História Don't Try Me - The Bet

Hoje é mais um daqueles dias que eu quero matar esse ser idiota, grosso, burro, preguiçoso… E gostoso pra caralho, porque né… é do senhor Jay Park que eu tô falando.

Eu saí do meu país natal pensando “Caralho, agora eu vou poder ir em tudo que é show que eu quero! A Coreia é maravilhosa!” e no final tomei no cu.

Tipo, tava tudo certo até uns 5 meses atrás, eu morava com a minha avó linda, maravilhosa e rica.

Ela me dava tudo o que eu queria, nunca reclamava de nada… Até eu fazer uma tatuagem. Puta que pariu, a velha surtou! E me botou pra fora… aí tomei no cu.

Por uma sorte divina (ou azar, escolha a sua opção preferida) consegui simplesmente virar empregada dessa coisa, que era a única pessoa que aceitou alguém que não falasse coreano.

Mas eu sinceramente tô achando que era melhor ter voltado pro Brasil mesmo. Tinha baile funk todo dia na rua de trás? Tinha, mas era mais fácil de aturar do que esse preguiçoso aqui.

— Alanny, pega mais uma garrafa aí na geladeira! — Jay falou.

— Okay, mas garrafa do quê?

— O que você acha?

— Não sei, tem mil e quinhentas bebidas naquela geladeira!

— É soju, Anny — Simon falou.

— Ah tá, obrigada por avisar…

— E ela por acaso sabe o que é soju? Ou pelo menos sabe ler a garrafa? — Jay falou quando eu tava saindo.

— Não sou tão burra — voltei com a garrafa, a entregando para ele.

— Pelo menos pegou a certa.

— Não sei se você sabe, mas as “palavrinhas mágicas” servem pra vida toda — Gray falou.

— Obrigado — Jay falou revirando os olhos.

— De nada.

— Senta aqui com a gente, Anny! — Loco me chamou.

— Oi? — Jay perguntou.

— O que foi? A menina tá cansada ué.

— Eu tô de boa — falei.

— Viu? — Jay falou.

— Nada disso, agora se o folgado quiser alguma coisa ele que vai buscar! — ChaCha falou.

— Como é que é?

— Você é folgado pra caralho. Vem cá, Alanny!

— Tá né… — me sentei na ponta do sofá meio afastada.

— Ninguém aqui morde não, vem mais pra cá — Simon me puxou fazendo-me cair em cima dele.

— Pronto, tô aqui — falei agora me sentando entre ele e Gray.

— Viu? Alguém te mordeu?

— Não, só quase me jogou pra fora.

— Se tivesse vindo logo isso não teria acontecido… E Jay dá pra parar de me encarar?!

— Eu não tô te encarando não, caralho! Tá louco?

— Aff tchau, gente — falei me levantando.

— Tá indo aonde? — Gray perguntou.

— Pro meu quarto, assim ninguém mata ninguém.

— Não inventa! — Loco e Simon me puxaram de volta pro sofá.

— Hey!!

— Se tentar fugir de novo eu sento no seu colo! — Loco falou e eu realmente tentei levantar. — Achou que eu tava brincando? — ele sentou no meu colo, segurando seu peso pra não me machucar.

— Ave, desce daí! — dei tapinhas na lateral de seu corpo.

— Não tô afim.

— Não, mano… Na moral, levanta — tentei empurrá-lo.

— Vai tentar fugir de novo?

— Tenho cara de besta?

— Quer mesmo a resposta? — Jay se intrometeu.

— Quando foi que a conversa chegou aí? Pois é, não chegou — Loco falou e eu ri.

— Err… Dá pra sair do meu colo? Tá pesando!

— Meu deus, eu nem lembrava! — ele se levantou e voltou a sentar do meu lado.

— Ô Alanny! — Gray me chamou.

— Diga.

— Você veio de onde?

— Brasil, São Paulo mais precisamente. Por quê?

— Nada não, só quis saber.

— Brasileira é..? Interessante… — ChaCha falou bem baixo pra si mesmo.

— Falou alguma coisa, ChaCha?

— Nada não, Anny querida!

— Hum sei — falei e então percebi que o Jay tava me encarando. — O que foi, Jaebeom?

— Aish, não me chama pelo nome!

— Tá bem, desculpa. Esqueci que quando você joga seu nome no google tradutor aparece “delinquente”

— Espera, isso é sério? — Simon perguntou.

— É, quando traduz do coreano pro português dá nisso — falei rindo. [Autora: se quiser checar joga no google tradutor: 재범]

— Google tá sabendo dos esquemas — Gray falou.

— Agora eu quero ver essa porra aí — Jay pegou o celular.

— Ô idiota, a menina acabou de falar que tá em português! — Simon falou.

— Não deve ser muito diferente de espanhol.

— E você por acaso sabe espanhol?

— Não.

— Porque vocês não traduzem do coreano pro português, e o que sair em português vocês traduzem pro inglês? — Alanny, você é um gênio! — Simon me abraçou de lado.

— Eu só falei o óbvio.

— Gente… — Jay falou e todos olhamos pra ele. — Eu sou um delinquente desde que nasci.

— E a novidade? Cadê? — ChaCha falou.

A gente ficou conversando até umas três da manhã mais ou menos, até que o povo resolveu ir embora.

— Deixa que eu vou lá, Alanny — Jay disse se levantando, acompanhado dos outros.

— Tchau, Anny — Simon disse me dando um beijo rápido na bochecha seguindo Jay e os outros.

— Tchau — Loco falou saindo.

— Até sei lá quando — Gray saiu também, seguido de ChaCha, que deu apenas um aceno breve.

Então logo que a porta foi fechada eu fui até a janela, razoavelmente escondida para vê-los ir embora, porque sei lá.

 

Pov’s Jay Park

— Jay, que porra você tá esperando pra pegar ela? — ChaCha falou.

— Quê? Tá louco?

— Não, porra! Você tem uma empregada gostosa pra caralho e não pega! Jay Park que porra é essa?!

— Quem disse que eu nunca peguei? — falei e todo mundo me olhou com cara de “Ahan sei”. — Tá bem, eu não peguei ela! Mas deixo bem claro que foi porque EU NÃO QUIS!

— Mesmo se você quiser, tu não pega — Gray falou.

— Quer apostar? — arqueei a sobrancelha.

— Se você não pegar ela até o final do mês, aquela belezinha vai ser minha — ele apontou para minha ferrari preta na garagem.

— Tem mesmo que ser esse?

— Tem. A não ser que você pegue a garota… Aí você pode pegar qualquer um dos meus.

— Inclusive sua tão amada lamborghini?

— Inclusive ela. Temos um acordo? — ele estendeu a mão para mim.

— Claro — apertei a mão dele. — Esteja pronto para perder sua tão amada lamborghini ainda essa semana.

— Não mesmo, vê se não suja minha ferrari.

 

Pov’s Alanny

— Então quer dizer que se eu não transar com o Jay, Gray ganha aquela ferrari? Parece interessante… — falei pra mim mesma saindo da janela.

Então já que ele vai tentar ficar comigo, eu vou provocar.

O plano agora é o seguinte: atiçar ao máximo, fazer ele me querer, mas nunca transar com ele.

Por que eu estou fazendo isso? Para me divertir.

 

Pov’s Jay Park

Agora eu tenho a porra duma aposta com o Gray, minha amada ferrari novinha tá em jogo.

Então, Alanny, prepare-se para acordar na minha cama, porque é direto pra lá que você vai.

Voltei para dentro da casa e ela estava lá recolhendo algumas das garrafas que tavam no chão. Não que eu nunca tivesse reparado, mas agora realmente prestando atenção, Alanny realmente é uma garota muito bonita… e gostosa também, puta que pariu!

— Você quer ajuda? — me ofereci pela primeira vez na minha vida.

— Não tenta roubar meu emprego, Jay Park — ela disse se levantando, indo em direção ao corredor. — Você é o patrão aqui, tem que sentar essa bunda no sofá e dar ordens.

— Então me dá aqui as garrafas que eu jogo no lixo! — dessa vez ela cedeu, me entregando as garrafas.

— Obrigada — ela falou prendendo seu cabelo num coque. — Vê se não derruba isso aí.

— Se eu não derrubei na hora de beber por que vou derrubar agora?

— Não sei — ela falou e eu me virei, indo em direção ao corredor sem olhar pra onde ia. — Cuidado com a… — ela ia dizendo quando eu bati de frente com a parede. — ...parede.

— Oh shit! — falei ao ver três das cinco garrafas quebradas aos meus pés.

— Você se machucou? — perguntou entrando em minha frente.

— Não, eu tô bem — disse olhando diretamente para seus seios, que estavam bem indiscretos em sua blusa.

— Eu disse pra você que não precisava — ela cruzou os braços olhando para mim.

— Foi mal, pequena, eu só queria ajudar — falei pondo minhas mãos em sua cintura.

— Primeiramente, pequeno é a porra do pinto da sua sogra! E segundamente, não tenta me ajudar, eu sempre fiz isso sozinha e não é agora que algo vai mudar — ela se soltou de mim e entrou no corredor. — Não mexe nessa merda que eu vou pegar uma vassoura!

Alanny logo voltou com a vassoura e jornal, ela se abaixou para pegar os pedaços maiores de vidro e enrolar no jornal.

Se ela tava tentando me provocar, então ela conseguiu, porque sua bunda estava literalmente empinada em minha direção.

— Eu sinto você me olhar, Jay — ela falou me tirando do transe.

Puta merda, essa menina vai me enlouquecer.

— É melhor você subir, você tá bêbado.

— Eu não tô bêbado!

— Quantos dedos tem aqui? — ela levantou três dedos.

— É óbvio que quinhentos e cinquenta e sete e meio — falei irônico.

— É, você tá até que sóbrio — ela continuou limpando aquela bagunça toda do vidro.

— Nossa, que tédio.

— Vai dormir que passa — ela falou sem me olhar.

— Tô sem sono, preciso arranjar um jeito de gastar energia — disse me aproximando, quase a agarrando pela cintura novamente.

— A rua tá lá fora, fique à vontade pra dar a volta no quarteirão — ela terminou de varrer e foi para os fundos jogar aquilo lá fora.

— Não tô afim — tirei minha camisa e a joguei em cima do sofá.

Logo que ela apareceu novamente eu a agarrei sem muita brutalidade, puxando-a para mim.

— Tem certeza que não sabe o que eu quero? — dei um beijo no canto da boca dela.

Caro Gray, prepare-se para perder sua tão amada lamborghini.

— Não vai rolar — ela me empurrou.

Espera aí! Como assim eu levei um fora? Isso não pode tar acontecendo! Eu NUNCA levo um fora!

— Não é toda a mulher do mundo que tem o sonho de foder com você, Jay — ela cruzou os braços. — Mais alguma coisa antes de eu ir dormir?

— Não, eu também já tô indo dormir.

— Okay então, boa noite — ela se virou indo em direção ao corredor.

— Só uma coisa — falei e ela se virou. — Se amanhã eu não tiver descido até às oito horas, você pode me chamar? Tenho uma coisa importante, não posso me atrasar.

— Tá bem, precisa de mais alguma coisa?

— Não, pode ir. Boa noite, Anny.

— Boa noite — e dessa vez ela realmente saiu pelo corredor.

Eu tinha realmente algo importante pra fazer? Claro que não. Mas eu tinha um outro plano pra levá-la pra cama.

Se ela resistir agora, eu vou ter certeza que ela é lésbica. Porque puta que pariu, quem é que resiste a Jay Park seminu na sua frente? Exatamente, NINGUÉM resiste. [Autora: convencido pra caralho]