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História Duas Bellas e um Grande Segredo - Sonho Impossível


Escrita por: MarryBlack

Notas do Autor


Boa tarde queridos!

Vamos ver um pouquinho da visão do Edward agora!

Boa leitura a todos!*

Capítulo 31 - Sonho Impossível


POV Edward

Eu estava sentado em frente ao meu piano, dedilhando a música favorita de Esme, mas meus pensamentos estavam longe.

Eu sabia que Alice e Rosalie eram cúmplices de Bella. Eu não sabia o quanto elas sabiam ou o quanto Bella me escondia; eu queria saber... Mas eu não forçaria a barra, por mais que minha vontade fosse descobrir de uma vez por todas o que Bella tanto teme, eu não o faria. Se Bella preferia esconder algo de mim, eu não objetaria.

Meu íntimo estava dividido em duas grandes emoções: decepção e euforia. Sim, é bastante contraditório, mas não havia palavras melhores para descrever o que eu sentia.

Decepção por ver o quanto feri a mulher que mais amei neste mundo. Decepção por saber que Bella perdeu a confiança em mim; por saber que hoje, e talvez até o fim de seus dias, ela terá sempre receio para comigo.

Decepciona-me ver o quanto errei com a única pessoa que não deveria errar; decepciona-me ao até que ponto as coisas chegaram.

Fashs da visão de MINHA Bella, usando roupas vulgares... Drogada... Alcoolizada... Lembrar da imagem do pulso de Bella, mutilado e saber que todos aqueles cortes não foram acidentais. Ver Bella se atirar nos braços daquele desgraçado... Era doloroso demais ver a mulher com quem tive tanto zelo, hoje maltratada. Eu a deixei para que a mesma fosse feliz, realizasse o sonho de ser mãe, sonho que eu jamais poderia proporcionar-lhe; eu abdiquei pela única coisa que realmente desejei nesse mundo para vê-la feliz; hoje vejo que não deu certo. Bella continua a mesma no fundo, mesmo que ela negue, eu sei a verdade. Caso não fosse assim, ela não usaria uma mascara durante a semana inteira para que as pessoas a sua volta não sofressem por vê-la ferida como ainda esta. Bella ainda se importa com os sentimentos alheios, eu vejo isso.

Mas é doloroso saber que minha única e verdadeira paixão hoje está tão maltratada, ao vê-la se tornar tão masoquista quanto eu fui quando a deixei. Nunca pensei que diria isso, mas preferia vê-la hoje, feliz, nos braços de Jacob do que como ela se encontra hoje.

Tudo isso doía em meu peito, dilacerava-me, assombrava-me, se Bella sumia do meu raio de visão minha mente começava a me punir rigorosamente por esses dois anos e meio longe de Bella.

Euforia eu sentir por, mesmo depois de tudo que fiz, toda a dor que lhe causei Bella ainda fala comigo, aos poucos estava me dando uma nova chance... Ou pelo menos assim eu achava. Afinal ela havia me pedido para ser O OUTRO. Mas eu não ligava só por ela me permitir vê-la periodicamente, a euforia já inundava meu corpo, é mais fácil para eu sobreviver se posso ter um pedacinho de Bella para mim... Mesmo que nada seja como antes, essa pequena parcela de seu carinho já me bastava.

“Você está bem, filho?” – Os pensamentos de Esme arrancaram-me de meus devaneios.

Mesmo sentido minha mãe sentar-se ao meu lado e colocar a mão em meu ombro, eu não parei de tocar, na verdade, eu nem me dignei abrir meus olhos, não queria que Esme percebesse minha real angustia.

–Estou... – respondi simplesmente, minha voz estava composta; Esme não precisava, nem merecia sofrer também.

“Sabe que pode ser sincero comigo, querido.”

Suspirei pesadamente e parei de tocar. Virei meu corpo, deixando-o de frente para o de Esme, lentamente abri meus olhos e encontrei os de minha mãe piedosos e compreensivos a me encarar.

Nada precisei dizer, creio que minha expressão falou por mim, pois Esme me abraçou forte e afagou meus cabelos.

“Não é sua culpa... Você não tinha como adivinhar o rumo que a vida dela iria tomar.”

–É sim mãe, é minha culpa! – rebati, sentindo minha alma arrebentar com tal confirmação. – Eu não deveria tê-la deixado de novo! Eu não podia tê-la deixado sozinha! Olhe o curso que a vida dela tomou! – eu despejei tudo, minha voz era estranha – Eu falhei mãe! Falhei com ela! Eu falhei com Bella!

–Não, Edward. Não falhou... – a voz de Esme era reconfortante e acolhedora. – Você fez o que julgou correto! Fez o que achou que fosse o melhor para ela, querido! Ninguém o culpa por tudo isso...

–EU me culpo! – contra argumentei aspero.

–Mas não deveria! – repreendeu-me ela.

Quando estava prestes a mostrá-la os motivos da minha culpa, o som do carro de Rosalie se aproximar. Esme sorriu.

“Vá matar sua curiosidade.” – Sorri em resposta; minha mãe se levantou e desapareceu casa a dentro, segui rapidamente para a porta, não tive tempo de dizer nada, Alice me cortou.

–Não vamos explicar nada, Ed. Nem tente! – as duas passaram por mim com algumas sacolas de roupas. Suas expressões eram estranhas; atordoadas e sofridas, eu não entendi o por que.

Suspirei; achei por bem não insistir nesse assunto, mas isso não mudaria o fato deu querer saber o que elas fizeram, e o porquê daquelas caras. As segui.

–Foram as compras? – perguntei casualmente enquanto vasculhava seus pensamentos.

–Sim. – respondeu Alice normalmente – Mas foi antes de irmos à casa de Bella.

Alice pensava a mesma coisa de todos os dias: Roupas, Jasper e mais roupas.

Suspirei e tentei os pensamentos de Rosalie; os dela já pareciam mais receosos, algo estava errado! Todo aquele cuidado com os próprios pensamentos deixava nítido seu nervosismo e sua concentração em deixar alguma coisa escondida. Seus pensamentos eram voltados para sua última transa com Emmett no... NO MEU PIANO?

A raiva me dominou. Fiquei fora de controla, eu não conseguia me concentrar em fazer nada mais que não fosse torturar e matar Emmett e depois Rosalie.

–EMMETT! – Gritei furioso; virei-me para sair atrás daquele FDP quando os pensamentos de Rose me deterão.

Por uma fração de segundo, na mente de Rosalie, foi projetada a imagem de uma menina, dormindo tranquilamente, seu rosto era difícil de ver, pois estava coberto por seu cabelo.

Uma voz ao fundo, soçobrava algo que parecia ser uma canção. Logo em seguida seus pensamentos voltaram à transa, mas eu já não ligava mais se eles tinham transado no meu piano, no meu carro, ou no meio do pátio da escola de Forks, algo tinha me fixado nada garota.

Quem era a menina? De quem era a voz? Seria da própria Rosalie? Que música era aquela? Era MESMO uma música? Por que tudo aquilo me chamou tanto a atenção? Por que a menina me deixou tão perturbado?

Eu não sabia explicar, por conta do pensamento ter durado apenas uma fração de segundo, eu não consegui identificar de quem era aquela voz ao fundo, nem o que estava cantando, se é que estava mesmo cantando. Isso me irritou, eu não sabia dizer o porquê, mas sentia uma necessidade de saber mais sobre a menina.

–Quem é ela? – perguntei por impulso.

Rosalie estava tensa, mas tentou mostrar descontração.

–Acabei de confessar que transei com Emmett no sei piano e você está preocupado com uma garotinha? – debochou ela, ignorei isso.

–Quem é ela? – agora minha voz estava firme e impaciente.

Rose continuou a me encarar ainda com os pensamentos voltados para a droga da transa.

Eu continuei forçando, vasculhando sua cabeça para conseguir ver de novo algum vestígio da menininha que me deixou tão atordoada, mas fui brutalmente arrancado da minha procura quando os pensamentos de Alice GIRTARAM para mim.

A cabeça da baixinha estava fixa na imagem de Bella chorando em seu colo, nunca tinha visto Bella tão feriada como estava naquele pensamento. Na verdade, nem quando ela, pois um ponto final com sua “história com Jacob”, ela chorou tanto.

Fiquei asperado, da mesma maneira que meu interesse pela menininha veio ele se foi. Não havia nada que me atormentasse mais que ver minha Bella sofrendo; e naqueles pensamentos, Bella sofria de mais.

Corri em velocidade sobre-humana para o quarto de Alice, ela estava olhando fixamente para a janela, seus pensamentos ainda voltados para a mulher da minha vida chorando.

–Alice o que houve? – perguntei desesperado.

Era torturante ver Bella naquele estado, o que havia acontecido afinal?

Alice saiu de seus devaneios e voltou seu olhar para mim, deu-me um sorriso amarelo e rapidamente mudou o rumo de seus pensamentos.

–Desculpe por isso... – pediu ela envergonhada por ter deixado tal pensamento perceptível a mim.

–Me diga o que houve Alice! – pedi aflito. Aproximei-me dela e chacoalhei seus ombros – Por que Bella estava sofrendo?

–Ela estava relembrando momentos do passado. – disse ela – Acabamos entrando numa conversa que tomou rumos errados, a fez lembrar-se de seus momentos com você.

Paralisei. Bella estava chorando por se lembrar do seu passado comigo?

–É difícil para ela Ed. – a voz de Alice era piedosa.

–Ela... Ela... – tentei dizer algo coerente, falar alguma coisa, mas não conseguia. A dor era profunda demais.

–Edward, a culpa não é sua... – Alice me abraçou.

Levei algum tempo, que eu não sei dizer se foram segundos ou horas, para conseguir me recompor. Bella estava sofrendo, e mais uma vez, eu era o culpado.

Por Deus! Como alguém poderia ferir a pessoa que tanto ama de maneiras tão diferentes?

–Vou... – comecei a me recompor. – Vou ligar para ela. – peguei meu celular e comecei a discar o número mais Alice me deteve.

–Não.

–Por quê?

–Ela demorou a pegar no sono, Edward. Passou quase três horas chorando. – explicou ela fitando-me com olhares piedosos. – Se ligar agora além de acordá-la, provavelmente a fará chorar de novo.

A dor me tomou novamente, eu me sentia sendo engolido pela agonia a cada segundo. Esse pesadelo nunca terá fim?

–O que eu devo fazer Alice? – perguntei desesperado. – Ajude-me!

–Não faça nada. – disse ela com um sorriso maternal. – Apenas vá caçar e esvazie sua cabeça, vou pensar em um jeito para que você possa proporcionar algum momento de felicidade à Bella. Amanhã.

–Alice. – eu ainda estava entorpecido – Eu não quero proporcionar ALGUM momento de felicidade para Bella. Quero fazê-la feliz SEMPRE! – Expliquei.

–Eu sei Ed. Mas agora, a única coisa que você pode fazer é isso e nada mais.

As palavras de Alice me feriram, eu sempre soube que isso era verdade, mas ouvir isso de outra pessoa, ainda mais uma que sempre foi otimista quando o assunto era Bella e eu, doía, e só confirmava o meu maior medo.... Talvez Bella nunca voltasse a ser como antes, talvez Bella nunca voltasse a ser minha.

Sem dizer mais nada, eu sai correndo e fui caçar, não olhei para trás, não queria companhia. Eu só voltaria, quando meu rosto estivesse composto novamente, para que minha família não vivesse a depressão que eu vivia.


Notas Finais


Então, o que acharam?

Não deixem de me contar!

Beijos e até a próxima!

Marry Black.*


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