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História Dysfunctional - Six Times Disappearance.


Escrita por: ddangerouss

Notas do Autor


Apenas aproveite.

Capítulo 2 - Six Times Disappearance.


“E hoje completam-se seis semanas desde o sexto desaparecimento ocorrido no centro de Gangnam...”

Isso era o que sempre se ouvia em todos os noticiários, não importava quantas vezes o maior mudasse de canal, o assunto sempre estava relacionado ao tão comentado desaparecimento sêxtuplo em Gangnam.

A exatos seis meses atrás, uma mulher que frequentava um clube em Gangnam junta de seu marido, desapareceu no meio da noite enquanto seu amado fora encontrado insconsciente em um beco ao lado de uma lata de lixo. O caso foi tratado como um simples desaparecimento, porém, um mês depois outra pessoa desapareceu, dessa vez um garoto, este que frequentava o mesmo clube que a primeira pessoa desaparecida. Desde então os desaparecimentos foram aumentando, três...quatro...cinco...seis, cada um com um intervalo de um mês, e apenas parou, ou as pessoas acreditavam ter parado, na sexta vítima.

Nas ruas, grande parte das pessoas falavam sobre os desaparecimentos e criavam suas próprias teorias como se fossem verdadeiros detetives. Algumas pessoas diziam que se tratava de algum serial killer, outras diziam que as pessoas poderiam apenas ter se mudado sem avisar aos parentes, e tinham as pessoas com a mente criativa que diziam que as seis pessoas haviam sido abduzidas. Porém, dentro das delegacias, principalmente da delegacia no distrito de Gangnam, os verdadeiros detetives tentavam trabalhar em teorias concretas e com sentido, e diferente das pessoas nas ruas, eles não acreditavam que os desaparecimentos haviam parado por aí, não, eles estavam à espera, à espera de que um mês se passasse e de que outra pessoa deixasse de ser vista.

— Já se passaram seis semanas, se ele não agiu de novo então não irá agir mais.

Baekhyun fazia parte das pessoas nas ruas, aquelas pessoas que não notavam os detalhes mais palpáveis desse acontecimento.

— Não podemos ter total certeza sobre isso, ainda pode acontecer de novo.

Enquanto Chanyeol, fazia parte dos verdadeiros detetives, aqueles que sabiam exatamente o que estava acontecendo, mas que guardavam cada detalhe para si mesmos.

Chanyeol estava sentado no sofá, com o cotovelo apoiado sobre o braço do mesmo e com sua xícara de café em mãos enquanto suas pernas estavam esticadas e seus pés repousados sobre a mesa de centro, foi quando Baekhyun saiu do quarto trajado com uma calça de moletom cinza e uma camisa social branca, camisa está que pertencia ao maior.

— Você acordou cedo.. – O menor murmurava enquanto caminhava até o maior com a sua expressão evidente de quem havia acabado de acordar e que com certeza havia se esforçado para sair da cama.

— Precisei arrumar algumas coisas, se eu fosse deixar para arrumar mais tarde acabaria me atrasando de novo. – Chanyeol respondeu sorrindo deixando a xícara de café sob o criado mudo ao lado do sofá e então batendo levemente com uma das mãos em seu colo em um pedido mudo para que o menor se sentasse no mesmo.

Baekhyun podia dizer que estava se arrastando até o sofá pois ainda sentia sono já que apenas acordou porque, ao passar a mão pela cama, não pôde sentir o mais novo ao seu lado. Ao finalmente chegar no estofado, se sentou de lado encima das coxas do maior, tendo a ficar com as pernas esticadas enquanto era acolhido pelos braços de Chanyeol em um abraço forte.

— Você tem mesmo que ir trabalhar hoje ? – O mais baixo questiona com um fio de esperança em meio ao seu tom sonolento.

— Sim, eles irão receber um cara novo e com certeza vão querer que eu faça ele confessar seja lá qual crime tenha cometido. – Um suspiro saiu por entre os lábios do maior, cujo a verdadeira vontade era de ficar ali, o dia inteiro, abraçado a pessoa que ele mais amava.

— Você poderia inventar alguma desculpa, tenho certeza que lá tem muitas outras pessoas que podem cobrir o seu lugar. – Sua voz ainda possuía esperança enquanto sua cabeça repousava sobre o ombro do outro rapaz.

— Sabe que não posso, já fiz isso tantas vezes que daqui a pouco se tornará um hábito. 

Chanyeol riu minimamente enquanto abraçava ainda mais o corpo do menor que apenas concordou com um murmúrio qualquer, se rendendo ao fato de que o maior não poderia ficar e apenas se deixando aproveitar aquele abraço e aquele calor que sentia naquele momento e que foi desfeito um tempo depois, quando o mais novo teve que ir trabalhar, mesmo que o seu coração o mandasse ficar.

Baekhyun e Chanyeol já estavam casados a dois anos, e para os dois, era quase impossível concordar com as pessoas que diziam que, depois de um tempo, tudo se tornava enjoativo e até mesmo a presença da pessoa amada às vezes chegava a ser indesejada. Ambos, mesmo seguindo sempre uma pequena rotina que envolvia trabalho durante a semana e alguma atividade aleatória nos finais de semana, como ir ao cinema ou até mesmo ficar o dia inteiro assistindo filmes, nunca se sentiam enjoados, às vezes eles chegavam a deixar a rotina de lado quando um dos dois deixava de ir trabalhar e ambos saiam juntos para se divertir, em relação ao sexo não era diferente, ambos nunca se enjoavam um do outro e sempre buscavam inovar apesar do sexo simples sempre os satisfizerem.

 Algumas vezes eles brigavam, fosse pelo fato de Chanyeol deixar papéis e pastas espalhados pela casa toda, ou pelo fato de Baekhyun acabar misturando papéis e pastas que não deveriam ser misturados, mas no final das contas, ambos pediam desculpas um para o outro e dormiam felizes e abraçados. Enquanto a se enjoar da presença um do outro, isso nunca havia acontecido, já que, pelo fato de ambos trabalharem em escritórios, Chanyeol como detetive policial e Baekhyun como gerente de uma empresa, era difícil ambos realmente se verem, se tocarem e terem tempo uma para o outro, pois quando não estavam trabalhando no escritório, estavam trabalhando em casa fazendo relatórios, e quando não estavam trabalhando em casa, estavam aproveitando o pouco tempo que tinham para ter um sono descente.

Cada momento entre os dois era totalmente valorizado um pelo outro, pois quando eles finalmente podiam ficar perto um do outro, abraçados ou apenas conversando, era como se cada um encontrasse sua própria paz, pois um era o porto seguro, e o recanto de paz, do outro.

♪♪♪

Chanyeol estava sentado em uma das duas cadeiras que ficavam em frente à mesa de seu respectivo chefe, que, desde o momento em que o maior entrara na sala e se sentara, sequer moveu um músculo para olhar para o mesmo. O homem que possuía apenas trinta e dois anos porém já tinha alguns fios grisalhos perdidos em meio a alguns fios negros, analisava os arquivos da pasta amarela que possuía em mãos, enquanto vez ou outra ajeitava seus óculos redondos. 

— Hã...você precisa de mim para alguma coisa, chefe ? – Chanyeol questiona, e, quando o mais velho não demonstrou nenhuma reação, o maior pigarreou baixo afim de chamar a atenção do homem atrás da mesa a sua frente.

— Ah, detetive Park, me desculpe, eu realmente me perdi lendo esses arquivos, pode por favor repetir a pergunta ? – O homem mais velho diz largando a pasta encima de sua mesa e finalmente notando a presença do  garoto mais novo ali em frente à si.

— Você precisa de mim para alguma coisa ? Disseram que você queria me ver e--

— Ah, sim, eu o chamei porque precisamos conversar a respeito do garoto novo. – A pasta que passará das mãos do mais velho para a mesa agora era fechada e entregue para o maior. — Ele foi preso hoje mais cedo, foi pego em flagrante, porém se diz ser inocente. Preciso de você para que o faça dizer a verdade, assim poderemos o julgar e o condenar. Sei que é algo rotineiro com o qual você está “familiarizado”, porém lhe peço que dessa vez tenha a maior cautela que puder.

♪♪♪

“Esse garoto não é igual aos outros, tenha cuidado.”

Chanyeol não sabia o por quê, mas aquelas palavras não conseguiam ser acreditadas por si, ele já havia visto tantas coisas, tantos monstros, que ouvir seu líder dizer que o tal garoto não era igual aos outros o fez sentir uma curiosidade enorme crescer dentro de si, afinal, se aquele garoto não era igual aos outros, então o que ele era ?

Ao abrir a pasta amarela com arquivos relacionados ao tal garoto enquanto caminhava em direção à sala de interrogatório apenas fez com que a curiosidade do maior aumentasse, não havia nada demais naquele garoto, pelo menos não para si, que já havia visto coisas piores. 

Kim Jongin, 18 anos.

Preso em flagrante na cena do crime, ele estava ao lado da vítima, suas mãos e lábios sujos de sangue, enquanto a vítima, uma mulher que teria em torno de 27 anos, se encontrava morta com o rosto desfigurado e diversos ferimentos pelo corpo, ferimentos estes que foram causados por mordidas.

 Afinal, o que teria de tão perigoso em um possível canibal para que Chanyeol precisasse ter a maior cautela que pudesse ?

Foi somente quando a mão do maior alcançou a maçaneta da porta da sala de interrogatório e quando os pés dele adentraram a sala podendo ver, após fechar a porta atrás de si, um garoto que podia notar ser mais baixo que si com cabelos negros como a escuridão e com a cabeça baixa, que Chanyeol sentiu que suas perguntas finalmente teriam uma resposta. 

As mãos do garoto estavam repousadas sobre suas coxas, ambos os pulsos presos pela algema, uma pequena quantidade de sangue podia ser vista sair pela ponta de seu dedo indicador, como se ele tivesse se cortado ou algo do gênero.

— Bom... – Chanyeol começou se sentando ficando de frente para o garoto que permanecia de cabeça baixa, apenas a mesa em frente a si separando ambos. — Por onde devemos começar ? Devo começar mexendo com o seu psicológico até lhe deixar completamente abalado ou você tornará isso mais fácil e contará a verdade de bom grado ?

Chanyeol nunca fora o tipo de pessoa sensível quando se tratava de interrogar um criminoso e fazê-lo confessar, para si qualquer indivíduo sentado no lugar a sua frente não podia mais ser considerado um ser humano e deveria ser tratado como a pior criatura da face da terra, e aquele garoto estava ali, sentado naquele lugar.

— Eu não fiz nada... – A voz alheia se faz presente depois de alguns minutos, o tom baixo e levemente rouco, como se o garoto não falasse a tempos enquanto o mesmo permanecia com sua cabeça baixa.

— Se você não fez nada então por quê havia uma mulher morta ao seu lado e sangue em suas mãos ? – O tom da voz do maior era frio.

— Ela me atacou primeiro, eu apenas me defendi, eu não queria machuca-lá daquela forma.. – A voz do garoto começava a se tornar embargada, denunciando que o mesmo choraria a qualquer momento.

— Se ela lhe atacou, então por quê não encontraram nenhum ferimento em seu corpo ? Nem mesmo um único arranhão ? – A pergunta do maior não foi respondida, o que, de certa forma, fez sua paciência começar a diminuir. — Admita que a matou, assuma a responsabilidade por seus atos.

— Eu não queria machuca-lá daquela forma.. – Uma lágrima desliza pelo rosto do garoto e pinga sobre as mãos do mesmo.

Chanyeol nunca fora o tipo de pessoa que se comovia por esse tipo de pessoas, sempre que estava ali, sentado de frente para um deles, ele não demonstrava nada além de sua total frieza, e foi sem nenhuma expressão no rosto que maior ignorou aquela lágrima tirando de dentro da pasta amarela fotos do corpo da mulher, de seu rosto desfigurado e das marcas profundas de mordidas em seu corpo, deixando cada uma delas sobre a mesa, de frente para o garoto.

— Você não queria machuca-lá dessa forma ? Não queria destruir o rosto dela ? Não queria deixar marcas animalescas em seu corpo ? Você realmente não queria fazer nada disso ? – O maior perguntava, às vezes com um tom de ironia em sua voz.

— Não...

— Você--

— Eu não queria machuca-lá daquela forma... – O tom de voz do garoto estava diferente, não havia mais nenhum resquício sequer de tristeza em suas palavras. — Eu queria ter feito muito pior.

E ao pronunciar tais palavras, o garoto ergue a cabeça de forma lenta, um sorriso largo estava estampado em seu rosto, seus olhos se fixaram nos de Chanyeol, que, ao corresponder ao olhar, sentiu um frio absurdo percorrer todo sua espinha o fazendo engolir em seco. Não havia culpa em seu olhar, não havia remorso, não havia arrependimento, e o rastro da lágrima que havia deslizado por sua face parecia totalmente vazio, a única coisa capaz de ser notada nos olhos daquele garoto, era o prazer que o mesmo sentia em pronunciar tais palavras, e, pela primeira vez em anos, Chanyeol sentiu algo que pensou que jamais sentiria novamente...

 

...ele sentiu medo.


Notas Finais


Quero agradecer a minha amiga Junny pela capa da fic que eu sei que ela fez com todo o carinho do mundo e eu realmente adorei. Também quero ressaltar que tentarei postar sempre dois capítulos, então se às vezes demorar uma semana inteira para um novo capitulo ser postado é porque consegui terminar um mas ainda não terminei o outro, então, por favor, tenham paciência comigo :c

Espero que tenham gostado e ficado empolgados para um novo capítulo, só não tenham crises de ansiedade esperando o próximo cap porque realmente pode demorar uma semana inteira para dois novos caps saírem, sorry for this ~

Ainda não sei se os capítulos terão uma capa já que sou péssimo com esse tipo de coisa e de certa forma a minha criativadade com capaz sempre acaba.

De qualquer forma, obrigado a quem leu e até agora gostou :3


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