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História Eldarya, mundo real? - Um vestido azul


Escrita por: Saraamordoce231

Capítulo 6 - Um vestido azul


Fiquei um tempo imóvel. O que ele estava  querendo dizer. "vou desmascarar você".

Resolvi entrar em meu quarto afinal já era demasiadamente tarde. Havia uma camisola simples na cadeira do canto. Servia bem, era branca sem nenhum enfeite especial. Tenho que descobrir o porquê de ter vindo parar aqui, além disso porque Mary não me conheceu? 

São tantas perguntas..... eu não entrei em desespero quando cheguei, pois acreditava que não passavam de ficções de minha cabeça. Mas agora tudo parece real. Eu não pretendo ficar aqui.....mas também não morro  de saudades de casa. Mary não se lembra de mim? Ou ela está fingindo? Poderia Eldarya ser um mundo paralelo ao meu?

Com estas questões em mente Lucy adormeceu em alguns minutos. Porém ainda sem as respostas.

Início das narrativas de Ezarel

Desde que aquela humana chegou não obtive paz. Gostaria que ela não fosse tão séria. É um pouco difícil....- Ezarel balançou a cabeça negativamente tentando afastar tais pensamentos.

- Não devo preocupar-me com uma mera humana! Mas acho que Mary foi longe demais. 

Ezarel adormeceu com algumas dúvidas em relação a nova integrante de sua guarda.

Fim das narrativas de Ezarel

No amanhecer, Lucy já  estava de pé olhando pela janela os primeiros raios solares baterem nas paredes espessas do QG. 

Quando olhei para a cadeira do canto do quarto, obtive uma surpresa. Um vestido azul estava dobrado de forma quase imperceptível. Quando desfiz as dobras pude ver um lindo vestido, a cor me lembra os cabelos de Ezarel..... que comparação foi essa.... devo estar .... deixa para lá. 

Em alguns segundos me vesti. Eu realmente não costumo usar vestidos. Sinto-me estranha. No canto do quarto havia uma pequena mesa e sobre ela um jarro com uma bacia. Confesso estar sentindo-me no século XIX. Lavei o rosto. Claro que não substitui um banho, porém é o que se pode fazer no momento.

Amarrei meus cabelos com uma fita que por sorte achei no chão. 

Apressei-me para sair do quarto. Ao abrir a porta esbarrei em Ezarel. Que logo disse:

- Não olha por onde anda!?- derrepente sua ação foi interrompida ele olhou-me de maneira séria. Será que minha roupa está estranha? Estou um pouco envergonhada.

- Vai ficar aí esperando o seu desjejum cair do céu?  Anda logo! ou vamos ficar sem mel.- disse ele se virando bruscamente para sair.

Segui Ezarel até a cozinha, que antes de entrarmos estava um falatório enorme. Mas ao perceberem minha presença um silêncio constrangedor se apoderou do recinto.

- Er . ...e vejo que o vestido ficou bem.... digo..- Kero foi o primeiro a falar.

- Nossa Kero ! Seu galanteador.-disse Nevra no canto da cozinha.

Kero pareceu constrangido, mas ignorou o comentário e disse: 

- Sente-se Lucy.

Na hora em que sentei-me confesso que estva um tanto quanto constrangida. Eu estava tomando café da manhã com estranhos....Não era bem café. Havia mel e leite sobre a mesa. Alguns pães e frutas que pareciam bastante com maçãs se não fosse o fato de serem azuis com sementes amarelas. Ezarel acomodou-se do lado de Mary e uma outra garota a qual eu ainda não tinha notado.

- Essa aqui Lucy é Yakar. Ela faz parte da Guarda reluzente. - disse Kero

- Olá! É um prazer conhecê-la..Lucy.

- O prazer é meu.- disse eu, um pouco impressionada com as grandes orelhas de coelho.

- Como foi sua missão na semana passada Nevra, com os alimentos ? - disse Kero olhando para sua xícara de leite.

- Nada mal. Veja bem eu consegui buscar os alimentos em tempo recorde. Sou implacável.

- Seu ego também há há há há. ....- comentou Ezarel. Todos exceto Nevra riram.

- Claro! Sou o líder do ranking.

- Tome seu leite sim Nevra? - disse Miiko adentrando a cozinha rapidamente.

- Bom dia para você também Miiko! -disse Nevra.

- Como está humana? Já se adaptou?-falou Miiko dirigindo sua atenção para mim.

- Não tenho nenhuma outra escolha. Posso simplesmente aceitar as coisas. Já que não há nenhuma maneira de altera-las.

Todos me observaram com atenção enquanto eu falava. Não me senti muito bem. Quero ir para outro lugar.

- É....que bom ao menos é realista. - disse Miiko, parecrndo com fome. Ao beliscar um pão.

Ezarel levantou-se da mesa. Ele fez um gesto com a cabrça para que eu o seguisse.

- Obrigada pelo alimento. - disse olhando de Kero para Miiko.

- Disponha!- Kero falou levantando-se.

Sai da cozinha. Fui na direção da sala das portas. Lá Ezarel já subia as escadarias quando por um momento olhou para trás. Me viu e disse:

- Vai demorar quanto tempo? Esses humanos lentos....-murmurou mais para si do que para outra pessoa. Saiu a passos largos em direção a sala de alquimia.

Fui em sua direção. Lá ele estava limpando algum vidros e posicionando os livros. Ele é realmente organizado.

- O que pensa que está fazendo? Ande logo! Pegue o livro de ontem e abra no capítulo 2. - disse ele olhando de maneira ríspida para mim.

-Ssim. - disse ja pegando o livro na estante. Sentei-me no banco desconfortável e comecei a abrir o livro. Ele sentou-se ao meu lado, para explicar-me melhor. Mas confesso que senti um certo desconforto. Ele parece um bom professor. Enquanto ele dizia o que estava escrito eu acompanhava fazendo anotações. Ficamos um bom tempo lendo, aprendi bastante sobre as plantas "medicinais" por assim dizer.

- Acho que está bom. Vamos agora ver o quanto você aprendeu.- Ezarel foi em direção a porta.

- O quê? Não compreendo, é uma espécie de teste?- indaguei confusa.

- Sim. Vamos até a floresta para ver o quanto aprendeu.

Saímos do QG, era minha primeira vez fora das paredes do QG. Lá era tão claro e lindo. Nunca vi nada parecido. Como um lugar pode ser tão reconfortante?

- Melhor fechar a boca ou então vai começar a babar. Há há há há há - disse Ezarel rindo compulsivamente.

- Desculpe - disse eu me recompondo.

- Parece que estão num encontro?- apareceu Nevra com seu sorriso sinico na face.

- E você líder supremo não tem nada melhor para fazer?- disse Ezarel olhando de maneira debochada.

Nevra cerrou os punhos. Minha única ação foi a de me colocar a frente de Ezarel. Ele parou sua ação e desatou rir.

- há há há há há. Acha mesmo que pode me enfrentar HUMANA! -suas últimas palavras foram um choque. Seus olhos tornaram-se completamente vermelhos. A expressão dele realmente me assustou.

Senti meu braço ser puxado. Era Ezarel me arrastando para longe de Nevra. Ele não dizia nada apenas nos afastamos rapidamente. Nevra não nos seguiu. Ao chegarmos onde supus ser a floresta, paramos e ele soltou meu braço de maneira brusca.

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO!-gritou olhando fixamente para mim.

- Eu não queria que ninguém se ferisse. Só queria para-lo.

- Para-lo? Por favor, acha mesmo que uma humana fraca como você teria chance contra um vampiro desleal como Nevra?

- Vampiro?

- Vê? Você não sabe nada de nosso mundo. O melhor seria arrumar uma maneira de leva-la de volta para casa. Mas como não é possível você vai ter que aprender a se adaptar. É claro....se quiser continuar viva!

- Como assim?

- Há regras que devem ser respeitadas. A primeira delas é: nunca enfrentar um líder de guarda. A começar por Miiko.

- Minha intenção não era desrespeita-lo.

- De todo modo agora já foi. Espero que pense duas vezes. Nevra não deixará isso por pouco. Espero que esteja ciente.

Olhei para ele de maneira confiante. Porém esses não eram meus verdadeiros sentimentos...

-Sinto muito....

- Outra coisa....sei me defender muitíssimo bem! Onde já se viu, humanos esquisitos.

Ezarel não se deu conta mais havia mais alguém conosco era algo parecido com um lobo. Eu tentei chama-lo, porém ele não prestava atenção em mim.

- Ezarel, bem... o que é aquilo?

- Espere, não vê que ainda estou falando? Não me interrompa.

Como num piscar de olhos o lobo avançou em nossa direção. Ele ia me atacar, porém Ezarel foi mais rápido e puxou-me ao perceber o avanço eminente do ser desconhecido.

- CORRA! o mais rápido que puder!- ao dizer essa palavras virou-se e como num passe de mágica o lobo parou de avançar. Parecia que temia algo. Ezarel percebeu que eu não estava cumprindo suas ordens e gritou novamente:

- ALÉM DE BURRA É SURDA!

Senti-me profundamente mal, por dixa-lo só. Mas se não obedecesse talvez ele me atacasse ao invés do lobo.

Corri de maneira descontrolada pelo caminho que levava até o QG. Avistei Nevra que parecia ter poucos amigos naquele momento. Ele veio em minha direção ao perceber minha euforia.

- Por .....favor - disse eu em meio a respirações ofegantes.

- O que foi humana ?

- Ezarel ....- disse eu apontando para a floresta.

- O que tem ele?

- Lobo! - ele pareceu um pouco confusso, no entanto apos algum tempo seus olhos pareceram se iluminar e ele saiu correndo na direção que outrora foi indicada por mim.

Desabei no chão vendo Nevra se afastar, sou muito fora de forma. Fazia muito tempo que não corria tão rápido. Meus músculos doíam descontro-ladamente.

Meu coração está apertado, como estará Ezarel.

       Após alguns instantes decidi voltar lá. Mas minhas intenções foram reprimidas ao avistar Nevra trazendo Ezarel apoiado. Fiquei estupefada. Nevra vendo minha expressão de espanto logo se manifestou:

- Ande logo, me ajude ! - disse ele olhando em meus olhos.











 




Notas Finais


Espero que não esteja tão mau.
Cordialmente S. A


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