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História Encontros - Marcador Genético


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente!
Saudades de vocês... Vou postar o capítulo hoje, pois não sei se terei tempo no final de semana.
Outra informação: Ia usar o Karl de uma forma, mas aí depois de muito pensar e ponderar acho que não é o caminho mais apropriado, então vou voltar à minha ideia original pra ele e pro nosso casal lindo.
Talvez faça uma fic original com ele... Quem sabe?
Como eu mudei de ideia vou ter que refazer um monte de capítulos que já estavam prontos e, somados à correria de fim de ano, prevejo um tempo um pouco maior pra postar.
Mas, pelo amor de Kami-sama, não pensem que vou abandonar vocês ou nosso casal!
Apenas vou demorar mais pra fazer os capítulos...

[Para com isso Raddie! Já disse que mudei de ideia... Que coisa!
Eu sei, eu sei que você me avisou...
Aff... Sou mulher tá?! Posso ficar indecisa e mudar de ideia! Para de me aborrecer e de resmungar com "Eu te falei" ou "Eu te disse"...
Você tá muito chato!
Se continuar com isso vou te entregar pra Ellie!
Oi? Raddie?
Me deixou falando sozinha... ]

Capítulo 37 - Marcador Genético


 

NARRADORA

Alguns dias se passam desde o incidente no corredor.

Ellie está distante de Raditz e de Karl, evitando os dois, só mantendo contato direto com os garotos, que continuam treinando duramente.

Karl está tentando marcar a reunião com o conselho, mas está sendo evitado e começa a perder a paciência. Ele está frustrado com toda a situação e começou a treinar com Raditz para poder descontar esse sentimento.

Já Raditz está aborrecido com a distância que Ellie impôs e não sabe como ultrapassar essa barreira que ela criou. Ele sente como se tivessem voltado à estaca zero; ironicamente é em Karl que ele encontra a pessoa com quem conversar sobre isso, pois ele lhe diz que é como se Ellie tivesse voltado a sua forma antiga de agir.

Enfim, o clima entre eles está pesado e ainda sem solução. Mas aparentemente vai surgir um fato que pode sacudir isso.

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ELLIE

Depois de um longo e exaustivo treino com os garotos os mando tomar um banho, enquanto eu mesma busco o alívio e relaxamento proporcionado por uma boa chuveirada.

Sentir a água escorrendo por meus cabelos e pele... A sensação de limpeza e frescor... Suspiro de prazer.

Enquanto a água cai levando a espuma de meu banho penso sobre a situação entre Raddie, eu e Karl. Por que eu tive que fazer aquilo no corredor? Por que me deixei levar por um infantil sentimento de desforra?

Tenho que resolver essa situação de alguma forma e quanto mais tempo passar pior vai ser...

Sinto falta de Raddie, de seu abraço, de sua presença, de seu amor... Quero meu macho de volta, mas como vou fazer isso se fui eu mesma quem o afastou?

E Karl? Como ele se encaixa em tudo isso? Que sentimentos contraditórios tenho quando olho pra ele! Raiva, mágoa, tristeza, carinho... Ele era uma das únicas pessoas que, de alguma forma, me ajudou, pois, por ser amigo de Lars chegou a me tolerar, mesmo quando me via como um estorvo ou empecilho para Lars.

Por que eu tinha que complicar algo que era tão simples?

Desligo o chuveiro e começo a me enxugar; é quando percebo que não estou sozinha. Sinto Raddie vindo até o quarto e ele está agitado. Me enrolo rapidamente na toalha e o encontro no momento em que ele entra.

- Vista-se Ellie. Vegeta e Bulma estão aqui e querem conversar com você e Karl. – ele me diz rapidamente e sai antes que eu possa responder.

Vegeta e Bulma aqui? O que aconteceu? São as perguntas que passam pela minha mente enquanto me visto e sigo o ki de Vegeta até o escritório de Bardock.

Quando entro lá estão todos me esperando, menos os meninos, Gine e Chichi, que ficaram com eles.

- Karl, proteja nossa conversa. – peço a ele, que apenas acena e cria sua redoma de ki. - Já estamos seguros. Podemos falar livremente. – me dirijo a Vegeta.

- O que aconteceu? – vou direto ao assunto.

- Gohan tirou amostras de sangue suas e de Karl, correto? – Bulma pergunta e apenas aceno confirmando.

- Pois bem, ele realizou todos os exames em segredo no laboratório que tem em casa. Assim nenhum dado sobre vocês vazaria, mas, quando ele descobriu um marcador genético extremamente específico, se sentiu na obrigação de procurar Vegeta primeiro e não ao Raditz. Gohan me chamou pra analisar os dados que descobriu, por isso estamos aqui. – ela falava sério, concentrada, se sentando próxima a mim - Antes de continuar, quero que entenda que não falei nada por um pedido do seu irmão.

- Lars? – disse sem entender onde essa conversa nos levava.

- Sei que ficou curiosa com o apoio que dei a você em suas reivindicações quanto à liderança de sua família e que não tivemos tempo de conversar novamente. Mas o que Gohan descobriu eu já sabia. Descobri através de Lars. – Vegeta me olhava, me prendendo naqueles olhos negros. Ele estava em pé, perto da estante, com um copo de bebida na mão.

- Do que está falando Vegeta? O que vocês descobriram e o que Lars tem a ver com tudo isso? – pergunto sem entender nada.

- Lars e eu desenvolvemos uma rivalidade amigável com a convivência que tivemos, o que acabou se tornando uma espécie de amizade. Ficávamos conversando e duelando com palavras até que chegou ao ponto em que eu o chamei pra treinar comigo em uma das suas viagens até aqui, não dissemos a ninguém porque achamos que seria divertido ver até onde ia a resistência dele e ele não queria que ninguém pensasse que ele sequer sonhava que poderia me vencer; entretanto, para nossa surpresa – minha e dele – ele se mostrou um adversário valoroso e eu tive que me transformar em super-sayajin para poder derrota-lo, foi quando perdi o controle e ele se feriu gravemente no processo. Bulma nos ajudou e colheu amostras pra ver se estava tudo bem, foi quando descobrimos...

- O que descobriram Vegeta? Fale logo! – exigi dele.

- Vocês tem algum ancestral sayajin no sangue. – ele dispara e se já não estivesse sentada acho que cairia. Olho pra Karl que também está espantado com essa revelação. - Mas não é somente isso: esse ancestral tinha sangue real. – ele completa pra minha total incredulidade.

- Isso torna vocês meus parentes e, portanto, estão na linha de sucessão do trono sayajin. Se algo me acontecesse ou ao Trunks, seria Lars e depois você a assumir o trono. Com as amostras de Karl descobrimos que ele também tem os mesmos marcadores genéticos, então podemos presumir que todos os seus tios e primos, além de seu pai, são meus parentes distantes. – ele me observa com olhos de águia enquanto despeja todas essas informações.

Eu respiro internalizando essas informações e suas consequências, mas algo prendeu minha atenção.

- Por que Lars escondeu essa informação de mim e de Karl? Éramos os mais próximos a ele, os mais confiáveis. Por que meu irmão não confiou em mim? – Vegeta abandona a bebida e se dirige até mim, se abaixando até minha altura e tirando barulhos de surpresa de todos os presentes.

- Não foi uma questão de confiança, ele queria te proteger. Eu conversei muito com ele depois e a postura dele era irredutível nesse ponto: você não deveria saber; ele disse que você não estava pronta pra saber ainda, que não estava em harmonia consigo mesma e por isso talvez não aceitasse sua herança sayajin. Em nosso último encontro perguntei a ele quando ia te contar, ele disse que do jeito que você estava naquele momento provavelmente nunca, mas que se estivesse pronta, seria visível pra qualquer um. Eu não entendi o que ele quis dizer até sua luta na arena. A fêmea que lutava ali não era a menina frágil que ele me descrevia, era altiva e forte, capaz de agarrar o que queria e defender até as últimas consequências; quando te vi lutar eu sabia o que te movia – era Raditz, mas também vi a gana de lutar – queria vencer, queria acabar com qualquer oposição à sua vontade. Quando pediu um combate até a morte lembra o que fiz? – ele falava comigo como quem conta uma história e segurou minhas mãos quando me perguntou.

- Você gargalhou. Estava surpreso, mas gargalhou. – disse a ele baixinho.

- Sim, você usava as cores da família real e Raditz reparou, mas consegui enganá-lo parcialmente sobre os meus motivos – ele não entendeu na hora e estava mais preocupado com a sua segurança do que descobrir a razão para meu apoio – mas você mostrou que carregava bem o sangue real. Quando criou aquele estratagema para calar as vozes que se levantavam e mostrou sua força - exigindo que lhe respeitassem como guerreira -  quando lutou contra Seripa e Sari... Quase quis que Lars estivesse ali para poder esfregar na cara dele que eu estava certo: que diante de um verdadeiro desafio sua herança ia se manifestar, que você não era a bonequinha frágil que ele me descrevia; eu sempre te vi mais como a estrategista impiedosa que Bardock descrevia e admirava. As duas imagens não combinavam com a mesma pessoa, então me pus a pensar se Lars não estava se enganando sobre a sua verdadeira essência e força. Naquele dia na arena você provou que eu e Bardock estávamos certos. Você me fez sentir muito orgulho de você, minha prima. – ele terminou me dando um raro sorriso e me deixando ver que até seu oozaru sentia a mesma coisa.

Isso explicava algumas coisas: seu apoio, a liberdade que me dava quase sem me conhecer, a minha ausência de medo diante dele...Era quase como se eu adivinhasse algo...

- Vegeta... Você sabe que tudo isso me pegou de surpresa... Mas porque me apoiar em tudo o que faço? Por que confiar em mim? – eu ainda tinha muitas perguntas em minha cabeça e apertava suas mãos.

- Porque Lars pediu e eu aprendi a confiar nele. Ele me disse que, se algum dia, você despertasse a força e o espírito que estavam adormecidos em você, que eu a apoiasse no que quer que se propusesse, pois você era confiável e leal; ele me orientou, inclusive, para o caso de você vir a reivindicar a liderança dos Lanza... – ele parou de falar e esperou que eu absorvesse o que tinha dito.

- Ele te orientou nisso? Mas eu só poderia assumir com a morte dele... – então percebo o que Vegeta me disse em toda a sua essência. Meu interior, até então confuso e pasmo, se revoltou! Eu apertava as mãos de Vegeta, que não esboçou um único movimento.

- Você sabe o que aconteceu? – pergunto a ele totalmente transtornada.

- Não. Ele não me disse nada específico, apenas que sentia um mau pressentimento e que eu deveria cuidar melhor da segurança de minha família. A notícia da sua morte foi um alerta pra mim e um profundo golpe também. Ele era um amigo. – Vegeta falava enquanto observava todas as emoções que passavam em meu rosto.

- Mas, não foi só isso que descobrimos. Quando vi os resultados de seus exames vi que havia diferenças significativas entre os dois. – Bulma fala comigo de novo – Talvez isso seja um choque ou te traga mais dúvidas ou, quem sabe, um pouco de paz... Mas você tem direito de saber: você e Karl são meio irmãos, suas mães são diferentes.

Eu ofego e olho desamparada, primeiro pra Vegeta que segurava ainda minhas mãos, e depois para Raddie e Karl, que se aproximam de mim e se colocam um de cada lado.

- Bem, ao menos agora posso entender o desprezo dela por mim... – começo a falar, mas Bulma não terminou ainda e me toca no rosto, atraindo minha atenção.

- Querida, é mais que isso. A quantidade de marcadores genéticos indica que sua verdadeira mãe também tem ancestrais sayajins, ela era mestiça; isso te põe acima de qualquer um - inclusive Lars se ele estivesse vivo -  com exceção de Trunks, na linha de sucessão. E achamos que isso te torna um alvo ainda maior, pois você agora é companheira de Raditz, que, além de ter um cargo importante, pertence a um clã que tem influência entre os sayajins. Por isso não rastreamos teus ancestrais maternos, pois seria necessário acessar os registros e poderíamos chamar atenção desnecessária pra você. – ela falava com delicadeza.

Tudo aquilo rodava na minha cabeça, eu me sentia tonta por tantas revelações. Me magoava pensar que meu irmão me via tão frágil – era certo que eu cresci daquele jeito, mas, principalmente depois da traição de Yamcha eu havia mudado muito. E, além disso, haviam as implicações em ser a segunda na linha de sucessão e as insinuações de Vegeta sobre o acidente que tinha matado meu irmão...

Vegeta me observava ainda – acho que ele entendia, em parte, o turbilhão que se passava em mim – Bulma tentava me passar força tocando meu braço e passeando as mãos no meu cabelo – em um carinho confortador – sentia Raddie se abaixar ao meu lado e beijar o meu ombro esquerdo, enquanto Karl apertava meu ombro direito. Todos eles com medo que eu tivesse uma crise... Todos imaginando que eu pudesse cair em depressão ou desespero... Menos Vegeta, ele apenas me encarava, em seus olhos eu via um desafio: “O que você vai fazer agora?”.

Eu endureci. Meu espírito de luta se levantou e olhei a todos naquela sala, pessoas que eu amava, que respeitava, que conhecia... Eles veriam um lado meu que desconheciam e que só Vegeta tinha adivinhado existir.

- Lembra quando lhe disse que podia ser uma sayajin? Tão sanguinária e impiedosa quanto uma? – ele apenas acenou – pois alguém vai descobrir isso. – ele sorriu e nesse sorriso estava toda a maldade que podia conter seu coração e que eu sabia ele escondia por amor à sua mulher e filho.

- Falou como alguém da família real. Não somos conhecidos por sermos compassivos com traidores. – ele completou.

Me viro para Karl, abandonando as mãos de Vegeta.

- Já se passaram meses, mas esse tipo de coisa deixa rastros. Coloque todos os seus contatos em busca de informações, este será um assunto prioritário. Reveja todos os detalhes do acidente, investigue tudo e todos: esteja ligado direta ou indiretamente. – não deixe passar a mínima pista. Gaste o que for preciso, não meça custos. Quero nomes. – digo a ele com um brilho assassino no olhar. Karl está impassível.

- Tem certeza que quer fazer isso? Tome cuidado com o que deseja, pois pode se arrepender. – ele fala friamente.

- Não se faça de idiota! – disparo pra ele – Você entendeu o que Vegeta disse! Você vai buscar informações pra mim, vai cumprir seu dever comigo e com Lars. Depois que tiver feito isso, eu assumo. – minha voz vibrava de ódio e dor.

- Ellie, baby, o que pretende? – Raddie falava comigo.

- O que você faria se estivesse em meu lugar? Se fosse Kakaroto? – ele apenas fecha o rosto em uma máscara de fúria – Exatamente. Karl vai procurar informações, mas quem vai caçar sou eu. Não vou usar nada além de minhas mãos e de meu poder pra fazer o que tenho que fazer; e depois que eu terminar... Apenas vamos dizer que vão ter motivos pra temer até mesmo sussurrar o meu nome. Vão aprender que não se deve mexer comigo ou com os meus.

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Notas Finais


Então pessoal... O que acharam?
Espero que tenham gostado dessa "nova família" que eu arranjei pra Ellie...
Eu queria mesmo, desde o início, que ela tivesse parentesco com o Vegeta, mas eu demorei pra construir esse capítulo.
Porém dei um monte de dicas... Não sei se perceberam, mas elas estão nos capítulos do baile.
Se gostaram da mudança me avisem... Se não gostaram também... Estou aberta a críticas... kkk

[ Raddie?
O que está fazendo aqui? A Ellie me chamou? Por que ela não veio?
Como é que eu vou adivinhar que você não tem nem ideia?! Ela é a tua fêmea, podia ter contado...
Hmm... Não entendi...
Raddie? Me deixou falando sozinha de novo... Mas acho que ouvi algo...
Parecia "Desculpe por antes" (?????)....
Deve ter sido impressão... Raddie nunca falaria algo assim...
Ou falaria?]


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