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História Ele vai voltar. - Problemas atrás de problemas


Escrita por: Aoy

Notas do Autor


Olha eu aqui de novo com mais um capítulo....

Obrigado a que comentou e favoritou, não achei que receberia isso.

Muito obrigado, de verdade...

Aproveitem o capítulo.

Capítulo 4 - Problemas atrás de problemas


Acordei com um forte barulho de chuva do lado de fora da janela, afasto um pouco a cortina para ter certeza, e minha confirmação vem em forma de um trovão que acabou de atravessar o céu.

 

“Era só o que faltava para eu cair de vez na depressão nesse final de semana. ”

 

Olho ao redor e percebo que estou no quarto do Taiga embaixo de umas cobertas bem pesadas que são extremamente quentinhas e bem convidativas para mais uma soneca, ainda mais em um dia de chuva. Meu desejo de poder voltar a dormir é lançado para longe como um míssil quando um Taiga entra pela porta indo em direção as janelas para abrir as cortinas.

-Me deixa dormir mais um pouquinho. Peço manhosa. – Hoje é sábado e tenho esse direito como ser humano. Acrescento.

-Sabe aconteceu uma coisa agora pouco. Ele diz coçando a nuca.

-Seja lá o que for não quero saber agora, o que eu quero agora é dormir mais umas horas. Digo já virando de costas para ele afundando na cama e fechando os olhos.

-O Tetsu me ligou e eu acabei contando para ele que você e o Aomine terminaram e ele contou para a Satsuki. Disse rápido e andando para fora do quarto.

-O que você fez BAKA? Me levanto da cama furiosa. – Não acredito que você fez isso. Achei que iria ter sossego dela esse final de semana, e me preparar psicologicamente para a enxurrada de perguntas que ela iria me fazer na segunda-feira. E você vai lá e conta justo para o Tetsu? Corro atrás dele pelo apartamento. – Eu vou matar você.

-Ei... Calma aí, achei que eles deviam saber, eles também são seus amigos. Ele se tranca no banheiro.

-E também são amigos daquele Aho. Dou um soco na porta gritando.

-Agora não tem mais volta eu já falei. Eles estão vindo para cá. Logo, logo estão aí. A voz dele sai abafada por conta da barreira entre nós.

-Eu vou matar você. Grito de novo e ando de volta para o quarto dele me trancando lá.

Me escoro na porta e deixo meu corpo cair até sentar no chão, encolho as pernas de encontro ao peito apoiando a testa nos joelhos, tentando inutilmente não pensar no fato de que terminei com o cara que achei ser o homem da minha vida, ele era tão carinho quando estávamos a sós, mesmo que não houvessem muitas conversas entre a gente ele sempre se mostrava preocupado do jeito dele, eu percebi desde que o conheci que ele não era muito de falar mas as ações deles sempre falaram muito por ele, e não me importava que ele não dissesse muitas coisas, mas os gestos deles diziam tudo o que queria ouvir. E daqui a pouco vou ter que enfrentar a melhor amiga dele e um batalhão de perguntas desnecessária sobre o término do relacionamento.  

 

“Péssimo dia. Péssimo dia. ”

 

Era meu mantra nos minutos que se seguiram até eu escutar a campainha tocando insistentemente.

 

“Meu inferno vai começar em 3...2...1...”

 

Ao final da contagem era possível ouvir pessoas conversando em voz baixa na sala, para logo em seguida passos lentos mais firmes andarem até a porta do quarto movimentando o trinco tentando abri-lo sem sucesso.

 

-Angie... Abre a porta. Era o Taiga.

-Vai embora, não quero conversar com ninguém. Digo grossa.

-Para de birra e vem logo para a sala.

 

“Ele usou aquele tom, isso quer dizer que se eu não sair daqui agora mais tarde vou ter problemas maiores que o fim de um relacionamento. ”

 

-Taiga eu não quero. Solto minha voz chorosa, tentando parecer a mais triste e magoada possível, coisa que não era muito difícil na ocasião.

-Vamos, anda logo, você tem 3 minutos para sair daí. Após dizer isso ele se afasta dando aquela conversa por encerrada.

-Filho da mãe. Bufo.

 

“Não tem jeito. ”

 

Levanto, respiro fundo, tento ajeitar a roupa amassada e o desastre que estava meu cabelo, dando uma enrolada antes de sair dali claro. Quando tomo coragem destranco a porta e a abro devagar, dando uma espiada e vejo Taiga parado no final do corredor me esperando com os braços cruzados e a cara de bicho ruim que ele tem.

No mesmo instante que o vejo já emburro de novo e abro o resto que falta da porta saindo de lá.

 

-Pronto Senhor Taiga. Contente agora. A voz sai ácida.

-Estaria se não falasse desse jeito. Diz simples já virando as costas para mim e indo para sala.

 

“O que deu nele? ”

 

Ando a passos lentos atrás dele tentando adiar mais um pouquinho minha dor de cabeça, assim que tenho a visão da sala, estanco no lugar. Devo ter jogado pedra na cruz, ter sido uma pessoa muito cruel na vida passada, alguém muito ruim mesmo, por que tamanho castigo não é normal nessa vida.

O que em nome de Zeus ele estava fazendo ali? Ele não se preocupou nem um pouco quando sai da casa dele ontem e agora está aqui, na casa do Taiga, olhando para mim com cara de tédio, largado no sofá.

 

“Agora o jeito do Taiga faz total sentido. ”

 

-O que você está fazendo aqui? O tom congelante tomando forma a cada palavra.

-Só para informação eu não queria vir, mas alguém ameaçou queimar minhas revistas pornô. Olha em tom acusatório para a amiga de infância, falando preguiçosamente.

-Ela já devia ter feito isso a muito tempo. Provoco.

-Parem vocês dois. A rosada fala séria.

-Por que você trouxe ele Satsuki? Me escoro na parede da cozinha querendo ficar o mais longe possível dele.

-O Dai-cha disse que você terminou com ele sem motivo nenhum, e é claro que nós sabemos que ele mente para se proteger e se convencer que ele é um santo, mas todos aqui sabem que não é assim que funciona. Enquanto falava olhava de mim para o Aomine e dele para mim.

-É, não foi sem motivo nenhum, um dos motivos foi que ele ontem estava se pegando com a Asami na sala de aula quando o técnico me mandou atrás dele. A calma com que falei até me assustou.

O queixo dela caiu, ela não estava acreditando no que tinha ouvido, ela se vira para o moreno se recompondo e trocando a face meiga que ela sempre tinha pela de pura raiva.

-Não acredito que você fez isso Daiki.

 

“Ela usou o nome dele, não o apelido. A coisa vai feder para o lado dele. ”

 

Rio internamente enquanto ela continua.

 

-Não, não, não, você não fez isso. Sua mãe vai ficar muito triste em saber que você está indo pelo mesmo caminho do seu pai. Você sabe muito bem o quão triste ela ficou quando o seu pai fez o mesmo que você está fazendo agora com a Angie.

-Isso para começo de história não é da sua conta Satsuki, então não se meta aonde você não foi chamada. Ele se irrita e acaba gritando com ela já se levantando indo para a saída. – Já fiz o favor de vir até aqui para você não queimar minhas revistas, então já posso ir. Sem dizer mais nada ele sai batendo a porta com força deixando um silêncio ensurdecedor dentro do apartamento.

-Você não devia ter trazido ele Momoi-san. Tetsu que até agora estava quieto só observando sentado na mesa se pronuncia.

Quase tenho um ataca cardíaco quando ele fala.

“A quanto tempo ele estava sentado ali. ”

-A quanto tempo você está aí Kuroko-kun? Respiro fundo tentando não transparecer o susto que levei.

-Desde que cheguei Angie-san.

-Ele parece desinteressado, mas ele está sofrendo com isso, eu sei que está. A rosada tenta defender o amigo.

-Claro, ele pareceu bem afetado com isso, principalmente quando se trata daquelas revistas de merda. Me junto ao Kuroko-kun a mesa.

-Angie, você sabe que ele não é assim, você deveria entender. Ela se senta também.

-Eu já vi e ouvi tudo que tinha direto vindo dele nas últimas semanas. Ele estava casa vez mais distante de mim, não saiamos mais, ele mal me dava atenção quando estávamos sozinhos, era visto que isso não iria durar mais tanto tempo, não sei nem dizer com isso durou 1 ano e meio. Falo desabafando.

-Vocês se amavam muito, ele te ama muito, só é um cabeça dura orgulhoso que não sabe falar direito o que sente. Defende-o mais uma vez.

-Satsuki, para okay. A gente podia se amar antes mais isso tudo acabou, não existe mais amor, da minha parte o que existe agora é nojo dele, nojo e raiva, só isso. Começo a falar grosseiramente esfregando as mãos no rosto.

-Vocês dois deveriam conversar com calma qualquer hora dessas. Ainda é muito ressente e estão magoados e tristes um com o outro, e sem contar que são dois orgulhosos.  

-Kuroko-kun como você entende tanto dessas coisas?

Ele simplesmente deu de ombros. Deitei a cabeça no tampo da mesa e respirei fundo, começando a digerir o que tinha acontecido desde que sai do quarto hoje.

-Vocês ficam para o almoço? Taiga aparece atrás de mim mexendo de leve no meu cabelo.

-Não, combinamos de almoçar juntos, eu e o Tets-kun. A Momoi alegre e fofa de sempre havia voltado e agora sorria tímida pela revelação.

-Hummm, safadinha... Sempre a provocava desse jeito quando ela dizia que iria sair com o Kuroko-kun. Após o comentário ela ficou mais vermelha que a cor do cabelo do Taiga. –É brincadeira... Bom almoço para os dois, divirtam-se.

Levanto-me e volto para a cama de onde não deveria ter saído hoje. Escuto as despedidas na sala e a porta se fechando quando os dois se vão. Mais uma vez escuto os passos do ruivo voltarem para o quarto, porém mais calmos que antes.

-Agora entendi a cara de bicho ruim quando sai do quarto. Digo para ele.

Ele dá um sorriso leve e pede um espaço na cama que é cedido de imediato.

-Eu sinceramente não entendo o que você viu nele. Diz enquanto se cobre até o pescoço.

-Às vezes me fazia essa mesma pergunta, e nunca encontrei explicação plausível para isso. Bocejo. – Mas enfim, o que você vai fazer de almoço para a gente?

-Já que os dois não ficaram não vou cozinhar, estava pensando em pizza.

 

“Que cara é essa Kagami Taiga? Com o que você está chateado? O que eu fiz? Ou não fiz. ”

 

-Por mim pode ser, eu pago dessa vez, estou te devendo uma mesmo. Digo fechando os olhos, o sono estava voltando rápido demais.

-Olha só, finalmente vai pagar é? Ele me provoca sorrindo.

Mas naquele sorriso tinha algo que eu não sabia identificar, algo que era importante, mas que eu não estava conseguindo enxergar. Seria fácil perguntar e seria difícil arrancar dele a resposta verdadeira.

-Você às vezes é difícil de entender. Acabo pensando alto demais.

-Eu sou difícil de entender? Como assim? Ele franze as sobrancelhas e chega mais perto.

-Nada, nada, esquece, pensei alto, só isso. Desconverso e viro para o outro lado, ficando de costas para ele.

-Sei. E no que você estava pensando? Ele me puxa pelo ombro tentando fazer com que eu me vire de frente para ele. Sem sucesso.

-Coisas aleatórias. Minto.

-Você não sabe mentir para mim. Desembucha.

Solto um suspiro fundo mostrando que não estava contente em ter que dizer.

-Só estava pensando que tem coisas que não entendo em você. Falo baixo, mas ele consegue ouvir.

-E o que você não entende em mim? Ele se aproxima um pouco se apoiando no cotovelo e falando perto do meu ouvido. Um arrepio forte percorre minha espinha.

-Na...nada Taiga, deixa para lá..

 

“Por que eu gaguejei? Não era para gaguejar. MERDA. ”

 

-Pensa que engana... Volta para o lugar onde estava deitado antes e fica em silêncio.

 

Não sei dizer quanto tempo levei para pegar no sono, mas enquanto ele não vinha a única coisa em que consegui pensar foi nessa aproximação diferente e repentina do Taiga.


Notas Finais


É isso.

Espero que tenham gostado.

Inté...


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