História Dont Think They Know - Almost Lost

P.O.V Liam Payne

Lola se virou para o meu lado colocando a cabeça em meu ombro. Era a primeira vez que dormia com ela, eu fui embora ontem depois de ela pegar no sono. Eu sei, não foi legal. Mas o que eu podia fazer? Bom, agora Lola jogou um braço por cima de mim. Meu coração tá pulando aqui dentro. De repente, sinto sua perna se entrelaçar com a minha. Tirei seu braço de cima de mim. Depois ela colocou de novo e me abraçou por completo. Sabe aquela sensação adorável de ser abraçado enquanto dorme? Então é isso o que estou sentindo.

Ela mexeu a cabeça, afundando-a em meu pescoço. Me arrepiei com sua respiração contra aquela região. Fechei os olhos adormecendo sentindo seu cheiro.

(...)

Acordei sozinho na cama com o sol batendo em meus pés. Fui para o banheiro. Tomei banho, troquei de roupa e desci para a cozinha. Lola estava lá com todos á mesa, conversando durante o café. Dei bom dia geral. Lola me deu um selinho quando sentei ao seu lado.

P.O.V Lola Schmitt

Fiquei no sofá junto á Liam depois do café da manhã. Fui me oferecer para ajudar com as louças do almoço, mas Karen negou então a minha única opção é fingir ser namorada apaixonada do filho – idiota – dela. Aquela era tarde de domingo mais estranha da minha vida. Primeiro numa casa de uma família que eu não conhecia, segundo eu tinha que fingir para eles que eu era namorada do Liam e terceiro eu podia estar em casa fazendo minhas tarefas para amanhã.

- Vamos dar uma volta? – Liam perguntou tirando o braço de volta dos meus ombros.

- Claro – Me levantei do sofá e peguei meu casaco jogado nas costas do sofá. Liam repetiu o ato depois de mim.

- Mãe estamos saindo – Liam gritou quando chegamos á porta.

- Aonde vão? – Karen gritou de volta.

- Andar por ai – Dei risada. Liam fechou a porta e tomou minha mão.

Suspirei quando o vento gelado bateu em minha face. O caminho foi silencioso, o que se ouvia eram apenas risadas de crianças no parque e o barulho de nossos sapatos no chão. As casas de lá eram grandes, de aparência bem britânica. Viramos uma rua bem pouco movimentada. Liam me guiou até uma casa com os muros muito altos, o que tapava a casa.

- Aqui era a minha antiga casa – Liam disse soltando a minha mão. – vamos entrar?

- Como? – Liam sorriu e se aproximou de mim.

- Vamos pular o muro – arqueei uma sobrancelha. – Tem um lado do muro que está quebrado – Liam foi andando até o outro lado, fui atrás dele.

Havia um buraco no meio do muro. Eu e Liam conseguíamos passar por lá tranquilamente. Eu fui primeiro. A casa estava abandonada. Ela era de um verde claro, estava um pouco preta nas paredes. Algumas janelas estavam quebradas, sinal de que algum vândalo passou por ali. Fomos até a porta de entrada, parecia trancada, mas Liam só girou a maçaneta e a porta abriu. Uma pomba voou pela janela, me assustei um pouco com isso.

A sala era enorme. Um sofá empoeirado ficava de frente á uma estante de madeira clara, não reconheci a cor do tapete por tanta sujeira naquele local, cacos de vidros estavam jogados no chão da cozinha e a porta de vidro nos fundos estava quebrada, uma pedra estava no chão também. Deve ser coisas dos vândalos.

- Bem conservada a casa – comentei andando até a cozinha.

- Pois é – Liam riu fraco. – Venha vou te mostrar meu quarto – ele subiu as escadas. Não toquei em nada, estava com medo de me sujar. O segundo andar estava intacto, os vândalos não descobriram aqui ainda.

- Aqui era seu quarto? – perguntei entrando depois de Liam no pequeno quarto com cortinas de patinhos. O quarto era tão minúsculo que quase mal cabia nós dois ali.

- Era – ele sorriu sentando na cama – não é um quarto que um garoto de 16 anos gostaria de dormir ou levar uma garota – ergui as sobrancelhas fuçando no pequeno guarda roupas ali.

- Eu tinha um quarto assim... – Liam ergueu os olhos até eu. – quando eu era bebê – demos risadas juntos.

- Nem sei mais como eu sobrevivia aqui – ele saiu da cama. – meu quarto agora deve ser do tamanho dessa casa – Entortei a boca.

- Claro você é rico. Seu banheiro deve ser do tamanho do meu apartamento – Liam riu.

- Ah para seu apartamento até que é grande, aliás, só você vive lá – Dei de ombros. – Ele parece ser bem... confortável.

- Ele é mesmo – sorri. Nos encaramos por alguns segundos – é... – cortei o contato visual – acho melhor irmos.

- Sim – Liam assentiu. Sai do quarto, desci as escadas até a sala e esperei Liam.

Saímos pelo mesmo lugar que entramos. Andamos pelo caminho de volta á casa dos Payne, desta vez sem dar as mãos. Aquela brisa de inverno me deixava cansada, com sono. O céu cinzento tapava o sol deixando o tempo dublado. As crianças continuavam no parque, o casal continuava no banco se beijando, o silêncio ainda era o mesmo. Aquele playground me lembrava de minha casa, o parquinho que meu pai fez para mim. Puxei Liam até lá.

- O quê? – Liam perguntou vindo atrás de mim.

- Quero ir nos brinquedos – Liam riu. Corri até o escorregador, subi lá depois desci erguendo as mãos. Liam continuava rindo. As crianças pararam de brincar e me olharam. – Droga – levantei e sai correndo até Liam. – Vamos embora! – Segurei a mão de Liam em seguida corremos até a casa de seus pais.

- Por que a gente correu? – Liam perguntou ofegante colocando a mão no joelho.

- Ué as crianças não vieram atrás da gente? – Paramos de correr.

- Não! – Começamos á rir. Recuperamos o fôlego, mas nossas caras continuavam coradas. – Aonde estamos? – Liam olhou ao redor.

- Não sei – Era uma rua completamente diferente da que havíamos vindo.

- Vamos nos achar – começamos á subir a rua. As casas não eram as mesmas que vi no caminho de ida.

Andamos bastante pelo bairro, tentando nos localizar. Estava cansada e meu pulmão congelando. Soltei a mão de Liam e a levei ao nariz. Comecei á sentir mais frio, abracei meus braços tentando me esquentar, mas foi em vão, não fez diferença. Liam me acolheu em seus grandes braços, foi uma sensação incrível. Encostei a cabeça em seu peito, me perdendo em seu perfume.

- Ali – Liam apontou – a casa dos meus pais – olhei para lá e suspirei de alivio.

- Ai graças á Deus – Fomos caminhando até lá.

Karen estava com o telefone nas mãos quando entramos na casa. Ela o soltou depois de nos ver. Olhei meu reflexo no espelho da sala, eu parecia um palhacinho com esse nariz vermelho.

- Meu Deus Lola, você está bem? – Dei risada com a preocupação de Karen.

- Sim, só um pouco com frio – esfreguei uma mão na outra as colocando no rosto depois.

- Acho que um banho ajudará – Assenti.

- É, também acho – Liam disse.

- Licença – disse indo para ás escadas. Tranquei a porta do quarto depois entrei no banheiro.

Sai do banho me sentindo melhor. Meu rosto não estava mais tão vermelho. Vesti uma roupa quente (1) e desci para a cozinha. Liam não estava lá. Karen e Geoff estavam sentados ao sofá assistindo um programa do Discovery Channel na TV. Karen veio até mim dizendo:

- O almoço está na mesa, nós pensamos que não iriam voltar para almoçar – sorri.

- Não, sem problemas – Me sentei sozinha á mesa.

- Eu não costumo fazer almoço no domingo, então apenas esquentei as sobras de ontem – Ela disse tirando as tampas das travessas.

- Ah sim – Comecei á me servir.

- Se quiser alguma coisa pode pegar, estarei lá na sala com Geoff – Karen saiu.

- Ah, por que não me esperou? – Liam disse se sentando á minha frente. – E, além disso, trancou a porta do quarto – dei risada.

- Sou má – Liam riu – você devia ter medo de mim – começamos á rir.

- Ah meu Deus – Ele fingiu uma voz assustada.

P.O.V Liam Payne

Lola estava mexendo no celular quando entrei no quarto, sua bolsa estava fechada perto da cama. Ela deu risada de alguma coisa no celular depois me olhou.

- Vamos? – Perguntei colocando minha bolsa no ombro. Lola assentiu e fez o mesmo que eu. Fui atrás dela para fechar o quarto.

- Já estão indo? – minha mãe perguntou quando descemos a escada.

- Sim – Lola respondeu.

- Ah, mas já? – Meu pai disse.

- Eu tenho que terminar uns trabalhos para a universidade para amanhã – parei ao lado de Lola.

- Que pena – mamãe disse.

- Sim, foi um prazer te conhecer Karen – Lola a abraçou.

- O prazer foi todo meu, querida – Sorri, depois fui abraçar minha mãe – E o senhor Liam – ela apontou para mim – trate de vir visitar sua família mais vezes antes da turnê – Lola arqueou uma sobrancelha.

- Ok – Dei risada.

Meus pais nos acompanharam até o carro. Nos despedimos de novo depois entramos no carro. Dirigi em silêncio até saímos da cidade.

- Podíamos ir para Stonehenge sexta-feira, né? – Lola disse desenrolando os fones de ouvido.

- Sim, daí voltamos no domingo.

- Aham, você vai amar lá – Lola deu um sorriso meigo.

- Não posso nem esperar para ir lá – Ela riu.

- Nem eu...