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História Drunkenness - I Guess I Need You (Bônus)


Escrita por: GukChan

Notas do Autor


Oláaa, eu resolvi aparecer com esse capítulo bônus então me deem muito amor kekekeke.
Esse capítulo vai ser voltado para o couple DaeJae, e para quem não sabe "jagi" é o jeito carinhoso que os namorados se chamam. Espero que vocês gostem!
<3

Capítulo 2 - I Guess I Need You (Bônus)


Fanfic / Fanfiction Drunkenness - I Guess I Need You (Bônus)

– Dae! Anda logo, não podemos chegar atrasados!

Daehyun apareceu na sala com a gravata solta em volta do pescoço, o cabelo despenteado e com os sapatos na mão.

– Estou quase pronto amor. Cadê o Junghee?

– Já arrumei ele, ele foi buscar o carrinho de controle remoto para brincar com Minkyun na festa. – Youngjae percebeu o olhar de Daehyun e logo explicou. – o brinquedo vai ficar no carro e ele já tem quatro anos. Sabe que não deve passar com o carrinho no meio das pessoas.

Disse olhando para seu filho que entrou na sala com o carrinho em mãos. – Não é mesmo Hee? – O pequeno sorriu concordando com a cabeça e brincando com o brinquedo enquanto o pai ainda se arrumava.

Daehyun ficou em pé para arrumar o cabelo e Youngjae parou na sua frente começando a fazer o nó da gravata no outro.

– Eu estou feliz. Estou lembrando do nosso casamento. Foi tão perfeito. –terminou de arrumar a gravata do marido que sorriu com a frase do outro.

– Isso porque você é perfeito. – Segurou o queixo do outro e deixou um breve selar em seus lábios.

– Aigoo, não fale isso. – Sentiu seu rosto esquentando, era incrível que mesmo depois de muitos anos Daehyun ainda tivesse o poder de deixá-lo corado. – Nosso Jung tinha dois anos na época. Ver ele entrando com as alianças foi a coisa mais linda que eu já vi.

– Mais linda? E eu no altar? – perguntou Daehyun com uma falsa indignação.

– Ahh, você também estava lindo, mas o Junghee. – Levantou o filho no colo que ficou rindo da situação. – Ele sim era o homem mais lindo daquele lugar.

Daehyun riu e concordou com o mais novo, depois que eles adotaram o pequeno suas vidas mudaram muito, mas sempre para melhor, claro que havia momentos de dificuldade, porém eles sempre superavam.

Youngjae já estava agoniado quando Daehyun apareceu completamente pronto com a chave do carro na mão.

– Filho, vamos logo antes que seu pai arraste a gente pela orelha.  – saiu correndo com o pequeno segurando sua mão e ouvindo ao fundo Youngjae gritando que eles iriam estragar o cabelo e amarrotar as roupas.

Quando chegaram na igreja Daehyun encontrou os padrinhos e disse que esperaria Jae lá, enquanto ele entregava Junghee para sua mãe. O menor demorou a largar do pai, ele queria ficar com os dois, mas quando sua avó começou a falar de um acampamento no final de semana o menor animou e resolveu ficar.

Ainda faltavam trinta minutos para o casamento começar, e Youngjae sentia-se como se o casamento fosse dele. Yongguk finalmente resolveu pedir a mão de seu melhor amigo. Ele estava muito feliz pelos dois, com certeza choraria.

Voltou para o lado de seu marido e encontrou-o conversando com Zelo, rapper que já havia feito várias colaborações com o noivo. Com a conversa ficou mais intertido e mal percebeu quando os padrinhos começaram a entrar. Logo viu Jongup chegar ao lado de Zelo e com um pouco de vergonha oferecer seu braço para que entrassem juntos, queria perguntar de onde o secretário de Yongguk conhecia Zelo, mas resolveu deixar para uma outra ocasião.

Yongguk estava elegante no palco com um terno preto e gravata branca, ele parecia nervoso. Por mais que o casamento fosse fechado apenas para os familiares e alguns amigos, ele sentia como se uma multidão inteira estivesse o encarando.

Depois que assumiu seu namoro com o mais novo não pode negar que sofreu muito na sua carreira, perdeu bastantes fãs, mas ainda tinha aqueles fiéis que o seguiam por sua música e não por sua vida pessoal e era isso que importava para ele.

Ele estalava os dedos e ficava trocando o peso de uma perna para outra, quando a música começou Daehyun tirou um lenço do bolso e estendeu ao marido que já começava a fungar.

Então Himchan entrou, ele estava lindo com um terno branco e uma gravata preta contrastando com sua pele e roupa. Youngjae pode ver Yongguk engolindo seco e sorrindo cada vez mais conforme o outro entrava. Ele não estava acompanhado de ninguém, afinal, seus pais eram contra a sexualidade do filho, mas ele desfilava de uma maneira que deixava qualquer modelo no chinelo.

O rapper era um homem de sorte, pensou Jae, Himchan era um homem bonito, atencioso, e amava muito o mais velho. Nesse momento olhou para seu marido e sorriu pensando no quanto era feliz com ele.

O casamento passou rápido. Na hora de trocar as alianças, o pequeno Minkyun, entrou trazendo lágrimas a todos, principalmente aos noivos. Seu filho, de três anos, tinha sido adotado no mesmo dia em que Daehyun e Youngjae adotaram Junghee.

A hora do beijo foi a mais comemorada, todos gritavam e aplaudiam. Finalmente os dois estavam juntos. Depois da reconciliação eles ainda tiveram algumas discussões, mas nada mais poderia abalar o relacionamento deles. E com a chegada de Minkyun tudo apenas melhorou.

Claro que Himchan ainda sentia ciúmes de Zelo, e Yongguk pode notar o quando seu namorado, agora marido, tinha se aproximado do secretário, Jongup e quando as crises de ciúmes chegavam, elas sempre acabavam na cama com ambos gemendo frases de amor e prometendo que nada daquilo se repetiria.

Já na festa os noivos haviam separado uma mesa especial para os padrinhos e estavam sentados com eles. Himchan estava grudado em Youngjae e Daehyun falava com Yongguk e Jongup.

De repente o mais velho de todos apareceu abraçando seu noivo por trás e cochichou algo em seu ouvido. Jae viu seu Hyung sorrindo e lançando uma piscada para ele. Logo uma música começou a tocar e Yongguk saiu andando abraçado com ele do jeito que estavam até chegar ao centro do palco.

Quando a valsa começou todos juntaram em volta deles e Daehyun começou a gargalhar.

– Poxa Hyung isso é tão brega! – disse ainda rindo, recebendo um beliscão do marido e um Yongguk mostrando o dedo do meio enquanto girava com Himchan pelo palco. Que sorria feliz, por ser a estrela da noite.

– Aigo Dae! Deixa os dois, eles estão tão lindos.

– Mas isso é coisa de casamento tradicional amor, não tem nada de tradicional nesse casamento. O nosso não teve isso.

– Só não teve porque você se recusou a fazer! Você vai ver, quando renovarmos nossos votos vamos ficar uns dez minutos dançando só para compensar o que não teve no nosso casamento.

Daehyun ia negar, mas sabia que se fizesse era capaz de apanhar no meio de todos. Quando a valsa acabou algumas pessoas foram para a pista de dança, outras voltaram para as mesas, e outras foram olhar seus filhos no playground que havia no quintal do lugar.

Youngjae e Daehyun ficaram em pé perto da mesa, pois sabiam que os noivos iriam falar consigo, já haviam combinado de que eles sairiam para a lua de mel assim que tirassem todas as fotos que precisavam e tivessem sua dança.

– Dae, Jae. – Himchan disse já abraçando os menores e sorrindo animado. – Vocês tem certeza de que podem ficar com Minkyun? Ele não irá atrapalhar?

– Não se preocupe Hyung, quando o Min e o Jung se juntam eles dão menos trabalho do que quando estão sozinhos – Respondeu Daehyun abraçando Youngjae de lado. – e também se eles saírem da linha nós damos uns puxões de orelha neles.

– Eu cuidarei bem dele hyung, não se preocupe – foi a vez de Youngjae falar, para passar um pouco mais de confiança à Himchan, que ainda estava com o pé atrás de deixar o filho com os dois. – Aliás, para onde vocês vão?

Yongguk sorriu abraçando o loiro. – Havaí!

–Ya! O mesmo lugar que Dae me levou na nossa lua de mel!

– Digamos que eu fiquei com muita vontade de ir para lá, para não dizer inveja, depois que vocês nos mandaram as fotos do lugar! – disse Himchan rindo e se apertando mais no abraço do outro.

– Aigo! Melhor vocês irem logo, antes que comecem a comemorar aqui! – Daehyun deu um sorriso malicioso para os dois – Bom proveito para vocês! E não se preocupem com o Min!

Os dois viram os mais velhos se despedirem de mais algumas pessoas e por último de seu filho que já sabia que iria ficar com os tios. O resto da festa foi mais calmo, mas logo tiveram que ir embora, as duas crianças já estavam reclamando de sono e cansaço.

Minkyun já estava acostumado a ir para a casa dos tios, mas seria a primeira vez que ficaria uma semana inteira lá, e para ele isso seria como uma aventura. Quando chegaram em casa logo os garotos adormeceram, sobrando apenas o casal na sala assistindo um filme.

– Sabe amor, eu estava pensando aqui. Por que você me escolheu? Na época em que nos conhecemos você me odiava tanto. – Youngjae deitou em cima do peito desnudo do outro e começou a fazer círculos com o dedo pelo peitoral dele.

– Por que essa pergunta amor? Eu não tenho um motivo exato para te amar.. eu só sinto como se eu não pudesse nem mesmo respirar sem você. – O menor sorriu e deixou um beijo em seu peito. Mas ele sempre se sentiu inseguro, nunca achou que fosse bom o suficiente para o outro.

– Mas o que te fez mudar sua opinião sobre mim?

– Ahh, eu não te odiava tanto assim Jae, é só que... como chefe você era muito chato!

– Que? – Youngjae levantou seu tronco olhando para Daehyun que coçou a cabeça meio sem graça. – Por que eu era chato Daehyun?

O menor sentou ao lado do marido cruzando seu braços na frente do peito. O mais velho não sabia se ria da situação ou se tentava se explicar, mas como tinha medo de apanhar resolveu escolher a segunda.

– Ah, eu estava precisando de dinheiro na época e como você tinha acabado de abrir o Coffee Baby eu pensei que seria a melhor oportunidade. Mas você era mandão demais, se eu deixasse uma gotinha de café cair, nem dava tempo de pensar e você já estava gritando comigo para limpar.

Youngjae o encarava com uma expressão de: ‘só isso?’. Então Daehyun suspirou e continuou.

– Também teve aquela vez que meu amigo foi lá, eu não parei nem dois minutos para falar com ele e você gritou comigo na frente de todo mundo, como eu era lerdo. Ah, e aquele dia que a máquina quebrou e você colocou a culpa em mim, eu nem tinha encostado nela, e quando você descobriu que foi problema de manutenção insistiu que a culpa era minha.

Conforme ele ia falando Youngjae desmanchou sua feição brava, ficando com um pouco de peso na consciência, ele não sabia que tinha sido tão ruim assim com Dae, ele só estava nervoso, pois seu sonho era abrir um café e ele não podia deixar que um funcionário o atrapalhasse. E o que Daehyun falava contra ele parecia não ter fim.

– O dia que eu tive que faltar porque-

– Aish eu já entendi Dae! – o menor interrompeu o marido sentindo-se culpado. – Ah, me desculpa amor, eu não tinha ideia de que estava sendo assim. Eu.. eu não sei nem o que falar, me desculpe. Abaixou o olhar envergonhado, mas Daehyun segurou seu queixo fazendo-o olhar em seus olhos.

– Jagi, está tudo bem. Depois que você se acostumou comigo isso passou, e também, olha onde estamos hoje. Eu te amei desde o dia em que você chegou atrasado e todo encharcado por causa da chuva. – Youngjae sorriu se lembrando daquele dia também.

– Você cuidou de mim como se eu fosse a coisa mais preciosa.

– Mas naquele momento, eu apenas senti que era isso que precisava fazer, foi naquele dia que eu soube que precisava de você para mim.

– Então por que você esperou que eu desse o primeiro passo?

– Bom... apesar de tudo você ainda era meu chefe, eu tinha medo de tentar algo e ser mandado embora.

– Aigo, pabo. Eu nunca faria isso. Você teria me poupado todo o preparo psicológico que eu tive que ter naquele dia.

– Ahhh, você precisou disso tudo para me beijar lá na cozinha? – Daehyun disse brincalhão empurrando o maior para o chão e subindo em cima dele, colando os corpos, mas sem soltar todo seu peso nele.

– Claro que fiquei! E se você me rejeitasse, com que cara eu te olharia depois disso? – Perguntou passando os braços pelos ombros do marido.

– Eu não seria nem louco de te rejeitar. – os dois sorriram cúmplices, eles sabiam que na época não pensariam assim, mas estavam há tanto tempo juntos que nada parecia tão complicado.

Daehyun abaixou-se lentamente mordendo o lábio inferior de Youngjae antes de puxá-lo para dentro de sua boca. Não havia pressa no beijo, eles estavam explorando cada canto, já muito bem conhecido, da boca do outro. A cada novo beijo que eles davam era como se fosse o primeiro.

Logo Daehyun começou a mover os quadris, causando um atrito entre os membros e o beijo se tornou mais profundo e necessitado.

– Sabe Jae – disse entre selares que dava no queixo do outro indo para o pescoço. – Bem que a gente podia ir-

–Appa... – Junghee apareceu na sala assustando os dois. Youngjae empurrou o maior para o lado e se levantou rapidamente, mas viu que o menino ainda coçava os olhos e andava lentamente segurando o ursinho de pelúcia que Himchan deu de presente.

Daehyun se agachou na frente do filho perguntando o que ele queria e o menor disse que teve um sonho ruim. Ele pegou o filho no colo e falou que se deitaria com ele até que ele adormecesse de novo, e assim fez.

Youngjae estava encostado no batente da porta vendo o maior deitado ao lado do filho e fazendo um carinho na cabeça de Minkyun. Ele não sabia como tinha se apaixonado pelo mais velho, mas também sentia que precisava dele para viver.

Quando os meninos voltaram a dormir, Daehyun se levantou lentamente e puxou a barra de proteção para que eles não caíssem no chão caso rolassem. Youngjae lhe direcionou um sorriso e o chamou com a mão. Ao chegar bem próximo dele. O mais novo sussurrou em seu ouvido levando as mãos para o cós de sua calça.

– Onde paramos mesmo?

 

D&J

 

– Dae! Eu já arrumei a mochila dos meninos, você tem certeza de que isso vai dar certo?

O casamento havia sido em uma sexta-feira. E os dois haviam passado sábado e domingo com os garotos no parque fazendo piquenique enquanto eles brincavam em um parquinho de areia que tinha do lado.

Por mais que Junghee já tivesse quatro anos, eles não desgrudavam o olho do filho e muito menos de Minkyun. E mesmo eles brincando de fazer castelinhos na areia, longe dos brinquedos maiores os dois ainda tinham muito medo que algo acontecesse com os meninos.

Realmente como eles falaram, cuidar dos dois juntos, era bem mais fácil que quando estavam separados, diferente das outras crianças eles pareciam ficar mais calmos ao lado um do outro. Porém agora era segunda-feira e eles precisavam ir trabalhar no café e como os meninos estavam de férias da escolinha, não podiam deixá-los lá.

– Certeza amor, enquanto um atende o outro cuida das crianças, depois de um tempo a gente troca para não ficar cansativo. Está tudo aqui? – disse pegando a bolsa dos dois.

– Sim, fralda, roupa, lenço, leite, bolacha, bico, e as mamadeiras. – disse tudo em um fôlego só como se fosse a décima vez que estava repetindo a lista.

– Ótimo então vamos.

Youngjae pegou o filho que resmungava por ter acordado muito cedo e Daehyun pegou Minkyun que ainda dormia e eles foram a pé para o local, que era muito próximo da casa.

O movimento estava tranquilo na parte da manhã. Youngjae ficou cuidando dos meninos, Daehyun até perguntou se o menor precisava de ajuda com os bebês, mas este recusou. Mas depois do almoço o lugar começou a ficar mais cheio. Daehyun tinha trocado de lugar com Youngjae que atendia as pessoas junto com Jimin, o outro garçom que chegara atrasado no dia, pelo fato de seu pai estar no hospital.

Por ser um local com muitos prédios e empresas em volta, o café era bastante visitado após o almoço. E estava ficando complicado, pois quando o movimento era grande eles serviam com a ajuda de Jimin e Dongsun que estava de folga no dia.

Youngjae já estava cogitando pedir que uma das cozinheiras olhasse os dois por um tempo enquanto ele ajudava com as mesas quando ouviu uma voz feminina se aproximando.

– Tem certeza? Você não precisa fazer isso – escutou Daehyun falando enquanto entrava em seu campo de visão com uma mulher bonita, ela não era coreana e logo Youngjae se aproximou dos dois franzindo a testa.

– Jae! Essa aqui é Amy, se lembra dela? Minha prima que mora lá no Canadá. – Daehyun sorriu com as mãos nas costas da mulher e Youngjae fechou a cara mais ainda. Ele lembrava muito bem da garota.

Ela era a prima que Daehyun havia falado sobre ele ter sido apaixonado na infância, e a mesma pessoa com quem ele deu seu primeiro beijo e teve suas primeiras relações sexuais. A mesma irritante mulher que ficou dando em cima de seu marido no jantar de família quando eles ainda estavam começando o relacionamento.

– Olá Amy – Falou seco – Dae, não podemos para muito o movimento está grande e só uma pessoa atendendo não vai dar conta.

A canadense revirou os olhos, por algum motivo ela não gostava do mais novo. – Oi Jae, não se preocupe, eu vim ajudar vocês.

Youngjae ignorou a mulher olhando para Daehyun pedindo explicações.

– Ela se ofereceu para olhar os meninos enquanto a gente trabalha, vamos Jae, estamos precisando de você.

– Ah, Dae, melhor não, eu ia pedir-

Antes de continuar Jimin chegou perto avisando que estava precisando de ajuda e pediu que eles se apressassem. Youngjae olhou para o café cheio e bufou.

– O que você quer em troca?

– Ah, eu não quero nada, só ajudar meu primo mesmo. – Abriu um sorriso e colocou a mão no peito do mais velho.

Se o menor tivesse laser nos olhos a mão da mulher já estaria perfurada. Ele pensou por um segundo e decidiu aceitar, o movimento estava muito grande e não poderia deixar os clientes esperando.

Repassou os mínimos detalhes que ela deveria prestar atenção e só depois de checar se os meninos estavam bem correu para frente do local já pegando um caderninho e sua caneta.

Com o tempo, e a noite chegando a cafeteria diminuiu um pouco o número de pessoas dando um espaço para que eles respirassem. De vez em quando Daehyun ia até o fundo olhar os garotos e voltava rindo de lá. Youngjae já estava irritado com isso. Quando voltou para o balcão Jae chegou do seu lado.

– O que você faz tanto lá dentro? Se ela já ficou até agora com os meninos ela pode ficar um pouco mais.

– Jae, não seja assim. Ela está ajudando.  Está fazendo até demais, por que ela está aqui a passeio e em vez de estar visitando os lugares, ela está aqui dentro.

– Ninguém pediu para que ela ajudasse, está aqui por que quer ajudar o meu primo. – Disse imitando a voz da mulher no final.

Daehyun ia revidar, mas um cliente o chamou e ele só olhou para Youngjae e saiu. O menor suspirou jogando seu caderno no balcão e foi recolher alguns pratos que estavam em uma mesa. Depois disso ele foi para o caixa dispensar Jongup que havia se oferecido para ficar no caixa ajudando os dois, já que Bang não voltaria tão cedo para o trabalho.

– Ei Up, tudo bem por aqui?

O menor entregou o troco para uma mulher que havia acabado de pagar sua conta e fechou a registradora.

– Ah Jae. Tudo bem sim. Finalmente deu uma acalmada aqui né? – soltou uma risada e Younjae pode perceber o quanto ele estava cansado. Na verdade todo mundo estava e ele só queria voltar para casa e tomar um banho.

– Sim, e eu nem sei como isso começou. Só sei que finalmente está dando certo – Youngjae disse sorrindo pensando em como seu sonho havia se realizado e grande parte foi graças à Daehyun que depois de um tempo virou seu sócio, mas continuou como garçom por gostar disso. – Bem, acho que você já-

Ia completar a frase, mas viu mais uma vez Daehyun indo para dentro da loja.

– Ah, eu ia te dispensar, mas será que você pode esperar só mais um pouquinho? Eu já venho.

– Claro. – Sorriu fechando os olhos e se virando para receber outro pagamento.

Youngjae andou lentamente acalmando seus nervos e se não fosse por seus clientes ainda restantes no café teria soltado um grito quando viu Amy segurando Junghee no colo e dando um beijo na bochecha de Daehyun, logo depois olhando para o pequeno dando risada enquanto pulava com ele no colo.

O menor limitou-se apenas a chegar perto dos dois e falar.

– Daehyun, vá atender a mesa quatro.

– Mas o Jimin está lá e não tem quase ninguém aqui. – disse pegando o filho dos braços de sua prima.

– Ele está atendendo outra mesa. – Daehyun iria falar que ele atendesse então, mas vendo que o humor do menor não estava bom apenas revirou os olhos. Quando ia entregar Junghee de volta para a mulher Youngjae se apressou e o pegou.

– Tudo bem. O movimento está menor, já posso olhar eles.

– Você vai deixar Jongup no caixa? – Perguntou o mais velho.

– Ele vai ficar aqui até o Bang voltar e eu vou pagar para ele, então ele pode ficar, não vai fazer nada de graça.

Sem falar mais nada Daehyun arrumou o avental e saiu. Amy deu um beijo em Minkyun, que dormia tranquilo em um colchão pequeno que havia lá, e sem dizer nada passou por Younjae que segurou seu braço assustando-a.

– Olha, Amy, eu não sei o que você quer aqui, ou com Daehyun, mas aproveite enquanto eu estou apenas pedindo e pare com isso. Ele é um homem casado agora. Não é mais um menino que cai pelos encantos da prima estrangeira. Então fique longe dele e do meu filho. Entendeu?

Amy apenas riu e afagou o cabelo de Junghee que estava sendo segurado pelo outro braço de Youngjae.

– Casado com outro homem. Um grande desperdício. – Deu uma risada falsa e Youngjae afastou seu filho de perto dela e apertou ainda mais sua mão no braço da outra.

– Apenas volte pra sua cidade. Ou seu marido vai gostar de saber que você está o traindo e só está com ele pelo dinheiro.

A mulher o olhou desconfiada, mas resolveu não retrucar, ela não sabia até onde Youngjae tinha conhecimentos dos golpes que dava, então forçou seu braço para sair de lá, mas Youngje apertou mais ainda sua mão, machucando-a.

– Você me entendeu?

–Aii Youngjae! Me solta eu entendi sim! Me solta.

Yoo soltou o braço da mulher, abraçou seu filho que não entendia o que estava acontecendo, e a acompanhou com o olhar enquanto ela passava por Daehyun sem dizer nada e ia embora. Dae percebendo a saída da mulher tentou chamá-la, mas ela apenas o ignorou.

Quando todo mundo foi embora Youngjae agradeceu Jongup e disse que esperaria por ele no dia seguinte. Sobraram no café apenas o casal e as crianças. Enquanto Daehyun terminava de fechar o local, Youngjae dava uma sopa que tinha preparado para Minkyun que havia acabado de acordar.

– Jae, o que aconteceu? – perguntou parando de frente para o mais novo.

– O que aconteceu o que? Estou apenas dando sopa para o Min, ele acordou com fome.

– Você sabe do que eu estou falando. Por que ela saiu daquele jeito daqui? O que você fez? – Daehyun entendia que o menor sentia ciúmes, mas ele ficava com raiva disso.

– Por que você acha que eu fiz algo? Ela disse que precisava encontrar com uma pessoa e saiu.

– Youngjae! Não vem mentir para mim eu vi que você estava com raiva dela. Que porra você fez? – disse aumentando o tom da voz.

Minkyun olhou assustado para Daehyun e fez cara de choro.

– Aish Dae! Agora não okay, me deixa dar comida para o Min em paz. – Abraçou o pequeno falando que estava tudo bem.

Daehyun olhou desconfiado de Youngjae e foi se sentar no chão ao lado do filho que brincava com um carrinho. Apenas esperando o marido terminar para voltarem para casa.

O caminho de volta foi silencioso, o momento inteiro em que os meninos ficaram acordados seguiu-se da mesma forma, eles falavam apenas o necessário, Minkyun demorou mais a dormir, pois estava agitado com saudade dos pais.

Durante todo o momento em que não se falaram Daehyun pensou, ele queria muito gritar com o mais novo. Ele tinha visto Youngjae apertando o braço de sua prima, mas não sabia o que ele estava falando, ele sabia que isso era por causa de ciúmes. Youngjae sempre ficava assim e Dae sabia da insegurança dele, por isso resolveu não falar nada na hora e deixar que o menor se acalmasse.

Quando a casa ficou quieta e os meninos dormiram, já era mais de meia noite e dois estavam acabados. Youngjae saiu do banho apenas de cueca e viu Daehyun com seu moletom sentado na cama de frente para si.

Ele apenas suspirou e se sentou do lado do marido.

– Me fala amor, o que aconteceu. – Colocou a mão nos ombros do menor e começou a fazer uma massagem, desfazendo os nós.

– Você sabe Dae, ela ainda dá em cima de você, e ela faz isso bem na minha frente para me provocar.

– Jae, você não está imaginando coisas não? Porque você ficou com essa impressão dela, na primeira vez que a viu.

Youngjae tirou as mãos do outro de si e virou-se de frente para ele.

– Dae, por favor, você sabe que não é imaginação minha... Ou você acha que eu não vi aquele beijo que ela te deu?

– Mas foi na bochecha! E a gente estava brincando com o Hee.

– Nossa que brincadeira boa essa né? Eu vou pegar meu filho e sair por ai beijando a bochecha dos outros também!

– Jagi! Ela não é qualquer pessoa, você sabe muito bem que é minha prima!

– Claro, sua prima que já teve altos casos com você! Olha Daehyun eu to cansado, me deixa dormir vai.

– Não, só vamos dormir quando resolvermos isso.

– Então não vamos dormir nunca mais pelo visto. Já que você fica defendendo ela.

– Meu Deus Youngjae! Eu não estou defendendo ninguém. Eu não sei o que você está pensando, mas poxa. É difícil entender que só você importa para mim? Que eu não quero saber de mais ninguém?

Pegou o rosto do outro entre as mãos e começou a acariciar sua bochecha com os dedos quando ele começou a chorar.

– Se você se importa tanto comigo, se afaste um pouco dela, eu não to pedindo para que você pare de falar com ela, ou que a ignore, mas não dê tanta liberdade assim.. por favor.

No fundo, Youngjae sentia medo de perder Daehyun. Não saía da sua cabeça o dia em que havia perguntado o porque de ter sido escolhido e o maior ter dito que não havia uma razão especial. Se realmente não havia nada de especial em si. Claro que o mais velho poderia largá-lo a qualquer momento, mas nunca falaria disso com Daehyun, não queria parecer fraco.

Daehyun puxou o outro e deixou um beijo rápido em seus lábios.

– Se isso vai te deixar melhor, então tudo bem. – Abraçou Youngjae e o puxou para dormirem.

O resto da semana foi praticamente a mesma coisa, Amy apareceu todos os dias para olhar as crianças, mas como prometido Daehyun não deu tanta liberdade para a prima, deixando-a descontente e fazendo com que várias vezes ela atrapalhasse Youngjae ou falasse provocações de que era questão de tempo até Daehyun perceber que tinha feito a escolha errada ao se casar com ele.

O menor não falava nada, muito menos contava ao marido o que estava acontecendo, ele apenas guardava aquilo para si e continuava seu trabalho normalmente. Quando chegou sexta-feira os pais de Youngjae passaram na cafeteria para visita-lo e levar os netos para o acampamento que havia prometido. Por mais que Minkyun não fosse filho de Youngjae e Daehyun, seus pais o chamavam de neto também por considerar Yongguk e Himchan seus filhos também.

Yoo suspirou aliviado quando pensou que ficaria livre de Amy, mas a mulher apareceu na cafeteria e ficou o dia inteiro tentando puxar conversa com Daehyun. Jongup percebeu que Jae estava frustrado com isso e sugeriu que ele chamasse o marido para conversar.

– Não adianta Up, eu já tentei, mas ele fica do lado dela, isso é o que me deixa mais triste sabe? – apoiou-se no balcão ao lado de Jongup.

– Quando Zelo está triste normalmente eu tento fazer alguma coisa que ele gost-

Estava falando quando de repente notou o que tinha dito. Youngjae o olhava com a boca aberta e os olhos arregalados.

– Você e Junhong estão juntos?! – Disse alto deixando o outro desesperado.

– Fala baixo, por favor! Meu deus, eu não devia ter contado isso para ninguém! O Jun vai me matar.

– Ei relaxa, ele não precisa saber que eu sei.. mas espera, como vocês se conhecem?

Jongup sorriu sem graça e coçou a cabeça.

– Bem... é que.. vocês não sabem disso, mas eu tenho um hobby, que é dançar, e eu faço parte de uma academia de danças... a mesma que ele.. Tem um ano que estamos juntos já. – Sorriu envergonhado

– Aigoo, isso é tão bonito. – Ia falar mais, mas viu Daehyun com o corpo inclinado encostado na mesa enquanto falava com Amy, perto demais, para o gosto do mais novo.

– Jongup, eu juro que vou arrancar a cabeça daquela mulher fora!

– Hyung, se você fosse arrancar a cabeça de alguém teria que ser de Daehyun, não? – perguntou analisando a cena junto com o amigo.

– Sem problemas, eu arranco a dos dois. – Saiu pisando forte para a cozinha e deixando para trás um Jongup que ria da siuação.

Younjae decidiu que não tocaria mais no assunto. Logo a mulher estaria de volta para o Canadá e eles voltariam a ser como antes.

Isso se não fosse pela festa que a família de Daehyun estava planejando, no domingo, para a sobrinha mais querida de todos. Yoo queria vomitar só de pensar nisso, pelo menos ainda tinha tempo para se preparar psicologicamente, mas a vontade mesmo era de ficar em casa e trancar o marido lá também.

Yongguk e Himchan voltaram no sábado, como prometido, e passaram o dia na casa dos dois, matando as saudades do filho e contando como foi a experiência. Himchan, sendo fotógrafo não perdeu nenhuma oportunidade e tirou bastante foto dos dois juntos e do local. Youngjae estava com a câmera passando animadamente as fotos enquanto Himchan falava das aventuras que tiveram.

Youngjae só pensava em como queria ter outra oportunidade de ir até o Havaí com seu marido de novo, dessa vez levando seu filho, até que de repente Youngjae deu um grito e levantou-se do sofá rindo alto atraindo o olhar de todos.

– O que foi? – perguntou Yongguk desconfiado. E na mesma hora Himchan arregalou os olhos e foi atrás do amigo que passou a correr pela casa rindo, com o maior atrás de si.

– O que aconteceu amor? – Foi a vez de Daehyun falar.

Então o dono da câmera parou cansado, apoiando as mãos no joelho e ameaçando o mais novo. Youngjae apenas riu e mostrou a foto para Daehyun. Na tela da câmera Yongguk estava deitado, nu de barriga para baixo enquanto os lençóis estavam bagunçados em volta de si, e em seu corpo era possível ver diversos arranhões nas costas e na bunda.

Daehyun também começou a rir alto elogiando o “local” e falando que Himchan era um ótimo fotógrafo, aumentando a curiosidade do mais velho no local que ainda estava por fora da piada.

– Pirralhos, saibam que o que é bonito é para ser registrado, okay? – Respondeu o loiro.

Yongguk olhou assustado para o marido e levantou tomando a câmera das mãos de Daehyun que ainda ria. Ao ver a foto sua boca se abriu em descrença e ele olhou para Himchan pedindo uma explicação.

– Como eu disse amor, o que é bonito tem que ser registrado. – piscou para o mais velho que estava corado feito um tomate maduro. – E NÃO APAGA QUE ESSA FOTO É MINHA!

– De que adianta apagar? Eles já viram mesmo. – Devolveu a câmera para Himchan e sentou-se no sofá pegando o filho no colo. – O Min deu trabalho? – Mudou de assunto ainda com vergonha.

– O Min ficou quietinho Appa, ele brincou na areia!! – Disse o pequeno animado fazendo os adultos sorrirem.

– Não, ele se comportou muito bem, foi só um pouco difícil no horário de movimento do café, mas demos conta. – Daehyun falou. – Ah, falando nisso, amanhã meus pais vão fazer uma festa para Amy, vocês vão, certo?

Himchan na mesma hora olhou para Youngjae, eles já haviam conversado mais cedo sobre ela, sabia que o amigo não suportava a prima do marido e ficou preocupado, pois sua feição não era das melhores.

–Amy? – perguntou Yongguk sem se lembrar da mulher. – Quem é?

– A prima do Dae, amor, que mora lá no Canadá. – Himchan explicou e Bang olhou de Daehyun para Youngjae, já sabia da má fama da mulher também, percebendo pela primeira vez que eles pareciam um pouco distantes um do outro.

– Ah, tem tempo que ela está aqui?

– Chegou na segunda e não desgrudou nem um segundo do priminho querido dela. – Foi a vez de Youngjae responder, sem fazer questão de esconder o descontentamento.

– Jae..

– Não vem encher o saco não Daehyun, você sabe muito bem que ela tava dando em cima de você.

O maior apenas ficou calado para não prolongar a discussão, mas ele tinha certeza de que Youngjae estava imaginando coisas.

Conforme o tempo ia passando e a festa ia ficando mais perto Yoo ficava mais agoniado e resmungando para as paredes de como achava uma besteira uma mulher daquela ser amada por todo mundo a ponto de receber uma festa.

Daehyun já estava ficando triste com o modo que o marido estava tratando-o, mas não falou nada, pois sabia que assim que ela fosse embora tudo voltaria ao normal.

Já na festa Youngjae conversava animado com o pai de Daehyun sobre Junghee e como o café estava ficando cada vez mais famoso. O menor se sentia bem naquela casa, pois os sogros foram os primeiros a aceitar o namoro dos dois e ainda apoiou. Um pouco diferente de seus pais que no início não entenderam e acharam que aquilo seria apenas uma fase, mas quando perceberam que o relacionamento era sério mesmo deram muito apoio e amor aos dois.

Jae já tinha até mesmo se esquecido do motivo da festa, já que não via a mulher desde que chegara. E Daehyun estava toda hora passando por ele perguntando se estava precisando de algo, e oferecia bebidas ao menor, que estava se sentindo feliz com o tratamento que estava recebendo.

O sogro então começou a falar sobre basquete e como ele era um ótimo jogador quando tinha a idade do filho, mas o mais novo perdeu seu foco quando viu Daehyun indo para o quintal brincar com Junghee e Amy foi atrás, o lugar era fechado e ninguém ia lá durante festas.

– Diziam que eu era ainda melhor que o Michael Jordan, você acredita nisso? – Disse rindo e Youngjae forçou um sorriso ainda olhando para fora.

– Sr. Jung, você pode me dar só um segundinho, eu preciso dar uma olhada no meu filho.

– Ah claro, claro. Vai lá meu filho! – Deu uns tapinhas nas costas do genro e foi falar sobre basquete com Yongguk, que dava leite para o filho. Himchan havia reparado tanto em Daehyun quanto em Youngjae, ele estava observando, de longe, o amigo desde que chegou na casa. Então ele se levantou e foi atrás deles, mas ficando mais para trás.

Youngjae já não tinha mais calma, ele queria apenas que aquela mulher ficasse longe do marido e de seu filho, queria que ela voltasse para o Canadá e nunca mais saísse de lá.

Quando chegou ao quintal, essa vontade só aumentou mais ainda ao ver Amy segurando o braço de Daehyun e se insinuando para ele. E tudo piorou quando ela notou a presença do menor e em um piscar de olhos beijou seu marido, segurando em seus braços para que ele não saísse.

No mesmo instante Daehyun a empurrou limpando sua boca, mas ela já tinha conseguido o que queria. Youngjae segurou as lágrimas que começaram a acumular em seus olhos e andou até os dois. Quando chegou perto abriu um sorriso sarcástico e começou.

– Está feliz agora Amy? Matou as saudades do seu priminho? Ou você ainda quer ir para a cama com ele, para ver se ele ainda está gostoso?

– Jae.. – Daehyun tentou falar, mas foi cortado com a mão de Youngjae que parou na frente de seu rosto fazendo com que ele ficasse calado.

– Sabe o que eu sinto? Pena, eu sinto pena de você, porque olha você pode até tentar roubar ele de mim, mas no fim do dia, o nome que ele vai gemer será o meu. Quem vai dormir na mesma cama que ele, será eu. O filho que ele estará cuidando também é meu, ou seja, hora nenhuma você entra nessa história.

Youngjae grudou suas mãos no cabelo da mulher e puxou com força fazendo com que ela desequilibrasse de seu salto e caísse na grama. Agachou-se na frente dela ainda segurando seus fios. Daehyun tentou separar os dois, mas Himchan apareceu segurando-o e pedindo que deixasse que Youngjae se resolvesse com ela.

– Eu te avisei não avisei? Falei para você ficar longe dele! – a mulher se debatia, já chorando, tentado se soltar do aperto do outro.

– Eu não ligo para o que você diz ou deixa de dizer. Daehyun vai perceber o erro que cometeu e vai vim correndo para mim você é só mais um que deu fácil para ele, claro que ele gostaria de ficar com você, mas não podemos nem mesmo te comparar a mim, por favor né?

Youngjae largou o cabelo da mulher e Daehyun decidiu que era hora de separar os dois quando o menor bateu sua mão no rosto de Amy ficando a marca de seus dedos no mesmo instante.

– Jae, pare com isso tudo bem, já deu! – Daehyun puxou o menor para cima afastando-o de sua prima.

– Você também é outro! – empurrou o maior para que lhe soltasse e deu um tapa em seu rosto também, já deixando as lágrimas caírem. Eu te pedi Daehyun, eu avisei que era isso que ela queria, mas você não me escuta. Às vezes eu até acho que era isso mesmo que você queria que acontecesse.

Limpou as lágrimas e olhou para Daehyun que também chorava de cabeça baixa, mas nada dizia.

– Afinal, você ao menos tem motivos para ter me escolhido, certo? Realmente, eu devo ser apenas mais um para você. Vai lá ajudar sua priminha. Aproveita e ajuda ela a tomar banho também.

Virou-se pegando, de uma mesa que havia lá fora, o pote de comida que Daehyun estava dando para Junghee e virou em toda a roupa de Amy que continuava no chão. Jogando no final o pote de plástico em sua cabeça.

Passou reto por Daehyun que o olhava incrédulo, entrou na cozinha e pegou Junghee, que chorava, no colo de Himchan. Ia sair sem falar nada, mas seu Hyung o segurou pelo braço.

– Quer que te deixe em casa? Não quero você dirigindo desse jeito.

Ele iria negar, mas pensou em seu filho, não queria fazer nada estúpido, então apenas aceitou.

Durante o caminho eles não falaram nada, Junghee e Minkyun dormiam nas cadeirinhas do banco de trás enquanto Youngjae fungava limpando as lágrimas que ainda teimavam em cair.

Quando chegaram antes de descer Himchan falou.

– Sabe Jae, eu sei o que aconteceu, sei que não é fácil, mas antes de decidir qualquer coisa, converse com ele primeiro. Eu sei por experiência própria como é tomar uma decisão errada e se arrepender depois.

– Aposto que ele está lá consolando aquela vagabunda.

– Eu tenho certeza que não Jae... O Guk ficou para conversar com ele. Abrir os olhos dele para o que está acontecendo. Não é fácil, mas dê uma chance a ele, pense em Junghee também.

Youngjae olhou para o filho que dormia com o rosto marcado pelas lágrimas e suspirou. Himchan puxou o amigo e deu um beijo no topo de sua cabeça o abraçando logo em seguida.

– Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Eu sei que vai.

O menor maneou a cabeça e saiu do carro. Já em casa ele colocou Jung na cama e foi tomar um banho. Estava estressado e precisava de alguma coisa para se distrair, caso contrário pegaria seu filho naquele mesmo instante e sairia de casa.

Ele tinha avisado tantas vezes que aquela mulher ainda queria algo com ele, mas Daehyun não ouviu, ou fingiu não ouvir, ele parou para pensar em todas as vezes que eles trocavam palavras de amor.

O mais velho nunca realmente dissera o que gostava em si, e quando foi perguntado, disse que não havia nada de especial nele, mas claro o que poderia haver de diferente em um cara que trabalha todos os dias no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas e se dedica a cuidar do filho como se fosse sangue de seu sangue?

Não que ele fosse mudar isso, mas ele sabia que sua vida era monótona, e como dito pela outra, Daehyun podia se cansar dele a qualquer momento. Sentiu outra crise de choro chegar quando deitou, já de roupa trocada, na cama, e sem perceber, do lado que seu marido costumava dormir. Enterrou o nariz no travesseiro do outro e chorou, até que acabasse dormindo.

Por mais que quisesse continuar dormindo, ouviu o choro de Junghee e levantou-se rapidamente, dando de cara com Daehyun também entrando no quarto do menor, para ver o motivo do choro. Youngjae parou assustado, ele não tinha escutado o outro chegar.

O maior olhou para ele e disse que podia deixar que ele cuidaria do pequeno. Então Youngjae voltou para o quarto e sentou-se na cama de frente para o espelho que tinha na porta do armário.

Seu rosto estava inchado, cabelos bagunçados e roupa amarrotada. Daehyun ainda estava com as roupas da festa, o que significava que não havia muito tempo que ele estava ali, talvez realmente tenha ficado para ajudar a prima, e provavelmente toda a família dele o odiava agora.

Depois de um tempo Youngjae escutou a TV sendo ligada em um canal de desenhos e seu marido apareceu novamente no quarto.

–Tem muito tempo que você chegou?

– Uns vinte minutos, você parecia cansado, não quis te acordar.

– Ajudou ela? – perguntou sem realmente querer saber a resposta. Daehyun pegou a cadeira que ficava no quarto e colocou de frente para Youngjae, ficando na mesma altura que o outro.

– Não amor, eu não ajudei ninguém. Depois do que ela fez, nem mesmo se me obrigassem eu faria isso. – levantou o rosto do menor para que se olhassem nos olhos. – me desculpa Jae, de verdade, eu devia ter te escutado, mas eu não fiz isso.

Youngjae abriu a boca para falar, mas Dae pediu que ele esperasse e pegou suas mãos.

– Eu não sei nem explicar como eu estou, envergonhado, arrependido, com raiva de mim mesmo, mas principalmente triste. Eu te amo tanto Jagi, eu não posso viver sem você, me perdoe, por favor.

– Eu te falei tanto sobre ela Dae.

– Eu sei, e eu fui um idiota por não dar ouvidos, eu jurei que ela tinha parado com isso, eu queria acreditar nisso. – apertou o canto de sua cabeça como se um dor de cabeça houvesse começado de repente.

– Você ainda sente algo por ela? – perguntou devagar para ter certeza se queria mesmo perguntar. – Seja sincero, por favor, eu quero a verdade.

Daehyun não hesitou nenhum segundo para responder, o que de certa forma deixou o mais novo aliviado.

– Claro que não, o que a gente teve foi no passado, eu era menino. Ainda estava descobrindo o que era sexo, e todos temos aqueles primos que temos uma paixãozinha quando somos pequenos, nós apenas juntamos uma coisa com a outra. Foi coisa do momento, nada se compara com o que nós temos amor.

– Mas, bom ... ela tem algo em especial para compartilhar com você, eu.. nem mesmo tenho um motivo para que você me ame.. – Falou devagar sentindo que ia chorar novamente se continuasse olhando o mais velho.

– Youngjae! Me escuta. Quando eu falei isso, foi apenas por falar mesmo. Você realmente acha que não existem motivos para eu te amar? Quando eu digo que te amo, não digo por força do hábito. Eu falo isso para te lembrar de que você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida.

– Toda vez que vejo seu sorriso eu ganho forças para continuar vivendo um dia após o outro. Você é engraçado, positivo, feliz, bonito, romântico, surpreendente, às vezes um pouco sentimental, mas eu adoro quando isso acontece, porque eu posso te pegar no colo e te fazer se sentir amado, eu posso te mimar como eu tenho vontade de fazer a cada segundo.

– Quando você fica bravo com alguma coisa, eu tento arrumar na mesma hora para ter certeza de que vai ficar do jeito que você gosta, pois eu só fico bem quando você está bem. Não importa o que eu faça... de que me adianta voar se você está no chão?

– Sem você eu sinto que não sou capaz nem mesmo de respirar, eu me viciei em você, mais do que eu esperava que fosse possível. O que sinto por você é maior que qualquer coisa que já fui capaz de sentir na vida. Eu preciso sentir seu cheiro e seus toques a cada instante, para ter certeza de que você continua comigo.

– “Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.” Quando eu disse isso. Eu realmente quis dizer, nada mais me importa desde que você esteja do meu lado para sempre. Uma vida é pouco para poder demonstrar o que sinto por você.

– Eu não preciso de uma razão para te amar, porque VOCÊ, Yoo Youngjae, é a minha razão. Eu sei que errei com você, mas, eu acho... não, eu tenho certeza de que eu preciso de você. Eu te amo, meu amor.

Youngjae já não enxergava mais nada, as lágrimas escorriam grossas em seu rosto. Sem esperar que o outro dissesse mais nenhuma palavra, o menor se jogou no colo de Daehyun e o abraçou chorando como uma criança que se perde dos pais.

O maior o abraçava de volta passando as mão nas costas dele tentando o acalmar. E assim que a crise passou Youngjae levantou seu tronco dizendo.

– Eu também acho que preciso de você amor, para o resto de nossas vidas, e que nem mesmo a morte nos separe.

Então Youngjae o beijou, um beijo que significava muito mais do que as palavras que Daehyun tinha falado, o maior não precisava que ele o respondesse, suas ações demonstravam que ele estava perdoado, e que era correspondido. Eles precisavam um do outro como o mundo precisa da luz, e um era a luz do coração do outro, e se dependesse deles, essa luz nunca se apagaria.


Notas Finais


Waahhh eu nem acreditei quando vi a quantidade de palavras que tinha dado.. kk eu realmente me empolguei escrevendo isso kekeke.
Espero de coração que vocês tenham gostado.
Digam para mim o que vocês acharam. Eu juro que não mordo <3 e obrigada à quem leu tudo, amo vcs
Kissus ;*


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