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História Drop in Vegas - Não acredite nas mentiras dela


Escrita por: MahomieinRed

Notas do Autor


Mais uma segunda, mais um novo capítulo... Esse capítulo está cheio de revelações. Eu gostei muito de escrever esse capítulo e espero que vocês também gostem da leitura. Até consegui postar mais cedo hoje.. Bom, sem mais enrolação, aproveitem o capitulo!

Capítulo 16 - Não acredite nas mentiras dela


Fanfic / Fanfiction Drop in Vegas - Não acredite nas mentiras dela

“Mentira: ação ou comportamento ardiloso que induz ao engano. Embuste: ação que busca iludir; em que há fingimento. ”

Tentei seguir Alice com uma certa distância e aproveitei para tentar ligar para Robert, mas ele não me atendeu. Então só mandei mensagem pedindo para ele dar um jeito de vir até o Museu de Arte de Princeton em Washington Road sozinho.

Alice estava mexendo no telefone e depois parou em um banco na frente de um prédio de vidro que estava indicado como Departamento de Operações de Pesquisa. Não tinham muitas árvores ali para eu me esconder então dei a volta no prédio e fiquei escondidos atrás de uns arbustos por uns cinco minutos esperando o tal do Scott aparecer.

“Minha princesa Alice! ” Scott disse animado se aproximando da ruiva. Minha princesa? Mas que tipo de sujeito esse cara achava que era? Scott era um garoto alto e gordinho que usava óculos e um cabelo loiro arrepiado. Ele estava usando um avental branco com um logo de Princeton no ombro. “A que devo a honra? ”

“Para com isso Scott, você sabe porque eu estou aqui. ” Alice disse com uma voz irritada.

“Minha querida Lice, quem pegou meu experimento foi a senhorita. ” Scott disse com um sorriso fraco.

“Eu sei! ” Alice respondeu nervosa e se levantou. “Você não deveria estar fazendo experimento com animais. ”

“Pequena Alice, para o exímio da pesquisa, você precisa em algumas situações utilizar animais para experimentação científica. ” Scott falou com uma voz suave. “Eu te falei que os testes são feitos apenas depois de passados pela simulação e com autorização. Não tinha necessidade de roubar o experimento. ”

“Mas eu precisava saber se era seguro. ” Alice falou com pesar. “Eu fui conversar com a diretora e ela disse que a sua pesquisa estava dentro dos padrões, com autorização de uso. ”

“Eu lhe avisei querida. ” Scott respondeu, agora com um sorriso largo.

“Scott, eu já te falei para parar com isso. Nós não temos mais nada. ” Alice respondeu rapidamente. “Olha, eu vim aqui para saber se tem alguma forma de reverter o efeito. ”

“Eu já lhe falei que ele altera os mecanismos neurais celulares, ainda não chegamos a testar em humanos. ” Scott respondeu. “Não sei o que houve com a Lily para causar perda de memória. Tente alimentá-la com derivados animais, talvez ajude. Mas não sei se a memória que ela perdeu pode voltar. ”

“Scott, eu estou tentando. ” Alice respondeu e segurei minha vontade de gritar com ela. Então ela sabia desde o início? Ela que foi a responsável por tirar minha memória?

“As alterações não são rápidas querida. Essa memória é muito importante? ” Scott perguntou mantendo o mesmo tom animado.

“Muito! ” Alice disse exasperada. “Eu preciso que ele se lembre. ”

“Ele? ” Pela primeira vez desde o início da conversa, o sorriso no rosto de Scott sumiu.

“Ela. ” Alice disse e colocou a mão na cabeça. “Eu já estou tão cansada, estou monitorando Lily quase todo tempo, não estou dormindo direito. ”

“Você já tentou falar com ela? Para ver se ela se lembra? Quem sabe ela só não te contou que lembrou. ” Scott respondeu voltando a sorrir. Nessa hora eu acabei perdendo o equilíbrio e cai nas folhas fazendo um barulho baixo. “Essa não! Eu preciso ver se algum dos roedores fugiu de novo. Tenho que ir. ”

Eu aproveitei que vinha um carro e atravessei a rua atrás dele, para que Lily não me visse e corri para trás de outro prédio.

Era ainda mais difícil acreditar que a culpa não era de nenhuma bruxa. Nenhuma fã. A culpa era de Alice. A ruiva que tinha feito com que eu perdesse a memória, mas pelo visto como ela precisava do VISA, precisava que eu me lembrasse de tudo para desistir do casamento. Mas isso não ficaria assim.

Meu celular tocou e a mensagem ‘Estou aqui’ do Robert apareceu. Ótimo. Era hora de resolver tudo e dar o fora daqui.

 

Pouco tempo depois eu estava lá na frente do museu e Robert estava parado na frente do mapa perto da escada. Tirei o boné e me aproximei dele.

“E aí cara o que houve? ” Robert perguntou vendo minha expressão de raiva.

“Temos que ir embora daqui. ” Falei e coloquei o boné nele pouco antes de fazer sinal para ele me seguir. “Não podem te reconhecer aqui. Nós não temos muito tempo, vamos logo. ”

“Como assim, mas o que aconteceu? ” Meu amigo perguntou tentando me seguir pela calçada enquanto arrumava o boné.

“Alice. Ela sabe de tudo. Ela é a culpada de tudo. ” Respondi acelerando o passo.

“Tudo o que? Como assim? ” Robert começou a perguntar, mas eu fiz um sinal para ele parar e corri até um carro que estava parado no sinal.

“E aí amigo, você pode levar a gente até esse lugar aqui? ” Mostrei para o garoto que dirigia o cartão da lavanderia indicando o endereço 225 Nassau St, Princeton, NJ 08542, EUA.

“Está bem, entra aí. ” O garoto respondeu e eu e Robert entramos no carro. “Vocês são estudantes daqui? ”

“Somos sim, segundo ano. ” Menti ignorando o olhar questionador do Robert ao meu lado.

“Eu estou no terceiro ano de Engenharia Elétrica e vocês cursam o que? ” O garoto perguntou animado.

“Cinema. ” Respondi me lembrando do curso que Alice disse que fazia.

“Eu não sabia que tinha esse curso aqui. ” Respondeu o garoto. “Fica em qual prédio? ”

“Na verdade, é Teatro. ” Robert respondeu e me deu um tapa. “Nos especializamos em Música. ”

“Ah... Eu gosto de música também. Tenho alguns amigos que estudam composição de música e eu vou no estúdio com eles as vezes. ” O garoto disse animado. “Eu tenho aqui algumas gravações que fizemos, querem ouvir? ”

“Sim, com certeza. ” Respondi tentando fazer com que aquela conversa acabasse logo.

O garoto colocou a música para tocar e até que não era assim tão mal. Na verdade, era bem legal. Eles tinham misturado alguns estilos e colocado uma batida bem animada. Depois de três músicas já tínhamos chegado em frete a lavanderia Craft Cleaners.

“Fiquem na paz, se quiserem colocar alguma das minhas músicas no teatro de vocês me liguem. ” O garoto disse e escreveu o número dele atrás do cartão da lavanderia, antes de me devolver.

“Obrigado pela carona! Até mais. ” Respondi assim que saímos do carro e o garoto deu um aceno de mão antes de sair dirigindo.

“Você vai me explicar o que foi isso? ” Robert perguntou enquanto eu passava pela porta para entrar na lavanderia.

“Ainda não, eu explico no avião. ” Respondi e me virei para a atendente. “Já está pronto? ”

“Era urgente? ” Perguntou a atendente. “Vai demorar em torno de duas horas ainda. Foi para a secadora há pouco tempo. ”

“Antes não era. ” Comentei e pensei em abandonar as roupas e ir assim mesmo.

“Ok, voltamos em duas horas. Obrigado. ” Robert falou e foi me levando para a saída. “Vamos fazer assim, a gente come. Você me explica o que está acontecendo e depois vamos embora, pode ser? ”

“Pode. ” Respondi e sai. Infelizmente os restaurantes ficavam na direção da rua da casa das meninas e não podíamos ficar tanto tempo na rua, ou elas poderiam nos encontrar. Então entramos em um restaurante americano que ficava do outro lado da rua. Eu não estava muito afim de comer comida japonesa ou indiana, ainda mais considerando que iria pegar um voo longo de volta para Miami.

Nos sentamos em uma mesa do lado de dentro, como ainda estava cedo não tinha quase ninguém por lá então eu pude conversar com Robert sem me preocupar se alguém iria ouvir, já que as pessoas mais perto estavam a cinco mesas de distância.

Contei para Robert tudo que eu sabia. Falei sobre o que eu e Lily sabíamos de Las Vegas, das fãs, da bruxa e da poção. Sobre a conversa da Alice com o tal do Louis e o Scott. E falei também sobre o resultado dos exames e a recomendação médica.

“É muita coisa para entender. ” Robert comentou enquanto terminava de comer. “Você acha que a Alice pode realmente estar te acompanhando como um daqueles ratos de laboratório? ”

“Sem dúvida, um dia ela apareceu no meu quarto dizendo que eu estava tremendo. Como ela saberia disso se não estivesse me vigiando? Eu achei estranho no início e depois acabei esquecendo de te contar. Mas agora faz todo sentido. ” Respondi e consegui fixar ainda mais as ideias na minha cabeça. “Aquela casa delas não é um parque de diversão, elas estavam tentando nos distrair para a gente não querer sair, porque lá dentro elas têm câmeras em todos os lugares e conseguem nos vigiar até quando saem. ”

“Fomos enganados! ” Robert disse e bateu com o punho na mesa. “Eu não vou voltar para lá. Vou pedir as nossas passagens de volta.”

“É isso aí. Agora você me entende. Vamos dar o fora daqui. ” Falei quando percebi que já tinham se passado quase duas horas que estávamos ali. “Rob, enquanto eu vou pagar a conta, pede um Uber. ”

“Ok, já estou pedindo. ”


Notas Finais


E então? O que acharam? Comentem se vocês pensaram no Cellbit quando leram o título do capítulo...


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