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História Em busca de um céu não cinza. - Melissa


Escrita por: TheRazorsEdge

Capítulo 3 - Melissa



Nate analisava a garota discretamente, e em sua mente, ele perguntava quem era essa mesma garota, e por quais motivos ela estaria te procurando, enfim, ele resolve cumprimentá-la apenas para não fazer feio.

- Famoso não, Nate sim. - Respondia o mesmo a encarando e pegando em sua mão. 

- Meu nome é Melissa, prazer em conhec... 

- Vá direto ao ponto. - Respondia Nate cortando a fala de Melissa.

Logo Lucas, olha um pouco torto para Nate, repreendendo sua ação. 

- Hã? Como assim? - Perguntava ela confusa.

- Err...desculpe, força do hábito... - Respondia ele passando a mão na testa, um pouco envergonhado com sua ação. 

- Bem...eu só queria me apresentar, desculpe sair agora, mas é que eu tenho classe de literatura nesse exato momento... - Dizia ela já se direcionando a porta. 

Quando a garota já estava na porta ela ainda tinha a atenção de Nate, então, ela se virou e disse:

- A gente se vê. - Dizia ela saindo pela sala e dando um pequeno tchau com a mão para Nate.

Nate estava confuso e ao mesmo tempo desconfiado, nenhuma garota tinha falado com ele durante o ano inteiro, por que do nada uma garota, que por sinal era bem bonita, se apresentaria para ele sem nenhum propósito? Era o que ele mais achava suspeito, porém, não ligava muito, a aula estava prestes a começar com o professor entrando na sala após a saída de Melissa.

- Bom dia turma, espero que todos tenham tido um ótimo período de férias. 

A turma então começa a falar muito e falar sobre suas férias de forma aleatória e stressante para Nate, porém, algo acontece.

O professor dá três murros fortes com a mão na parede do lado ao quadro negro, e em seguida pede silêncio, e como era um professor respeitado, todos calam imediatamente.

- Cara, o professor Valentim dá muito medo mano. - Sussurrava Lucas para Arthur e Nate.

- Eu por outro lado, acho ele completamente grosso. - Respondia Arthur.

- E você, Nate? - Ambos perguntavam à ele.

- Eu? Bem...

Nate era um dos únicos da sala de matemática que gostava do professor, além de o próprio professor gostar dele, ele já é um grande conhecido de Nate há anos, muito antes de Nate entrar nessa escola esse ano. O professor dava aula também na antiga escola de Nate, que era e ainda é a maior escola particular da região em que mora, onde Nate estudou sua vida inteira. Certamente, Nate compartilhava um vínculo forte com Valentim.

- Bem...eu gosto do professor. - Respondia ele enquanto abria seu caderno.

- Como que você gosta desse cara que mais parece uma cópia de Freddie Mercury com esteróide? - Perguntava Lucas totalmente surpreso.

- Já estudei com ele antes na minha antiga escola, ele ensina muito bem.

- Ele esmurrava as paredes lá também? - Perguntava Arthur.

- Não, ele era normal, aqui ele só faz isso pra ter controle da turma.

- E que controle... - Respondia Lucas. 

Após uma aula inteira de matemática, eles saem para o intervalo para depois ter aula de química, tinham um bom tempo de intervalo, 45 minutos, um tempo ótimo para jogar conversa fora.

E então, aproveitando para jogar conversa fora, ela retorna, Melissa, que já estava esperando na porta ansiosamente por Nate. Ao sair, Melissa pergunta:

- Nate? Posso conversar com você um pouco? - Ela perguntava enquanto abordava ele.

Nate olhava para Lucas e Arthur, e eles faziam uma expressão compreensiva, então, vendo que não era problema, Nate responde.

- Claro, sem problemas... - Respondia ele indo com Melissa.

Os outros dois iam atrás deles, quando Melissa diz:

- A sós. - Dizia ela virando e revirando os olhos.

Lucas e Arthur ficam indignados, porém, aceitam a condição de Melissa, e em seguida, Lucas diz:

- Ahh, que saco.... Tá bom,  gente te espera na cantina, certo? 

- Certo. - Nate respondia.

Então, Melissa levava Nate para um lugar reservado, mais especificamente atrás do ginásio da escola, onde tinha um espaço grande, porém, que ninguém passava, e enquanto eles andavam por lá, Nate resolve perguntar à Melissa o motivo de estarem ali.

- Então....porque me trouxe aqui? - Perguntava ele enquanto caminhava com seus braços relaxados atrás de sua cabeça.

- Eu queria te perguntar por que me respondeu daquele jeito aquela hora.. - Respondia ela de cabeça baixa.

- De que jeito? - Perguntava ele de um jeito que parecia não se importar.

- Daquele jeito rude, cortando minhas palavras, eu tive que sair de sala pra esconder a vergonha! - Dizia ela inconformada com Nate não saber nem o motivo.

- Não é normal alguém falar comigo só por falar, sabe? Eu achei que tinha algo no meio. - Responde ele sem preocupações. 

- Mas....você nem se incomoda com isso? Você é tão frio a ponto de não ligar? - Pergunta ela, parando em sua frente e exigindo uma resposta para que Nate possa continuar andando. 

- Quando você é tão machucado pelo mundo, você prefere machucar tudo ao redor dele pra não ser machucado novamente. - Dizia ele empurrando levemente Melissa para o lado.

Melissa então cala quieta e para enquanto Nate continuava a andar, e em seguida, ela abaixa a cabeça e pergunta:

- Você deve ter passado por tempos muito ruins, né? - Perguntava ela esperando Nate se virar.

Nate então parava, ficava quieto por alguns segundos, porém, resolvia dar uma evasiva.

- Todos nós passamos por alguns tempos ruins na vida. - Respondia ele. - Vai ficar parada aí? - Completava ele perguntando. 

Melissa nota de cara que uma característica forte de Nate é que ele não se sente bem falando de sua vida, apenas de forma indireta, como fez agora e com o garoto na hora da briga. Então, ela decide mudar de assunto. 

- Bem...você gosta de rosas? - Perguntava ela com um tom feliz.

- Porque eu gostaria delas? - Perguntava ele de volta. 

- Simples. - Dizia ela se dirigindo à um pequeno jardim no canteiro da escola.

- O cheiro das rosas me lembra bastante  infância, e infância é uma das coisas que eu adoro relembrar. - Dizia ela retirando uma rosa do canteiro.

- Sempre quando eu estou pra baixo, eu venho e cheiro alguma rosa desse canteiro, elas sempre me animam. - Dizia ela se aproximando de Nate.

- Eu quero que fique com essa, e que toda vez que for cheirar ela hoje, tente lembrar de alguma coisa da sua infância. - Dizia ela entregando a rosa. 

- Eu não vou cheirar esse troço em público. - Dizia ele empurrando a rosa com a mão. 

- Então cheira agora! - 

- Vou guardar pra mais tarde, obrigado. - Dizia ele colocando no bolso.

E então, após alguns minutos de caminhada, ela resolve parar outra vez, porém, para perguntar outra coisa.

- Nate... - Ela chamava por seu nome.

- Pode falar. 

                                ....

- Como você se mantém de pé todos os dias? 


~Fim do terceiro capítulo. 






Notas Finais


Erros corrigidos.


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