História Dont Think They Know - Tell me

P.O.V Lola Schmitt

- Tchau até amanhã – Disse á Charlie antes de fechar a porta. Eram quatro da madrugada e meus amigos acabaram de ir embora. A sala estava uma baderna, mas deixei lá para a empregada arrumar amanhã.

Subi as escadas até meu quarto. Liam não estava lá. Aposto que deve estar bravo comigo. Não me importo. Visto meu pijama e vou dormir, pois amanhã será um longo dia.

(...)

Minha mãe arreganhou as cortinas deixando o sol me banhar inteira. Peguei a coberta e me enrolei até á cabeça. Minha coberta foi arrancada de mim. Me encolhi resmungando alto.

- Paola Schmitt acorda! – minha mãe gritou me batendo com o travesseiro.

- TÁ! – gritei levantando da cama e indo para o banheiro.

Vesti roupas de calor (1) depois desci para o café. Sentei me á mesa sozinha, pois deveria ser a ultima á ter acordado na casa. Minha mãe se sentou comigo para me fazer companhia.

- Já tem roupa para hoje á noite? – Ela colocou a mão sobre a minha.

- Tenho mãe – Me empanturrei do bolo de chocolate da minha mãe, era o melhor de todos. – Vou ter que ajudar em alguma coisa hoje? – Limpei a boca de sai da mesa.

- Acho que não – Minha mãe se levantou também.

- Onde está Liam? – Estiquei os braços para cima me espreguiçando.

- Foi até a cidade com seu pai, sabe eles se deram muito bem – Mamãe sorriu e foi para a cozinha. Fui atrás dela. Tinha varias pessoas trabalhando ali, preparando as coisas para a noite.

Hoje iria ser uma festa e tanto. Afinal era quarenta anos da mamãe. Estava impossível ficar na cozinha com toda aquela correria. Para mim aquilo estava sendo arrumado cedo demais, mas minha mãe gosta de ser adiantada. Me sentei no sofá lá na varanda. Fiquei lá apenas lembrando dos bons tempos que já passei aqui neste lugar. Aqui era o céu na terra. Não era a toa que meus amigos viviam vindo aqui em casa para nos reunirmos. Espero no futuro morar numa casa igual á essa. Iria me casar com um cara que eu realmente amasse, que me fizesse feliz como ninguém, aí nos mudaríamos para um sitio longe da cidade para criar nossos filhos. Nossos cinco filhos. Passaríamos as tardes sentados na varando abraçados vendo o sol morrer.

Quando menos esperava Liam já estava em minha cabeça. Não é como se eu gostasse dele, eu gostava, mas era um sentimento frágil. Ele é um cara que não pode se esperar nada, ele pode quebrar seu coração num piscar de olhos. Quando estamos juntos podemos nos matar, e quando estamos longe precisamos um do outro. Mais um caso sinistro de se entender. De longe vi a poeira voando e a caminhonete do meu pai chegando em casa. Abaixei a cabeça brincando com as pontas dos dedos.

Suspirei quando Liam saiu do carro. Ele estava com uma camisa xadrez vermelha de botão, uma calça jeans escura, óculo escuros aviadores e mastigava sensualmente um chiclete. Ele e meu pai passaram reto por mim. Parecia que nem tinham me visto ali. Dei de ombros e deitei no sofá. Lembrei-me do meu álbum de modelo que trouxe para minha mãe. Fui até meu quarto buscar para ela ver.

- MÃE – gritei descendo as escadas – MÃE, MÃE!

- Estou no meu quarto – Ouvi minha mãe gritar de volta. Subi as escadas de novo e entrei sem bater.

- Eu trouxe as fotos do meu ensaio para a senhora ver – Mamãe estava penteando seus cabelos na frente de sua penteadeira dourada. Ela sorriu ao ver o álbum em minhas mãos. – Pode ficar com algumas fotos – Disse quando coloquei o álbum em suas pernas.

- Ainda bem, não estava a fim de roubar suas fotos – Dei risada.

- Estou indo andar por aí, pelo sitio – Acenei depois sai do quarto.

Peguei meus fones de ouvido em meu quarto, conectei-os em meu Ipod e os botei no ouvido. Estava escutando a música Thinking About You da Katy Perry. Laila, minha cachorra, veio correndo até mim quando eu descia a escadinha da varanda. Fiz carinho nela. Liam estava debruçado na cerca perto do carvalho do quintal. Reprimi os lábios hesitando enquanto andava até ele. Tirei os fones de ouvido e guardei o celular no bolso.

- Oi – gritei próximo á orelha dele. Liam só ergueu os ombros depois os abaixou – O que foi? – ele me encarou por um instante antes de revirar os olhos. Ele ia sair, mas segurei seu braço – O que foi, fala para mim.

- Como se não soubesse – Liam cruzou os braços. Ergui uma sobrancelha. Liam balançou a cabeça e saiu dali.

- Idiota – o xinguei baixo.

P.O.V Liam Payne

Evitei o contato visual com Lola durante o almoço. Ninguém se permitia pronunciar uma palavra que seja, exceto pelos pais de Lola que conversavam sem parar sobre a grande festa de hoje. Tomei o ultimo gole do suco de maracujá e sai da mesa. Peguei meu celular depois de deitar no sofá. Lola logo apareceu lá na sala. Ela ligou a “TV” na Warner que estava transmitindo Friends.

- Quer me falar o porquê de estar tão estranho assim? – Lola indagou rápido. Encarei ela por alguns segundos.

- Ok, mas seria melhor conversarmos em outro lugar não acha? – Ela assentiu. Nos levantamos ao mesmo tempo.

- Onde vamos? – Balancei os ombros. – Vamos no celeiro – Fui atrás dela.

Lola andou até o meio do celeiro, parou e cruzou os braços.

- Vai começa – Revirei os olhos. – Vai Liam fala por que você tá me ignorando desde ontem a noite – Lola bateu os pés.

- Olha Lola, eu estou agindo igual á você ontem.

- Não você não está.

- Sim, eu estou. Quando todos estão perto você age como se eu não estivesse ali, e ontem com seus amigos foi pior, você ficou abraçada com aquele feioso lá – Lola me encarou depois começou á rir – Não tem graça.

- Você está com ciúmes – Arregalei os olhos.

- Não estou não, imagine eu com ciúmes de você fala sério – Cruzei os braços balançando a cabeça. Lola me encarou com a cabeça baixa – Pare de me olhar assim – Segurei o riso.

- Ai que fofo – Lola apertou minhas bochechas.

- Ok, talvez eu estivesse – sorri ao ver aqueles olhinhos azuis quase fechados por causa do sorrisão nos lábios. A abracei pelos ombros e a apertei bem forte.

- Ai – Lola gritou rindo. – Vai me matar assim – Ela ficou nas pontas dos pés e me beijou bem rápido. – E o meu amigo não é feio, você que é feioso – Me soltei dela.

- Vai lá com ele então enquanto eu faço uma cirurgia plástica para ficar bonito – fiz um tom de voz ofendido e sai de perto dela.

- Quanto drama, meu Deus – Lola riu e me abraçou por trás. – Você não é feio mesmo, é bonitinho – Dei risada, me virei de frente para ela depois á dei um selinho.