- Sugiro ao senhor que largue meu ômega.
O homem largou diante da presença esmagadora do alfa atrás de si e da força com que ele apertava seu pulso.
- Melhor assim - O moreno deu uma caneta na mão que prendia e o virou de frente para si - Só assinar isso aqui - Estendeu uma prancheta com algo que parecia um contrato e se virou para o ômega caído - Meu amor desculpe o atraso, estava pegando a papelada.
- Kakuzu - O garoto pulou em seu colo chorando em seu ombro.
- Mas o que é isso!? Casamento!? - Pergunta o pai.
- Sim, ao assinar esse papel você consente que seu filho se case comigo mesmo sendo menor de idade - Informa podo o ômega no chão e segurando sua mão.
- Você quer se casar comigo? - Perguntou o menino chocado.
- Mais do que tudo - Dá um selinho nele de leve e vê ele abrir um sorriso de rasgar as bochechas.
- Por que eu assinaria isso? - Pergunta o homem insistente e totalmente enojado com a cena que presenciou.
- Por que como o senhor mesmo disse, ele envergonha a sua família, não é? Pois bem eu também envergonho a minha e sinceramente ele não me envergonha nem um pouco, então é simples, ele não será mais da sua família, formará uma comigo e terá o meu sobrenome.
- E eu pago as contas!? Nem pensar!
- Eu vou banca-lo, tudo que o senhor vai precisar fazer é assinar esse papel, depois dar para sua mulher assina-lo e claro, não esteja em casa amanhã quando eu for buscar as coisas dele - Dizia tudo firme e calmo.
O homem olhou do alfa para seu filho e de seu filho para o alfa, por fim abaixou o olhar e assinou o papel, entregando-o para a esposa que nem pareceu sentida em assina-lo. Não é como se eles tivessem o criado de qualquer forma, foram seus empregados, ele era apenas um herdeiro.
- Eu até poderia dizer que agradeço, mas não merecem minha gratidão - Puxou a prancheta da mulher e pôs dentro da mochila que carregava.
Se virou para o ômega e abaixou em sua altura, o menino tinha lágrimas nos olhos por ver tamanho desprezo e impessoalidade com que seus pais lhe trataram, mas possuía um pequeno sorriso de esperança que era amado e seria feliz.
- Obrigado - Agradeceu o menor, puxou seu rosto e o beijou - Você me salvou como disse que iria - Abraçou seu pescoço.
O mais velho levantou, fazendo o ômega ficar preso em si como um coala.
- Eu te amo, eu sinto muito por ter tido que passar por isso e por não ter te contado sobre o casamento, era o único jeito de mudar tudo para o meu nome e tirar você deles.
- Você é a melhor pessoa do mundo inteiro - Beijou seu pescoço - Eu te amo.
- Porra Kakuzu! Você quer me matar do coração!? - Pergunta o loiro esbaforido - Eu já estava começando a planejar sequestrar o Hidan.
- Me atrasei com a papelada, fico feliz que estavam aqui - Pôs o menino no chão novamente.
- Obrigado Naruto, por ter me ajudado a passar por essa semana - Abraçou o loiro - Você também Sasuke.
- Ah que isso, não tem problema - O Uzumaki responde - Agora vai dar tudo certo, você vai para a sua nova casa com seu alfa, vai tirar uma bela soneca já que você não dormiu bem, eu sou a prova viva disso já que me ligou à noite toda e depois vai apenas se preocupar em ser feliz. Ah e com o casamento claro! - Riu e o outro também.
- Muito obrigado mesmo - Ele agradece.
- Por nada - Respondem - E Kakuzu! - Sasuke chamou - Tome conta dele.
- Claro - Respondeu e seguiu com o ômega para saída.
- Haruno Sakura - Chama a mulher.
- Ih lá vamos nós de novo... - Comenta o moreno.
A Haruno andava calmamente sorrindo, entregou o papel para os pais e se virou para o namorado.
- Desculpa ter te irritado tanto com isso - O abraçou e respirou fundo em seu pescoço, calma.
O pai dela apenas virou o papel para que ele visse.
Ômega
O moreno sorriu e apertou-a em seus braços, dando um beijo no topo de sua cabeça.
- E eu que tive que atender suas ligações de madrugada!? - Pergunta Sasuke - Os amigos são só para as horas ruins? - Perguntou numa falsa indignação.
- Ahh Sasukezinho! - Apertou suas bochechas e o abraçou - Obrigada - Sorriu.
- Tudo bem - Beijou sua testa - Naru vamos lá no balcão pegar os nossos papéis? Eles disseram que iam entregar hoje - Chamou ele assim de propósito, pois logo o menino corou.
- V-Vamos, tchau gente - Acenou e eles de volta.
Seguiram para o balcão e pegaram deus papéis, aquilo eram documentos que deveriam se anexados na renovação de identidade aos 18 anos.
- Ah caralho - Naruto pragueja ao bater na porta - Esqueci que meus pais não vão estar em casa hoje - Olhou para trás e o moreno ainda estava lá o esperando entrar - Sasuke posso ir para sua casa? Eu esqueci as chaves e meus pais não estão aqui - Coçou a cabeça.
- Vamos logo, to com fome e quero dormir - Diz o moreno pondo-se a andar.
Chegaram a casa do moreno e lancharam, para logo depois subirem para o quarto.
- Vamos dormir? Eu to morrendo de sono - Perguntou Naruto já sentado na cama tirano os sapatos.
- Vamos, vou repor a noite que a Sakura me tirou - Também removeu os sapatos, botando-os no lugar, depois a camisa, dobrando e guardando e fazendo o mesmo com o jeans. Pegou uma calça de moletom e pôs.
- Me empresta uma blusa - Pede depois de sair do transe de ver aquele alfa lindo e maravilhoso se trocar na sua frente e todo o seu sangue subir para as bochechas.
O maior joga uma para si, era cinza e tinha a imagem do Pernalonga, essa camisa era bem antiga e ainda assim ficou grande em si, o suficiente para ir até a metade das coxas.
Tirou a calça e pôs junto com sua camisa em cima do tênis no canto do quarto. Ele não era mais desorganizado como antes, organização passou a ser algo natural ao invés de só para agradar Sasuke.
Deitou na cama e se virou para o moreno, estava sem camisa com os braços atrás da cabeça, queria deitar ali, com ele, ser abraçado por ele. A última vez qua dormiram na mesma cama foi no cio.
Tomou coragem e se aproximou dele, deitando em seu peito, não teria problema, não é? Afinal ele gostava de si, sentiu os braços firmes do outro lhe envolverem e dormiu.
Na casa de Kakuzu o clima não estava muito diferente.
- Bem-vindo à sua nova casa - Abriu a porta para o pequeno.
- Você é louco - Foi em direção ao quarto - Seus pais sabem disso?
- Sabem e não se importam e mesmo se se o importasse não faria diferença, eu tenho um documento oficial que comprova que sou filho deles dois. Se encrencassem com isso eu faria uma simples ameaça e tudo certo - Deu ombros.
- Mas eles são seus pais, são sua família, não devia querer que eles gostassem de você? - Tirou a calça e o sapato deitando na cama.
- Eu pensava assim quando tinha a sua idade - Começou a se trocar por uma roupa mais confortável - Eu era exemplar, tirava as melhores notas, era capitão do time de basquete, não arrumava confusão, mas também não deixava mexerem comigo - Deitou ao seu lado - Eu mandava meus boletins, foto dos meus troféus e tudo que eles faziam era mandar uma carta padrão de parabéns e dinheiro. Então eu parei de tentar agradá-los e passei a viver por mim, com o tempo nossa relação passou a ser estritamente profissional, foi quando eu te conheci.
- Espero que eu seja capaz de esquecer meus pais - Suspirou - Mas então... - Sentou na barriga dele - E o nosso casamento?
- Acho que tenho que me desculpar com você quanto a isso, não planejava te pedir em casamento assim é nem tão cedo.
- Pois eu achei ótimo, você não pode nem transar comigo, muito menos me marcar, desse jeito eu consigo te prender a mim - Sorriu.
- Eu não te deixaria por nada - Bagunçou seu cabelo - Como quer que seja nosso casamento?
- Bem não precisa ser grande e nem ter uma festa, já que nenhum de nós tem muitos amigos. Podia ser no cartório mesmo, Sasuke e Naruto podiam ser nossos padrinhos!
- Sasori e Deidara também e Shisui e Itachi.
- Ninguém da faculdade?
- Um monte de riquinhos metidos.
- Depois poderíamos ir a algum lugar só comemorar.
- Só falta marcar a data - O moreno o tirou de seu colo e o abraçou de lado, ficando de conchinha - Mas por agora vamos dormir - E eles dormiram assim, juntos.
É, parece que tudo deu certo...
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