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História Don't Belive in Fate. - A Just Coffe


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Como pedido estou postando mais capítulos por vez. divirtam se <3

Capítulo 4 - A Just Coffe


Às seis e meia o despertador tocou. Me arrumei, cuidei do Joe  e saímos.
A manhã estava tipicamente aquecida, adoro o verão de Nova Iorque, as pessoas saem de suas tocas, o parque fica cheio de novos aspirantes a esportes. E no domingo então a grama fica colorida mais que em qualquer dia da semana, repleta de toalhas de piquenique mesmo no começo da manhã.
Me alonguei por alguns minutos e coloquei meus fones e partimos numa corrida tranquila pela travessa 79 , seguindo nas alamedas principais por uma meia hora e depois até o Shakespeare  Garden  onde dei uma pausa. Comprei uma água e soltei a guia deixando Joe correr um pouco sozinho, e me sentei na grama admirando a vista.
Tirei uma foto da visão que eu tinha do gramado verde sercado por árvores e os primeiros raios de sol por detrás dos predios deram um charme especial, decidi enviar a foto para as meninas. Enquanto selecionava os contatos Hell, Amber e Ben apareciam primeiro e um pouco mais a baixo o de Samantha como sugestão. acabei marcando os quatro e mandei. Joe veio para perto de mim só para beber água e voltou a correr com o Golden de um casal sentado próximo a mim e eu recebi a primeira resposta.
"OK baby eu admiro sua força de vontade e a foto é linda mas eu prefiro dormir, me chame depois das 13h"
Tipicamente Hellen.
Quando eu estava me preparando para voltar outra notificação chegou. Samantha dessa vez.
"O que você esta fazendo a essa hora?"
Tirei outra foto dessa vez pegando meus pés com os tênis de corrida e Joe ao fundo se aproximando.
”Correndo com ele, e você?"
"Que animação, estou criando coragem para levantar"
Ela respondeu junto com uma foto na cama apenas dos pés com meias de gatinho.
"Já estamos voltando e adorei as meias, rs"
Coloquei Joe novamente na guia e voltamos a correr, dessa vez por uma das trilhas atrás do Belvedere Castle até a travessa 79 novamente e seguimos para casa.
Conferindo o APP no celular o percurso foi de pouco mais  que dois quilômetros, bem tranquilo, também percebi outra mensagem de Samantha.
"Topa um café?"
O pensamento de vê-la novamente me fez sentir uma pontada no estomago, não pensava em encontra-la antes da próxima sexta.
Talvez fosse melhor encontra-la de dia, sem efeito de bebidas, luzes baixas e looks sexys.
"onde?" mandei
Era um café apenas.
a final é isso que amigos fazem e era isso que eu queria que fossemos não é?
Nós marcamos no Dunkin' Donuts há dois quarteirões do meu prédio em meia hora.
Cheguei em casa, deixei meu companheiro no terraço e fui para o banho.
Ainda enrolada em uma toalha eu procurava o que vestir.
Olhei para um lindo vestido floral de alças finas e perfeito para o verão.
—Nada de vestidos Liza – pensei em voz alta
E assim foi pelas saias, golas v e transparências.
Por fim decidi por uma blusa verde água sem mangas mais comportada e um Jeans claro.
Calcei as sandálias pensando que nunca teria toda essa duvida para sair com Hellen.
Sem maquiagem apenas  soltei o cabelo. Coloquei os óculos de sol, peguei minha bolsa e desci.
#
Cheguei três minutos atrasada, mas não importava Samantha também não estava lá, caminhei distraidamente olhando vitrines de lojas próximas e alguns minutos depois recebi uma mensagem de Samantha perguntando se eu já tinha chegado.
Olhei em direção ao café e não foi difícil encontrar a Morena alta mexendo no celular, sua pele era ainda mais clara do que eu lembrava e a camisa preta de tecido fino realçava mais ainda. Caminhei em sua direção e toquei seu braço, ela se virou e tirou os óculos como para me olhar melhor.
— Você é muito mais ruiva no sol.
—e você é muito mais branca.
—é eu não tomo muito sol – ela riu.
O lugar não estava muito cheio para um domingo, mas pegamos nossos pedidos e fomos ao segundo andar para sentarmos numa das mesas na janela.
—você vem muito aqui?– ela perguntou quando mostrei a mesa que eu estava procurando.
—Não, mas quando venho esse é meu lugar preferido.
O andar superior era mais tranquilo e das enormes janelas dava para ver o movimento da Park Ave.
Eu tinha pedido um café grande e um bolinho de cenoura e Samantha Café e mini rosquinhas açucaradas. Eu ri assim que ela abriu a embalagem das rosquinhas e me olhou como se esperasse minha aprovação.
—Eu preciso de muito açúcar pra começar o dia. – falou antes de dar uma boa mordida em uma.
—E eu de muito café, vá em frente. – ela sorriu limpando o resto de açúcar no canto da boca.
—E então quantos quilômetros você fez hoje?
— Dois, com o Joe eu pego mais leve.
— Ah sim, ele é muito fofo.
—É sim.
—Eles são mesmo criaturas adoraveis. eu tive apenas um animal de estimação na vida, uma poodle chamada Angie, e ela viveu uns dezessete anos com a gente. – ela sorria como se revivesse a lembrança– crescemos juntas e depois que ela se foi eu não tive coragem de substitui-la. Ninguém lá de casa teve.
—imagino. Joe é meu primeiro cachorro, minha mãe amava gatos e já tivemos até quatro de uma só vez, motivo pelo qual nunca pude ter um cachorro. –tomei outro gole de café– assim que recebi as chaves do apartamento, antes mesmo de mobiliar a casa eu fui a um abrigo de animais e adotei Joe com menos de seis meses, foi amor à primeira vista, nós dormíamos num colchão no meio da sala vazia e hoje não me imagino sem ele.
—Que amor.- ela sorria de leve.
—Minha irmã veio morar comigo depois, o apartamento foi um presente para nós duas e nós brigávamos quase que diariamente por causa do vicio de Joe por tudo que era dela e fui obrigada a conseguir um adestrador.
— Nossa. –ela riu– você mora com sua irmã?
—Não, foi logo quando me mudei para cursar a faculdade e ela estava no último ano e estava tendo problemas com colegas de quarto então ganhamos o apê de nossos pais e então eu passei a ter problemas com colega de quarto –Samantha ria- foram os piores dois anos da minha vida. Mas depois Maggie conheceu um alemão e um pouco depois se casou, hoje ela mora em Berlim e nos falamos pouco. –Provei meu bolinho— você tem irmãos?
—Tenho dois, David que é casado e mora em LA e Shawn que tem 12 e mora com meus pais em Santa Bárbara.
— você deve ser a ovelha negra da família por Trocar a Califórnia por Nova Iorque.
—sabe como é eu não me encaixava lá – ela disse rindo e apontando para o Braço. —pálida de mais.
Nós duas rimos.
—Como foi crescer em Nova Jersey? Nunca fui lá.– Ela perguntou mechendo o café.
—Normal eu acho, morávamos em uma rua fechada onde todas as casas eram praticamente iguais e sem cercas o que me permitia passear pelas propriedades que era o que eu mais gostava de fazer quando pequena.–bebi um pouco do café olhando pela janela- quando cresci senti que não pertencia mais aquele lugar e o dia que recebi a carta da  Universidade de Columbia foi o mais feliz de minha vida. – ela ria me olhando.
—Entendo, seus pais ainda moram lá?
—Não, quer dizer a casa está lá e alguém cuida dela. Minha mãe publicou alguns livros de auto-ajuda ao longo da vida e desde que eu e Maggie saímos de casa eles viajam o mundo em feiras e conferências, da última vez que falei com eles estavam em algum lugar do Canadá.

Ficamos nesse clima íntimo compartilhando eventos engraçados da infância. De acordo ela se abria eu percebia o quanto sua família era importante para ela em especial sua mãe, elas pareciam ser bem próximas.
Samantha gesticulava bastante enquanto contava uma história sobre seus irmãos, como para dar ênfase no que narrava, e nesses movimentos a parte desabotoada de sua camisa deixou seu decote mais a mostra e eu podia ver uma pontinha de renda vermelha, tive certeza que ela não teve o mesmo conflito que eu para se vestir, desviei meu olhos rapidamente mas era tarde Samantha já  me olhava sorrindo, eu apenas  virei o rosto para janela tentando esconder o constrangimento por ter sido pega. Ficamos nessa por alguns minutos apenas rindo sem tocar no assunto.
— você tem planos para hoje? –ela irrompeu o silêncio.
—Depende do que você quer fazer.
—Quer dizer que se for algo que você não queira me acompanhar então magicamente aparecerá um compromisso urgente?–ela ria.
—Mais ou menos – pisquei para ela.
—Tudo bem, preciso mobiliar meu cubículo e eu nem sei por onde começar e como você disse que mobilou sua casa, estava pensando se poderia visitar algumas lojas comigo.
— Está me chamando para fazer compras?
—Acho que sim. Você quer?
—Bom acho que tenho o dia livre.
—Não brinca. –ela fingia surpresa.
— Só espero que a Miles te pague muito bem. – nós riamos.
#
Depois que terminamos de comer fomos a pé pela Park ave em direção ao Shopping mais próximo. Enquanto caminhávamos recebi uma mensagem da Hellen.
"OK. não consigo dormir mais, o que você esta fazendo? E não me diga que ainda está no parque" eu ri.
—você já se comprometeu comigo- Samantha falou encarando o aparelho em minhas mãos.
—Venha cá Sam–eu disse puxando a para uma selfie, e ela olhou para câmera. Ficar tão perto dela não parecia ser mais tão difícil– Hellen quer saber o que estou fazendo –informei e mandei a foto.
—Vocês parecem ser inseparáveis.
—é sempre assim quando ela está de bom humor.
Segundos depois o celular tocou e Samantha riu alto.
—Oi Hell.
—É um encontro?
—Não. Não é. só estou ajudando Samantha a escolher moveis para o apartamento dela.
—Hm. Não sei se acredito em você – eu ri—me avise quando estiver em casa.
—ok Hell eu aviso
—E não se esqueçam de testar o sofá antes de comprar.
— bye Hellen – desliguei antes que ela falasse mais alguma coisa.
—Ela parece ser divertida. – Samantha disse enquanto nos aproximávamos do shopping
—Ah você não faz ideia.
Chegamos ao local e fomos à primeira loja que era enorme, e tínhamos mais chances de encontrar tudo em um só lugar.
—ok do que você precisa? –perguntei
—De uma mesa pequena, cadeiras, sofá, aparador para TV, e também duas daquelas cadeiras de varanda.
—Ah você tem uma varanda.
—Na verdade não mas sempre gostei daquelas cadeiras. –rimos.
—tudo bem,vamos por partes.
—Que tal começarmos pelo sofá?– ela disse indo em direção a alguns no mostruário e a última frase da Hellen ecoava na minha cabeça.
Um dos vendedores nos mostrava o terceiro sofá, Samantha tinha odiado os anteriores, esse era de cor cinza escuro todo em camurça e de quatro lugares e um dos mais confortáveis da loja segundo o vendedor, ela sentou-se no sofá deslizando as mãos pelo estofado.
—experimenta Liz, acho que gostei desse.
Sentei ao lado dela, e o móvel era mesmo maravilhoso.
Ela ficou com o sofá e fomos em busca dos demais móveis.
#
Depois de quase uma hora tínhamos escolhido tudo que ela tinha dito e mais algumas coisinhas, passávamos pelo espaço das camas quando o vendedor parou a nossa frente.
—Vocês já escolheram a cama?
— você esta pensando em trocar sua cama também? – perguntei inocente para Samantha e ela tentava segurar o riso.
—Não a minha está ótima.
—Oh me desculpe pensei que estivessem... Que fossem um casal –ele se enrrolava nas desculpas e só então entendi o riso de Samantha
—ah nós? Não! Nós só estamos... Só estou ajudando minha amiga. –Samantha ria.
Estávamos seguindo o vendedor até sua mesa para finalizar a compra e Samantha ainda ria da cena anterior quando passamos por uma parede longa com quadros diversos e um em especial me chamou a atenção era a imagem de uma paisagem praiana formada por inúmeros desenhos de copos minúsculos com bebidas coloridas.
—Acho que já encontrei meu presente de casa nova.
—Ah que isso, não precisa.
—Mas eu quero, é pra você olhar quando sentir saudades de casa.
Depois de muito insistir ela aceitou o presente. Samantha fechou a compra e deixamos o local, ela não escondia a felicidade por conseguir encontrar tudo.
—Nem acredito que em uma semana meu cubículo vai ter cara de casa. Obrigada por vir comigo Liz.
—Não foi nada. –Eu sorri, ninguém nunca tinha me chamado de Liz– Eu vou te visitar quando tudo chegar.
—Claro que sim você quem vai pendurar seu presente.
Ela disse jogando o cabelo de lado e colocando os óculos de sol, E os pensamentos que tentei evitar durante toda a manhã invadiam minha mente, Não tinha como ignorar tamanha beleza assim tão de perto.
Meu celular tocou.
—Fala Hell.
—você ainda está com Samantha?
—sim.
—Ah, Amber está vindo para o almoço, vocês duas poderiam vir também.
—Ah você e Amber estão superamigas heim? Não roube minha estagiária. –ela ria.
—Ela já faz parte da família, e então vocês vem?
—Não sei, o Ben vai?
—Não chamei.
—ok deixe me perguntar. –afastei o aparelho e toquei o ombro Samantha que olhava uma vitrine – Tem mais alguma coisa para fazer? Hellen chamou para almoçar na casa dela.
—Ah não se preocupe comigo, pode ir.
—Não estou me livrando de você, ela convidou a nós duas.
—Entao nesse caso eu vou adorar conhece-la.
Voltei ao telefone
—Hell? Estamos indo.
—ok.
—Tenho que pegar o carro no estacionamento primeiro, onde ela mora?
—Uma rua antes da minha. –respondi e ela riu.
Pegamos o carro de Samantha, comprei algumas latas de refrigerante e seguimos para a casa da Hellen.
Estávamos esperando o elevador quando Samantha tocou meu braço.
—Posso te fazer uma pergunta?
—claro – respondi olhando os números mudarem no painel do elevador.
—porque você perguntou se seu amigo viria antes de me chamar?
—ouvindo conversas é sério?
—Não era algo que eu pudesse evitar você estava do meu lado.
—ok, bom Benjamin tem pisado na bola e eu ainda estou chateada com algumas coisas que ele disse ontem.
—Ah.
—vai ficar tudo bem só não quero vê-lo hoje.
O elevador chegou e nós entramos.

POV Samantha

Elliza tocou a campainha e uma mulher loira e muito sorridente apareceu assim que a porta se abriu. Hellen.
— Hey, meninas. Liza você já sabe o caminho–ela disse dando tapinhas no ombro de Elliza. – e você é a famosa Samantha, eu entrevistei você. –ela me puxou para um abraço– bem vinda.
— é um prazer te conhecer, não sabia de minha fama. –eu sorri nos afastando– Podem me chamar de Sam.
—Não dê ouvidos a Hell –Elliza gritou de algum lugar
—Fique tranquila ela falou muito bem de você – ela sussurrou para mim.
Eu realmente queria saber o que ela tinha falado de mim, não por averiguação, só como ela tinha falado para seus amigos da garota que conheceu no bar dois dias atrás. Eu queria saber o que ela realmente pensava de mim.
Hellen me levou a cozinha onde uma garota de cabelos castanhos com avental, mais nova que todas nós julguei, veio me cumprimentar.
—olá, sou Amber e obrigada por desistir da entrevista. –todas nós rimos.
—ah não a de quê. – apertei sua mão.
—OK Liza pegue um avental– Hellen disse a encarando depois de me indicar uma poltrona.
—achei que eu tivesse sido convidada para almoçar e não para prepara-lo. –Elliza disse com desanimo. e me lançou um sorriso se levantando da poltrona ao meu lado.
—Eu cozinho, posso ajudar em alguma coisa?– me levantei atrás dela.
— Não não você é a verdadeira visita aqui e visitas não trabalham. –ela ria.
—Bobagem– Hellen gritou – eu estou nessa cozinha a quase uma hora e é um alívio ter alguém que entenda alguma coisa disso aqui, deixe a se enturmar.
—ok. –Elliza disse por fim
Prendi meu cabelo e fui para cozinha, Elliza me ajudou com o avental enquanto eu lavava minhas mãos e eu ri de sua tentativa de amarra-lo em minha cintura sem me tocar.
—o que vocês estão tentando fazer? –perguntei.
— essas lasanhas a bolonhesa e quatro queijos– ela disse virando um iPad sobre o balcão para mim com as receitas na tela.– já fizemos uma pequena para testar mas algo deu errado.
—Tudo bem, eu posso cuidar disso.
—sério? eu preciso mesmo de um banho.
—aham, pode deixar.
Hellen limpou as mãos em um pano sobre o balcão e saiu.
Enquanto eu tentava limpar a bagunça para começar a trabalhar Elliza se aproximou de novo.
—Deixa eu te ajudar – falou retirando os utensílios sujos e colocando na lava louças.
passei um pano no balcão e organizei os ingredientes.
—Quer dizer que você sabe cozinhar?–ela perguntou  me observando.
—Na minha família é quase um requisito, minha mãe é francesa e meu pai é italiano, comida e vinho está no sangue.
—então lasanha é a coisa mais fácil do mundo para você.
—Provavelmente.– eu ri.
—eu nunca aprendi a cozinhar bem, só mesmo o básico para não passar fome.
—Ah não seja por isso, venha cá –dei espaço para que ela viesse para o meu lado– eu vou te ensinar.
Elliza se aproximou e eu a ensinei cuidadosamente cada passo, nossas mãos se esbarraram algumas vezes e ela se desculpava em todas elas, eu ria do quão nervosa isso a deixava.
Na hora da montagem das receitas Elliza já estava bem mais a vontade e parecia não se importar mais quando  distraidamente nosso corpo se tocava. era sem querer não era?
—tudo bem agora vamos montar a de quatro queijos que é um pouco mais chata. –eu disse pegando outro refratário pequeno e coloquei a primeira parte.
—por que mais chata?
—Porque a densidade dos recheios não são muito diferentes e é preciso cuidado para que eles não virem um só.
—então acho melhor eu só olhar.
—Não, eu te ajudo.
Puxei Elliza para mais perto me posicionando atrás dela e a entreguei o bow com o segundo recheio. ela não reclamou da nossa proximidade.
Hellen e Amber estavam no comodo em frente conversando no sofá, de costas para nós, sobre algo que assistiam na tevê, volta e meia nos olhavam discretamente.
Elliza segurava o bow com uma mão e eu coloquei minha mão sobre a dela que segurava a espátula e conduzi delicadamente seus movimentos. Eu estava tão perto do seu pescoço que conseguia identificar as notas doces de seu perfume. Fizemos isso com todos os ingredientes. Eu me afastei quando terminamos e percebi seu corpo endireitar–se.
—agora é só leva-las ao forno por uns vinte minutos e pronto. – falei enquanto pegava os dois refratários e colocava no forno pré aquecido.
Limpamos rapidamente nossa pequena sujeira e fui me juntar as meninas na sala e Elliza foi ao banheiro.
elas conversavam sobre apartamentos, pelo que entendi Amber estava procurando um próximo da li.
—O que aconteceu com a casa de sua tia? – Elliza disse voltando a sala e sentando sobre uma das pernas ao meu lado no sofá, eu estava adorando nossa proximidade.
—Minha tia vai voltar para Jersey  em algumas semanas então estou procurando outro lugar e seria ótimo se fosse aqui por perto.
—Eu posso dar uma olhada no meu prédio –falei e Amber me olhou– é bem no comecinho do Lenox perto do zoo, quando me mudei tinham outros dois apartamentos de Apenas um quarto, posso ver se ainda estão disponíveis e a aviso a Liz –olhei para Elliza rapidamente e ela assentiu com a cabeça.
—obrigada seria ótimo.— Amber vibrava na poltrona.
#
O timer do forno apitou e eu fui conferir, Hellen e Amber colocaram a mesa enquanto Elliza me ajudava a servir.
—Maravilhoso –Hellen dizia cobrindo a boca após a primeira garfada e todas concordaram.
—Que bom que vocês gostaram.
—Pelo sabor parece dar muito mais trabalho do que realmente da– Elliza disse e abriu uma lata de refrigerante e derramou no meu copo e no dela.
—Bom Liza, espero que tenha aprendido tudo, porque você eu posso forçar a cozinhar para mim.– todas rimos.
O almoço seguiu assim, divertido e descontraido.

Mais tarde voltamos ao sofá, quatro mulheres e a conversa rolava solta, pude presenciar Elliza totalmente vermelha quando lembraram da noite no pub, e ela me deu um soco de leve quando contei que tinha percebido todo o jogo e que se ela estivesse sóbria também perceberia.
#
As horas passavam e a conversa parecia não ter fim, já tínhamos migrado para a varanda. riamos descalças e sentadas sobre almofadas no chão com uma garrafa de vinho no centro da roda. Elliza estava sentada próxima a grade  com as pernas esticadas e eu estava deitada com a cabeça em seu colo apenas observando o volume da garrafa diminuir, claro que provei um pouco eu não dispensaria um bom vinho. minha casa estava a menos de dez minutos de carro dali e eu não seria parada em meu curto percurso, mas não passei de uma taça, eu estava mais interessada em observar o modo descontraído com que Elliza se comportava com as amigas, eu adorava o jeito que ela ria e o movimento que sua barriga fazia quando ela ria, volta e meia ela passava a mão em  meus cabelos e se não fosse o tom alto da conversa eu certamente pegaria no sono com o toque suave.
Eu estava completamente em duvida, eu soube que ela era hétero desde nossa conversa no pub e eu sabia por experiência  que deveria correr disso, mas eu não conseguia, mesmo se ela não me correspondesse em nada eu não conseguiria. Eu não me importava que fosse para sermos apenas amigas ou seja lá o que ela quisesse que eu fosse para ela, eu seria.
porque como Hellen disse mais cedo era nosso destino nos conhecer, e alguma coisa boa tinha que vir disso.



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