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História Era uma vez Elisa - Quem é essa pessoa?


Escrita por: Eliza1beth

Notas do Autor


Oi mundo, é a primeira vez que publico algo que escrevi, ainda estou um pouco receosa quanto a isso, mas tô achando legal, desejo de todo o coração que vocês também achem. >.<
Já escrevi bastante coisa, mas acho melhor ir postando aos poucos, pra deixar aquele ar de suspense e aquele gostinho de quero mais (oremos pra que esse objetivo seja alcançado rs).
É isso.
Boa leitura :D

Capítulo 1 - Quem é essa pessoa?


Fanfic / Fanfiction Era uma vez Elisa - Quem é essa pessoa?

Pensei em começar essa história com era uma vez, mas achei que ficaria infantil demais, resolvi deixar essa ideia do era uma vez para lá e adotei o plano de começar explicando como eu começaria (espero que isso não fique confuso). Sabe, para dar aquele toque de introdução leve e descontraída que os livros legais e engraçados costumam ter. Bom, dada a introdução, pensei em me apresentar: Meu nome é Elisabeth, até hoje minha mãe não consegue explicar muito bem o porquê, nem da rainha ela gosta. Todo mundo me chama de Elisa, então vocês podem me conhecer assim também.

Hoje eu completo 30 anos, é um pouco chocante chegar nos TRINTA. Sabe aquelas cobranças que começaram a surgir nos 20? Elas multiplicam aqui. “E os namoradinhos, Elisa?” “Nossa, Elisa, 5 anos de faculdade para trabalhar como professora ganhando essa mixaria?” “Ei, Elisa, você não pensa em sair dessa kitnet e ir para um espaço maior?” “Trintão e sem filhos, hein, Elisa!?” “Nossa Elisa, a vida está correndo e você ainda está morando nessa cidadezinha?” “Não vai trocar de carro, Elisa?”, .... É uma crescente vontade de perguntar: “A sua vida está boa nesse nível para vir cuidar da minha, querido?”. Mas a gente sorri aquele sorriso bem bosta e dá uma risada bem fingida para ser educado. Ainda não entendo porque a gente curte tanto cuidar da vida alheia e também não entendo porque a gente tenta ser educado, eu tinha que criar mais coragem para mandar toda essa galera conhecer aquele orifício localizado bem no meio das nádegas.

Enfim, voltando a apresentação: Elisa, trintão, moro numa kitnetzinha linda, tem plantas para todo lado aqui, tem horas que me pergunto se moro mesmo numa casa ou numa selva. Acho que exagerei na quantidade de vasinhos que fui comprando, mas gosto muito mesmo de cuidar delas, vê-las crescendo, respirando gás carbônico, produzindo o ar que respiramos, sou daquelas doidas que conversa com as plantinhas e bota maior fé de que elas não só me ouvem, como respondem me presenteando com flores que perfumam a casa toda, não que precisasse de muito para isso, já que a casa toda corresponde a exatos três cômodos. Os móveis são simples, mas foram todos produzidos com muito carinho. Quer saber? Vou apresentar minha casa também, acho melhor usar o próximo parágrafo para isso.

Minha casa: Tem uma pequenina garagem, onde guardo meu fusca azul (qualquer hora falo dele também) e meu lar fica logo atrás da garagem, parece bastante aqueles quartos baratos de motel se você for parar para analisar. A porta é de madeira e tem um espelho na porta, que é para deixar toda energia ruim lá fora, no kit mandinga tem incluso um copinho do lado da porta, cheio de água, três pedacinhos de carvão e três punhados de sal grosso, acho importante proteger o lugar que vivo. Depois de batalhar com a fechadura para que a porta abra, chegaremos no primeiro cômodo, que é uma sala de estar/cozinha/sala de jantar/selva, piso frio, de cor marrom, janelas grandes que dão de frente para um vasto campo verde, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas, os móveis são de pallet e foram confeccionados por mim, vocês não achariam tão legal se vissem os pobrezinhos, parece sempre mais fácil nos vídeos que encontrei na internet, mas são úteis e dão para casa um ar bacana. Uma porta de madeira daquelas de bar do Texas separa o outro cômodo, que é uma suíte, o banheiro é simples e bem pequeno e no meu quarto tenho alguns desenhos pela parede, todos carregam histórias e significados.

Antes de desviar do assunto mais uma vez para contar sobre meus desenhos, deixa eu terminar de me apresentar... Elisa, trintão, moro numa kitnetzinha linda que parece uma selva, tenho um fusca azul e o motivo de eu ter comprado ele é bastante engraçado. Sempre sonhei em passar buzinando na frente das escolas para ver a terceira guerra mundial sendo formada, não sei se vocês conhecem essa brincadeira, mas eu brinquei bastante de socar pessoas quando via um fusca azul passando na rua. Além de achar fuscas muito úteis por serem baratos, fáceis de arrumar e eles aguentam a pressão de umas estradas bem difíceis de passar, com lama, areia, pedras, buracos e afins. Eu viajo bastante, faço meus mochilões e o fusquinha somou bastante nas viagens. Ele tem um filtro dos sonhos bem bonito (eu que fiz também, mas não ficou como os móveis de pallet), no porta luvas tem pacotinho de sal grosso, pedras poderosíssimas que ganhei de amigos, um desenho de Ogum e outro de Iansã. É a minha cara, não desejaria ter outro carro.

Elisa, trintão, kitnet selva, fusca azul e agora eu termino, prometo. Sou professora de biologia na única escola de ensino médio da cidade, formada em medicina veterinária, tenho um gato preto divino chamado Meia Noite, a história de como o Meia Noite veio parar aqui é ótima, eu estava um dia... Não, não, outra hora conto sobre o Meia Noite. Também sou professora de yoga, me formei no Rio de Janeiro, ia para lá todos os sábados, mas isso não era problema porque amo viajar, ainda vou conhecer todas as cidades do Brasil, depois disso penso em viagens para o exterior. Morei com meus pais até os 21, são pessoas ótimas mas eu precisava de mais liberdade do que eles poderiam me dar, mudei para Luminárias, aqui em Minas Gerais com 22 e estou aqui desde então, é uma cidade de 6 mil habitantes (sim, seis mil), um cerrado maravilhoso e cachoeiras lindas habitam aqui também. Estou solteira, apesar da carência extrema, prefiro continuar assim, sou um tanto exigente e gosto de me envolver só quando já sinto uma química bacana. Experiências da vida, já me envolvi com alguns caras bem idiotas para suprir a carência, não sabia que o sentimento que viria depois seria ainda pior, uma espécie de vazio, sei lá.  

Não vou falar das minhas qualidades e defeitos porque sou bem ruim nessa de me definir, acho que sou meio Raul Seixas para isso, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Sábio Raul! Eu adoro músicas, acho que elas sempre tem algo muito bom para oferecer, uma reflexão com ritmo, que coisa mais linda são as músicas, não é mesmo!? Aprendi a tocar violão, violino, harpa, handpan e berimbau pelo apreço à ela, gosto de cantar e de compor alguns sons as vezes, acredito que me expresso melhor no papel e acabo colocando meus sentimentos em forma de música para descarregar o que esta dentro de mim. Esses dias perdi minha bolsa, fiquei bem triste, todos os meus documentos estavam lá, resolvi escrever uma canção, queria muito poder colocar um áudio neste papel mas acho que ainda não existe tecnologia para isso (não me surpreenderia se já existe e eu não sei, sou uma negação com tecnologias), enfim, a música é mais ou menos assim: “Eu não sei mais onde procurar, eu não sei mais onde ela deve estar, procurei aqui, procurei ali mas foi tudo em vão, não a encontrei não. Eu costumava saber mas a deixei ir, eu costumava saber mas acho que a perdi, volta, por favor volta. Ela levou embora tanta coisa consigo, ela levou embora tanta coisa de mim, como vou continuar sem nem saber aonde ela está, como vou continuar sem nem saber aonde procurar?”. Eu achei ela embaixo do Meia Noite alguns minutos depois de gravar a música, três pulinhos para o São Longuinho (preciso revelar que escrevi Salão Salonguinho e achei que pudesse ter algo errado, resolvi procurar no google e descobri que o coitado do santo foi estranhamente chamado durante minha vida toda. Foi mal, Longuinho).

Eu não sou a pessoa mais bonita desse mundo, não, mas a imagem do espelho não me desagrada. Me esforço bastante para não ceder àquela vontade absurda de me auto criticar até sentir o amor próprio se esvair, então falemos de como sou maravilhosa. Minha avó sempre diz que minha pele tem cor de casca de kiwi, gosto muito de kiwi, então ok. Agora que parei para pensar que vovó também fala que meus olhos parecem duas jabuticabas e meu nariz uma batata, me senti a Miss Quitanda neste exato momento.  Tenho lábios grandes e bem delineados, para eles, nenhuma fruta ou legume, e duas taturanas estacionaram em cima das jabuticabas do meu rostinho de kiwi. Sério, as bichinhas são grossas. A yoga e as trilhas feitas nas viagens me proporcionam um corpo definido, tenho dificuldades para encontrar sutiãs de adultos que sirvam para mim, os PP da ala infantil costumam ser mais do que o suficiente para cobrir os meus seios (ovos fritos para vovó... Definitivamente sou a Miss Quitanda). Tenho um black power castanho claro e ele faz jus ao nome, realmente poderosíssimo.

Pronto, acho que isso é o suficiente de mim por agora.


Notas Finais


O prazer foi meu.


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