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História Equilíbrio. - Irmãos de Sangue e Alma.


Escrita por: MaurraseC

Notas do Autor


Quando imaginei escrever esta luta, entre Nicolas e Oliver, a primeira coisa que me veio de inspiração foi a história de Naruto e Sasuke; não teve como, foi de imediato. Este capítulo vai lembrar muito do anime, para quem assistiu. E isso me deixa empolgado, adoro quando os dois se enfrentam.
Também, esta será a última batalha entre Juízes e Desordem, para então finalmente nos aproximarmos dos momentos finais deste segundo arco. Sei que as coisas devem ter ficado parada nos últimos dias, mas isso não é motivo para desânimo, aguardem para novas emoções.


Diante das palavras, Equilíbrio nas ações.


Boa leitura.
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Na imagem: Oliver e Nicolas, Irmãos.
"Aproximação de um coração partido e um coração abandonado.
Suas conexões de sangue lhes aproximam com lágrimas e dor".


Artista: Masashi Kishimoto
(Obs: imagem meramente ilustrativa, sem vínculos com a história de Equilíbrio).

Capítulo 88 - Irmãos de Sangue e Alma.


Fanfic / Fanfiction Equilíbrio. - Irmãos de Sangue e Alma.

— Oliver!

— Nicolas!

Eles gritaram em furor, golpeando-se violentamente. O paladino negro e a criatura de sangue, Blood Mary, gladiavam vorazmente, trocando golpes de suas lâminas afiadas. O ser espectral avançou com suas espadas duplas, investindo com ataques horizontais e verticais, enquanto a criatura de sangue conseguia esquivar com destreza, como se estivesse dançando. Em saltos acrobáticos, Blood Mary recuou para longe e aproveitando de sua distância, disparou agulhas de sangue que atingiram seu alvo com precisão. O paladino caiu de joelhos, mas logo se levantou e continuou sua ofensiva.

Nicolas sentiu as dores das agulhas de sangue, mas não se deixou abater. Erguendo-se, voltou para atacar seu irmão que mantinha uma posição defensiva. O garoto tentou aplicar dois socos diretos, mas Oliver era ágil, conseguia se esquivar e contra-atacar com precisão. O Juiz revidou com um chute na perna do irmão caçula, desequilibrando-o. Nicolas cedeu de lado, e no momento que Oliver tentou continuar a atacá-lo, o garoto aplicou uma rasteira, derrubando-o. Os dois rolaram para trás, afastando-se um do outro.

Eles se entreolharam, já começavam a ficar exaustos. Após o pilar de luz, pela batalha de Bianca e Mia, e o pedregulho gigante, causado por Issac e Elisabeth, os irmãos eram os únicos lutadores restantes naquele campo de batalha. Enquanto lutavam, acabaram por se afastar dos demais, não podendo ter apoios de seus companheiros, tanto de Desordem quanto dos Juízes. Estavam isolados, o que achavam bom, pois assim poderiam resolver de forma definitiva suas intrigas.

Cada golpe que eles trocavam, eram como palavras não ditas. Oliver conseguia ler seu irmão por meio de seus movimentos. Mais do que o sentimento de vingança, Nicolas sentia raiva por ter perdido sua família: Brayan estava morto e Oliver o havia abandonado; estava se sentindo sozinho, e como uma criança, precisava de alguém para consolá-lo. Seus socos eram palavras e os chutes, gritos estrondosos. As cabeçadas eram clamores de fúria, e o sangue que escorria pela pele lhes confirmavam a existência de suas vidas.

Os irmãos trocavam golpes intensos, ora caíam no chão ora eram arremessados para longe. Suas ações eram refletidas pelas invocações que duelavam entre si, tornando a batalha com dimensões colossais. Eles lutavam no que restara da praça da cidade, pois parte do solo se tornara crateras superficiais e as árvores foram derrubadas com as batidas violentas. As folhas eram levantadas com o vento causado pelas movimentações velozes, e a água do pequeno rio tremeluzia formando ondas que expandiam por toda a área.

Oliver acertou um soco na face do seu adversário, fazendo-o virar o rosto. Em seu giro, Nicolas aproveitou o impulso para golpear seu alvo nas costelas, com o braço na horizontal. O Juiz pegou o membro de seu irmão, imobilizando-o, e ainda segurando-o, aplicou uma joelhada no abdômen, fazendo-o se curvar de dor. O líder de Desordem caiu, em posição fetal. O golpe lhe causara mais dano do que previsto. O paladino desapareceu, deixando-o vulnerável.

— Então é isso, irmãozinho. Que pena que precisamos acabar assim — falou Oliver, chamando sua criatura de sangue para perto de si. Blood Mary se desfez, tornando-se uma lâmina gigante no braço do seu mestre. O Juiz apontou sua lâmina para o alvo, hesitando. — O que aconteceu com você?

— Do que importa? — sua voz saia forçada, ainda sentindo dor. — Acabe com isso.

— Pelo crime contra a humanidade...

— Nunca se esqueça disso, Oliver...

— Eu te condeno...

— Eu te odeio.

— A morte — no momento que Oliver baixou sua mão, para perfurar o peito do próprio irmão. Uma espada negra surgiu, ficando no caminho. Nicolas mostrou um sorriso confiante, e dando a ordem ao seu espectro, golpeou o Juiz com a segunda espada, arremessando violentamente para o outro lado da praça. Fora um golpe direto, à queima-roupa.

O garoto estava atordoado, ouvindo zunidos em sua cabeça. Oliver se levantou, sem nenhum arranhão. Sua habilidade de controle de sangue lhe providenciava um alto fator de regeneração; seus ferimentos haviam sido estancados e cicatrizados instantes após o impacto. “Permitiu-se ser golpeado apenas para que eu me aproximasse, muito bom”, concluiu, mostrando um sorriso de lado. Os dois irmão se encararam, estando ambos do lado oposto do pequeno lago. “Me pergunto: e se eu não tivesse me tornando um Juiz, ficando ao lado de vocês. Como estaríamos agora?”, questionou-se Oliver, inerte. “Se você tivesse continuado com a gente, será que iríamos nos enfrentar com a mesma intensidade de agora?”, perguntou-se Nicolas, observando seu irmão do outro lado. “Se pudéssemos voltar no passado, estaríamos nesta mesma situação?!”, seus pensamentos se conectavam, trazendo o silêncio naquela praça. “Não. Não podemos mudar o que já aconteceu!”, eles invocaram suas criaturas que surgiram de forma majestosa: o paladino mostrava suas espadas duplas e Blood Mary revelava suas lâminas nos braços; sua coloração era diferente, o vermelho do sangue estava mais escuro, o que lhe deixava mais forte em troca da fraqueza do seu usuário. Os irmãos permaneceram inertes, até que... de repente, as criaturas voaram e se chocaram no ar, no meio do lago, fazendo a água tremer.

Blood Mary foi arremessada para a lateral, enquanto o paladino a perseguiu para continuar sua investida. O espectro desferiu sua espada contra o chão, há centímetros de distância do seu alvo, que havia esquivado com sucesso. A criatura de sangue saltou e aterrissou no ombro do soldado, ferindo-o com suas pernas afiadas como lâminas. O ombro do paladino negro vacilou, soltando uma das espadas, mas com a mão livre, ele a pegou e arremessou contra a parede, esmagando-a. Blood Mary virou uma poça de sangue que instantes depois se refez para a forma original.

Sentindo a dor no ombro, Nicolas vacilou nos seus movimentos, recebendo um chute no braço, empurrando-o para a lateral. O garoto se impulsionou para a frente, dando um soco no tórax de Oliver, que teve a respiração afetada. Porém, isso não o impediu de desferir uma joelhada na mandíbula do seu irmão, fazendo-o quase perder a consciência. Nicolas resistiu a dor, e voltou com uma cabeçada atingindo a testa do Juiz. Os dois recuaram, se encarando.

Oliver foi surpreendido pela queda de sua criatura, metros de distância de si. Virando sua atenção por meros segundos, Nicolas aproveitou o momento para pular contra seu irmão, derrubando-o no chão, ficando por cima dele. Os dois voltaram a se encarar com olhares furiosos. O Juiz levantou sua visão, avistando a espada do paladino negro em sua cabeça.

— OLIVER! — gritou o garoto, descendo a arma contra o peito do irmão, fincando a lâmina e atravessando o coração. O Juiz arquejou, em seguida ficou parado sem reação de vida. Nicolas o observou, finalmente tendo vencido seu irmão. Ele mostrou um sorriso forçado, contente por ter acabado. O paladino desapareceu e a luta cessara.

— NICOLAS! — ele girou o garoto, ficando por cima dele. O olha do líder de Desordem era de espanto, pois havia certeza que tinha acertado o coração. Porém, não imaginara que somente isso não seria o suficiente para finalizá-lo. Oliver lhe golpeou com dois socos na face, em seguida aplicou mais quatro, atordoando-o. Cerrando os dentes, o Juiz criou outra lâmina em seu braço, direcionando a ponta para seu alvo. “Devemos eliminar aqueles que perturbam a paz, irmão”, Oliver se lembrou das palavras ditas antes de abandonar Equilíbrio e Esperanza. “Então, por quê? Por que não o consigo fazer?”, hesitou novamente. O garoto empurrou seu agressor, ambos se afastando. Estavam exaustos, mal se aguentavam de pé.

— Por que nos abandonou? Devíamos... ter ficado juntos... como uma família — as palavras de Nicolas vacilavam, emocionado. — Se tivesse ficado conosco, Brayan... Brayan... ele não...

— O objetivo dos Juízes é proteger a humanidade de pessoas... como você, Nicolas — seu tom era firme, frio. — Olhe para si, você se tornou aquilo que nunca esperávamos se tornar. Não foram os alados que mataram nosso irmão; não de forma física, mas... Nicolas, você matou Brayan no momento que desvirtuou os ideias deles, você o matou nas memórias!

Aaaarrgghh!!! — Nicolas inchou, lacrimejando. Ele avançou em fúria, assim como Oliver que foi ao seu encontro já pressentindo o momento final. Os dois urraram, fazendo seus gritos ecoarem no ar. Segundos depois, eles ficaram inertes. O soco de Nicolas havia passado direto, enquanto Oliver havia transformado seu braço em lâmina de sangue e num movimento único conseguira atravessar o corpo do irmão. Seus sangues se misturavam, formando uma pequena poça no pés. O garoto enfraquecido, estava com a visão escurecida e mesmo não tendo forças, tentou tocar a face do seu Oliver, sendo preciso do apoio do mesmo para ser tocado.

— Isso precisava ser feito — Oliver o deitou no chão, podendo sentir a frieza do corpo dele.

— Eu... sei — a voz de Nicolas falhava nos suspiros finais. A respiração começava a faltar e seu coração mal conseguia bater, apenas nos movimentos automáticos restantes. Oliver sentou-se ao seu lado, observando o momento em que o corpo do garoto relaxou, encerrando sua vida. O Juiz tentou reprimir as lágrimas, mas o líquido descia em sua bochecha emocionalmente. Em seguida, ele caiu, desmaiando de exaustão. Instantes depois, Issac surgiu, junto de Elisabeth, Mia e Bianca, ainda desacordada; eles haviam vistos todo o final do confronto, mas sabiam que não podiam interferir, pois era um assunto que somente eles poderiam resolver. “Agora, estava tudo acabado”, assim eles acreditavam.


Notas Finais


No próximo capítulo:

Suas suposições são ditas, fazendo o homem surtar. Prometendo sempre a proteger, Louis não hesita em matar aquela que lhe fora a pessoa mais próxima, e de confiança, que pôde ter durante seu tempo como líder dos humanos. Abandonando seu projeto Nêmesis, ele ainda mata para salvar o segredo de sua protegida. A loucura lhe percorre a mente, assim como... Sentimentos e mentiras.


E que nossos interesses estejam em Equilíbrio.
Até a próxima.
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Como vocês devem saber, também escrevo outras ficções, portanto, quando tiverem entediados, aproveitem a leitura:

---> League of Legends:
-- Eu, Kindred: https://spiritfanfics.com/historia/eu-kindred-7201747

-- Eu, Virtuoso: https://spiritfanfics.com/historia/eu-virtuoso-7762996

-- Eu, Lança da Vingança: https://spiritfanfics.com/historia/eu-lanca-da-vinganca-10940649

-- O Crepúsculo: https://spiritfanfics.com/historia/o-crepusculo-10862638

---> Mitologia Grega:
-- A ascensão da humanidade: https://spiritfanfics.com/historia/a-ascensao-da-humanidade-9462052

---> Sereias, Piratas do Caribe:
-- Olhos Dourados: https://spiritfanfics.com/historia/olhos-dourados-10901618

---> Aurora Aksnes:
-- Murder: https://spiritfanfics.com/historia/murder-10970590


Obrigado.


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