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História E se não houver um amanhã - E se não houver um amanhã


Escrita por: Anne_JL

Notas do Autor


Essa história foi feita a partir de um prompt enviado por uma amiga.
A fic não foi revisada por um beta então desculpem qualquer erro e por favor, reportem.

Capítulo 1 - E se não houver um amanhã


Fanfic / Fanfiction E se não houver um amanhã - E se não houver um amanhã



 

Seus passos são firmes e rápidos sob o velho chão de madeira. O saguão aparenta estender-se a cada vez que lança um olhar para a pequena e azulada porta ao final do corredor.

Por todo o dia desejou este momento. O momento em que a veria novamente, que seus olhos se encontrariam e seus sorrisos preencheriam o pequeno apartamento com afeto.

Esta não é uma rara ocorrência, muito pelo contrário. Desde que a namorada havia recebido a sentença pela confederação de usuários mágicos elas dividiam um apartamento.

Croix odiava o campus da escola onde Úrsula morava, como uma cientista e “modernista”, a bruxa gostava do sentimento e comodidade da cidade, então Chariot se desfez do espaçoso quarto no campus da Luna Nova para obter um pequeno e aglomerado espaço na barulhenta e célere metrópole.

Consequentemente, Chariot e Croix se viam muito pouco pelo dia. O tempo de deslocamento para a escola é longo e cansativo. Úrsula precisava acordar a indignas horas do dia para ministrar as aulas e a volta para a casa era caótica. Com a habilidade de voar perdida, seu recurso são os ônibus e estes estão sempre lotados.

Então hoje, - finalmente uma sexta-feira - o que ela mais desejava era entrar em seu modesto apartamento e se abrigar no calor e abraço de sua amada.

O desejo de uma calma e adorável noite foram destruídos ao abrir a porta e deparar com a visão de Croix com um pequeno robô, movido por magia, em cima da mesa de trabalho.

A porta fecha às suas costas, o barulho ressoando pelas paredes finas e esbranquiçadas. Croix levanta a cabeça de onde está focada e Úrsula observa seus olhos arregalaram em alarme.

A bruxa levanta da cadeira em desorganizados movimentos, o móvel cai com um sólido e monótono som. Ela dá um passo em direção a ruiva e Úrsula toma dois passos para trás, suas costas colidindo macio com a porta de madeira.

-Chariot…

Úrsula levanta uma trêmula mão parando todo o discurso e ação que Croix de certo iria utilizar.

O coração da ruiva bate apertado dentro do peito, descontrolado em suas rápidas palpitações. Ela pode sentir o delicado ardor de lágrimas nos olhos e a clara distorção na visão comprova suas suspeitas.

Úrsula inspira profundamente, engolindo o estrangulado pranto na garganta. Este não é o momento para ser fraca, para deixar a aflição lhe governar.

Ela limpa a garganta ligeiramente e baixa a trêmula mão, cerrando-a em um punho dentro do tecido da macia saia.

-Há quanto tempo?... -Chariot pausa e fita por alguns segundos, esperando a compreensão descer sob Croix. - há quanto tempo você vem utilizando mágica novamente?

Ela pode ouvir e ver a garganta da maga trabalhando para engolir - o desespero, o choro, o nervosismo? - observa os músculos fortes e atraentes em seu pescoço mexendo e, se em outra ocasião, a atraindo e excitando. Contudo agora, neste momento de traição, estes movimentos são todos analisados criticamente, seus olhos procurando uma pista de desonestidade.

-Chariot…

Ela viu a culpa volver nos verdes olhos com um amargo golpe no estômago.

-Eu não posso acreditar nisso, Croix…- Sua voz choca, o choro desejando a liberdade de fazer-se conhecido. Ela engole novamente, forçando o pranto que lhe sobe à garganta para o estômago. Ele revira em nós, protestando com emoções que ela não quer nomear no momento. - Depois de tudo o que nós passamos...Como você pôde?

E suas lágrimas - malditas e traidoras lágrimas - deslizam macio e quente pela pálida pele das bochechas. Úrsula tem o anseio de limpá-las, de apagar este registro de vulnerabilidade perante uma pessoa que não mais merecia ver este íntimo ângulo seu.

Croix toma um passo à frente com a intenção de confortá-la e ela balança avidamente a cabeça em negação, o gemido de um choro escapando por sua fechada boca. Traz as mãos aos lábios e os pressiona sob a traiçoeira boca, quentes lágrimas entrelaçam-se em seus finos e elegantes dedos.

A ruiva fecha os olhos enquanto seu corpo treme, cruel choro escapando mesmo por dentre os dedos. Ela escuta como a respiração trava na garganta de sua namorada e os pés que antes caminhavam em sua direção param com um suave barulho.

Por alguns instantes todo o som dentro do apartamento vem da janela aberta em algum local do cômodo, o barulho de carros viajando pelas ruas de asfalto, a cacofonia produzida pelas vozes de dezenas de pessoas andando por as calçadas e o som da cortina balançando com o vento.

Isso a enraivece e abandona qualquer pretensão de mínimo controle ao abrir os olhos, arrancar as mãos dos lábios e apontar um dedo a quieta Croix.

-O que você estava pensando!?

Sua voz é alta e rouca, amargura sangrando junto a decepção.

-Como você pôde ser tão descuidada, tão idiota!?

A outra mulher abre a boca para argumentar, mas ela não deixa. Seu sangue agora fervendo em aflição.

-Qualquer pessoa pode ter visto isso, Croix! A janela está aberta! Suas condições para soltura foram claras perante a corte. Você está proibida de usar mágica por 10 anos e no entanto…!

Ela balança novamente a cabeça e vira as costas para a namorada. Olhar os belos e angustiados olhos faz seu peito doer.

-Chariot…Por favor, olhe para mim.

A bruxa ruiva esfrega o rosto com firmeza para se livrar das lágrimas e antes de virar toma uma profunda respiração.

-Eu não queria fazer isso pelas suas costas, mas eu precisa-

-Você precisava!? - Ela a interrompe. Incredulidade colorindo o sarcástico tom. - Você precisava utilizar mágica quando você está cumprindo sentença, uma sentença que a deixa obrigada a ficar presa em casa sem qualquer contato com mágica?

Croix lambe os lábios nervosamente e mexe os pés, olhos sobre o chão por alguns segundos até que inspirando profundamente a fita novamente.

-Eu sei que você está magoada, eu entendo o risco que estou correndo. Mas isso deve ser feito, Chariot.

Suas curtas unhas mordem a pele da palma da mão ao apertá-la como um punho. Teme estar no limite da loucura. Por decerto não estaria ouvindo corretamente.

-Precisa ser feito?! - Ela ri entre lágrimas. - O que precisa ser feito, Croix? Roubar o cetro da Akko? Planejar algum esquema para obter mais poder?

A maga de cabelos acinzentados visivelmente vacila, dor óbvia em suas esverdeadas íris. Croix tosse suavemente e a enfrenta.

-Eu preciso achar a cura para a doença da Wagandea.

A confissão é como um balde de água fria sobre seus confusos sentimentos. Sente o joelho tremular em resposta e acido lhe subir o esofago.  

-O...Que?

Sua voz é um suspiro, quase inaudível na multitude de sons que atualmente preenchem as orelhas. Coração acelerado e sangue que correm rápido por suas orelhas lhe ensurdecendo gradativamente.

Croix parece hesitar,olhos divagando pela pequena sala do apartamento até que fixam-se nos seus castanhos com uma intensidade que poucas vezes vira.

-Eu tenho de lhe devolver sua habilidade, Chariot...Eu preciso fazer isso certo para você.

O peito - pobre e mísero coração - comprime-se tão apertado em sua flexão que por um instante tem medo de que tenha lançado um auto-feitiço para encurtá-lo, pois o órgão lhe parece diminuir e dor preenche todo o tórax.

Essa idiota e egoísta bruxa, ela pensa com tristeza.

-Eu não preciso que você faça nada para mim, Croix.

Sua fala é cansada e percebendo a fraqueza nas pernas se dirige para sentar no sofá. Croix a olha surpresa, mas não faz nenhum movimento de segui-la e isso é bom...Ela pensa. Por que agora Chariot não tem certeza se quer ter a maga por perto. Ela não tem certeza do que são estas emoções que passam por sua cabeça e estes pensamentos que gritam mentirosa, mentirosa, mentirosa. E absolutamente, ela não sabe o que está traição significa para seu relacionamento.

-Chariot, você não entende-

-Eu entendo perfeitamente, Croix.

Olhar para ela está se tornando uma tortura. Doce, terrível e pungente tortura. Ver que seus olhos seguram tanta convicção sobre um ato que não deveria ser jamais feito novamente. Estrelas,Ela morde os lábios e baixa os olhos para as botas que usa. Melhor fitar o gasto material de seus calçados do que estes probos verdes olhos.

-Você quer me salvar….Você quer fazer justiça e acertar as coisas que aconteceram errado para mim no passado. - Chariot levanta a cabeça e fita seriamente Croix. -Eu entendo. Eu te entendo,Croix.

Um semblante de confusão derrama sobre o primoroso rosto da condenada maga e Úrsula contempla brevemente quão bela Croix é. Este não é o momento, estrelas, esse realmente não é o momento para que ela pare e analise quão atraente sua namorada é. O traço do rosto elegante, o maxilar forte e seus olhos tão inteligentes e vividos.Seu maldito estômago parece preencher-se de calor quando seus olhos tomam nota do cerrar impetuoso das claras sobrancelhas e este traiçoeiro e charmoso corredor dos finos e rosados lábios que ela adora tanto.

Mas ela é puxada desta linha de pensamento que aquece o estômago ao mesmo tempo que angustia seu coração, porque por mais que sua namorada seja linda e ela a ame…Sua traição é nítida em sua memória.

-Eu não entendo… - Croix diz, voz baixa e tentativa. - Se você me compreende, se você sabe o porque estou fazendo isso, por que você está desse jeito?

Chariot não pode disfarçar o sarcástico sorriso que puxa no corredor dos seus lábios. Oh, isso é apenas triste que ela tenha vindo a se apaixonar por uma pessoa não egoísta.

-Por que isso não é o que eu preciso, Croix….Isso não é o que eu desejo.

Croix ainda permanece confusa, mas sua expressão mostra perplexidade também.

-Como você poderia não desejar voltar ao normal? Todas as bruxas voam, Chariot. Ser uma maga numa comunidade  mágica sem a habilidade de voar é o mesmo que ter uma deficiência.

- Você sabe...Quando minhas amigas em Luna Nova souberam que estávamos juntas elas disseram que este era um erro. Que você não me merecia….- Suas lágrimas voltam aos olhos e ela pisca rapidamente para pará-las. - Naquele momento eu não assentia com elas, mas...Elas estavam certas, não é mesmo, Croix?.

Sua voz choca e as lágrimas, agora mais tristes, deslizam por sua face.

-Você não me merece....Você não me conhece, Croix.

Croix toma dois largos passos em direção a ela e ajoelha perante seu prostrado eu, mãos procurando pelas suas, olhos cheios de angústia e lágrimas.

-Por favor, Chariot...Não diga isso. Eu amo você.

Ela sufoca no próprio pranto, soluços aflitos fluindo de dentro do peito. Suas mãos apertam os longos e fortes dedos sobre o seu.

-Mas isso é verdade, Croix…- Ela toma um sofrido suspiro e tenta controlar-se. - Você não me conhece nem um pouco. Tudo que eu queria….Tudo que eu venho desejando com todo meu ser é viver com você. Eu não quero voltar a voar, Croix. Eu quero apenas poder viver ao seu lado.

Croix está chorando agora, seu rosto inclinado, testa tocando suas entrelaçadas mãos. Ela sente as quentes lágrimas que se derramam sobre sua pele e vê a forte e esbelta forma da maga tremer com o pranto contido.

-Eu apenas queria fazer você feliz… - A voz da Croix parte, sua sentença embargada num soluço. -Eu queria que você tivesse tudo, Chariot. Eu queria me redimir...Você é tão boa para mim e eu sinto...Eu sinto que eu não mereço sua bondade, sua gentileza e acima de tudo seu amor.

-Oh...Croix…

Ela treme também. Ela treme até o próprio âmago. Porque tudo que ela já desejou ouvir de Croix foi isso. Que ela a ama.

Ela sabe, oh...Ela sempre soube que Croix a amava, mas a bruxa nunca disse uma palavra. Sua postura reservada e retraída a impedia de dizer com palavras esse sentimento,entretanto em certas noites a condenada maga poderia segurá-la apertado contra o peito e beijar-lhe os cabelos ou tocar sua pele com mais delicadeza do que o normal e Chariot saberia...Ela sentiria essa emoção que Croix parecia não saber pronunciar.

E agora...Agora ela poderia ter tudo isso arrancado porque Croix -bela, galante e idiota Croix - descumpriu o acordo firmado com a confederação de magos e quem iria saber se hoje foi um dia em que as autoridades mágicas tinham observado suas ações? Ninguém sabia ao certo quando e como a bruxa seria vigiada, apenas que de tempos em tempos ela iria se apresentar à corte e eles leriam anotações da sua sombra reportando seu status e seus passos.

Chariot puxa sutilmente as mãos livres e repousa-as sobre o rosto de Croix, trazendo-a mais para perto do próprio rosto e segurando seus tristes e angustiados olhos.

-Croix...Eu estou assustada...Eu temo que você irá me deixar-

-Nunca, Chariot. - Croix apoia as mãos sob as bochechas molhadas de Úrsula e toca-lhe a testa com a sua. - Eu nunca irei lhe deixar. Eu fodi as coisas, eu sei que eu fiz merda...Mas não importa o que acontecer, eu irei ser o que você precisa, eu irei manter você dentro de mim. Mesmo que me levem para longe de você, você irá permanecer dentro de mim. Por que em minha cabeça eu continuarei aqui, continuarei a lhe sentir.

Chariot retira suas mãos do rosto que ama e joga os braços sobre o forte ombro de Croix, abraçando-a e apoiando o rosto na junção entre ombro e pescoço. Seu choro faz ambos os corpos balançarem e ela aperta as mãos dentro do macio cabelo da outra maga.

Ela sente Croix mover os braços para lhe envolver gentilmente, mãos descansam em suas costas em movimentos circulares e calmantes. Isso combinado com o amadeirado cheiro da Croix lhe acalma aos poucos.

-Está tudo bem, Chariot...Tudo vai ficar bem.

Croix continua suspirando isso em seu ouvido, gentil e pausadamente.

Ela funga e responde, voz rouca e embargada, um lamurio que poderia ser comparado a voz de uma criança.

-Você não sabe disso.

-Mnn - Croix responde quietamente. - Mas nada irá deter meus sentimentos por você e nem os seus por mim, eu estou certa disso.

Chariot se afasta, mas deixa as mãos sobre o forte ombro. Seus olhos são avermelhados e inchados, mas ela foca em quão desolada Croix parece.

-Eu amo você, Croix. E se não houver um amanhã… - Uma solitária lágrima percorre seu rosto e Croix passa o dedão para enxugá-la, o toque carinhoso e simpático. - Eu irei sempre reviver os dias que passei com você como meu para sempre amanhã.

Croix sorri, dentes brancos brilhando e olhos comprimindo aos lados, lágrimas lhe escorrendo o rosto, cabelo balançando macio sobre o efeito da fraca brisa que sopra pela sala. Ela nunca foi mais bonita do que neste momento, Chariot pensa.

E ela escolhe esquecer por agora sua dor, sua ansiedade e apenas….Apenas submergir neste sentimento que a preenche como um balão. Neste afeto que aquece seu peito e recheia o estômago com borboletas.

Ela a beija. Apenas um pressionar de lábios contra macios e finos lábios. Um toque sutil que transmite suas emoções. Todas as confusas e tristes e alegres emoções que Croix incita nela.

Seus dedos mesclam nas macias e finas mechas do cabelo de Croix e isso estimula um profundo suspiro da condenada maga sobre seus lábios.

As mãos em suas costas apertam e deslizam para a cintura segurando a delgada curva ali. Chariot geme baixo e a ação resulta em Croix escorregando a língua dentro da sua boca.

O músculo é quente e tenro quando encontra sua própria língua, seu corpo desperta em arrepios.

Chariot agarra com força o curto cabelo entre os dedos e depende o beijo, a intensidade com que ela pressiona seus lábios e língua contra Croix a faz gemer. O som é gutural e um tanto quanto bestial, mas ela não tem tempo para refletir sobre isso, pois aqui há um fogo em seu baixo ventre, um calor que ferve devagar e vai se expandindo pelo corpo. E ela apenas precisa, precisa, precisa.

Chariot separa suas bocas e mordisca levemente o avermelhado lábio inferior da Croix.

-Você deveria realmente me levar para o quarto, ou então eu poderia acabar fodendo você aqui mesmo.

A rouca risada da Croix envia comichões por entre suas pernas, a excitação escorre lentamente por seu canal e aos poucos Chariot pode sentir o úmido pano da calcinha inconfortável acima do sexo.

-Oh...Você realmente acha que iria me foder antes de eu ter um gosto de você?

Chariot apenas lambe seus lábios, a imagem incandescente com a memória de  maravilhosas noites em que contorceu e flutuou com os lábios, língua e dedos da Croix.

Aparentemente a visão dela lambendo os lábios foi o estímulo que Croix precisava para decidir um curso de ação, pois no próximo segundo Chariot se vê sendo puxada para os pés por Croix e logo em seguida sendo envolta no abraço da condenada maga que traz seus braços para logo abaixo de suas nádegas e a levanta com pouco esforço.

A ruiva age por memória muscular e enrola seus braços no amplo ombro da Croix ao mesmo tempo que suas pernas envolvem os quadris.

Ela morde o lábio inferior e mira a outra maga cujo os verdes olhos escurecem e dilatam para um quase negro, seu empunho acentuando na junção entre suas nádegas e coxas.

-Chariot-

Úrsula não a deixa continuar, o que quer que Croix tenha a dizer não é mais importante do que este momento, do que este agora. Não quando seus olhos transmitem suas emoções tão nitidamente, seu remorso, sua adoração, sua completa devoção a Chariot. Ela vê e sente através destes escuros verdes olhos a paixão e amor e medo que Croix carrega em seu peito.

Ela não quer ver alguns sentimentos, pois eles despertam seu coração com dor e forja o medo a se alojar como uma pedra no estômago. Portanto ela fecha os olhos, percorre os ombros e nuca da Croix com seus dedos até que a mão funde com os macios cabelos loiro-prata, com firmeza ela traz a cabeça para perto da sua e sela seus lábios juntos num beijo que lhes rouba a respiração.

Seu beijo é vigoroso não dando chance para a outra buscar ar, insistente e desesperado de uma forma que ela nunca fora antes.

Elas estão paradas no meio da sala, beijando com ansiedade e uma fome que representa esperança e desespero. Os braços da Croix devem estar doendo a este ponto, mas a maga não parece ligar, pois ela não faz nenhuma menção para andar a não ser mover sua cabeça, inclinando-a e dependendo ainda mais o beijo, como se ela desejasse fundir com Chariot de alguma forma. Como se o beijo não fosse o bastante, o sentimento de seus corpos pressionados juntos, o calor que transpira entre suas peles, o cheiro de seus perfumes e hálitos não fosse o suficiente. E chariot entende...Ela entende por que Croix é o suficiente e ainda assim ela não é. Seu amor, sua paixão, sua fome é tamanha que todo movimento, toda ação aplaca e instiga ainda mais a sua sede. Em alguns momentos, tais como este, amar Croix é tão exorbitante que chega a doer.

Ela raspa suas curtas unhas contra a delicada nuca da Croix e isso inspira um grunhido da maga, ventre pressionando impossivelmente mais próximo ao seu centro que a este instante deve deixar um rastro molhado sobre a camisa.

Chariot mordisca com força o lábio da Croix, levemente inchados e avermelhados. Ela sente a maga mover, mas não abre os olhos para confirmar para onde está sendo levada, ela tem uma boa ideia.

O único som dentro do apartamento são os de seus passos, instáveis sobre o chão, os suspiros e gemidos emitidos por as duas e o quase obsceno som de suas molhadas bocas se encontrando.

Seu corpo inclina para trás e ela abre os olhos, desunindo seus lábios para realizar que está sendo deitada sobre a cama que usam. Os lençóis são macios, porém frios contra a pele nua dos braços e tornozelo.

Croix está sobre ela, braços sustentando o peso ao lado da sua cabeça. Seus olhos são famintos e intensos, seu peito vibra com a profunda e alterada respiração. Chariot abre as pernas para acomodar e convidar o corpo da Croix para deitar entre o seu, o movimento atraindo a atenção da outra maga que fita as nuas pernas e a saia que ergue e se coleta nas coxas, poucos centímetros do quadril.

A condenada maga leva suas mãos a nova expansão de pele exposta e Chariot suga o ar audivelmente. Seu toque é quente, pele um pouco áspera devido ao manual labor da construção de robôs, mas este sentimento só faz seu desejo inflamar.

As mãos certas e seguras deslizam por sua perna e apertam sua coxa, os escuros verdes olhos percorrem seu corpo e por baixos cílios contemplam seus olhos. Seja o que for que Croix vê neles é de certo algum tipo de permissão, pois em seguida ela desce o corpo até que eles se encontram e a beija com fervor.

Suas mãos deslizam por suas coxas, dedos encontrando a bainha  da saia pencil e acariciando sutilmente a pele ali escondida, tão perto e ainda assim aparentemente longe de onde Chariot mais precisa do seu toque.

A ruiva dobra suas pernas e as traz para circular o quadril entre os seus. O músculo forte e poderoso dos quadris da namorada descansam entre suas pernas, um leve movimento de ondulação entre elas que a incita ainda mais. Suas mãos percorrem as fortes costas da loira, curtas unhas arranhando a camisa que a impede de sentir pele quente e musculosa.

Seus lábios desgrudam com um audível e molhado som, respirações molhadas e ofegantes. Croix rola seu quadril devagar e Chariot geme a fricção mesmo entre as roupas e ao sentimento dos músculos trabalhando nas costas embaixo de suas mãos e pernas.

Croix inclina a cabeça e morde o lábio inferior de Chariot, seu gemido ávido e rouco ecoando pelo quarto. A maga puxa a mucosa entre os dentes e salta-os para em seguida beijar e morder o arredondado queixo, deixando a impressão dos seus dentes e uma rosada mancha.

-Croix…

A fala é um pedido, uma súplica desesperada que a maga já está acostumada a escutar e ainda assim...Ouvir Chariot pronunciar seu nome com esta voz algumas notas mais graves que o normal faz arrepios levantarem por sua pele.

Croix beija o longo e pálido pescoço delicadamente por um momento, apenas reverenciando o gosto salgado e suave em sua língua, até que ela sente o pulso firme e rápido da Chariot e não resiste a intensa vontade de marcá-la. Croix suga a pele entre seus lábios e deleita-se no automático gemido que falha ao fim dentro da garganta de Chariot. As mãos sobre seu corpo a apertam, pernas contraindo e quadris levantando da cama a procura dos seus.

Suas mãos, livres enquanto a boca morde e lambe a nova pele avermelhada e marcada, movem furtivamente pelo quadril e cintura, acariciando com as pontas dos dedos em cada moção as costelas e início dos seios da ruiva.

As mãos que a agarram deslizam por suas costas e apertam suas nádegas ao mesmo tempo que os quadris abaixo  levantam criando mais intensa fricção entre seus corpos.

Croix desgruda sua boca do pescoço da Chariot e apoia seu rosto na junção entre ombro e pescoço apenas respirando o doce cheiro da maga, seus quadris pressionando Chariot contra a cama em movimentos mais descontrolados e necessitados.

A ruiva desliza suas mãos dentro da camisa da Croix e arranha brandamente a pele da suas costas ganhando um grave gemido entre o pescoço, assim como uma quente mordida de repreensão.

Suas mãos movimentam pela expansão da pele quente e levemente perspirada até que encontram os ombros largos e ali ela segura, notando nas costas da mente que a namorada não está utilizando nenhum sutiã e esse pensamento faz seu centro contrair intensamente ao redor de nada.

Impacientemente ela retira as mãos de dentro da camisa da Croix e agarra a bainha, puxando-a para retirá-la. Croix percebe a ação e apoia os braços na cama para levantar o corpo. Ela fica ajoelhada entre as pernas que a enlaçam e retira a blusa rapidamente, seu torso nu dando boas vindas a leve brisa que entra por alguma parte do apartamento.

Os olhos da Chariot escurecem para um completo negro ao ver o nu torso, os músculos abdominais contraindo com a ofegante respiração, os seios firmes com endurecidos mamilos e a leve linha de um v que desaparece entre as calças da condenada maga.

Ela ama isso, admirar este belo e forte corpo a sua frente. Chariot lembra da magra e baixinha Croix, sua adolescente forma desajeitada e descabelada. Croix Adulta é uma visão para os olhos. A criminosa maga de certo treinou o corpo e o desenvolveu de forma atletica, suas curvas quase não existentes floresceram e os quadris arredondaram junto com os seios que encheram. Até seu corte de cabelo é mais estiloso e galanteador.

Ela é desperta do devaneio quando Croix inclina o corpo e apoia os braços na cama, os seios na altura dos seus olhos e ela não pode conter a vontade de tomá-los entre os lábios. A ruiva eleva o corpo, boca aberta preparada para acomodá-los, mas Croix age rapidamente, apoiando uma mão sobre seu ombro e forçando-a para deitar na cama, corpo seguindo e acoplando com o seu.

-Nuh-hun….Não hoje, babe.

Chariot faz um barulho de desapontamento e Croix ri esse sorriso do canto dos lábios que a seduz e a deixa derretida.

-Eu acho que você está vestida por de mais.

Chariot lambe os lábios e sorri maliciosamente.

-Por que você não corrige esta situação?

A maga exala e move as mãos para os botões da blusa que Chariot usa, em rápidos e certos movimentos a blusa é aberta e logo descartada no chão.

Croix toma uns segundos para apreciar a clara pele a sua disposição, o sutiã escuro de renda a atraindo e mudando sua resolução de uma doce e longa noite de amor. Diante da visão que é sua namorada, ela só quer beijar, morder e foder com ela e as coisas que Chariot diz em meio tempo…

-Você vai ficar só olhando ou pretende fazer algo? Porque se você não mover eu irei tomar o assunto em minhas próprias mãos.

E ok, isso é quente como a porra. Croix com certeza não poderia ligar de observar Chariot masturbando-se, mas este é um fetiche para depois - se um depois acontecer, ela pensa com tristeza e toma um gole de ar para dissipar este amargo pensamento. - pois agora ela precisa ter este belo corpo nu contra o seu.

Croix leva as mãos ao quadril ainda vestido da Chariot e as corre pela macia pele da barriga, reverenciando o jeito que a ruiva inspira audivelmente e seus olhos fecham. A pele torna-se áspera por causa dos arrepios e o baixo suspiro que ela solta quando suas mãos encontram os copos do sutiã.

A renda é macia nas pontas dos seus dedos e ela admira o design tentando procurar na memória se a lingerie é nova. Chariot remexe na cama e ela desperta do delírio que se encontra.

Seus dedos descem novamente e encontram a saia, por baixo ela vê um pedaço de escuro pano de renda, sua boca água para descobrir mais.

-Croix…

A condenada maga inspira e sutilmente balança a cabeça para sair deste estupor, ela precisa focar na tarefa a mão. E essa tarefa ela faz, com ágil habilidade ela desfaz o zíper do lado do quadril esquerdo e puxa rapidamente a saia, atirando a peça sem olhar para onde ela pousa.

A lingerie é realmente linda e delicada, acima de tudo sensual. A combinação perfeita que representa Chariot, sua linda Chariot.

Croix faz menção de deitar-se novamente sobre a namorada, mas a ruiva para seus movimentos com uma mão sobre seu abdômen.

-Não é justo que apenas eu esteja nua, Croix.

Rapidamente a condenada desfaz os laços que prendem a calça moletom e joga o vestuário ao chão, ficando assim apenas com sua escura boxer.

Deitada sobre o corpo de Chariot, ela deleita-se na aveludada pele e o calor que seu corpo emite. As duas beijam languidamente, mãos felizes ao encontrar pele nua.

Croix desfaz o fecho do sutiã da Chariot e não parando o beijo o joga ao chão,seus peitos encontram e as duas gemem dentro do beijo.

O calor que Chariot produz entre as pernas excita a condenada maga que pode senti-lo quando roça seus centros juntos.

Ela percorre os lábios pelo pescoço da ruiva, beija sobre a marca avermelhada que deixara ali e desce para prestar apropriada atenção a delicada clavícula.

Chariot geme sua apreciação e a condenada maga descansa suas mãos sobre o seio da Chariot. A ação faz a maga revolver na cama e Croix sente os eriçados mamilos enrijecer ainda mais contra sua palma.

Ela aperta levemente a mão no seio, cheio e amplo, quase transbordando em suas mãos.

-Ah, Croix…

Ela descende sua jornada e beija o começo dos seios e o vale entre eles. As mãos em suas costas deslizam e agarram seu cabelo, um leve puxão e ela sabe que Chariot está chegando ao limite da sua paciência. Ela também está chegando à própria, mas brincar com o corpo da namorada é uma dos seus favoritos passatempos, então ela continua com sua provocação.

Ela beija e mordisca a fina pele do final dos seios da Chariot, a impressão dos seus dentes uma visão para ser emoldurada. Ela dá um beijo, sua língua traçando as marcas dos dentes e com uma última sucção larga a pele que treme com a respiração da ruiva.

-Por favor, Croix...Eu precis-

Croix sabe o que Chariot precisa. A resposta está em seus ávidos olhos, em sua ansiosa respiração, no desesperado movimento dos quadris. Ela toma o mamilo entre os lábios e passa a língua no pequeno bico,a pele enrugada e hirta em sua língua. O alto gemido que Chariot solta e o intenso agarro em seu cabelo a excitam de tal forma que seus quadris movem com uma descoordenada ação, por sua boxer sente a umidade que provém da ruiva e ela grunhe contra o seio, quadris tomando velocidade.

Ela fica ali beijando - mordendo a ponta do mamilo e sugando-o com força antes de largá-lo para lambê-lo e repetir a ação novamente - por alguns minutos, mão massageando as coxas envolta da sua cintura. Quando um acentuado arranhão corre por suas costas ela desgruda-se do seio e parte para o outro.

As mãos encontram a delicada renda da calcinha e ela desliza os dedos para sentir a pequena expansão de pele que estava coberta por elas, o pano levemente esticado contra os nós dos seus dedos. Ela dá um aperto a essa parte mais delicada do quadril de Chariot e como resposta a ruiva geme e puxa mais fortemente seu cabelo.

-Porra...Croix, eu preciso que você me foda.

E meu deus, como Croix deveria responder a isso? Sentindo o ereto mamilo entre os dentes, o perfume da pele contra suas narinas, a fina camada de transpiração na ponta dos seus dedos, o calor do seu sexo contra suas boxers, entre suas coxas...Como ela poderia responder de outra forma, senão arrancando a calcinha, quase rasgando-a com tamanho desespero e levantando essas maravilhosas e fortes coxas?

Ela toma um momento para fitar essa visão que lhe tira o fôlego. Chariot completamente nua, pernas levantadas e seguras em suas mãos, sexo exposto, molhado, escorrendo e vermelho. Seus pêlos pubianos são muito bem aparados, apenas uma pequena linha no monte pubiano, negros e macios. Os grandes lábios estão intumescidos, o grande fluxo de sangue devido a excitação dilatando-os. Croix morde os lábios ao visualizar o clitóris já enrijecido parcialmente fora do seu prepúcio.

-Então…

Chariot a desperta e, relutantemente, retira os olhos do suculento sexo a sua disposição, concentrando-se no rosto da impaciente namorada.

-Você vai me comer ou…?

Croix retém a vontade de rolar os olhos, pois Chariot pode ser muito vulgar quando impaciente, principalmente na hora do sexo - provavelmente apenas na hora do sexo, ela faz uma nota para analisar esta ocorrência depois.

-Tão impaciente.

-Apenas porque você me deixa esperando.

Croix a encara por mais um momento e então deita na cama para encontrar o prêmio que tanto deseja obter.

O cheiro do sexo da ruiva lhe entorpece de imediato, esse intenso e condimentado cheiro que é tão Chariot.

Ela beija a fina pele da coxa da maga, lábios reconhecendo o sabor levemente salgado de sua excitação. A condenada maga geme em ansiedade para provar mais desse néctar. Ela troca de coxa e Chariot geme em uma mistura de desapontamento e contentamento.

Quando já não pode mais aguentar a espera e já tinha limpado a pele de quaisquer vestígios do sabor do sexo ela move para o baixo ventre, beijos e mordidas marcando a sensível pele.

Chariot move uma mão para seus cabelos e os puxa atraindo sua atenção.

-Pare com as provocações e me dê logo o que eu quero, Croix.

A loira ri e ganha como recompensa um forte puxão que a faz sóbria.

-ok, ok...Geez, você é tão mandona.

-Croix…

Ela esconde o sorriso na pele pubiana e beija os cabelos aparados ali. Os pêlos são mais crespos do que os cabelos de Chariot, mas Croix percebe que ela gosta destes tanto quanto os que ela passa noites fazendo cafuné.

Ela dá um último beijo aos crespos pêlos e move para a pele do monte pubiano depilada, a pele lisa e macia como verdadeiro veludo em sua língua. A este ponto, o cheiro do sexo da Chariot é intenso e constante em seu olfato e isso a embriaga, juntamente com os impacientes movimentos do quadril da maga que se contorce a cada instante que ela apenas beija ou lambe a pele.  

Croix paga sua reverência a este local especial e deixa uma superficial mordida, pois ela sabe que Chariot adora o afiado sentimento de dentes em sua pele.

Ao receber um gemido e o sutil empurro em sua cabeça para que desça a jornada, ela aceita a indicação - quase ordem - e finalmente, finalmente ela encontra a fonte de seu prazer.

Com gentileza ela lambe os grandes lábios, gemendo ao acentuado sabor e ao suspiro que ecoa do corpo a frente. Ela suga levemente o grande lábio para dentro da boca e roça o próprio corpo contra a cama tentando aliviar a queimação em seu próprio sexo.

Com um audível pop ela larga o grande lábio e passa para o esquerdo dando a mesma atenção que seu irmão.

Chariot geme e ondula os quadris, impaciência clara na forma como agarra sua cabeça, mas ela está determinada a beber até a última gota do que a ruiva tem a lhe oferecer.

Suas mãos agarram os ansiosos quadris para segurá-los em lugar quando seus lábios separam os lábios menores. Ela os lambe languidamente, o som dos gemidos e suspiros da Chariot um soundtrack para suas ações, e então traça com a língua a entrada para o canal, apenas uma provocação que gera os quadris a sua frente elevarem-se na cama e uma aguda resposta.

-Sim!

Croix sabe que Chariot a quer dentro, seus dedos ou língua, mas no instante ela não quer que esse momento termine tão rápido. Então ela desliza a língua pelo sexo da maga e roça levemente a língua sobre o entumescido clitoris.

-Oh…

Ela envolve os lábios no pequeno músculo e o suga delicadamente, língua acariciando-o em movimentos verticais.

Por agora seu queixo e bochecha estão cobertos nos sucos que Chariot produz e Croix deleita-se no sabor e tato deles em sua língua. Ela retira uma mão do quadril e traça a fina pele da coxa ao lado da cabeça, mão deslizando com cuidado até que ela traça a abertura do sexo. Em seus dedos, a excitação é quente, a ponta de seus dedos sente a contração que o ávido canal emite.

-Croix…

Yeah, Croix sabe...Ela realmente sabe e quer também. Tudo ela ela deseja neste instante é adentrar sua parceira, senti-la em seu mais profundo. Mas ela respira e continua sua provocação, largando o clitóris da boca com um molhado barulho e dando pequenas lambidas no órgão.Seu dedo médio traça a abertura, provocando-a ao adentrar apenas um pouco da ponta do dedo e retirar. Esta provocação não apenas instiga Chariot, mas Croix também, que anseia ainda mais o momento da penetração.

-Croix, eu preciso de você dentro de mim.

A loira dá uma sugada no clitóris e larga-o com um pop para responder, rosto brilhando com os sucos da ruiva.

-Tudo em seu tempo, meu amor.

Chariot só falta rosnar em sua impaciência e antes que a maga reclame, ela volta ao serviço, tomando dentro da boca o músculo e aplicando sucção ao mesmo tempo que faz movimentos circulares com sua língua.

Ela pressiona a ponta do dedo dentro da Chariot e sente as paredes comprimir envolta dele, tentando sugá-lo mais profundamente.

A ruiva geme sua apreciação e anseio a penetração, mas Croix não alimenta mais do seu dedo dentro do canal, apenas gira-o e dilatando a abertura vaginal. Ela retira o dedo e para sua sucção no clitóris, apenas lambendo-o horizontalmente.Prosseguindo em seguida com a adição de um segundo dedo, Croix pressiona levemente seu dedo médio e indicador dentro da abertura vaginal, parando apenas quando as pontas adentram o orifício.

Chariot suspira a bem vinda intrusão e nova dilatação, Chariot toma isso como permissão e move os dedos em um pequeno e suave ritmo, onde a ponta dos seus dedos pressionam dentro do canal e deslizam livres para em seguida serem inseridos e rodados dilatando ainda mais o sexo.

Chariot parece estar entre o céu e o inferno, gemendo seu prazer quando as pontas dos dedos são introduzidas e quase chorando quando eles são retirados. Isso junto com as lambidas precisas em seu clitóris a fazem tremer e levantam arrepios na pele. Ela está tão perto do seu clímax, apenas mais um pouco e a maga está certa que ela poderá enfim chegar a seu orgasmo. Sua excitação é tamanha que ela pode senti-la a escorrer entre suas nádegas, o lençol gruda inconfortável em sua pele suada.

-Nmm, Croix...Eu quero gozar….Por favor, me faça gozar, Croix.

Essa é uma tentação que Croix não sabe recusar e ela não quer.Chariot está molhada o suficiente para ela começar então a fodê-la e bem...Todo essa provocação com seus dedos foi uma tática para dilatar seu canal e tornar a penetração mais fluída.

Portanto com este novo incentivo, Croix desliza seus dedos novamente dentro da Chariot e desta vez ela não pára apenas na ponta dos dígitos, ela prossegue achando muito pouca resistência e parando apenas quando chega a segunda junção dos dedos.

Chariot é apertada em volta dos seus dígitos, as contrações parecem sugar e espremer seus dedos em rítmicos movimentos. Ela segura a posição por alguns segundos, esperando que sua parceira acostume-se com o novo alargamento. Croix levanta a cabeça para observar os traços do rosto da Chariot, que tem os olhos fechados em completo êxtase, corpo vibrando e tremendo levemente com mal contido prazer.

Croix decide que sua excitação é muito grande para esperar somente e por isso baixa a cabeça ao clitóris e dá pequenas lambidas nele a fim de coagir mais sucos e aumentar a dilatação envolta dos seus dedos.

Isso funciona, ela sente. Chariot geme alto, mão apertando sobre sua cabeça, e seus quadris movem em busca de maior fricção. Essa indicação faz Croix mover seus dedos e pressioná-los mais profundamente até que ela chega ao fim dos seus dígitos, onde não pode mais prosseguir.

Chariot dá um suspiro de prazer e felicidade ao ser preenchida e Croix faz uma menção com as pontas dos dedos, inclinando-as para cima e tocando a parede vaginal frontal. A ruiva grita - Chariot pode ser muito vocal quando corretamente provocada. - em frenesi e Croix começa a mover seus dedos em uma fácil e gentil cadência. Dentro, fora, dentro, fora. Ela larga o clitóris da boca, pois não quer que Chariot goze tão cedo e observa como os dedos penetram o sexo a frente de seus olhos, como a pequena abertura engole seus dedos e então eles saem coagidos em claros sucos.

O sexo de chariot vira um claro e fraco rosa, mais sangue sendo transportado para esta parte do corpo devido a intensa excitação. Seu clitóris é tão firme e alongado que o músculo se destaca entre os grandes lábios. Sem dúvida, uma visão maravilhosa que faz Croix tremer e contrair dentro da calcinha boxer, que a esta hora é mais um pano encharcado.

-Mais Croix...Eu preciso que você me foda.

A condenada maga grunhe e na próxima ação ela penetra mais rapidamente e intensamente o sexo da Chariot, ganhando um alto gemido e um sim! como recompensa.

O barulho molhado que provém do canal vaginal da Chariot preenche o quarto junto com seu gemido, a maga está tão molhada que seus dedos não encontram qualquer dificuldade quando acelerados.

-Sim, Croix! Mais, eu quero mais...Porra.

E Croix dá, ela abaixa a cabeça e toma o clitoris dentro da boca, sugando intensamente no músculo e penetrando em ritmico e duros movimentos o sexo da Chariot. Dentro, fora,Dentro e fora. Ela inclina novamente os dedos para cima quando os movimenta para fora do canal,arrastando a ponta dos dedos pela parede vaginal frontal e endireitando-os quando inseridos novamente. Essa moção adicionada com a boca sobre o enlarguecido clitóris é o que envia a ruiva ao ápice.

Suas paredes espremem e contraem em torno dos dedos, um encaixe tão apertado que faz a condenada maga parar seus movimentos. Contudo, Croix mantém as lambidas sobre o clitóris e uma suave dança de inclinar e endireitar seus dedos contra a parede vaginal frontal, ansiando prolongar o orgasmo da mulher que ama.

Chariot sente todo o corpo tremer, arrepios adornando-lhe a pele e descendo por sua espinha. Seu orgasmo parece não ter fim, o sentimento de completude e paz a preenchem e parecem expandir entre as costelas e torso. Ela gostaria de viver neste momento suspenso para sempre, onde ela é rodeada com o amor e o calor da Croix, onde problemas e preocupações não a atingem.

Mas seus hormônios começam a igualar novamente, seu sexo pulsa fracamente e ela sente Croix retirando os dedos com cuidado.

Com os olhos ainda fechados ela sente a condenada maga deitar sobre seu corpo, mãos afagarem seu cabelo, assim como frios e macios lábios beijar com adoração sua testa e maçãs do rosto.

Ela suspira e com grande esforço traz braços para envolver o corpo levemente suado em cima do seu.Croix parece perceber sua languidez e a abraçando, deita sobre a cama trazendo-a para deitar sobre seu corpo.

O corpo da condenada maga é forte e sólido em baixo do seu, o que traz um senso de segurança para ela. Ela apoia o rosto entre a junção do pescoço e ombro da Croix e inala profundamente o perfume amadeirado da namorada. Mãos deslizam sobre suas costas em um calmante movimento, o som de cadenciadas batidas a ninam em um estado de profunda sonolência.

As duas permanecem neste abraço por alguns minutos, bebendo da sólida presença uma da outra.

Chariot é a primeira a quebrar o pacato silêncio.

-O que nós iremos fazer, Croix?

A loira abre os olhos e fita o branco teto, nu e comum como tantos outros tetos. Ela pensa na quantidade de vezes que viu esta laje de concreto pintada de branco, nas noites em que deitara na cama, um braço envolto ao corpo da mulher que ama, a certeza que o amanhã iria nascer e ela a beijaria bom dia e esperaria por sua volta.

Ela pensa em como as pessoas tomam por garantido as coisas em sua vida, em como novamente ela errou e pensou que estava buscando um justo ideal quando na verdade estava destruindo a própria vida e a daqueles ao seu redor.

Chariot move a cabeça para o lado e a repousa em seu peito, mãos acariciando a pele entre suas costelas.

Chariot...íntegra e preciosa Chariot que merece tão mais na vida do que ela. Chariot que a perdoou mesmo depois de ter causado a perda da sua habilidade de voo. Chariot que contratou advogados e foi a todas as audiências em favor da sua libertação. Chariot que não desistiu quando ela pediu para ser deixada sozinha. Chariot que brigou por seu amor, que declarou seus sentimentos e derrubou suas muralhas pouco a pouco. Chariot...Ingênua e pura, Chariot…

Lágrimas sobem aos seus olhos e o teto branco vira um borrão a sua frente, visão nadando em arrependimento e auto repugnância.

-Eu não sei, Chariot...Me desculpe…

Chariot abriga o rosto em seu peito e Croix pode sentir, oh deus, ela pode sentir quentes lágrimas pousarem sobre a pele. E ela é a única culpada por seu sofrimento, por sua angústia.

Por que mesmo não tendo recebido uma notificação do conselho de mágica, elas não tem como saber se Croix foi ou não avistada utilizando mágica. E a espera, a incerteza...É muito pior do que uma imediata ação.

A condenada maga aperta seu abraço em Chariot e a segura, seu peito contrito e quebrado ao sentir Chariot tremer.

-Me desculpe, Chariot...Me desculpe.

-Eu não quero te perder, Croix...Eu não quero passar mais 10 anos sem você.

Lágrimas escorrem quentes sobre seu rosto abrindo um caminho de culpas passadas e saudades de um tempo em que ela apenas precisava pensar em qual outra mágica aprender junto com a garota ruiva da classe.

-Você nunca vai me perder.

Sua voz é embargada, carregada em um pranto que tenta conter.

-Mas eu não vou lhe ter. Você pode voltar a ser presa e então… - Seu pranto soa rouco, mãos apertando envolta do corpo da Croix, olhos apertados. -Eu vou ficar sozinha novamente.

Croix retira uma das mãos da Chariot que estava envolta do seu corpo e leva-a ao lábio, beijando em reverência a pele da mão. Suas lágrimas entrelaçam nos dedos da ruiva, mas por este momento ela não liga em parecer fraca ou vulnerável.

Chariot a fita e ela abre os olhos, lábios ainda atachados a macia mão, olhos entristecidos e flutuando em um mar de choro.

-Chariot…- Ela tosse para limpar a garganta e tenta novamente. - Chariot, a minha vida toda eu me senti sozinha. Você sabe, não é mesmo?

A ruiva acena com a cabeça, olhos vidrados e atenção apenas para ela.

-Eu nunca tive muitos amigos quando crescendo e meu único objetivo na vida era alcançar um grande status de poder. E então eu encontrei você. - Ela sorri então, um nostálgico e melancólico sorriso. -Você não me deixou, Chariot. Quando eu tentei lhe afastar você buscou com mais afinco minha amizade. E você conseguiu de certa forma, mesmo depois quando eu traí sua confiança, trai seus sentimentos, você conseguiu derrubar algumas muralhas que eu tinha construído ao redor de mim mesma.

Croiz toma um gole de ar e aperta a mão sobre a sua, entrelaçando seus dedos.

-E depois...Depois de tudo...Chariot, eu nunca pensei que em minha vida eu me sentiria em casa. - Suas lágrimas descem agora com tamanha rapidez e fluidez que ela se pergunta onde todo esse líquido estava armazenado. -Aqui, junto com você, dentro deste local...Eu não me sinto sozinha. Eu me sinto em casa…

A ruiva chora junto a ela, corpo trememendo em silenciosos soluços.

-Eu me sinto em casa com você, com seu amor...Mesmo não estando dentro deste apartamento, mesmo se eu for impedida de ver seu sorriso, ouvir sua voz...Estrelas, Chariot...Eu continuaria ainda não me sentindo sozinha porque você construiu uma casa dentro de mim, entende? Seu amor por mim, sua lealdade, sua confiança, seu otimismo...Eles derrubaram todas as minhas muralhas e construíram um lar de você dentro de mim. Ninguém,nada...Nada irá derrubar isso, você entende?

A maga acena, pranto não mais silencioso, olhos fixados em suas mãos juntas.

-E eu sei...Eu sei que se nos separarmos isso irá doer, isso irá machucar como se estivessem tentando derrubar o nosso lar,mas...Eu sei que eles não conseguirão. Por que não importa quantas vezes...Eu irei reconstruir, eu irei emendar o nosso lar. Eu não tenho mais a capacidade de lhe deixar, de lhe esquecer, Chariot...Você está em mim, você está em cada parte de mim.

As magas sabiam que esta fala, que esta declaração não iria consertar nada. Contudo, por hora a afirmação era o bastante para acalentar seus fragmentados corações.

-Eu amo você, Croix.

Croix a beija, um encostar de lábios e rosto e lágrimas e coriza e tristeza e tantos outros sentimentos.

-Eu amo você, Chariot.

E se o amanhã não vier...A visão, o sentimento e som estariam gravados em suas memórias para serem revisitados incontáveis vezes até que elas pudessem se encontrar novamente.


 


Notas Finais


Saiu mais dark do que o inicialmente planejado.


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