veio sorridente engatinhando sobre o sofá e ela parecia uma vampira com um pouco de calda escorrendo no canto da boca, mas antes que caísse eu trouxe sua boca pra mais perto eu passei a língua devagar por seu queixo e lábios lambendo qualquer vestígio. Elliza ajeitou seu corpo sobre o meu e eu não deixei que seus lábios se afastassem dos meus, estavam deliciosos. Escorreguei minhas mãos por seus braços de leve e senti seus pêlos eriçar levei as mãos para sua cintura e arranhei de leve por baixo da blusa, ela gemeu entre o beijo e eu sorri. Elliza desceu os beijos e mordidinhas do queixo até o meu pescoço onde se concentrou, joguei a cabeça um pouco para trás facilitando para ela. A verdade era que eu adorava seus lábios em meu corpo, tinham um toque suave e quente que fazia meu corpo desmanchar, e já que era pra ajudar eu me sentei com ela em meu colo e levantei os braços para que tirasse minha blusa. Assim que ela tirou a peça meu celular tocou, era a Joy, silênciei o aparelho ao lado e me atentei a deixar minha namorada do mesmo jeito que eu. Elliza usava um sutiã vinho e eu tive que comentar o quanto ela ficava linda com aquela peça, claro que isso não me impediria de tira-lo. Isso não, mas a minha chefe sim, a tela do celular sobre a mesinha mostrava outra chamada. Dessa vez Elliza o pegou para mim.

—É melhor atender, deve ser importante.

—Desculpa por isso.

—Relaxa, amor.

"Oi, Joy" atendi, Elliza beijou meu ombro antes de ir buscar uma garrafa dágua.

POV Elliza

Quando voltei a sala Samantha já estava de óculos e com o notebook ligado sob a mesinha, Samantha não tinha a mesma neura que eu, em qualquer lugar da casa ela trabalhava menos no seu cantinho home office. Agora se bem que eu não reclamava nem um pouco, sentada em uma das poltronas novas, fiquei a admirando. Samantha estava sentada sob uma perna no canto do sofá, de sutiã preto e calça de malha. O cabelo jogado de lado deixando totalmente a mostra seu pescoço e o colo, e eu tinha um fetiche por essa área, talvez fosse por termos sido interrompidas, ou por Samantha ser naturalmente a mulher mais desejável do mundo, mas aquela situação estava me deixando mais excitada, até a forma como ela dizia ao celular "Aham" "isso" era totalmente erótico pra mim. Eu brincava com a garrafa em minha boca e imaginava diversas coisas quando Samantha me olhou e sorrio, em vez de sorrir de volta eu mordi meu lábio inferior e soltei devagar encarando a morena que ainda tinha o celular na orelha, mas sua atenção era toda minha. Coloquei uma perna sobre a poltrona ainda brincando com a garrafa em minha língua, "sem querer derramo o restinho de água da garrafa e escorre entre os meus seios. fiquei de pé e Samantha me olhava faminta enquanto eu passava a mão por meu abdômen tentando secar, tencionei abaixar o elástico da calça que vestia e então a morena se apressou em chamar a atenção de sua chefe no telefone.

—Nem pense nisso.

Falei num tom baixo, mas sério e ela uniu as sombrancelhas sem entender. Me aproximei e cochichei.

—Continua e eu continuo.

Ela levou uma mão ao rosto e sorrio balançando a cabeça negativamente.

Me virei de costas e abaixei a calça, me curvando devagar mais para instigar e depois joguei a peça em sua direção. Ela disse algo ao telefone que nem eu entendi e dei um riso mudo.

POV Samantha

Elliza estava brincando comigo? Ela sabia que eu já teria desligado, mesmo que eu me encrencasse depois, mas ela queria me controlar o sorriso que ela tinha estampava o quanto estava gostando. ela estava querendo testar meu autocontrole ou eu estava descobrindo um novo fetiche da minha namorada?

Ela chegou perto o suficiente para eu a tocar, deslizei as pontas dos dedos em sua barriga e ela sorriu mordendo os lábios, desci por cima da calcinha, passando para coxa e antes que eu pedisse ela se virou de costas, eu apertei seu bumbum redondinho e não me contive, estalei minha mão em um lado e o barulho e o gemido de Elliza chamaram a atenção da minha chefe do outro lado da linha.

—Oi Joy, tudo bem sim. então pode dizer os nomes que confirmo com a minha.

Graças a deus eu tinha aquela lista decorada de tanto acrescentar nomes.

Porque as coisas que minha linda e louca namorada fez a seguir, não me permitiam desviar os olhos.

Depois de tirar a minha calça e fazer um lap dance sem música em meu colo, Elliza se sentou novamente dessa vez de frente para mim e atacou meu colo com beijos fazendo caminhos do ombro ao pescoço e de lá aos meus seios. Eu tampava o microfone para ela não ouvir os ruídos, eu deveria desligar eu sei que devia, mas deus, aquilo estava tão bom, eu me limitava nas confirmações, tinha certeza que algo além do "uhum" e "sim" me entregariam.

POV Elliza

Esgueirei minhas mãos pelas costas de Samantha e abri o fecho no seu sutiã, "Você esta louca? Claro que está" ela cobriu o microfone pra dizer e eu apenas confirmei sorrindo. A sensação daquilo era ótimo, o jeito que ela estava, uma mistura de prazer e apreensão me dava mais vontade.Tirei a penúltima peça e desci meus lábios por seus seios, sua respiração pesada era completamente audível e eu sentia que a qualquer momento ela desligaria na cara da chefe. Eu já não estava me importando com isso aquela brincadeira só estava piorando o seu estado e eu estava louca para descobrir o que ela iria fazer. Apertei e massageei um seio com a mão e com a boca eu sugava o outro sem tirar os olhos dela.

"Sim.. Não!" Ela disse a última palavra quase num grito e eu abafei o riso.

"O que foi?" Pude ouvir a voz na linha.

—Nada, desculpe —samantha respirou fundo— esse último nome não está mais na lista, você pediu pra que eu tirasse.

Samantha pediu com a mão para que eu esperasse e dessa vez eu obedeçi.

—Ok, eu recoloco sim... Não, está tudo certo… tudo bem Joy, agora eu vou descansar um pouco… nos vemos amanhã, foi um prazer te ajudar.

Ela desligou o aparelho e respirou antes de me encarar.

—Você é inacreditável sabia?

Sorri culpada.

—Eu estava com vontade de você.

—Você estava com vontade de me torturar isso sim.

—Foi bem divertido.

Mordi o lábio sorrindo.

—Foi é? Mas agora você tem que aguentar as consequências disso.

—E o que isso quer dizer?

—Oh baby, pra que a pressa?

Samantha ficou de pé e eu passei os braços em seu pescoço, ela envolveu minha cintura com as mãos e os meus labios com os seus num beijo tão calmo que deixei um gritinho fugir quando do nada ela agarrou minhas coxas e me colocou em seu colo.

—Agora é a minha vez de brincar com você.

Iniciamos outra sessão de beijos, agora mais quentes e rápidos, eu não abri os olhos mas sabia para onde estávamos indo, meu céu ou meu inferno. Talvez os dois.