História Don't Belive in Fate. - Kiss Me Like a Wanna Be Loved.

“...E o jeito com que seus olhos percorreram toda extensão do meu corpo fez valer a pena cada minuto naquele closet.”

 

—Olá – ela disse depois de se aproximar e nos cumprimentamos com um abraço rápido, e quando nos afastávamos ela voltou a me olhar. Os olhos verdes agora escurecidos me encaravam e um sorriso branco cintilou entre seus lábios vermelhos.

—vamos? –falei devolvendo o sorriso.

O lugar hoje estava mesmo cheio as mesas completas e muitas pessoas em pé no espaço vazio que tinha entre a área das mesas e o bar, O show já tinha começado, a banda tocava o finalzinho de Start me up¹ e a plateia aplaudia.

Samantha e eu nos espremíamos entre as pessoas até o final do bar próximo a entrada dos banheiros que não tinha quase ninguém já que não dava para ver o palco. Outra música começou, Samantha disse alguma coisa e eu fiz sinal que não tinha entendido e ela se aproximou.

—Vou buscar umas cervejas– ela disse ao meu ouvido e eu fiz que sim com a cabeça.

Ela se afastou e eu a acompanhei com os olhos, Samantha se curvou sobre o balcão para falar com um dos barmans numa posição muito sugestiva, o que não chamou só minha atenção como a de um cara no bar que se aproximou quando ela voltava à posição normal esperando as bebidas. Ele encostou bem próximo dela e disse alguma coisa e os dois sorriram, aquela cena fez meu estomago queimar,depois que ela pegou as cervejas o cara tentou se aproximar de novo e ela apenas se afastou e veio em minha direção.

—Vem comigo?– ela disse ao meu ouvido depois de me entregar a garrafa.

—pra onde?

Ela não me respondeu, apenas pegou minha mão e me levou alguns passos próximo as portas dos banheiros e abriu outra porta e me puxou para dentro.

—onde est...

—Relaxa – ela me interrompeu rindo e fechando a porta atrás de nós.

Subimos uma escada estreita de metal apoiando nas paredes, no último degrau Samantha pegou de novo minha mão e me levou até uma área pequena, a superfície também era de metal e eu ouvia o barulho de nossos saltos.

O espaço parecia um tipo de varanda com vista para o palco e a julgar pelas caixas, engradados e equipamentos de som espalhados aquilo era uma espécie de deposito com vista privilegiada, me juntei a Samantha que se apoiava na grade de segurança.

—e então? – ela disse encostando nossos braços, ali não tinha o mesmo barulho de lá de baixo, mas a música altaainda não permitia que nos comunicasse sem estarmos bem próximas, coisa de que eu não estava reclamando.

—bem melhor, como sabia desse lugar?

—eu disse que conheço os donos do lugar, sempre assisto os shows daqui. — ela bebeu um gole de cerveja.

Fiz o mesmo e voltei a atenção para o palco pensando em quantas vezes ela teria aproveitado a privacidade daquele lugar.

—Ta pensando em que? – ela disse encostando sua garrafa na minha.

—Tentando imaginar quantas mulheres você já trouxe para cá. –eu continuei olhando para o palco e bebi mais um pouco fingindo desinteresse.

Ela riu alto e não tinha como ignora-la

— Quer mesmo saber?– ela me olhava – com você foram duas.

—Ah. –suspirei me arrependendo de ter perguntado.

—Mas minha mãe ficou bem mais animada que você.

—o quê? – ela bebeu e voltou a me olhar.

—Minha mãe, ela foi a primeira pessoa que eu trouxe aqui quando ela veio me visitar e agora você.

—Ah, eu também gostei daqui, parece mais íntimo.

— era essa a intenção. – ela sorriu e eu voltei a assistir a banda fingindo não ter escutado.

Ficamos um tempo ali curtindo o show, cantávamos algumas músicas intercalando as estrofes, depois que nossas cervejas acabaram Samantha foi buscar mais.

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—aquele bar está nojento. –ela disse quando se aproximava com quatro longnecks num baldinho de gelo.

—que foi alguém tentou te agarrar dessa vez?

—graças a deus não. –Ela me entregou uma garrafa, pegou outra e colocou o baldinho no chão.– você se importaria?

—Não. –olhei para o baldinho imaginando quão amiga ela era do barman também.

—Mesmo? Porque se você esta saindo comigo e um cara mexer com você eu não vou gostar nem um pouco. — ela disse enquanto abria nossas garrafas.

—Eu sou tranquila, nem quis saber o que a aquele cara do bar disse pra você. – eu sorri e bebi.

Ela sorriu e se encostou na barra de proteção olhando para as pessoas lá em baixo.

—e então. –tentei parecer a mais desinteressada possível. –ele mexeu com você?

Ela riu alto

—Achei que não quisesse saber.

—ta bomeu me importo. —revirei os olhos e ela ria como se fosse a coisa mais hilária do mundo.

—ok , ele disse que eu era a morena mais bonita que ele já tinha visto hoje.

—sério? Que original.

Ela riue lá em baixo a banda voltava a tocar depois de uma pequena pausa. The Crystal Ballroom² e logo depois Gimme Shelter³desde que comecei a contar já tinham sido três músicas seguidas que em algum momento da letra falavam de beijo e Samantha cantava todas, o quão louca eu seria se pensasse que ela também era amiga da banda?

Beijar Samantha passava pela minha cabeça, mas eu não sei se devia, não pelas diversas coisas que passaram pela minha cabeça antes e sim por um certo medo, claro que eu já tinha beijado uma mulher antes mas foi numa festa da faculdade, eu estava bêbada e tinha sido horrível eu nunca mais quis fazer de novo. E era disso que eu tinha medo, de ser ruim, de eu não gostar ou pior de ela não gostar. Podia ser bobagem, mas se alguns desses medos acontecessem ou todos eles, o que aconteceria com o que tínhamos até agora?

Samantha se divertia, cantava com a banda, sorria e hora me puxava para dançar hora dançava sozinha do jeitinho que eu imaginava que ela fosse.

Quando a música estava nas notas finaisela ainda repetia a frase final da música.

"It'sjust a kissaway Kiss away, kissaway"

"Apenas a um beijo de distância Um beijo de distância, um beijo de distância"como se fosse eco e ela sorria sem me olhar e voltou pra perto de mim.

—eu adoro o final dessa música.

—Percebi– falei e nós duas sorrimos, ela bebeu outro gole deixando os lábios úmidos e ainda mais atraentes.

Ela me olhava como se tentasse decorar cada parte do meu rosto. O acorde longo de outra música mais lenta começava e ela ainda não tinha parado de me olhar

"Para" eu disse devagar para que ela lesse meus lábios e ela respondeu do mesmo jeito "Não".

O vocalista começou a cantar a música e eu reconheci,

Kiss Me⁴ se eu acreditasse em destino diria que ele estava brincando comigo.

Samantha dessa vez me estendeu a mão em vez de simplesmente me puxar para dançar, seus olhos estavam nos meus como imãs e esse estado que ela me deixava me dava medo, porque ela conseguiria tudo de mim, pousei minha mão na sua e ela colocou a outra levemente em minhas costas por dentro da minha jaqueta e senti o arrepio vir a partir daquele ponto, sem quebrar nosso olhar eu coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e ela sorriu de leve.

Ela me guiava num balanço leve como seu olhar, e cantava baixinho que eu mal via seus lábios se mexerem até ela cantar perfeitamente o refrão.

"Kiss me, likeyouwannabelovedwannabeloved...”.

“Me beije, como você quer ser amada, como você quer ser amada...”

Nosolhávamos intensamente e ainda do jeito mais doce que podia ser. A estrofe se repetia e ela cantou a outra parte de um jeito que mais parecia que estava dizendo do que cantando.

“AndI'llbeyoursafety, You'llbe my lady I wasmadetokeepyourbodywarm...”

“E eu vou ser a sua segurança, Você vai ser minha garota e eu fui feito para manter seu corpo quente...”.

E eu sorri, ela fazia tudo ficar tão lindamente perfeito seus olhos eram convidativos, sua boca, seu cheiro tudo nela combinava para que eu não resistisse. Eu queria aquilo e no próximo refrão eu parei nossa dança e cantei apenas a primeira parte.

"Kiss me..."

 Samantha aproximou o rosto devagar alternando o olhar entre meus olhos e minha boca, seus lábios estavam próximos aos meus e eu sentia seu hálito entrar na minha boca pelos meus lábios entre abertos até eles finalmente se tocarem lentamente por alguns segundos e se afastarem, ela me olhou de novo como se pedisse permissão e eu apenas Fechei os olhos e ela voltou seus lábios aos meus num beijo calmo no ritmo da música ao fundo. Seus lábios se moldavam aos meus numa dança coreografada como se pertencessem, há tempos, um ao outro. Sua língua levemente invadia minha boca pedindo caminho e eu sedia, Durante o beijo o gosto da cerveja desapareceu aos poucos e um sabor quase doce despertou meu paladar, seus lábios eram tão macios e tão deliciosamente irresistíveis, a música que nos embalava parecia se estender e eu pensava o mesmo do nosso primeiro beijo até ouvir o barulho vindo da escada, Nós nos afastamos e pegamos cada uma sua garrafa.

—Opa, oi meninas achei que já tinham ido. –o Barman simpático disse assim que nos viu.

— Ah tudo bem Jimmy estamos só esperando o show acabar. – Samantha falou e me olhou e eu concordei com a cabeça.

—Bom se não se importam irei aproveitar meus quinze minutos de descanso.

Ele mexeu atrás de algumas caixas e pegou banquinhos dobráveis para cada um e nos sentamos em meia lua próximos a grade de proteção.

—ei eu estou reconhecendo você –ele me olhava bem para ter certeza e eu sorri– a garota do Over The Rainbow.

—Culpada. – eu levantei a mão e sorri.

—como assim? – Samantha perguntou.

—Foi na sexta passada, eu estava preparando alguns para os clientes e ela esta sentada no bar me observando tanto como se quisesse descobrir meu segredo e após terminar servi um para ela– ele já começava a rir- e ela virou tudo de uma vez só como se fosse tequila.

—sério Liz? – ela ria junto com ele eu tentei me esconder em seu pescoço

—a careta que ela fez depois foi a melhor.

—ok eu já estou bem envergonhada agora. – falei e Samantha passou o braço a minha volta e deixei a cerveja de lado.

Ficamos na campainha de Jimmy até que o show acabasse e então descemos juntos e ele levou as garrafas.

Alguns minutos depois estávamos do lado de fora do pub meus pés começavam a doer e tudo que eu queria era um taxi e enquanto procurávamos por um eu vi o cara quetinha mexido com Samantha no bar,ele a encarava. Endireitei-me e passei o braço em volta dela e ela me olhou, e acompanhado meu olhar viu o cara, ela deu risada enquanto andávamos abraçadas até o outro lado da rua.

—Eu sabia que você se importava – ela ria

—Não gosto do jeito que ele te olha.

— relaxa provavelmente agora ele deve estar imaginado ter as duas se pegando na cama dele.

—Que nojo.

—o quê vai dizer que não sabe do fetiche ridículo dos homens por lésbicas?– fiz uma careta– tadinha, tão hétero. – ela ria.

Não conseguimos nenhum taxi então resolvemos ir andando até minha casa e tentar de novo. Andamos boa parte do caminho com Samantha me contando as ofertas nojentas que alguns caras já fizeram para ela e suas amigas e riamos. Olhei para o celular e era quase uma da manhã.

—Nem acredito que tenho poucas horas de sono.

—porque, vai trabalhar no sábado?

— Não para empresa. aman... Quer dizer hoje a Amber se muda e ela e Hell vão cedo lá pra casa para pintarem o quarto antes da mudança.

—ok espero que vocês saibam fazer isso.

—Eu nunca disse que ajudaria, a única coisa que pintei na minha vida foi a casa do Joe e  acho que ele só dorme nela porque me ama. –ela ria

—se quiserem posso dar uma passada para ajudar, não sou expert, mas tenho noção de como se faz.

—isso seria ótimo e as meninas te adoram mesmo. –ela dava risada— eu estou falando sério você às enfeitiçou com todo seu charme naquele almoço.

—Desculpa não queria roubar suas amigas. – ela ria–sabe que eu só tinha olhos para você.

Eu sorri e ela me deu um beijo na bochecha. Eu estava adorando o clima de encontro e sermos a garota uma da outra. Andamos mais alguns minutos até chegarmos ao meu prédio, eu queria arrancar aqueles sapatos o mais rápido possível, mas não o faria na frente de Samantha, tentei novamente ligar para os números que eu tinha, mas parecia que simplesmente ficavam fora de área quando se precisava.

—talvez passe algum por aqui né. – Samantha disse guardando o celular.

— é bem difícil, mas eu espero com você.

— ah, mas antes eu preciso tirar isso. –ela sentou no degrau da entrada e começou a tirar as botas

—Ai que ótima ideia – sentei-me ao seu lado e fiz o mesmo.

Sentadas ali àquela hora, descalças e tentando esticar os dedos dos pés nos olhamos e no mesmo instante começamos a rir.

—eu estava louca pra fazer isso desculpe. – ela ria

—eu também só não queria fazer feio no primeiro encontro. Mas relaxe eu não vou contar pra ninguém.

Era tudo tão fácil com ela não precisava ser uma dama que não desce do salto ou a boneca de porcelana, não tinha que impressionar e eu acho que podia me acostumar com isso.

—você vai vir ajudar com a pintura não vai?

—se eu conseguir ir. –ela olhava o celular.

—durma aqui, as meninas vão vir daqui a algumas horas mesmo.

—Olha só, querendo dormir comigo no primeiro encontro. –ela ria maliciosamente.

—Não se anime muito eu tenho dois quartos. –falei me levantando.

Estendi a mão para ajuda-la e ela ria, pegamos nossos sapatos e entramos, Samantha olhou para os dois primeiros lances de escada e fez piada, mas quando chegamos ao quinto e último ela quase se arrastava e eu ria.

Abri a porta dando espaço e fechando assim que ela passou, ela olhou para escada do terraço enquanto eu colocava as chaves na tigela sobre o aparador e ela me acompanhou até a sala.

—fique a vontade. –falei e ela sorriu apontando para o sofá e eu fui até meu quarto, deixei os sapatos e a jaqueta no closet.

Quando voltei à sala Samantha estava sentada no sofá massageando um dos pés.

—curtiu as escadas? – ela fez uma careta e eu ri. – quer comer alguma coisa beber? –perguntei indo para a cozinha

— água, por favor.

Enchi dois copos e sentei-me com ela. Samantha bebia a água distraída observando o lugar.

—Você tem uma casa muito bonita.

— obrigada. –acabei com meu copo e lembrei– e os seus móveis quando chegam?

—da última vez que remarcaram ficou para próxima quarta. –colocamos juntas os copos sobre a mesinha de centro e eu sorri.

Encostei-me de volta no sofá e ela me olhava com um sorriso no rosto, mordi o lábio e sorri reconhecendo aquele olhar.

—vou arrumar a cama pra você. – Anunciei me levantando

—posso usar seu banheiro?

Indiquei a porta e depois de pegar algumas coisas no meu fui para o futuro quarto da Amber. Durante a semana eu já tinha embalado algumas coisas para guardar então empurrei as caixas para o canto da parede. Eu tinha pegado um pijama, lençóis e travesseiros no meu armário e ajeitei a cama para ela, quando voltei à sala Samantha estava de volta ao sofá.

—sua cama está pronta. – falei sentando sobre uma perna no sofá.

—Não estou com sono ainda. – ela tinha um tom sedutor na voz que já era sexy naturalmente.

—o que você quer fazer?

—conversar um pouco quer dizer se você quiser–ela sorria

—Ok. –apoiei a cabeça no encosto do sofá olhando para ela, nós estávamos bem próximas– do que você quer falar?

— de hoje, ou melhor, de ontem, eu adorei sair com você.

—eu também.

—adorei rir com você, dançar, cantar com você foi bem divertido.

—concordo eu me diverti bastante.

Eu tinha as mãos sobre os joelhos e ela levemente cobriu-as com as suas, voltamos a nos olhar e ela tinha o mesmo olhar de mais cedo.

—mas a melhor parte foi beijar você. –ela sorria de leve.

—Então pensamos no mesmo jeito.

Seus olhos novamente estavam convidativos assim como ela por completo, Samantha entrelaçou seus dedos nos meus e numa conversa só de olhares ela pediu e eu assenti. Ela me puxou para si sem separar nossos dedos e me beijou.

O toque dos meus lábios nos dela era como se derretessem. Ela soltou, então, os meus dedos, e subiu as mãos pelos meus braços, escorregando-as lentamente pela minha pele e eu sentia minha pele formigar, ela seguiu as mãos lentamente até minha nuca provocando arrepios no meu corpo.

 O beijo agora era mais rápido, nossos lábios se consumiam, as línguas ansiosas se enroscavam e eu sentia seus dedos emaranhados em meu cabelo se movimentando e me segurei para não gemer.

Samantha pressionava de leve seu corpo contra o meu e eu resistia firmemente, eu me envolvia naquele beijo totalmente novo pra mim, cravava minhas unhas em minhas pernas tentando controlar o meu corpo. Então no meio do beijo ela delicadamente desceu uma de suas mãos por minhas costas até o cós do jeans e então subiu novamente por dentro da minha blusa, e o toque quente de sua mão apertando minhas costas foi o que bastou pra eu desistir de lutar.

Minhas mãos encontraram a cintura de Samantha e puxei seu corpo para o meu, minhas costas bateram suavemente no sofá e o corpo de Samantha no meu, ela deu um sorriso mordendo meu lábio inferior e logo depois me arrebatando num beijo ardente. Nossas mãos se movimentavam em sentidos opostos, sua mão em minha nuca descia pelo meu pescoço, colo e seios até a minha cintura e minhas mãos em sua cintura subiam e direção a sua nuca colocando seu cabelo de lado e deslizando meus dedos pela parte nua de seu pescoço e ela gemeu baixinho.

Meu corpo queimava e o de Samantha também, eu sabia por que onde nossas peles se tocavam eu sentia o calor que emanava. Ela infiltrava as mãos por dentro da minha blusa levantando o tecido, o toque de suas mãos em meu abdômen era indescritível, ela pressionou seu quadril no meu e uma pontinha de medo me atingiu. Por mais que meu corpo quisesse e se entregasse aos toques dela eu não estava pronta para o caminho que estávamos seguindo.

Os lábios de Samantha deixaram os meus, mas continuava os beijos pelo meu queixo, maxilar até atingir meu pescoço, foi assim que senti, como se ela tivesse atingido meu ponto fraco. Abri os olhos encarando o teto e o ar que eu soltava pela boca saia como gemidos eu não iria aguentar se ela continuasse então com as mãos em sua nuca puxei seu rosto de volta ao meu e a beijei ainda sentindo meu pescoço queimar, ela me beijava com uma intensidade assustadora, seu corpo se movimentava sobre o meu e como se conhecesse o caminho sua mão foi até o botão da minha calça e o desabotoou. Eu tive que reunir toda força necessária dentro de mim para resistir e tirei sua mão da minha calça e ela sorriu cortando o beijo e roçando os lábios no meu.

—desculpe. –ela disse com a voz rouca e excitada– rápido de mais?

Eu fiz que sim com a cabeça

—é que você é difícil de resistir. – ela disse baixando minha blusa e se deitando ao meu lado no sofá e me olhando.

Virei-me para ficar de frente para ela epassei a mão por seus cabelos ajeitando o fios fora do lugar.

—Também não é fácil para mim, mas eu acho melhor irmos devagar, tudo bem pra você?

—Claro. –ela pegou minha mão entre as suas e beijou.

—e eu também acho que temos que dormir um pouco– falei me levantando e ela me  acompanhou.

Paradas em nossas respectivas portas Samantha me olhava.

— e então se mudar de ideia eu estou do outro lado. – ela tinha um olhar indecente e eu ria.

— Boa noite Sam.

Assim que Fechei a porta tirei minha roupa e me joguei na cama pensando no que tinha acabado de acontecer.

Com os olhos fechados eu tocava meus lábios e em minha mente eu revivia o nosso último beijo, deslizando os dedos sob meu pescoço era como se eu sentisse novamente seus lábios quentes percorrendo a área e acariciando minha barriga eu senti um calor partir do meio de minhas pernas para o resto do meu corpo, com a imagem de Samantha na mente desci uma mão até a fonte úmida de calor e gemi.

Ouvi a porta do outro quarto se abrir e rapidamente virei de bruços e fingi dormir.