História Duas Bellas e um Grande Segredo - Apenas o sonho de ser mãe

POV Bella

Eu comecei a me sentir tensa com a reação, ou melhor, a FALTA de reação de Rosalie. Aquele olhar fixo em minha filha estava me deixando preocupada, talvez tivesse sido um erro concordar com aquilo. É, eu iria matar Alice.

Nessie continuava com uma expressão angelical, totalmente tranquila e com um sorriso sereno nos lábios, mas, muito discretamente, ela encostou a mão e mim, mostrando-me o quão apavorada ela estava. 

Era difícil dizer se Rose tinha ou não gostado de Renesmee, seu olhar estava vago, vazio, parecia arquitetar alguma coisa na cabeça, mas não dava para dizer se era bom ou ruim. Eu não queria me antecipar, não queria passar por mãe super protetora, mas eu estava prestes a pegar Nessie no colo e sair correndo. Eu não fiz isso, óbvio, por dois básicos motivos, primeiro, não adiantaria de nada correr, até Nessie corria mais rápido do que eu, segundo, Alice interveio.

–Rose? – Alice chamou-a calmamente, mas seus olhos demonstravam pura tensão – Nossa sobrinha não é linda?

Rosalie pareceu ser arrancada de seus devaneios e olhou para Alice confusa.

–O que...? – rapidamente seu olhar voltou a Nessie e Rosalie abriu um pequeno sorriso – Ah sim, nossa sobrinha é linda! – concordou prontamente. 

Ela se aproximou de Nessie e eu percebi minha filha prender o ar com isso. Rosalie ficou a estudá-la por algum tempo, parecia avaliar uma mercadoria, sem saber se era de seu agrado ou não. Isso me incomodou.

Rose se ajoelhou ficando assim, na mesma altura que Nessie.

–Então você é a famosa Renesmee? – perguntou-a agora bem mais carinhosa do que antes, alias, mais carinhosa do que jamais eu vi Rose ser – Filha de Bella?

Nessie ainda parecia assustada com a tia, e olhou de relance para mim, voltou sua atenção para Rosalie e continuou a sorrir, um sorriso formal, mas ainda sim, encantador.

–Não tenho certeza se sou famosa, – Nessie disse num tom descontraído, mas ainda respeitoso – mas sou Renesmee, filha de Isabella Swan.

Rose deu uma risada de leve, mas sem a menor sombra de humor, continuou a examinar minha filha, o que voltou a me apavorar, olhei para Alice atrás de respostas, mas ela estava fixa nas atitudes de Rose, voltei minha atenção a elas também.

Rosalie levantou a mão e começou a acariciar os cabelos de minha filha, ainda pensativa. A tensão na sala era perceptível, e eu me perguntei o que aquilo significava, temi que fosse um mau sinal.

–Quantos anos você tem, Renesmee? – Rosalie perguntou subitamente para a garota, isso me deixou confusa, o que tinha a ver tal pergunta?

–Um ano e meio, senhorita Cullen. – Nessie respondeu tranquilamente.

–Humm... – Rosalie voltou a pensar ainda acariciando os cachos loiros de Nessie.

–Rose, ela é mesmo filha do Edward. – Alice declarou agora se aproximando – Eu não lhe traria aqui se não tivesse certeza absoluta disso.

Rosalie nada disse, apenas se levantou e ficou a encarar Alice por alguns segundos. Eu levei pouco menos de um minuto para entender o que se passava. Rosalie não acreditava que Nessie fosse realmente filha de Edward. Ótimo! Era tudo que eu precisava agora. Minha filha presenciar uma discussão dessas. Só poderia ser brincadeira. É, eu realmente mataria Alice.

Suspirei e me ajoelhei na frente de Nessie.

–Querida, - arrumei, desnecessariamente, o cabelo dela – por que você não vai no quarto da mamãe e liga para a Tia Ang? – tentei parecer animada, mas eu só queria Nessie fora dali o mais rápido possível.

–Pra que? – Nessie ficou confusa, e com razão, por que ela deveria ligar para Ângela?

–Hum... – pensei por uns instantes e me lembrei da promessa que a havia feito na sexta-feira que antecedeu a chegada dos Cullen – Eu tinha prometido te levar ao zoológico quando saísse de férias, não é? – mesmo estourando de preocupação por dentro, eu queria me mostrar entusiasmada e despreocupada para ela – Então, por que você não vai ligar para ela e perguntar se ela não gostaria de ir conosco amanhã no zoológico?

Nessie não precisou de mais estimulo, saiu saltitando para meu quarto, onde havia uma extensão do telefone.


Segure Nessie no telefone até eu lhe dar um toque no celular.
Explico depois.
Bella

Ângela sabia de todo o transtorno que estava sendo a minha vida com a volta dos Cullen, eu sabia que ela iria fazer o que pedi, mesmo que isso significasse passar a noite inteira no telefone com Renesmee.

Voltei a encarar as Cullen possessa de raiva.

–Que palhaçada é essa? – mantive meu tom baixo para que Nessie não me ouvisse, mas eu estava espumando de raiva – Eu não acredito que vocês resolveram discutir a paternidade da minha filha na frente dela. - Cerrei os punhos, tamanha a raiva que eu sentia.

Alice e Rosalie pareceram envergonhadas por tal mancada.

–Desculpe, Bella. – Alice pediu visivelmente arrependida.

–Desculpe, Bella? – debochei, eu sabia que Alice estava sendo sincera, mas eu estava possessa de raiva – Eu não faço questão alguma de vocês conviverem com minha filha! Na verdade, por mim vocês nunca saberiam da sua existência. – cuspi as palavras – Mas ai, a senhorita Vidente, descobre a existência de Nessie e me chantageia para poder conviver com ela, eu permito com a condição de nenhum outro Cullen saber sobre minha filha, mas ai, a senhorita Xereta, descobre também e faz uma pressão danada para poder conhecer minha filha. E então, na frente dela! – bati as costas da mão direita na palma da mão esquerda – As duas maricotas resolvem discutir se são mesmo tias de Nessie! Isso é absurdo! O que vocês tem na cabeça? 

–Bella... – Rosalie se manifestou – Desculpe por isso, mas é muito inacreditável e... Ela tem olhos AZUIS. Se fosse mesmo filha de Edward, por que ter olhos azuis? – Rose enfatizou esse fato, percebi que ela estava procurando uma desculpa para que Nessie não fosse realmente filha de seu irmão – Se fosse filha sua com ele, os olhos dela deveriam ser ocres como o nosso ou chocolate como os seus, mas AZUIS?

Eu não estava acreditando nas palavras de Rosalie. Só podia ser piada mesmo.

–Rosalie, até EU, que conheci Edward há apenas alguns anos sei que quando ele era humano seus olhos eram AZUIS... – debochei. 

Rose olhou para Alice e esta confirmou com a cabeça.

–Credo Rose, - falou ela – que tipo de irmã você é? Todo mundo sabe que os olhos do Edward eram azuis...

–Sério? – Rosalie era inacreditável! Ela conviveu com Edward, sabem-se lá quantas décadas, mas não sabia uma coisa tão simples como essa.

–Olha... – falei irritada – Eu não vou ficar aqui discutindo isso. Eu sei a paternidade da minha filha. Acredite no que quiser! Não faz diferença para mim – dei os ombros e indiquei a porta – 
Acho melhor vocês irem agora.

–Não! – protestaram as duas juntas ligeiramente desesperadas. Alice olhou para Rosalie e falou num tom de incredibilidade.

–Por Deus, Rose, você é cega? Olha para a menina! É a cara do Edward! São todos os traços dele! O cabelo é igual! Tudo! Ela não tem nada da Bella! Ela É filha dele e você sabe disso!

Rosalie colocou as mãos no rosto e balançou a cabeça por um instante.

–Mas como pode ser verdade? – perguntou ela ainda negligenciando a verdade. – Como?

Revirei os olhos, aquilo não daria certo.

–Olha, tudo isso foi um erro. – falei firme e me dirigi à porta – É melhor vocês irem embora.

–Bella, não faça isso! – suplicou Alice.

–Lice, eu não vou ficar tentando provar nada a ninguém. Se Rose não acredita, é melhor assim. – e era mesmo, mas eu confesso que me decepcionei com a atitude dela. Não imaginei que as coisas sairiam desse modo.

–Bella... – Rosalie veio em minha direção – Me desculpe por tudo isso. Eu não fiz por mal... É só que... É só que é tão difícil de aceitar tudo isso... Você e Edward, em um ato de imprudência, realizaram o sonho da minha vida!

O desabafo de Rose me comoveu, eu já conhecia sua história, e seus sonhos nunca concretizados, eu podia imaginar o conflito interno que Rose provavelmente estava vivendo, mas ela precisava entender o meu lado também.

Respirei fundo e tentei falar numa voz suave, não queria ser rude, mas ela precisava entender.

–Rose; eu realmente entendo o sei lado, imagino o que você deve estar sentindo, entendo suas dúvidas, e devo dizer que elas são muito plausíveis. – apoiei minha mão em seu ombro e deixei minha mascara cair, permiti-me mostrar a ela o quanto eu era fraca, o quanto esses dois anos me desgastaram, o quanto eu já estava cansada de lutar por uma felicidade, ou por, pelo menos, uma paz, que eu já não sabia mais se existia – Procure entender meu lado também Rose... Por favor... – pedi aos sussurros.

Eu não era uma mulher forte, nunca fui, mas durante esses dois anos eu usei uma mascara de mulher valente, e lutei contra tudo e todos para proporcionar a minha filha uma vida plena, mas somente eu sabia o quanto tudo tinha me desgastado. Só eu sabia o quanto me custou física e emocionalmente tudo isso.

Alice e Rosalie me olhavam com piedade, isso me incomodava, eu não gostava que ninguém tivesse pena de mim, mas elas precisavam saber que eu não tinha nem um décimo da força e coragem que aparentava. Eu queria que elas percebessem o quanto minha alma já estava desgastada. Eu queria que elas entendessem.

–Eu sou humana Rose... Sou fraca... – minha voz não passava de um sussurro, eu me sentei na poltrona já sentindo o cansaço me tomar – Quando o irmão de vocês me deixou, foi a morte para mim, na verdade, pela primeira vez eu me senti como vocês, creio que senti o que é ser um vampiro. Eu vivia num inferno sem ter morrido, e este, pareceu durar uma eternidade.

Tanto Alice quanto Rosalie ficaram atônicas com minhas palavras, poderia parecer exagero, mas só eu sabia o que eu passei naqueles dias que eu tanto luto para esquecer.

–Eu não conseguia fazer nada, não queria nada, tudo me consumia tudo me fazia lembrar-me de vocês, e as... As palavras dele ecoavam em minha mente sem parar, gritavam, pareciam zombar de mim. Eu me sentia ingênua e idiota, eu havia me iludido com alguém que já me havia me deixado uma vez, era previsível que ele faria isso de novo. – acabei por rir, sem a menor sombra de humor em minha voz, eu era idiota por cair na armadilha daquele vampiro por uma segunda vez, mas eu devia ser mesmo retardada por estar com ele novamente uma TERCEIRA vez. Eu deveria ser muito masoquista mesmo – Eu não queria mais viver, eu queria morrer, eu ia fazer isso... Eu já havia decidido, mas as pessoas não eram burras, viam meu estado, e já imaginando as loucuras que eu seria capaz, nunca me deixavam sozinha. Então, eu descobri que um milagre havia acontecido. Mesmo sabendo que seu irmão não voltaria, ele havia deixado um pedacinho dele comigo, e isso era o suficiente para me dar forças. Eu sempre teria uma parte dele comigo. – sorri inconscientemente – Eu realmente achei que vocês voltariam quando Alice me visse grávida, mas isso não aconteceu, portanto eu resolvi seguir em frente, viver para minha filha, viver pela minha filha.

Fechei meus olhos eu preferi não contar tudo que verdadeiramente me aconteceu. Eu não faria isso com elas, afinal, não era culpa delas.

–Bella... Eu... – Rose começou a dizer, mas eu levantei a mão pedindo para que parasse, eu precisava continuar.

–Espere, - pedi abrindo meus olhos – me deixem terminar, por favor. – ela assentiu com a cabeça e eu voltei a contar – Eu passei esses dois anos e meio vivendo em prol do meu pequeno tesouro, desde que ela nasceu eu venho ensinando-a a não odiá-los, nem mesmo a Edward, eu sempre a ensinei que vocês não sabiam de sua existência, por isso nunca estiveram presentes na vida dela. Eu venho colocando em sua cabecinha que nem tudo é como queremos e que infelizmente, ela não podia ter um pai, mas nunca disse a ela nada do que Edward me fez ou é. Eu sempre a ensinei a amar o pai que ela nunca conheceu. E sempre a iludi que se um dia Edward viesse, a saber, de sua existência, com toda a certeza, a amaria, assim como todos vocês.

Levantei-me e caminhei lentamente até a janela, olhei para fora, se eu continuasse a encarar Rose, eu aumentaria o tom da minha voz, mas isso não deveria acontecer.

–Se vocês discutem na frente dela a paternidade dela, ficará claro que tudo que eu disse tudo que a ensinei sobre vocês acabarem por gostar dela será mentira. E isso causaria muito sofrimento a ela – virei-me para encarar as duas vampiras – Eu não vou permitir que nada a magoe, ela não fez nada a vocês, ela não merece passar por tudo isso. Por isso eu peço que vocês vão embora.

–Bella... – Rose aproximou-se de mim e pegou minhas mãos – Agora mais do que nunca eu acredito, acredito que Renesmee é minha sobrinha. – a voz de Rose era falha, e eu sabia que se fosse possível, agora ela estaria chorando – Por favor, não nós peça para ir embora. Quero conhecê-la! Quero conviver com ela!

–Rose... – eu estava receosa, eu já teria muito que conversar com Nessie só por aquelas duas frases ditas pelas irmãs Cullen, se elas falassem mais alguma coisa, seria difícil Nessie passar por tudo sem se machucar – Eu não sei...

–Por favor, Bella! – Alice veio e segurou minha outra mão, olhou-me com a mesma cara de cachorro sem dono que Rose fazia – Se dermos outra mancada como agora, eu e Rose nunca mais incomodaremos vocês e nem diremos nada a ninguém. – prometeu ela.

Eu pensei por alguns segundos, se elas estavam fazendo uma barganha dessas, era porque com toda a certeza, não falhariam dessa vez.

–Tudo bem... – concordei por fim com um suspiro – Mas é sério, se derem mais uma mancada, as regras que valem para os demais Cullen voltam a valer para vocês também! – avisei-as séria, mas as duas estavam radiantes, me abraçaram concordando.

Eu peguei meu celular e dei um toque no celular de Ângela, para que esta soubesse que já podia desligar do telefonema com Nessie. Nem dois minutos depois, Nessie apareceu na sala com um sorriso no rosto.

–A Tia Ang, topou mamãe! – falou ela feliz enquanto vinha em minha direção. 

Beijei-lhe a testa e sorri.

–Isso é maravilhoso!Então amanhã iremos ao zoológico!

Nessie só faltou pular de tanta alegria. Alice e Rosalie pareceram encantadíssimas com a sobrinha.

–Nós também podemos ir? – perguntou Alice esperançosa. Todos os olhares se voltaram para mim, Nessie esperava ansiosa por minha resposta, parecia eufórica com a idéia das novas tias passarem o dia no zoológico conosco.

–Claro que sim! – sorri. As três começaram a pular e a dar gritinhos estéticos, pareciam ter todas as mesmas idades.

Rosalie passou a agir de maneira totalmente diferente, e logo Nessie já estava agindo naturalmente com ela, assim como Alice, Rosalie exigiu ser chamada de “Tia”, nada de “senhorita Cullen” como Renesmee a chamava.

Eu fiz a mamadeira de Nessie e nós todas deitamos no chão da sala em frente à lareira para conversar.

Como eu já deveria imaginar, Alice e Rosalie trouxeram mais uma pilha de presentes para Nessie, eu não gostei muito, mas a pequena ficou radiante.

–Mamãe, olha! – Nessie disse radiante enquanto terminava de tirar o embrulho do ultimo presente – É um quebra-cabeça!Um quebra-cabeça, mamãe! – A euforia de Nessie iluminava toda a sala, minha filha estava feliz, era tudo que eu queria.

–Você gostou? – Rosalie pergunto-a visivelmente esperançosa.

–Uhum! – Nessie falou ainda olhando para a foto do quebra-cabeça – Eu A-M-O quebra-cabeças, Tia Rose! Podemos começar a montá-lo? 

Alice e Rosalie abriram um sorriso maior ainda, elas com certeza queriam curtir a sobrinha, fariam o que ela pedisse sem pensar duas vezes. Quando as três começaram a abrir a caixa eu as impedi.

–Não, agora não... – falei firme.

–Por que não? – choramingou Nessie, toda a euforia de minutos atrás sumira.

–Nessie querida, você nem mamou ainda. – falei balançando a mamadeira no ar para que ela visse.

–Se eu mamar, nós podemos montar o quebra-cabeças depois? – perguntou ela esperançosa.

Pensei por um minuto, eu não tinha gostado muito da idéia, mas ao ver os três rostos pidões eu acabei por concordar com um pesado suspiro.

–Esta bem... Mas só um pouquinho e só depois que mamar! – fui firme nisso. Eu não deixaria passar da hora de Nessie dormir.

–Isso! – comemorou Nessie levantando-se num pulo, isso feliz Alice e Rose rirem, cada vem mais abobadas com a sobrinha. 

Nessie começou a vir e minha direção para deitar-se em meu colo, quando Rose se manifestou.

–Ahh... Será...será que eu posso dar a mamadeira para ela? – perguntou-me totalmente insegura. Eu sorri com tal pedido, este pedido me comoveu, e me provou que Rose queria realmente viver em minha filha o sonho de ser mãe, e em hipótese alguma queria machucá-la ou magoá-la como pensei.

–Claro! – concordei sorrindo e depois olhei para 
Nessie com um sorriso um pouco mais fraco – Isso se ela quiser é claro.

Nessie olhou para mim e depois para a tia, esta estava ansiosa pela resposta.

–Você... quer? – perguntou ela a Nessie.

Nessie novamente olhou para mim e depois para a tia e sorriu.

–Quero! – ela foi em direção a Rosalie e deitou-se em seu colo, eu entreguei a mamadeira a Rose e ela com um cuidado mais do que desnecessário, começou a alimentar minha filha.

Poucos segundos se passaram e Rose já estava visivelmente emocionada, Alice e eu nos comovemos com tal cena. Rose alimentava minha pequena com um sorriso abobado no rosto, e não desviou, nem por um momento, os olhos de Renesmee; parecia que nunca seria tempo o suficiente para admirá-la.

Quando a mamadeira chegou ao fim, Rosalie já estava mais do que deslumbrada com a pequena, e como eu havia prometido, começamos a montar quebra-cabeças.

Como já era de se esperar, logo Nessie começou a ficar cansada e a esfregar os olinhos de sono.

–Hora de ir pra cama! – anunciei sorrindo. Antes que eu se quer levantasse, Alice pegou a pequena no colo, todas juntas fomos para o quarto de Nessie.

Alice e Rosalie a trocaram, e arrumaram seus cabelos. A colocamos na cama, eu aconcheguei-a melhor com as cobertas. Ao meu lado estavam Alice e Rosalie.

–Boa noite, meu anjo. – falei num sussurro enquanto beijava-lhe a testa. Alice e Rosalie fizeram o mesmo.

–Mamãe? – chamou-me Nessie quando nós já estávamos nos levantando.

–O que foi querida? – perguntei voltando a me acomodar na beirada da cama.

–Você não vai cantar para eu dormir? – perguntou ela, parecendo magoada por eu ter esquecido. Fiquei tensa, Alice e Rose não sabiam que eu cantava.

–Talvez seja melhor não querida. – expliquei com um sorriso leve.

–Você canta? – perguntou Alice surpresa.

–Vocês nunca a ouviram cantar? – perguntou Nessie espantada. – Então mamãe! Cante para mim e para as titias! Elas vão amar ouvi-la, assim como eu amo! – Nessie falou radiante.

–É... Melhor não... – falei insegura, aquilo não deveria estar acontecendo.

–Mas nós queremos ouvi-la! – insistiu Rosalie.

Eu encarei as três por alguns segundos e acabei por ceder. Comecei a cantarolar a canção de ninar de Nessie, que um dia foi a minha. Eu evitei olhar para as Cullen enquanto fazia isso, assim que Nessie dormiu, nós saímos do quarto.