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História Eleanor - Desonra e esperança


Escrita por: FoxChan

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Aqui vamos nós a mais um capítulo!

Boa leitura!

Capítulo 25 - Desonra e esperança


            Eu gelei, como se alguém passasse gelo pela minha espinha e senti a cor deixar meu rosto, o frio na barriga desta vez foi tão forte que parecia que minha barriga tinha ficado oca. Minha cabeça ficou uma confusão e eu ouvia um zumbido no ouvido. Achei que ia desmaiar. Fiquei encarrando Aryana enquanto me recuperava do choque do que ouvi.

- O que?!

- Eu... estou... gra-gravida.

- Como sabe?

- Eu sei, meu ciclo está atrasado, meus seios doem, eu ando muito cansada, eu perguntei a uma das empregadas que estava gravida como era estar e ela me falou tudo sem desconfiar de nada. Eu estou, Ellie.

- Parou para pensar no que isso significa, Aryana?! Parou?!

            Eu estava chorando, não pude evitar. Ela estava gravida, meus Deus. Isso era a pior coisa que podia acontecer, agora não conseguiria um marido, desonraria o nome do nosso pai, o meu e até o de Ben que estava ligado a família. Todos falariam dela, seria apontada na rua, não conseguia entrar em nenhum ambiente de família.

- Eu não sabia...

- Não sabia?! Como assim não sabia? Aryana! Meu Deus! Eu não sei o que fazer, simplesmente não sei o que dizer. Eu não tenho nem o direito de dizer alguma coisa, mas eu não engravidei...

- Você também...

- Sim, Aryana. Mas um vez só, o que não perece ter sido seu caso.

- Não foi uma só...

- Você é louca! Uma vez e já devia saber que estava errado! Agora olha o que conseguiu... O que vamos fazer? Meu Deus! Eu não sei o que pensar.

            Eu estava chorando de novo, e muito desta vez. Levei as mãos ao rosto. E chorei sem me sentar. Aryana por outro lado se deixou cair na minha frente ajoelhada e se sentou nos calcanhares, e ficou me olhando, enquanto chorava desconsolada.

            A porta do quarto se abriu e Benjamin estava ali. Ele me olhou assustado.

- Minha senhora...

            Eu não falei nada, precisava dele. Só abri meus braços para ele. Ele olhou Aryana ali no chão chorando e veio até mim me abraçando pelos ombros e eu me agarrei a cintura dele com força e continuei a chorar.

- Me perdoe. Eu não tive intenção... – Aryana resmungava.

            Benjamin a olhou.

- O que está havendo?

            Eu me soltei dele e o olhei, levando as mãos ao rosto dele para que me olhasse.

- Meu amor, Aryana está gravida.

            Vi os olhos dele se arregalarem enquanto encaravam os meus.

- Quem?

- Ela disse, um tal de Sr. Scott.

- Vamos para Londres resolver isso...

- A família dele não me aceita! Disse que sou pobre – Aryana falou.

            Pela primeira vez parecia revoltada.

- Vamos dar um jeito nisso – Benjamin afirmou.

- Como? – ela quis saber.

- Acredite, Aryana, Benjamin poderá ajudar com essa questão. Você me diz quando chegarmos a casa dele em Londres.

            Aryana se calou e encarou as próprias mãos no colo.

- Sra. Gray, arrume as malas vamos para Londres, vou falar com meu irmão...

- Sim, senhor.

            Ele se virou e saiu. Eu fui até o armário e já peguei a mala e comecei a arrumara nossas roupas.

- Vocês também se tratam assim na intimidade?

- Oi?

- Você e o Sr. Benjamin, quando estão aqui sozinhos, também se tratam com tanta formalidade, como senhores?

- Sim, mas eu o chamo pelo nome quando quero se é isso que quer saber.

- E ele lhe chama pelo seu?

- Sim, até de Ellie.

- Hum. Acho estranho toda essa formalidade entre duas pessoas que dividem a mesma cama.

- É questão de respeito, Ary, só isso.

            Ela se sentou no sofá ali perto de onde estava a mala onde eu colocava as roupas.

- Ellie, muito obrigada pelo que vão fazer, mesmo que não dê certo.

- Não é a mim que tem que agradecer, eu não poderia fazer nada sozinha.

- É, eu sei, mas também sei que se não fosse por você, ele não o faria. Acho que você não percebeu que ele só é a pessoas boa que você vê por sua causa...

- Como assim?

- Ellie... Eu conversei muito com a Sra. Gray antes de você se casar, mesmo que você não tenha visto isso. O Sr. Benjamin não era tão caridoso, a única pessoa para quem ele demonstrava carinho e amor, antes de você era Rosaleen. Ele vivia isolado da família, só trabalhava, mal conversava com os irmãos, com exceção de Rosa, e se irritava facilmente com as coisas...

            Me lembrei do dia que ele se irritou com mãe por ter me colocado no quarto dele para me trocar, de como a mãe pareceu teme-lo, de como ele partiu para cima do irmão sem pensar duas vezes aquela vez e das várias vezes em que ele afirmou para mim que não era tão bom quanto eu via. Talvez Aryana tivesse certa, mais se eu via e tinha um Benjamin que mais ninguém tinha, eu devia era aproveitar isso ao máximo e puxar dele o máximo desse Benjamin que eu amava e queria que todos conhecem. Acho que depois dessa explicação de Aryana entendi porque Riley ficou tão assustado de conversar em particular com Ben.

- Bom, se eu trouxe à tona um Benjamin tão bom, temos mais é que aproveitar.

            Ela sorriu.

- É o que você faz, Ellie. Traz o melhor das pessoas...

- Obrigada, mesmo que discorde. Bom, acho que isso basta. Vamos avisar a Ben que aqui está pronto.

            Nós descemos e encontrei Benjamin na cozinha com Dylan. Avisei que estava tudo pronto. Ele ainda falou com Dylan por uns vinte minutos depois chamou Jay e Jason, que pegaram a bagagem e colocaram na carruagem colocando a de Aryana junto. Antes do sol se pôr já estávamos a caminho de Londres. Aryana estava exausta já da primeira viagem sem contar que estava gravida então se deitou em um banco e dormiu. Ben e eu ainda conversamos um pouco antes de dormirmos.

            Desta vez pareceu mais fácil dormir ali e quando acordei já estávamos em Londres. Tínhamos saído bem mais cedo que no dia do casamento e quando chegamos ainda era noite. Mas o porteiro estava lá para abrir os portões negros, que rangeram, e a carruagem entrou. Acordei Aryana e ela se sentou esfregando os olhos sonolenta.

- Onde estamos? – ela perguntou meio perdida.

- Londres – Benjamin falou.

- Em casa – afirmei.

            Benjamin me olhou com o cenho franzido.

- Pensei que achasse a casa grande demais.

            A carruagem parou e Benjamin se levantou para descer.

- E é. Mas gosto do Sr. Jack e da esposa dele.

            Ele desceu e ficou a porta para nos ajudar a descer.

- Está certo.

            Fui primeiro e desci, estava noite e só os lampiões da rua iluminavam a grande casa e seu jardim. Assim que ajudou Aryana, Benjamin já rumou para porta e nós fomos atrás. Aryana olhava a casa de boca aberta.

            Entramos pelas grandes portas e atravessamos a grande sala escura. Quando entramos na parte mais iluminada da casa, que nesse instante estava bem escura, Aryana parou olhando as coisas a sua volta, encantada. Benjamin tirou a o casaco e o pendurou em um cabideiro que estava ali.

            Não muito tempo depois ouvi passos e ali estava Jack, trazia um lampião para iluminar seu caminho e usava uma espécie de camisola de algodão branco que lhe ia até os pés de início senti vontade de rir, mas me contive, percebi que Aryana fez a mesma coisa, chegando a levar a mão a boca para cobri-la.

- Benjamin, de volta tão cedo? – Jack chegou falando.

- Tivemos uma emergência. Jack, pode mandar arrumar meu quarto e mais um para hospede. Aliás, essa é Aryana Jones, é irmã mais nova da Sra. Eleanor – Ben apresentou.

- Ah! Muito prazer, senhorita. Logo se vê a semelhança – ele se virou para mim. – Seja bem vinda, senhora.

            Aryana só assentiu para Jack com um grande sorriso, que eu sabia que era seu melhor nesse momento.

- Obrigada, senhor – eu disse a Jack, que me sorriu lindamente.

- Vou mandar arrumar as coisas. Mas acredito que queiram comer?

- Sim, qualquer coisa que não dê muito trabalho. E, Jack, vamos receber visitas desta vez, quero que abra o salão de entrada.

- O salão?... Sim, senhor.

            Jack ia questionar alguma coisa para Ben, mas parece que desistiu.

- Vamos para o salão de jantar – Ben anunciou.

- Ah! Sim, vou pedir que lhes sirvam...

            Jack voltou apressando pelo corredor a nossa frente. Nós três fomos mais lentamente até a sala e nos sentamos a mesa, logo depois Jade estava ali nos servindo, ela mal me olhava como da outra vez, mas nos cumprimentou educadamente assim que chegou. Comemos e subimos. Aryana olhava tudo a sua volta com interesse. Um empregada estava no corredor.

- Senhor, preparei esse quarto para a hospede e o seu já está preparado.

- Obrigado...

- Por nada, senhor. Bom descanso. Senhoras...

            Elas passou por nós e desceu.

            O quarto preparado para Aryana era vizinho ao nosso, e eu não gostei disso. Não que eu achasse que ela fosse ouvir alguma coisa, mesmo porque não fazíamos assim tanto barulho, mas minha experiência por estar no quarto ao lado não era boa.

- Bom, eu preciso mesmo dormir. Parece que vim correndo de Launcenston até aqui, ao invés de dormindo, então, boa noite... Ou bom dia... E obrigada – Aryana falou.

- Ainda não tem nada que agradecer. Durma bem – Benjamin desejou a ela.

            Aryana sorriu para ele e entrou no quarto. Nós dois seguimos até a porta do nosso quarto e entramos. As coisas já estavam lá. Eu só tirei meu vestido e me joguei na cama. Benjamin se deitou ao meu lado me abraçando e logo dormíamos.

            Acordamos já no meio da tarde e descemos direto a cozinha para comer. Aryana ainda dormia. Assim que terminamos de comer Jack entrou na sala de jantar.

- Boa tarde, meus senhores.

- Boa tarde – respondemos.

- Senhor, o salão de entrada está aberto como pediu.

- Obrigado, Jack. E agora preciso que mandem alguém a casa dos Scott, e os convide para almoçar aqui amanhã.

- Amanhã, senhor? Mas amanhã, é...

- Sexta, eu sei... Eles darão um jeito de vir, não resistem a uma boa mansão. A minha os atraíram como queijo atrai ratos, Jack. Sou rico e isso vai bastar para que apareçam não importa o dia que for.

- Bom, vou fazer o que senhor pediu. Com licença.

            Jack fez um reverencia e saiu.

- O senhor os conhece – eu quase acusei Benjamin.

- Sim, meu amor, eu os conheço...

- E não são uma boa família – concluí.

- Não exatamente... São uma família que já foi muito rica, mas já perdeu muito de seu dinheiro e hoje só consegue pensar em recuperar esse dinheiro casando bem seus filhos. Sua ganancia é tanta que a filha mais velha já tem trinta anos e ainda não se casou.

- Meu Deus!

- E a personalidade deles também não é grande coisa... Eu não conheço o filho mais novo deles, que provavelmente é o responsável por engravidar sua irmã, mas os mais velhos, são arrogantes e desbocados. E os pais pouco fazem para controla-los.

- Aí! Onde Aryana foi se meter, o que será que ela viu nesse rapaz?

- Não faço ideia, mas amanhã vamos descobrir.  Mas melhor não ficar pensando nisso, só fique preparada quando for falar com eles, falam tudo o que pensam. Agora, venha, acho que quer dar uma olhada no salão de entrada.

            Ele ficou de pé e eu o acompanhei. Ele tinha razão eu estava curiosa sobre o lugar. Fomos até a porta.

            Ben abriu a porta e entrou, eu fui atrás. Com as janelas abertas era, com toda certeza, o cômodo mais bem iluminado da casa, tinha os moveis no mesmo tom dos outros da casa estofado claro e detalhes em dourado, cortinas claras. Tinha uma lareira ao lado da porta de entrada um três belos sofás cercavam um mesinha de centro, em baixo dele um tapete tão fofo que dava para dormir nele.  O fundo da sala no canto a minha direita tinha um piano de cauda negro ainda mais bonito que o da casa dos Gray em Launceston. Na parede ao lado da porta por onde eu tinha acabado de passar tinha uma imensa cristaleira com tudo que você imaginar, era maravilhosa. E alguns moveis, como mesinhas com enfeites e obras de artes e quadros, adequadamente distribuídos pela lugar deixando a gigantesca sala com um ar elegante e imponente, sem parecer muito vazia pelo seu tamanho inadequado.

- É lindo. Por que estava fechado?

- Porque quando fui embora daqui ainda não suportava olhar esse lugar.

- Sophia? – tentei adivinhar.

- Sim, apesar de ser o maior cômodo da casa, era o preferido dela. Ela passava horas aqui, tocando piano ou lendo. Quando ela morreu tudo aqui me fazia lembrar dela, mandei fechar, agora não parece mais me afetar. Vamos receber os Scott aqui.

- Entendo... E hoje o que faremos?

- Não tenho nada em mente, você tem?

- Não...

- Bom, então melhor nos distrairmos se não o dia nunca passará.

- Realmente. Vou a biblioteca ver o que acho – afirmei.

- Vou estar aqui quando voltar – afirmou.

            Eu fui até lá e peguei um livro, depois de muito procurar naquele mundo de coisas. Assim que saí da biblioteca já ouvi o piano, ele estava tocando, maravilhosamente, pelo que percebi. Fui até lá me sentei e em um dos sofás comecei a ler ouvindo Benjamin tocar. Depois de algum tempo Aryana apareceu, levei ela para tomar café e depois para pegar um livro. Ela ficou encantada com a biblioteca, no fim ficamos as duas lendo e Ben tocando a tarde toda. A noite tomamos nosso banho, jantamos e logo Aryana estava dormindo de novo. Benjamin e eu demoramos um pouco mais, mas logo estávamos na cama também.

- Como vai ser amanhã? – perguntei.

- Bom... Não dá para adivinhar, mas coloquei sua melhor roupa e empreste uma boa a Aryana também, temos de impressiona-los.

- Tudo bem... Ainda não consigo acreditar que Aryana fez isso.

- Nós também...

- Um vez, Benjamin, e percebemos que não dava para fazer isso de novo. Ela me confessou que não foi uma vez com ela. E veja o que conseguiu?

- Pense positivo, vamos conseguir alguma coisa amanhã.

- Sei que vamos...

- Então pare de se preocupar.

- Eu estou tentando...

            Ele me abraçou e beijou por um tempo. Depois se aconchegou a mim.

- Vamos dormir, minha senhora, que amanhã teremos tudo isso resolvido.

            Relaxei, mas só o corpo, a mente continuava pensando em Aryana e assim fiquei por longo tempo, até que, não sei quanto tempo depois, dormi.

            No outro dia já me levantei me trocando. Benjamin fez o mesmo, disse que eles não teriam hora para aparecer, provavelmente seria cedo, para aproveitarem o dia aqui. Eu tive que acordar Aryana e dar o vestido a ela para que vestisse, ela o achou lindo. Arrumei meu cabelo em um típico coque para não parecer que me arrumei demais para eles e os de Aryana amarrei só a parte de cima.

            Estávamos na sala de dentro conversando sobre como fazer as coisas e aconselhando Aryana a não falar nada, a não ser que a palavra fosse dirigida a ela, quando a campainha tocou. Uma das empregadas veio para ir a porta atender.

- Diga a eles para esperar no salão – Benjamin mandou.

- Sim, senhor.

            A mulher continuou e se foi. Ficamos ali até que a mulher voltou sozinha e passou para cozinha assentindo em sinal de que eles estavam onde Benjamin haviam mandado deixar. Nós nos entreolhamos.

- Vá recebe-los. E não se surpreenda com nada – Benjamin falou para mim.

- Está bem...

            Eu me levantei, respirei fundo. E fui, vamos ver como era essa família afinal.

            Fui até a porta do salão e entrei. A primeira coisa que notei foi que era todos loiros, três homens e duas mulheres, um casal e seus três filhos. E a primeira pessoa a me ver foi o filho, que imaginei ser o do meio, o mais velho dos dois homens, era elegante e devia ser uns quatro anos mais velho que eu. Ele abriu a boca quando me viu e ficou me olhando como se eu fosse a coisa mais linda que já viu na vida.

- Sejam bem vindos a mansão Gray. Eu sou Eleanor...

            Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa o rapaz estava ali na minha frente. Eu franzi o cenho.

- É um imenso prazer está diante de tamanha beleza. É com certeza a mulher mais linda que já vi na vida.

- Obrigada, Sr. Scott.

- Só digo a verdade, Srta. Eleanor.

            Ele pegou minha mão e a levou aos lábios, me cumprimentando como se cumprimentava as senhoras. Não me incomodei eu era uma senhora.

- A chama de senhorita, mas a cumprimenta como senhora, James Scott – Benjamin falou.

            Ele entrou pela porta majestoso como só ele conseguia ser.

- E você não parece se importar tanto – James Scott respondeu.

- Não me importo, pois ela é uma senhora.

            O rapaz a minha frente me encarou e eu o olhei ironicamente.

- Achou mesmo que eu deixaria que me cumprimentasse assim se não fosse? – perguntei a ele.

            Ele fechou a cara e se afastou largando minha mão.

- Boa tarde a todos, eu gostaria lhes apresentar minha esposa Eleanor Gray – Benjamin falou.

            Eu fiz uma pequena reverencia a todos ali na minha frente, que me retribuíram. Percebi que o filho mais novo deles me olhava com boca aberta e pálido, como se visse um fantasma.

- Casou-se de novo? – a Sra. Scott perguntou.

            Consegui perceber a decepção em sua voz.

- Hum. Quando nos chamou achei que estivesse pensando em se casar com nossa Katherine – o Sr. Scott, o pai, falou.

- Não, não é o caso, Sr. Robert Scott, pelo que percebem. Mas como imaginaram há um assunto a tratar, e acredito que desde que viu minha esposa seu filho mais novo saiba do que se trata.


Notas Finais


E aí? O que estão achando?

Até mais o/


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