P.O.V Liam Payne
Fiquei recostado ao balcão da loja enquanto observava Lola olhando colares caros de diamantes. Ela parecia nem ligar para o preço. Finalmente, depois de uma eternidade, escolheu um e foi para o caixa. Descruzei os braços e fui para perto dela. A mulher do caixa sorriu após Lola passar o cartão depois a entregou uma sacola branca da Tiffany & Co.
- Vamos? – Lola se virou para mim sorrindo. Ergui as sobrancelhas num sim. – Obrigada – Ela disse á moça do caixa recebendo um aceno de volta.
Passei um braço por seus ombros á levando para fora da loja. Parei para dar autógrafos á algumas crianças. Via de relance Lola bocejar depois esfregar os olhos, deve estar cansada. Sai de perto das crianças e puxei Lola para fora do shopping. Ela deixou a sacola no banco de trás em seguida entrou e sentou o banco de passageiro. Entrei no carro e comecei á dirigir.
Coloquei um braço escorado á janela mergulhando minha mão no cabelo o bagunçando. Os números florescentes do painel do carro marcavam onze e vinte e cinco. Olhei para a menina ao meu lado, ela dormia com a cabeça encostada ao vidro, mas mesmo assim continuava linda. Sua mão estava na divisão dos bancos, ela era pequena com os dedos finos e unhas compridas pintadas de azul escuro. Troquei as mãos, deixei a esquerda dirigindo enquanto a direita ficava livre. Coloquei minha mão sobre a de Lola. Ela se mexeu um pouco, parecia que ia acordar. Mesmo assim deixei minha mão lá, adorava o toque de Lola.
O caminho até a casa dela foi demorado. Lola não esboçou nenhum sinal de que iria acordar. Parei o carro e tentei acorda-la. Foi ai que percebi que Lola dormia feito pedra. Suspirei encarando ela. Peguei a bolsa dela no banco de trás, procurei a chave da casa, a peguei, desci do carro pendurando a bolsa num ombro e abri a porta da casa. Voltei para o carro desta vez fui para o lado da carona.
A cabeça de Lola tombou para o lado quando abri a porta. Cerrei os dentes soltando o cinto, segurei Lola para ela não cair, enfiei uma mão por de baixo de seus joelhos e a outra passei de baixo de um braço, a puxei para fora, a impulsionei para cima arrumando seu corpo magrelo em meus braços e andei para dentro da sua casa. Fui andando cambaleando até á casa. Bati a cabeça da Lola quando ia passar na porta.
- Desculpa – disse ao nada.
Andei dentro da casa abrindo as maçanetas das portas com o cotovelo e as empurrando com as costas. Não consegui soltar Lola na hora de coloca-la na cama, o que resultou eu quase esmagando ela. A garota se remexeu em baixo de mim, acordando. Ela resmungou me olhando como se eu fosse um estrupador.
- O que você tá fazendo? – Ela arregalou os olhos quase viu minha mão perto de seus seios e a outra em sua cintura. Levantei-me correndo.
- Eu... eu... eu vim trazer você pra cama e acabei... – Ela começou á rir.
- Tá bom, já entendi – Ela saiu da cama. – É... se você não se importa eu preciso dormir – Balancei a cabeça.
- Sim – Andei até porta da sala. – Boa noite – sorri.
- Boa noite – ela sorriu e acenou até eu entrar no carro depois fechou a porta. – LIAM! – Ela gritou. Eu abaixei a janela do carro e Lola veio correndo.
- É... sexta que vem vai ser o aniversario da minha mãe, e ela mandou a gente ir... – Arqueei uma sobrancelha olhando para Lola que estava meio tímida.
- Ok, não tenho nada para fazer mesmo – Lola sorriu.
- Fechado então – Ela desencostou do carro. – Tchau – Acenou e voltou para casa.
Não deixei de perceber o cachecol de Lola abandonado em cima do painel. Sorri ao pega-lo nas mãos. O aproximei do meu nariz. O perfume dela foi logo detectado pelo meu olfato. Era um cheiro doce e ao mesmo tempo marcante. O guardei no porta-luvas, algum dia talvez eu devolva para ela.
(...)
Meu celular vibrou fazendo um grande barulho. Quem estaria me incomodando no meio da madrugada? Mordi o lábio pegando o aparelho. Apertei os olhos quando a luz dele perfurou minhas pupilas. Era uma mensagem.
Sophia Smith
Quem é Lola Schmitt? Sua filha?
Sophia? Nossa finalmente ela se lembrou de mim. Reli a mensagem. O que ela está com ciúmes? Comecei á digitar uma resposta para ela:
Minha nova namorada.
Ela recebeu, mas não visualizou. Deixei meu celular onde ele estava e deitei na cama esperando ela responder. De repente o celular vibra de novo só que duas vezes.
Sophia Smith
O que? Como?
Quantos anos ela tem? 12?
Dei risada. Vish, eu não sei quantos anos Lola tem. Torci a boca e respondi:
A vida dela não é da sua conta.
Tenho certeza que ela deve estar pirando de raiva. Meu celular vibrou mais algumas vezes, eu o ignorei e fui dormir.
(...)
O barulho chato da campainha ecoava pelos cômodos da casa. Bufei ao sair da cama. Peguei minha calça jogada no chão a vestindo depois. Catei uma bala de menta em cima do criado mudo e fui atender a porta. A pessoa que estava tocando a campainha parecia que prendeu o dedo no botão. Abri a porta dando de cara com Sophia.
- Sophia? – Disse com a voz esganiçada. Ela sorriu.
- Oi amor – Ela entrou em minha casa já sentando no sofá.
- O que tá fazendo aqui? – Fechei a porta e fui até ela.
- Precisamos conversar – Ela largou a bolsa na mesa de centro.
- Não precisamos não – Ela segurou minhas mãos.
- Amor, o que você estava pensando quando começou á sair com esse projeto de mulher aí? – Tirei as mãos dela de mim.
- Não fale assim de Lola... – me levantei – Eu... Eu a amo – Nem eu acreditei no que acabei de falar. Sophia me encarou um pouco e começou á rir.
- Me poupe Liam – ela se levantou – você ME ama – Sophia segurou meu rosto sorrindo – e eu te amo, querido – A falsidade transbordava em seus olhos.
- Você mesma disse que não me queria mais, e agora que eu segui em frente você vem atrás de mim! – Me afastei.
- Ai Liam você é tão bobinho. Isso era só um jogo para você vir atrás de mim, e agora vi que não quero te perder amor – Ela disse dum jeito tão meigo que fiquei até confuso. Ela me abraçou forte. – Eu te amo bebê – Era ótimo ouvir isso dela, não vou negar. – Não me ama de volta? – Ela olhou em meus olhos. O que ela fez comigo foi muito duro, e agora tem esse contrato. Balancei a cabeça e tirei seus braços de minha cintura. – Eu não acredito! – Ela começou á chorar.
- Olha eu... – Ela me interrompeu.
- Você não sente muito – Sophia ajeitou sua bolsa no ombro passando por mim – seu idiota, eu te odeio! – Ela bateu a porta com força e fez um som bem alto.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.