P.O.V Liam Payne
- Lola me responde! – Segurei os pulsos dela.
- Você não acabou de ler ai? – Soltei seus braços.
- Quando descobriu isso? – Passei a mão no rosto.
- Há algumas semanas – Lola mordeu o lábio olhando para baixo.
- Ai meu Deus, por que não me contou? – Respirei fundo varias vezes tentando não perder a cabeça. – Iria esconder até quando? Ia usar uma cinta quando sua barriga começasse á crescer? Pensou que eu iria amar essa mentira? Pensou que iríamos nos casar e sermos felizes para sempre com um filho?
- Me desculpe Liam eu não... – A interrompi.
- Este filho pelo menos é meu? – Ela não respondeu. – ME RESPONDE PORRA!
- NÃO, NÃO É SEU – Aquilo de alguma forma me atingiu em cheio.
- Quem é o pai então?
- Não existe pai nenhum – Contei até 10 mentalmente mantendo a paciência.
- EU SEI QUE ESTA CRIANÇA QUE ESTÁ DENTRO DE VOCÊ É MINHA, POR QUE NÃO ASSUME? – Lola mordeu o lábio. – Eu não queria isso - Esfreguei o rosto mais uma vez, bufei e sai do quarto. Passei pela cozina depois pela porta e enfim entrei em meu carro.
Dirigi o mais rápido possível até minha casa. Minhas mãos tremiam junto ás minhas pernas. Podia ter batido o carro, me arrebentado em mil pedaços, mas não. Uma força imaginaria tirou os carros da minha frente. Deixei o carro na garagem e entrei em casa. Pela primeira vez na vida eu chorei feito um louco. O que eu iria fazer? Teria um filho agora, com uma mulher que nem tenho certeza se amo.
Era muito louco imaginar que Lola agora teria que carregar um pedacinho de mim para todo lugar que ela fosse. Disquei o numero da minha mãe, meus dedos tremiam a cada toque no telefone.
- Oi filho – Aquela voz que me acalmava soou baixo no telefone. Não respondi nada – Aconteceu alguma coisa? – Apertei os olhos coçando a barba – Liam?
- Sim mãe.
- Ai meu Deus filho, o quê? – a voz dela foi de sonolenta á preocupada.
- Mãe, a Lola... – Ouvi ela suspirar.
- O que tem ela? Vocês terminaram? – Balancei a cabeça.
- Não mãe, ela tá grávida – Mais um suspiro.
- O que você falou pra ela? – Pensei em toda aquela nossa briguinha.
- A gente brigou – Suspirei. – Eu falei coisas que não devia mãe.
- Peça desculpas Liam, vai por mim – Balancei a cabeça novamente.
-Não mãe, eu não vou pedir desculpas á ela.
- Oh Liam, imagine o que ela deve estar passando amor – Fiquei em silencio. – Não vai te matar fazer isso não é? Eu sei que ter um filho agora não era o que você estava planejando, mas prometo que você vai amar a ideia de ser pai.
- Tá mãe, vou pensar – Sorri com a boca fechada.
- Pensei bem querido, boa noite te amo.
- Boa noite também te amo – Ela desligou o celular.
Deitei em minha cama. Pensamentos me invadiram. Imagens de um futuro com Lola. Vi nós dois em uma casa enorme, ela estava sentada no sofá com um bebê no colo, o bebê dava risada e apertava o rosto dela, a criança era parecida comigo, eu fui me aproximando, a criança me viu e parou de rir. Lola olhou para trás onde eu estava e se levantou.
- O que foi? – Parece que ela não me percebeu ali. Ela caminhou até a varanda balançando o bebê, mas ele se levantou e apontou para mim. – O que? – Meu coração derreteu quando aquela boquinha sem dentes sorriu para mim
- Papa – O sorriso de Lola se desfez.
- Não amor, não tem ninguém ali. Seu papai não existe – A criança continuou sorrindo para mim. Tentei falar, mas minha voz não saia. Coloquei a mão no ombro de Lola e ela começou á desaparecer em luz.
Levantei assustado e suando. Meu cabelo estava colado em minha testa por causa do suor, minha respiração estava pesada e minhas pernas estavam moles. Olhei no relógio ao lado da cama que marcava 8 horas. Sai da cama indo direto para o banheiro. Tomei um banho esperando que a água levasse todo meu estresse, mas como já esperado não aconteceu nada. Mal terminei de me vestir e a campainha já tocou. Bufei antes de ir atender a porta.
- Oi bebê – Sophia disse quando abri a porta.
- Ah não, o que está fazendo aqui? – Ela entrou em minha casa.
- Vim te ver ué? Não estava com saudades de mim também? – Revirei os olhos.
- Pior que não, agora se puder ir embora eu agradeceria, não estou com cabeça – Ela fez biquinho.
- Own vem cá que já te faço feliz querido – Ela abriu os braços.
- Não obrigado Sophia, vá embora, por favor – Sophia riu.
- Aí adoro quando faz essa carinha, fica tão fofo – Ela apertou minhas bochechas.
- Sophia vá embora, hoje eu estou legal tá? – Apontei para fora.
- Já disse que vou ficar – Minha cabeça estava explodindo ainda vem essa louca pra me atazanar.
- Ok fique então – Ela sorriu. – Eu vou embora – Calcei meus sapatos ao lado da porta e sai andando. Chamei um taxi e pedi para ele que me levasse até a casa de Zayn.
O caminho até a casa de Zayn foi um borrão. Paguei o taxista em seguida desci do carro. Toquei a campainha várias vezes até a bela adormecida acordar. Escutei ele xingando atrás da porta. De repente ele abre a porta só de cueca.
- E aí Liam? O que tá fazendo na minha casa uma hora dessas? – Ele apertou minha mão. – Se veio almoçar, pode ir embora amigão porque...
- Preciso conversar com alguém – Zayn parou de falar.
- Está com algum problema? Entra aí, só vou vestir uma calça – Entrei na casa dele, havia roupas jogadas pela sala.
- Eita a Perrie é tão selvagem assim? – Dei risada vendo roupas de mulher jogadas pelo cômodo.
- Quem disse que foi a Perrie? – Ri alto. - É eu vou colocar uma roupa já volto – Assenti. Zayn subiu as escadas, sumindo no corredor. Sentei no sofá, meio inseguro, vai que eu sentava em cima de sêmen.
Depois de uns quinze minutos Zayn desceu as escadas.
- Vamos conversar ali no jardim – Dei de ombros. Ficamos sentados no sofá que havia no jardim do Zayn. – E aí o que aconteceu dessa vez irmão? – Observei enquanto ele acendia um cigarro.
-Eu vou ser pai – Zayn abriu a boca para falar, mas depois fechou.
- Poxa cara, nem sei o que te dizer. Como você está? – Ele colocou a mão no meu ombro.
- Ah sei lá, não sei mais o que sinto tá ligado? É estranho saber que uma pessoinha que está dentro de Lola será meu filho – Zayn assoprou a fumaça no vento.
- Cara pensa assim... – Zayn se inclinou para mim. – Imagina que legal ser pai, mesmo jovem, você não precisa mais casar com Lola, tá de boa – Zayn tinha razão. – Seria legal se fosse menino – Sorri imaginando um menininho me chamando de papai. – E ah... Eu vou ser padrinho, não esquece – Dei risada.
- Claro – Zayn sorriu e tragou mais uma vez seu cigarro.
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