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História EAGLE BOYS: Life of the Party - Então, bem vindo ao Eagles.


Escrita por: VictorMarlboro

Capítulo 1 - Então, bem vindo ao Eagles.


– Você pode tirar a camisa e ficar em pé ali naquela parede, por favor.

– Ok.

– Trabalhou em outros lugares antes daqui?

– Não, senhora.

– E já tem 18 anos.

– Isso, completos hoje.

– Ah, legal. Bom pra você. Vou fazer algumas fotos para o acervo, caso alguém precise de garotos no seu perfil para algum evento especial. Fora isso você ficará com os outros como garçom.

– Tudo bem.

– Mora onde?

– Bem, num hostel a algumas quadras daqui.

– Família?

– Sim, mas estão no Canadá no momento. Minha mãe é daqui, mas está com meu pai lá...

– Não estou interessada na sua vida. Só preciso do básico, ok? Usa drogas?

– Ahn, não. Baseado às vezes.

– Namorada? Namorado? Alguma coisa...

– Não.

– É gay?

– Como?

– Se você gosta de transar com outros homens. Facilitaria muito as coisas. Mas não é algo tão importante.

– Entendi.

– Certo. Alguma restrição? Tem frescura com algo, cor, fetiche ou sabe lá Deus o que esses putos sentem vontade. A gente normalmente evita colocar calouros como você para essas coisas, mas não vai demorar pra essa tua cara de bebê chamar atenção. Então preciso que você esteja ciente do tipo de trabalho que fazemos aqui. E mais importante, não aceito que meus garotos façam trabalhos por fora. Estamos entendidos?

– Sim. Acho.

– Acha?

– Não. Sim. Quer dizer. Estou ok.

– Então, bem vindo ao Eagles. Volte amanhã por volta das 16h para alguém lhe treinar.

– Ok, obrigado.

– Eu que agradeço. Não esqueça suas roupas.

 

xx

 

Nada numa cidade tão grande como Londres lhe assustava, exceto pelo fato de ter que passar por tudo isso sozinho. Ele decidiu que era hora de tentar a carreira que queria, mas não conseguiria nada vivendo sobre à custa de seus pais. Os amava, com toda a força do seu coração, mas não queria ter que viver para sempre com aquela ansiedade de que o mundo lá fora lhe esperava e cada dia mais se sentia preso. Viver em Toronto era longe de ser pacato, mas sempre amou a Inglaterra, e como as pessoas curtiam a vida por ali. Além de que o cenário musical era incrível. Não queria começar sua história ali, seria bem difícil sendo um genuíno canadense. Mas as referências musicais que teria seriam sem fim.

Decidiu então, como presente de aniversário, mudar-se para lá e tentar a sorte. Foram meses tentando convencer os pais de que aquilo era a coisa certa a se fazer, tanto que até quando finalmente achou que a batalha já estava ganha, foi lhe dado o ultimato de que se em três meses não conseguisse nada que ajudasse em seus planos, iria ter que voltar para a casa e entrar na Faculdade. Aceitou isso, afinal não poderia perder tanto tempo da sua vida com um sonho impossível, era o que dizia seu pai. Concordava com ele, mas acreditava no seu talento.

– É o máximo que posso conseguir por você, cara. Tente falar com a Dita, ela que comanda o lugar e pode conseguir uma vaga pra você lá, fazer uma grana extra. – Foi assim que conseguiu chegar até o nome do local onde trabalharia durante os próximos meses para poder se manter por lá. O dono hostel, Frank, lhe mostrou um dos folhetos que haviam deixado por lá. – Muita gente de fora se hospeda aqui, então eles sempre usam pra conseguir clientes, mas também pessoas que querem tirar um extra.

– Eagles?

– É muito badalado por... Você sabe... Caras.

Ele não entendeu ao certo a entonação de Frank, mas aceitou mesmo assim. Após retornar de lá, que chegou perto de entender como funcionava o bar. Não tinha outras boas opções, poderia ser algo provisório. Seria algo simples.

Juntou suas coisas às 15h30 e saiu pelas ruas da cidade que ainda respiravam o ar do verão londrino. Permitiu até que dispensasse sua jaqueta e usasse apenas uma camisa branca e seus jeans. Depois da caminhada cortando por algumas ruas que aprendera pelo Google Maps, se aproximou do local exatamente às 16h.

O local era amplo, poderia alocar cerca de mil pessoas na parte inferior, com cadeiras e espaço disponível para dança. Seu bar era lateral e cobria metade da parede direita, terminando nos pés de uma escada que levava para o ambiente chamado de Meeting Place, foi o que ele leu. Só havia homens ali àquela hora da tarde, garotos que aparentavam ter pouco mais de cinco, seis anos a mais que ele.

Entrou e caminhou até o centro do local, que no momento não ouvia música. Apenas conversas distante das pessoas e o som de alguém trabalhando num palco mais a frente, com uma rampa que se estendia três metros para além da base. As luzes dançavam por todo o lugar, alguém testava as colorações e variações de tensões que iria usar esta noite. Haviam mesas pelo lado e dois jovens, um loiro e um de cabelo castanho escuro as arrumavam, de forma que pudessem completar os vãos que não estavam no campo da pista de dança.

Era um trabalho coordenado por todos os lados, e não conseguiria ver aquele lugar em funcionamento e lotado como Frank lhe disse antes. Era apenas um bar, boate, bem grande.

– Aí está você.

Ele se virou com pressa quando a voz de Dita, a dona do lugar que entrevistara ontem, lhe chamou.

– Vem aqui, vamos. Temos apenas quatro horas antes desse lugar ficar cheio e preciso de tudo certo. Vamos.

Ele andou rápido para conseguir acompanha-la que mantinha grande destreza em desfilar com seus tamancos e quimono esvoaçante. Vale ressaltar que, como ele percebeu claramente, Dita não era oriental. Mas deveria gostar da moda.

– Então, hoje você vai servir mesas com os mais novos. Eles já estão cientes do que devem fazer, e deixei que cuidassem da estrutura enquanto isso.

Dita parou no balcão para deixar algumas ordens a dois rapazes que cortavam frutas e as disponibilizavam em bandejas, ou em recipientes grandes para armazenamento.

– O que eu dizia?

– Sobre o funcionamento.

– Isso, sim. A maioria dos clientes que reservam mesas, e sim, elas são reservadas em eventos como o de hoje, fazem seus pedidos pelo tablet disposto em cada uma delas. Sua função é atender esses clientes em especial. Você vem até o balcão dois – E ela apontou para uma área na outra ponta do balcão – E pega o que foi pedido, já com a indicação do número da mesa. É só levar. Se eles pedirem algo enquanto você está lá, basta sorrir e lembrar, se conseguir escutar com o barulho. Caso não, indique para que usem o tablet. Certo?

– Sim.

– Eu vou ter que me ocupar com outra coisa, mas vou chamar alguém para lhe mostrar todo o lugar. Ok? Ok.

Eles andaram por mais alguns metros até o fundo do lugar. Passaram por uma porta e dobraram a direita no corredor que dava acesso a outras pequenas salas com portas de mesma cor vermelha com numeração. Dita abriu uma delas.

– Querido, oi. Pode ajudar o novato a conhecer o lugar? Ele atenderá as mesas inferiores hoje. Tudo bem? Obrigada.

E com um sorriso seco ela saiu deixando o garoto parado diante da porta escancarada. De lá pode ver alguém deitado numa cama, sem camisa e apenas com a calça aberta, como quem descansa o jeans apertado. Ele mexia em seu celular e ouvia música bem de fundo num aparelho de som disposto a mesa do outro lado do cômodo.

Ele se levantou e guardou o celular no bolso de trás da calça enquanto fechava o zíper e vestia uma camisa preta com a palavra EAGLES atravessando o peito. Deu três passos largos até parar próximo do canadense.

– Olá. Eu me chamo Nick.


Notas Finais


Olá, como vão vocês?

Essa é minha segunda história dentro do site, e espero que gostem. Ela conta a história de um bar que criei (o nome remete ao famoso bar gay em que o Al Pacino usou como cenário no filme “Cruising”) que dentro da visão do enredo, traz detalhes peculiares. Lembrando que não tenho os direitos pra usar o nome, foi apenas uma inspiração, óbvio, e não coloquei endereço para não direcionar. Além disso, mudei pro plural do original. Certo?

Shawn ainda não é famoso, como foi descoberto, mas vou tentar captar algumas partes da história dele. Nick também não, né? Ele está longe dessa carreira... Por enquanto.

Vou tentar relacionar os capítulos com músicas dos dois artistas, principalmente com as do Shawn, que é meu protagonista, mas caso seja necessário, vou dar voz ao Nick também se possível, e aí será inspirado nas músicas dele. Entendidos?

O subtítulo remete ao single de estreia do Shawn, que é uma música incrível. Não precisa ser fã deles para curtir a história, porque como pretendo, será um bom drama. Espero.

Enfim, é isso! Espero que curtam. Comentem se quiserem, podem fazer perguntas e se gostarem da história, aquele coraçãozinho ajuda o escritor, a saber, que gostaram! Qualquer sugestão, ou reclamação, minhas mensagens estão abertas para vocês. Abusem!


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