1. Spirit Fanfics >
  2. Don't Belive in Fate. >
  3. Dangerous

História Don't Belive in Fate. - Dangerous


Escrita por: Emm8

Notas do Autor


Eu não parei com a historia, Juro!
até pensei, mas respirei fundo e aqui esta outro capitulo.
percebi que nunca falei mais que duas linhas com vocês e talvez seja por isso que vocês não falam comigo então:
Olá, tudo bom com vocês?
nos vemos lá em baixo.

Capítulo 7 - Dangerous


POV Samantha

 

Fechei a porta do quarto e dei alguns passos observando o cômodo, todas as paredes eram brancas assim como os poucos móveis, sem cortinas ou qualquer tipo de decoração que deviam estar nas caixas agrupadas no canto da parede o único contraste era o chão de madeira escuro. Apenas a cama estava perfeitamente aconchegante.

Fui checar a hora e percebi que tinha deixado o celular no sofá e fui busca-lo. De volta ao quarto me livrei de minhas roupas e dispensei o pijama, Nunca gostei de dormir vestida.

Ás oito eu já estava com minhas roupas e empoleirada no sofá da sala. A falta de cortinas me despertou assim que a claridade invadiu o quarto e eu não consegui mais dormir.

Eu queria ir pra casa tomar um banho e trocar de roupas para voltar e ajudar as garotas, já tinha até ido na ponta dos pés, até o hall de entrada, mas só tinha uma chave na tigela do aparador e embaixo da porta não tinha espaço para que eu trancasse e jogasse a chave por baixo então resolvi esperar Elliza acordar.

Deitei no sofá lembrando o que fizemos ali algumas horas atrás, do beijo, do toque do meu corpo no dela e também das horas antes no bar. Uma semana antes eu queria muito que isso acontecesse, mas não tinha certeza de que era possível, era difícil tirar uma decisão concreta de Elliza, uma hora ela me olhava como amiga em outras como amante e eu me derretia de qualquer forma que aqueles lindos olhos azuis me olhassem.

A noite tinha sido incrível pra mim e a minha única certeza sobre Elliza é que ela havia gostado tanto quanto eu.

Quase uma hora depois e alguns níveis de candy crush eu já não aguentava os roncos do meu estômago, estava indo em direção à cozinha quando a campainha tocou e eu voltei correndo para o sofá. Depois de três toques Elliza ainda não tinha dado sinal Então eu fui até a porta do seu quarto, abri uma pequena fresta e olhei. Ela estava deitada de barriga para baixo no meio da cama com um travesseiro sobre a cabeça e um lençol cobrindo boa parte do corpo, eu ri da cena.

No chão a tela do celular piscava “Hell”

Fui até a porta e a abri, antes que eu aparecesse ela já entrou.

—ai graças a Deus isso ta pesado. —Hellen disse passando direto

—eu te ajudo. —falei pegando uma das latas de tinta.

Assim que peguei a lata ela me encarou com surpresa e susto ao mesmo tempo e eu ri.

—o que você? Vocês? —e instantaneamente um sorriso malicioso surgiu em seu rosto— onde ela está?

—Apagada eu acho, que bom que você chegou eu precisava mesmo ir —coloquei a tinta no canto da parede e voltei à porta digitando o número do taxi— diga a ela pra me ligar quando acordar OK? Até mais. —falei com o celular no ouvido e fechei a porta.

#

Desci do taxi uma rua antes de casa comprei café e fui saboreando-o enquanto caminhava até meu prédio, o celular tocou, equilibrei o café e o pacote de rosquinhas numa mão e peguei o aparelho. Elliza.

—Onde você foi?—ela disse antes que eu tentasse falar alguma coisa.

—Bom dia pra você também. —ela repetiu o cumprimento meio brava do outro lado— eu estou chegando em casa desculpa sair sem falar nada mas você apagou.

—Hellen disse que você saiu correndo. —e eu entendi o motivo do mau humor.

—eu não fugi de você se é isso que está pensando — tive que rir— vim para casa tomar um banho, comer e voltar. — falei prendendo o celular entre o ouvido e o ombro para chamar o elevador.

—hm.— foi a única coisa que ouvi e eu abri o pacote de rosquinhas.

—você vai vir tomar café com a gente? —ela disse depois de um tempo.

—na verdade eu estou tomando café no elevador.

—rosquinhas?

—Como sabe?

—Não sabia, é só o que estou querendo agora, eu estou faminta.

—vou demorar um pouco então toma seu café e eu levo algumas para você, está bem? —Falei chegando ao meu andar.

—OK... Tchau.

Ela desligou antes que eu respondesse e eu sorri entrando em casa.

Terminei de comer e fui para o chuveiro, ali sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo nu eu novamente pensava na cena do sofá e no que teria acontecido se tivéssemos ido em frente, e minha mente era muito boa em ser bem realista, apenas apoiei uma mão na parede e deixei a outra deslizar até o meio das minhas pernas.

Depois de um banho muito relaxante por assim dizer, fui até o armário e peguei algo para vestir e também um jeans e camiseta velhos e peças intimas caso precisasse de um banho, coloquei tudo na bolsa, peguei as chaves do carro e desci.

No caminho comprei as rosquinhas para Elliza e algumas coisas para um almoço leve.

Estacionei e subi as escadas chegando ao último andar um pouco ofegante, esperei que a respiração se regularizasse e toquei a campainha.

—Oi! —Elliza disse assim que abriu a porta com um sorriso lindo.

—Olá!— respondi entrando e ela fechou a porta logo em seguida.

—o que é isso tudo? Deixa eu te ajudar. — ela pegou o saco de compras.

—vou fazer um almoço levinho pra gente. —Falei seguindo Elliza para a sala.

—oba! — Hellen gritou do sofá — desculpa, mas não pude deixar de ouvir que vai cozinhar para nós. — rimos.

Ajudei Elliza a guardar as compras e ela me deu outro sorriso lindo quando entreguei a embalagem de rosquinhas.Dez sorrisos ela me desse, dez suspiros eu daria.

—E então as quantas andam essas paredes. —eu disse entrando no quarto onde Amber fazia um tapete de jornais.

—Ah, oi Samantha a Liza te convocou também?—ela falava de um jeito divertido

—Na verdade eu me ofereci, achei que fossem precisar de ajuda.

—Ai que ótimo vamos sim. —ela disse indo para sala e eu a acompanhei— vamos fazer tudo nós mesmas já que o nosso cara fugiu.

—Cara? — perguntei

—Benjamin está trabalhando e só virá para a mudança. —Elliza respondeu sentando- no sofá ao lado da Hellen dividindo uma rosquinha com ela.

—ok! vou perguntar uma coisa.—caminhei para o meio da sala— esse tal de Ben não é meu fã né?

—Nem um pouco. — Hellen disse e recebeu um tapa de Elliza logo em seguida.

—Não seja má, ele não está aqui porque elaestá, ele nem sabia que ela viria.

—Isso é verdade porque se soubesse não viria e se viesse provavelmente aqui não estaria um clima tão bom.

— ok, comecem a falar. — sentei-me na poltrona perto do sofá.

—não tem nada, como ele pode não gostar dela se nem a conhece?—Elliza disse olhando para mim e depois para Hellen.

—é por isso mesmo que ele não gosta, porque se ele a conhecesse mudaria de ideia.

Elas rebatiam uma a outra até que Amber que estava sentada no chãopróxima a minhapoltrona resolveu interferir.

—Pelo que “eu” entendi. —ela deu ênfase como para dizer que esse era somente seu ponto de vista— desde a noite do bar, o Ben tem certo... Não sei...ciúmes da Liza talvez, quando nós combinamos de deixa-la no bar com você, —ela me olhou— ele ficou muito bravo.

—Ok, um melhor amigo ciumento. —eu falei dando de ombros.

—está mais para melhor amigo barra ex-namorado ciumento. — Hellen disse e levou outro tapa.

Tudo bem essa era nova Elliza nunca me contou essa parte. Eu não pretendia mas a encarei e ela desviou o olhar para Hellen.

—Não precisava falar assim e já Faz muito tempo. —Elliza parecia nervosa.

—Por mim tudo bem ele foi seu namorado e agora é seu melhor amigo é normal sentir ciúmes de você sair com alguém novo.

Ela mexia na borda de uma almofada pensativa. Ainda tinha mais?

—Na verdade eu não o entendo, ele já me viu com outros caras e nunca agiu assim. —ela continuava mexendo na almofada com o olhar vago.

—Verdade. —Hellen disse— lembra do Henry? Ele até saiu pra jogar beisebol com o cara.

—Então é porque sou mulher? —perguntei e elas todas se olharam. Bingo!

—Digamos que ele é um pouco preconceituoso. —Amber falou primeiro.

—E um pouco machista. —Hellen completou.

—ok já deu de conversa não é? Temos mais o que fazer do que falar mal dos outros. — Elliza disse jogando a almofada na Hellen.

Nos levantamos e eu fui me trocar,  voltei ao quarto e Hellen e Amber abriam as embalagens dos materiais, Elliza e eu arrastamos os móveis pequenos e cobrimos os grandes e coloquei as tintas nos recipientes. Amber tinha escolhido dois tons de roxo um claro e outro mais escuro só pintaríamosa parede de frente para a cama e a da cabeceira. Elliza tinha ido cuidar do Joe e nós começamos a trabalhar, no início foi meio difícil e ela se sujaram a beça, mas depois que consegui parrar para elas o pouco que aprendi com meu pai e meu irmão quando era mais nova elas pegaram o ritmo.

#

—ok você já está dispensada— Hellen disse enquanto eu segurava a escada para Amber.

—por quê?

—porque já estamos nisso há quase duas horas e eu estou começando a ficar com fome.

—Ok. — ironizei e ela tomou meu lugar e eu sai.

Elliza tinha nos assistido por um tempo e voltado para o terraço e fui para lá.

Assim que venci os degraus entendi porque era a parte da casa que ela mais gostava, as escadas davam num comodo comprido, uma sala, com as paredes em tijolos e assoalho de madeira como a casa, a luz que entrava pelas paredes de vidro era incrível. Entre elas havia uma porta de correr que dava para a parte descoberta.

O lugar era bem mobiliado, no canto da parede tinha um sofá em L num tom azul e fultons da mesma cor do outro lado na parede de vidro, uma mesa com um aparelho de som próximo ao sofá e uma mesa de centro toda em metal retorcido davam um charme meio rústico, no fim da sala vi uma outra porta que pela plaquinha pendurada era a lavanderia.

Da sala vi Elliza debruçada sobre a meia parede que ladeava toda a área descobertacom um labrador de pelo preto deitado aos seus pés. Assim que passei pela porta de correr Joe me olhou e eu parei a porta, ele veio ao meu encontro curioso, me abaixei e estendi a mão para que ele me cheirasse e alguns segundos depois ele já abanava o rabo para mim e eu sorri de alívio.

Olhei para Elliza que já me olhava sorrindo e fui até ela acompanhada de Joe. Me aproximei abraçando-a por trás e ela suspirou jogando o cabelo para o lado, eu me curvei um pouco colocando meu rosto ao lado do dela, sem salto ela era poucos centimetros mais baixa do que eu.

—Aqui é mesmo muito lindo. —observei o movimento na rua lá em baixo e o movimento das árvores de ambos os lados.

—é bem tranquilo não acha?

—é sim.

Ficamos assim por alguns minutos aproveitando o clima do verão quase sem sol e de ventos fracos em NY.

Ter Elliza assim em meus braços me dava à sensação de não precisar de mais nada.Ela virou-se para me olhar ficando de frente pra mim como se tivesse escutado meus pensamentos e eu sorri.

—que foi? — ela perguntou.

—Você é muito linda. — falei colocando alguns fios de seu cabelo atrás da orelha.  Ela tinha um sorriso largo  e eu dei um beijinho na ponta de seu nariz.

—onde posso lavar isso?— falei mostrando as mãos.

—Sam! Não acredito que está me abraçando suja de tinta.— ela se afastou procurando por alguma mancha nela mesma.

—já estão secas Liz.—ela riu e  me levou até uma pia pequena ali do lado de fora para lava-las.

Enquanto ela passava a esponja levemente em minhas mãos eu observava o lugar. O lado de fora era outro show a parte, quase metade do tamanho do apartamento em baixo a área de piso grosso era extremamente charmosa, tinha diversos vasos com pequenos arbustos espalhados pelo lugare mais a frente duas espreguiçadeirasde madeira, próximo a pia onde estávamos em uma parte coberta estava a casa muito mal pintada de que Elliza tinha me falado.

—prontinho. — ela disse me dando um pano para secar as mãos.

—quer me ajudar com o almoço?

Ela sorriu e fez que sim com a cabeça como uma criança.

Na cozinha eu separava os ingredientes e Elliza pegava os utensílios. Ela fez a salada e eu temperei e grelhei alguns filés de frango e mini batatas. Em menos de quarenta minutos estava tudo pronto e Hellen vinha para a mesa com Amber.

Novamente minha comida foi bem elogiada por todas e ganhei  de Elliza um beijo no rosto.

#

Um pouco depois do almoço Elliza cuidava da cozinha e eu voltei ao trabalho com as meninas e quando estávamos no meio da parede a ruiva decidiu se juntar a nós. Elliza vestia uma camisa preta desbotada e um shorts muito curto  evidenciando as pernas e coxas torneadas pelos exercícios.  Eu lhe entreguei o rolo e segurando sua mão mostrei como se fazia nossos corpos se tocavam e troca vamos olhares íntimos. Durante a tarde que seguia nós pintamos, cantamos e rimos muito.

Eram quase cinco quando acabavamos de colocar os móveis no lugar depois de limparmos tudo. A pintura não tinha ficado totalmente perfeita mas ficou muito boa e encostadas na parede da  porta admiravamos nosso trabalho.

—Caramba ficou muito bom. —Hellen disse

—É parece que deu vida pro quarto— Elliza completou

—Muito obrigada Sam, acho que sem você teríamos desistido na primeira — Amber falou sorrindo.

—Não tem que agradecer todas nós fizemos um pouco , até quem chegou por ultimo.— falei tentando dar um beijo em Elliza mas ela virou o rosto e eu beijei sua bochecha.

acabamos de arrumar tudo tiramos uma selfiecom nosso trabalho de fundo e fomos nos limpar e nos trocar.

 

POV Elliza

 

Eram quase seis horas da tarde quando já estávamos todas prontas esperando pelo pelo Ben, tínhamos combinado de irmos com o carro de Samantha que era maior para colocar as coisas e as pessoas no carro do Ben.

— já está ficando tarde e nada do Ben— Hellen disse pela terceira vez impaciente.

—podemos fazer sozinhas estamos em quatro.— Samantha disse ao meu lado no sofá.

—se deixarmos o Ben para trás ele surta de vez, certeza. —Amber falou e nós riamos.

—ele disse que já está vindo —falei— vocês deviam ir na frente no carro da Sam e eu espero o Ben, ele conhece o caminho.

—é uma boa —Hellen já estava de pé

Na porta Samantha pegou minha mão.

—Tem certeza que não quer que eu fique com você e se ele não vier?

—ta tudo bem ele vai vir. —Amber e Hellen estavam esperando.

Samantha suspirou e se aproximou para me beijar e eu novamente virei o rosto, já era a segunda ou terceira vez que eu fazia isso hoje, ela me olhava tentando entender eeu apenas sorri.

sei que as meninas sabiam da gente mas não me sentia confortável de beija-la na frente de outras pessoas nem mesmo delas.

Elas sumiram nas escadas e eu fechei a porta me jogando no sofá.

uns dez minutos depois Ben tocou a  campainha e eu atendi.

Ele estava olhando o quarto enquanto eu servia a água que tinha pedido.

—Nossa ficou muito bom mesmo, não acredito que foram mesmo vocês. —ele disse voltando a cozinha.

—Ah obrigada pelo crédito, mas Samantha nos ajudou e liderou o trabalho.

—Samantha hein?

—Não implica Ben, ela se ofereceu para nos ajudar com a pintura, foi com o carro dela e  as meninas pegar as coisas, e não quero que você se estranhe com ela.

—Hey, eu não vou fazer nada, nem a conheço, mas se ela já é amiga de todas vocês podemos nos dar bem.

—que ótimo.

—escuta, ontem a noite passei naquele pub do outro dia, mas estava tão lotado que nem consegui entrar.

—Ah eu sei eu estava lá.—falei distraidamente pegando o copo da bancada.

—Estava? com quem?

—com a Sam, estava tendo um show de banda cover de estrelas britânicas, foi ótimo.

—e foram só vocês duas? — ele me olhava meio sério.

—Sim, ela me chamou pra sair.

—Tipo encontro?

—É Ben, tipo encontro.

—achei que você tivesse deixado isso pra lá que tivessem ficado amigas.—Suspeitei de um nervosismo em sua voz.

—eu também, mas ai ontem eu decidi ver no que dava —sorri— foi muito bom eu me diverti bastante.

—Elliza você ficou com ela? você dormiu com essa mulher?

—Sim e não —Dei de ombros— a gente se beijou e ela acabou dormindo aqui em casa porque não tinha taxi, mas ela dormiu no quarto da Amber. — percebi seu olhar e o encarei— e mesmo se eu tivesse dormido com ela porque seria da sua conta Bem?

—Da minha conta isso não é, mas você  é minha amiga e é meu dever como amigo te alertar desses tipos de pessoas.

—Me alertar ? — eu ria— eu não preciso ser alertada Benjamin, já sou bem grandinha pra saber me cuidar sozinha e se por tipo de pessoa você quer dizer gay, fique sabendo que não me importo.

—Não precisa? você caiu no papo dessa mulher fácil fácil. —ele respirou—Liza você sabe que isso é errado...

Ele começou com o discursinho preconceituoso dele e eu escutei, ele não ia me estressar, respirei fundo e peguei o papel com o endereço da Amber na geladeira e fui caminhando tentando ignora-lo,  até que ele tocou no nome da minha mãe e eu voltei a encara-lo.

—E então o que você acha que seus pais iriam dizer disso principalmente sua mãe que é tão religiosa, ela nunca iria aceitar uma coisa dessas.

—escuta aqui Benjamin eu escuto todas as besteiras que você fala, aguento seus ataques de ciúmes e tudo mais porque você é meu amigo  e eu gosto muito de você, mas não pense que isso te da direito de se entrometer em minha vida muito menos falar em nome dos meus pais. —as palavras saiam da minha boca tão rapido que eu quase não respirava— e outra coisa com quem eu estou ou deixo de estar, se é homem ou mulher não é, como nunca foi, da sua conta. você não tem o direito nem de sentir ciúmes eu não sou sua namorada há muito tempo. 

Fui em direção a porta e peguei as chaves de casa e do carro

ele me seguiu furioso e saiu.

eu tranquei a porta, ele desceu as escadas na minha frente e eu fui depois com tanta raiva que acabei passando por ele, chegando ao carro ele pegou meu braço e eu já sentia as lágrimas de raiva escorrendo.

—você está chorando? me desculpa por isso, mas você não pode querer que eu aceite uma coisa dessas.

—Eu não estou te pedindo para aceitar e sim para respeitar a mim e a minha vida. —ele revirou os olhos como se eu estivesse falando besteira.

dei a volta no carro, abri a porta do motorista e joguei minha bolsa no banco do carona.

— Elliza nós vamos no meu carro.

—Eu não vou a lugar nenhum com você.

entrei no carro bati a porta, dei partida e pelo retrovisor eu o vi desaparecer de vista.

Como ele foi capaz de falar tudo aquilo e ainda falar dos meus pais como se os conhecessem mais do que eu, as palavras dele martelavam minha cabeça.

As ruas iam passando e eu fui tentando me acalmar, em um sinal vermelho eu tentava desamasar o papel com o endereço da casa da Amber digitei o endereço do papel no GPS e fui seguindo  pelas ruas principais de Manhattan até o tunel da Queens Midtown que era a parte que eu conhecia,e depois passei a acompanhar o GPS.

o trânsito estava infernal e já estava escurecendo então eu recalculei a rota para fugir dele.

 

POV Samantha

 

Virei a esquina depois de uma lanchonete como Amber disse e chegamos.

Abri o porta malas e ajudei elas a  colocarem as coisas no carro, nunca tinha usado o espaço total da minha SUV e não fazia ideia de quanta coisa cabia nela.

—prontinho — eu falei fechando o porta malas— só que vocês todas vão ter que voltar com o Benjamin  porque nesse carro agora só cabe a motorista.

—Pode deixar, vamos comer alguma coisa  enquanto eles não chegam.— Amber disse e entrou.

—você vem?

—Podem ir na frente Hellen, vou ligar para Liz e ver onde eles estão.

Ela concordou e sumiu atrás da Amber. eu disquei os números.

—Sam?—ela atendeu no terceiro toque.

—oi onde você está?

— quase chegando estou no número 630 eu acho.

—o que? por onde você veio?

—pelo caminho que o GPS indicou fora do trânsito mas está escuro e eu não estou conseguindo ver os números direito.

—GPS? você não ia vir com o Benjamin?

—Nós brigamos. depois te explico.

—Deus Liz —suspirei— então vai seguindo reto que próximo ao número 900 na esquina tem uma lanchonete com uma pizza enorme que pisca. — falei lembrando do trajeto.

—OK,— ela ficou em silêncio por alguns segundos— próximo a que número?

— 900. —repeti

—estou no 912 e não tem lanchonete nenhuma.

—como assim? me fala exatamente onde você está.

—espera tem uma placa ali na esquina— e novamente eu ouvia somente sua respiração— Berry street com Ditmars Boulevard. — ela disse depois.

—Liz  a casa é na Berry Ave. deixa eu olhar o meu GPS — fui até o carro escutando ela xingar algo. Eu digitei as coordenadas dela e não acreditei —Meu deus Liz você está muito longe eu vou te buscar— falei traçando uma nova rota.

—não precisa já recalculei a rota, só me confirma se seguindo essa Ditmars Boulevard eu chego na Berry Ave.

—tem certeza?

—Aham eu já corrigi o endereço

—ok no meu diz para virar a esquerda na Ditmars e ir direto até chegar na Berry Ave por todos esses, deixa eu ver, onze? isso onze quarteirões e ai é só virar a direita passe pela lanchonete e um pouco depois é a casa.

Elliza confirmou as coordenadas do seu GPS com as que eu dei e desligou e eu fui avisar as meninas.

 

 

POV Elliza

 

Virei a esquerda como Samantha tinha dito e fui dirigindo devagar  com vidro abaixado para conseguir ler as placas, conferindo os nomes das ruas com os do GPS pra ter certeza.

o sinal ficou vermelho e eu parei, apenas um carro cruzou a rua e enquanto eu esperava o sinal abrir chegou uma mensagem.

“Desculpa pelas besteiras que eu disse fui um idiota."

—Que bom que você reconhece Benjamin— falei jogando o aparelho no banco do carona.

Voltando para o volante só ouvi o barulho alto de motor, uma luz forte na frente do carro me cegou e eu tentei cobrir os olhos.

—Oi princesa. — a voz masculina vinha do lado da minha janela, eu olhei imediatamente, mas só dava para ver  parte tronco e uma mão deslizando os dedos pelo cabo de uma faca embainhada na cintura. —Desça do carro para não se machucar.

A luz a minha frente se apagou e agora o farol baixo do meu carro iluminava a moto preta a minha frente e  pude ver outro homem alto e loiro descendo dela. Eu queria sair logo correndo dali mas minhas pernas não me obedeciam, olhei pra o lado e vi o celular no banco, mas antes que eu me movesse a voz me interrompeu.

—Eu não tenho a noite toda princesa e nem pense em fazer alguma besteira.

Ele deu dois tapinhas no objeto afiado e eu respirei fundo e obedeci.

lentamente abri a porta do carro e sai.

—vá para frente do carro.— O homem com a faca ordenou.

Ele estava  um pouco distante de mim agora e eu dei alguns passos  para o lado com as mão no carro meu coração estava mais que acelerado, e ele começou a rir.

sem calcular a distância entre os homens tentei correr mas o cara da moto me agarrou pelo braço e eu gritei com a dor, senti como se ele tivesse tirado meu osso do lugar.

—Calminha moça—ele disse em meu ouvido.

O outro homem se aproximava, ele era negro, mais ou menos do meu tamanho, magro e usava um gorro preto. ele me encarava e eu só pensava em sair viva dali.

—Podem levar o carro— eu disse quando ele parou a minha frente.

—Obrigada, nós vamos ficar com ele.— ele tirou a faca da bainha— mas talvez a ruivinha tem mais alguma coisa para nós.

—Meu celular e minha bolsa estão no carro, só... só me deixem ir.

 ele levou a faca ao meu rosto, deslizou até meu queixo e o medo me paralizava.

—Você é muito bonitinha, deveria nos fazer companhia. — ele disse descendo a faca pelo meu corpo até minha coxa onde ele a deslizou algumas vezes, a lamina estava tão afiada que eu senti arder quando ele passou pela última vez, eu não conseguia olhar mas sabia que sangrava.

O loiro segurava meus dois braços e roçava seu corpo no meu, senti meus olhos arderem e uma gota salgada correr até meus lábios.

Por favor não deixa isso acontecer comigo.

—Não chora— o da faca disse rindo e afastando a lâmina de mim.

do outro lado da rua ouvi pneus cantar, mas os faróis não me deixavam ver nada eu apenas ouvia a voz dela.

—tirem as mãos dela!— eu nunca fiquei tão feliz em ouvir aquela voz rouca.

—e você e mais quantos vão me impedir?

ele agora apontava a faca na direção dela e aos poucos eu via sua silhueta se formando na luz.

— Eu mesma posso cuidar disso.

Eu não acreditei no que ouvi, Samantha estava louca?

Os dois riam e o cara com a faca passava a arma entre as duas mãos .

—Sam, não! não fa...— o loiro tapou minha boca abafando meus gritos.

—Segura a ruivinha Marcos porque a gostosa aqui quer brincar.

O tal do Marcos deu alguns passos para trás  me arrastando com ele e eu só vi o cara com o gorro partindo pra cima dela.

o farol do carro atrás deles desfocava minha visão e eu via apenas vultos.

eu gritava por Samantha e tentava me soltar e ele me apertava mais ainda, mas eu não parava a dor não me importava, eles rolavam no chão  e eu não conseguia ver direito o que acontecia.

Marcos cobriu de novo minha boca e eu quase não respirava de tão forte que ele me apertava.

ouvi o barulho  da faca caindo perto da moto, e consegui ver Samantha sobre o homem tentando imobiliza-lo, ela era maior que ele e eu quase não o enxergava.

minutos depois ouvimos barulho de carro se aproximando e eu agradecia mentalmente até ver o homem se soltar de Samantha e ficar em cima dela. ela ainda conseguiu dar um soco nele, mas antes que pudesse se soltar  ele a agarrou pelos cabelos e bateu sua cabeça com força contra o asfalto ele se levantou e  Samantha não.

o outro carro parou no meio da rua.

— Saia de perto dela — um cara enorme gritou saindo do carro com uma arma empunhada.

O cara negro correu para a moto e o que me segurava me arremeçou na calçada e eu senti uma dor lancinante nas costas e ouvi os pneus da moto cantar.

Ouvi algumas vozes enquanto eu tentava me levantar mas a dor me impedia.

—Ela está sangrando Kate—ouvi a voz do homem de longe

—Fique deitada moça a ambulância já está a caminho. —A mulher baixinha que acompanhava o homem disse com o celular no ouvido.

Sangue? Ambulância? Samantha!

as palavras me deram mais força para tentar me levantar de novo, Samantha estava sangrando  estava machucada e eu precisava vê-la. consegui apoiar os pés e me levantei.

Dei alguns passos e sob a luz forte do farol eu avistei seu corpo pálido imóvel no chão e com sangue nas mãos.

 


Notas Finais


E então o que vocês acharam?
odeio isso de pedir comentário e não é isso que eu quero, mas eu ficaria muito feliz e bem mais motivada a escrever se eu soubesse o que vocês estão achando, se estão gostando e criticas são super bem vindas ok?
como podem ver esse tem continuação e até segunda eu posto ta.
até o próximo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...