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História Escassez (em revisão) - A aliança do Doutor começa agir


Escrita por: vanValentine

Notas do Autor


Oi gente!

Capitulo mais suave, as coisas vão começar a esquentar aos poucos daqui pra frente.
Estou tentando postar o mais rápido que posso, mas talvez eu passe a postar dois, senão um capitulo por semana.
Espero que gostem. Boa leitura.

Capítulo 7 - A aliança do Doutor começa agir


Fanfic / Fanfiction Escassez (em revisão) - A aliança do Doutor começa agir

APRIL

 

O dia havia passado voando e as férias de verão já estavam acabando. Saímos bem tarde do complexo era quase oito da noite, nosso sensei quase nos matou logo no primeiro dia fazendo-nos lutar os três contra ele. Para dizer a verdade o único que realmente fez algo foi Sirius, eu e Zoe devemos essa a ele.

 

Os pais de Sirius como os de todos ali também eram agentes, sua mãe estava em missão há três anos no México e seu pai havia morrido quando ele tinha sete anos, quem o treinou nos últimos anos foi Vincent que era grande amigo de seus pais, isso explicava como ele tinha tanta facilidade contra ele.

 

Depois de sermos dispensados do treino, Vincent sensei convidou-nos para comer algo em uma lanchonete próxima, eu e Zoe demoramos um pouco no vestiário e os rapazes acabaram reclamando muito. Aquilo foi ótimo para que pudéssemos nos conhecer melhor eu não me lembrava quando fora a última vez que sai para comer algo com alguns amigos.

 

Cheguei em casa sentindo-me exaurida, eu estava acabada não havia um lugar do meu corpo que não doesse. Eu só queria tomar um banho e relaxar, mas Marcos sonhou que eu queria paz e decidiu me dar o oposto.

 

– April, como foi? – ele gritou da cozinha, decidi que o melhor era ser o mais monossilábica possível e assim com sorte o interrogatório terminaria.

 

– Bem. – respondo me sentando em um dos bancos da bancada e colando a testa no granito, minha cabeça estava começando a doer e o frio daquela pedra foi deleitoso.

 

– Vincent é um bom sensei? É rígido demais? Por que demoraram tanto? – Interrogatório, que magnifico!

 

– Sim, não, lanche. – coloquei os cotovelos na pedra e apoiei meu rosto nas minhas mãos, lançando lhe meu melhor olhar de nada.

 

– O que? – ele secou as mãos em um pano de prato que estava ridiculamente sobre seu ombro, na verdade ele estava ridículo de avental, bancando o mestre cuca. – Repete, não entendi.

 

– Sim, não, lanche. – fiz questão de repetir exatamente o que havia dito, sabia que não era o que ele queria, mas irrita-lo naquela altura do campeonato seria maravilhoso e eu não perderia a oportunidade, afinal parecia que eu havia acabado de sair de um moshpit, eu estava destruída.

 

– É mais uma daquelas manias adolescentes irritantes? Virou monossilábica?

 

– Não, sim.

 

– Fala sério April!

 

– Estou cansada e só tenho certeza de duas coisas hoje. – desci do banco e segui rumo as escadas. – A primeira é que estou destruída e a segunda é que eu quero que vá se foder. 

 

Ouvi ele resmungar algo mas não dei atenção, estava sendo uma adolescente babaca, estava! Mas estava cansada demais pra me preocupar com isso. Entrei no quarto já jogando tudo pelo chão, minha bolsa em um canto, meus coturnos em outro, minha jaqueta no chão, caminhei quase me arrastando para o banheiro e lá fiquei uma meia hora tomando a melhor ducha da minha vida, então sai e só me lembro de vestir qualquer coisa confortável que achei e cair na cama.

                                                                               

...

 

Acordei com a droga do despertador e fiquei em inercia até o “soneca” me alertar novamente sobre o horário. Segundo Vincent sensei hoje seria o dia da luta individual, eu quase tive um aneurisma quando ouvi ele dizer aquilo; como ele nos exauria daquela maneira e ainda dizia na maior naturalidade “Amanhã o treino é individual!”, Zoe até tinha se engasgado com seu “Xmonster” o maior hambúrguer que serviam naquela lanchonete. Eu realmente não sei como ela o comeu inteiro, mas se levarmos em conta o que passamos era entendível a sua fome.

 

Juntei minhas coisas e sai batido, ouvi por cima do som dos meus fones minha mãe gritando algo da cozinha, mas nem dei atenção, resolvi que aquela manhã seria dedicada a pesquisa. A história que Adam contou sobre o fundador da S.H.O.R.T.A.G.E ter encontrado um meteorito me fez pensar que dado a dimensão do evento, este poderia ter sido relatado nos jornais da época. A biblioteca não ficava muito longe de casa e eu ainda tinha algumas horas antes de ir para a agência.

 

ADAM

 

Havia saído cedo de casa, queria falar com a April sobre a divisão de equipes e perguntar a ela em que escola ela terminaria o ensino médio. Sabe-se lá por que Marcos decidiu morar a poucas quadras da casa de mamãe, mas agradeço mentalmente por isso, estava frio aquela manhã e como estamos a duas semanas da volta as aulas dos recrutas os treinos começariam cedo o que me dava, mais ou menos, duas horas para levar a April a alguma cafeteria aqui perto para discutirmos de uma vez por todas qual seria o “plano” que usaríamos para conseguir alguma informação valiosa da S.H.O.R.T.G.E. Dobro a esquina e eis que vejo a dama saindo de casa como um furacão.

 

– April! – gritei, e parece que todo o bairro ouviu menos ela, já que algumas pessoas me encararam carancudas. – Acorda, April! – disse fazendo um “estalo” em frente ao seu rosto fazendo-a dar um pulo.

 

– Ai meu Deus! – ela tirou os fones e me encarou com cara de poucos amigos.

 

– Fones muito altos fazem mal aos ouvidos sabia? – a música estava estourando para fora dos fones, algum tipo de rock metal estridente. – O que está ouvindo? – Pego um dos fones o aproximando da minha orelha e ela o puxa.

 

– É Korn, Freak On A Leash. – ela coloca um dos fones e continua a caminhar me ignorando.

 

“Aberração na coleira” interessante, a primeira parte combina com você. – olho de soslaio para ela e seus olhos me fuzilam.

 

– É exatamente; e quanto a segunda parte você entende bem né Adam, cachorro tem sempre que ter coleira! – devo admitir que eu ri.

 

– Ok, para onde você está indo com tanta pressa. – olho para ela e a vejo soltar uma lufada de ar, sua expressão endurece como se estivesse tentando organizar suas ideias.

 

– Biblioteca.

 

– Vai se afundar nos livros duas semanas antes das aulas começarem? Nerd.

 

– Vou pesquisar sobre o tal meteoro encontrado pelo fundador. E você? O que faz zanzando por aqui tão cedo?

 

– Vim te convidar pra tomar alguma coisa. – ela me olha com uma sobrancelha arqueada. – Gosta de Cappuccino?

 

– Sim, pra viajem. Você vem comigo pra biblioteca. – era engraçado como ela sempre tinha que ter a última palavra, eu a convido para algo e ela me intima para outro.

 

– Olha só, parece que alguém reconheceu finalmente minha mente brilhante. É virando aqui. – digo mostrando-a o caminho da cafeteria.

 

– Definitivamente não Adam, mas é inegável que você é mais alto que eu então será útil.

 

– Se é por isso há escadas na biblioteca sabia? – isso me irrita nela, a arrogância e o sarcasmo exagerado. Entro na cafeteria sem nem olha-la.

 

– Não precisa ficar bravinho, duas cabeças pensam melhor que uma sabia? – será que essa era a forma torta que ela tinha de dizer que precisava de mim? Fiz os pedidos e depois de alguns minutos de caminhada chegamos na biblioteca.

 

– Por onde pretende começar? – pergunto e ela aponta para a bibliotecária e se dirige a grande mesa em que a mulher estava.

 

– Com licença, poderia nos informar em que área se encontra os jornais de...

 

– 1780. – Interrompo. A mulher levanta os olhos do livro que lia e nos encara.

 

– Poderia saber para que precisam? – uma de suas sobrancelhas estava arqueada e ela parecia uma daquelas bruxas dos contos de Grimm. Olho para April e ela já estava impaciente batendo os dedos na mesa da mulher.

 

– É uma pesquisa para o próximo semestre da escola. – responde ela.

 

– Qual o professor? – por algum motivo aquela mulher não estava querendo deixar nós termos acesso aos jornais da época, talvez tenha sido uma ordem direta da S.H.O.R.T.A.G.E, mas não há motivos para tal.

 

– Senhorita Jenkins, de história. – respondo.

 

– Sarah? Sarah Jenkins? – eu assinto em resposta. – Sinto muito, mas era preciso que ela mesma viesse solicitar o acesso aos recortes desta época. – De repente April espalma a mão na mesa gritando.

 

– É apenas uma pesquisa escolar! Para que tanta burocracia?

 

– Não grite na biblioteca mocinha! Os registos de 1780 são de grande importância histórica para esta cidade, não podem ser manuseados de qualquer forma! – antes mesmo que April pudesse responde-la, vejo duas mãos repousando em nossos ombros.

 

– O perigo vem do céu miss Wright. – Eu o reconheci de imediato, era um dos sensei ou melhor, o sensei de April, Vincent. A mulher o olha com espanto e assente.

 

– Entendo senhor Valentine. Segundo andar 22, F1.

 

– Obrigado. – ele se retira e April o segue, decido fazer o mesmo. Rumamos para o segundo andar em silencio.

 

– O que faz aqui sensei? – ela pergunta.

 

– Venha. – ele diz seco, olho para April e ela estava emburrada. – Aqui, estante 22, fileira 1. – aquela estante era realmente alta e até mesmo para mim com os meus 1,83 seria difícil pegar algo na fileira um, mas aquele cara devia ter uns dois metros de altura. Ele estica os braços e pega um pacote de jornais.

 

– Aqui. – quando ele os coloca sobre a mesa sobe uma nuvem de poeira que nos sufoca.

 

– Pô cara eu tenho rinite! Que droga! – ela pragueja coçando o nariz. – Nossa aqui devem ter o que? Uns 50 exemplares?

 

– Mais ou menos. – responde ele e quando ela estende a mão para pegar um ele segura seu pulso, sinto uma onda atravessar meu corpo e enrijeço. April o olha confusa, mas há uma pequena chama por de trás de seus olhos, uma certa fúria crescente, algo sutil que rapidamente desaparece. – O que você realmente procura April? – ele a encara e ela desvia o olhar com o cenho franzido, ele a encara por um período até pousar a mão dela sobre a mesa. – Apenas tenha cuidado. – Ele se vira e vai embora. – Vocês tem uma hora e meia.

Um silêncio se instala enquanto Vincent sensei sai a passos largos, quando o som firme de seus passos no assoalho da biblioteca some é que me permito respirar, nem havia percebido que estava prendendo a respiração.

– O que foi isso? – pergunto. Era surreal, ele surgiu do nada nos ajudando de uma forma esquisita e simplesmente foi embora e o melhor de tudo é que ele fez April ficar muda!

 

– Eu não sei. – e isso foi tudo que ela disse em todo tempo que ficamos lá.

 

No final ela estava certa... Haviam sim registros sobre a queda do meteorito, mas as informações eram muito vagas. Estava na primeira página do The Time de 21 de março de 1780:

“O astrônomo e pesquisador Bernard Hans fez uma incrível descoberta. Depois de meses de estudo e pesquisa geológica em busca do meteorito que ele nomeou “Jude” este foi encontrado; estima-se que o artefato tenha caído nesta região no último ano. – “É de grande importância cientifica esta descoberta, nós monitoramos o céu desta área do país por meses, esta pode ser a descoberta do século! Ele possui um magnifico cristal cravado em sua estrutura, jamais foi visto algo assim. Foi muito difícil localiza-lo por conta do local em que caiu, ele estava no fundo de uma estreita fenda no cânion Griffin.” – Segundo Bernard Hans a localização só foi possível graças ao cristal cravado no artefato que libera um tipo de energia que desregulou alguns dos equipamentos utilizados nas buscas. Sr. Hans decidiu se instalar na cidade para aprofundar sua pesquisa por tempo indeterminado.”

 

Ao lado da matéria havia uma foto do fundador exibindo orgulhosamente o meteorito. Depois de colocarmos os exemplares de volta na prateleira, April saiu apressada e eu quase precisei correr para alcança-la.

 

– Ei espera, o que há com você?

 

– Nada!

 

– Como nada April, você está pisando tão duro que o chão está quase sangrando! – ela me encara semicerrando os olhos.

 

– É Vincent sensei que está me intrigando, como ele sabia que estávamos na biblioteca?

 

– É, eu também achei estranho, mas ele nos ajudou certo?

 

– Sim Adam e é ai que mora a dúvida, por que ele nos ajudou? E que papo era aquele de “o perigo vem do céu.”?

 

– Aquilo pode ter sido um código, você viu como a velha reagiu depois do que ele disse não viu? Agora o motivo dele ter nos ajudado eu não sei. – Ela assente e seguimos em silencio até o complexo.

 

Fizemos o procedimento padrão, que era mostrar nossas credenciais ao balconista da loja para que pudéssemos entrar. Nos trocamos e em pouco tempo todas as equipes estavam reunidas e seguindo para suas salas de treinamento. Estávamos indo para nossa sala que era a terceira a esquerda daquele enorme corredor, Megan falava algo animadamente comigo, por vezes me puxando e se pendurando no meu braço direito, mas eu não queria papo, algo mais interessante prendia minha atenção naquele momento.

 

 Ao fundo do corredor vi April e seu time adentrarem a sua sala de treinamento e um pouco atrás dela estava Asami sensei falando algo com Vincent enquanto observavam April. Mas de repente Megan irrompe em risadas histéricas chamando a atenção de todos para nós, os senseis se viram em nossa direção e fixam o olhar em mim.

 

– Se controla Megan, que droga! – digo ríspido empurrando-a para longe e entrando na sala. Passo por Donn que estava na porta me olhando assustado, provavelmente por minha atitude ríspida e inesperada. Asami sensei entra poucos minutos depois e me olha significativamente antes de dizer a todos que teremos de lutar um contra o outro.

 

Ela usou o critério de que o mais preparado de nós, no caso eu, lutaria contra aquele que vencesse o outro companheiro de time. No fim acabei surpreendentemente lutando contra Megan. A garota era muito boa em Jiu-jitsu, eu realmente suei para vence-la e só a venci por que tenho mais resistência em combate também, se não teria perdido feio.

 

Nossa sensei nos ensinou alguns golpes diferentes que funcionavam melhor em combate direto, além de uma aula especial sobre o manuseio de armas brancas. Como sempre o treino se seguiu até a noite com apenas uma pausa, para o almoço. Depois da nossa dispensa, fui procurar April pela instalação e a vi saindo do complexo com seu sensei. Pensei seriamente em segui-los, mas quando ia fazer ouço um leve pigarrear atrás de mim.

 

– Eles precisam conversar a sós. – era Asami sensei, eu ri desconcertado coçando a nuca sem saber como disfarçar aquela situação.

 

– Ér...Eu não ia segui-los nem nada eu só...

 

– Não se preocupe Adam. – interrompe ela. – Eu te explicarei tudo. – arqueio uma sobrancelha e ela ri. – Vamos, Vincent ficou de falar com ela e eu com você. – assinto e sigo ela em direção a saída.

 

Asami sensei caminhava com passos leves na minha frente, ela era realmente linda e elegante. Mas então, mais rápido do que eu consigo acompanhar ela salta e pega impulso em uma coluna passando por cima da minha cabeça em um mortal perfeito, fico com a boca aberta feito um babaca quando vejo ela pousando graciosamente atrás de alguém que se escondia nas sombras.

 

– Por que esta espionando sua superior Cameron? – ela deu uma gravata na mulher com seu braço direito enquanto sua mão esquerda posicionava uma faca no pescoço da mesma. Vi uma gota de suor brotar na testa de Cameron e o movimentar de sua garganta engolindo dificultosamente a saliva, enquanto Asami sensei a guiava para a parte mais iluminada da sala. – Vamos, dessa vez terá de ter uma bela desculpa. – ela pressiona a faca no pescoço de Cameron e faz um pequeno corte por onde sai um filete de sangue que escorre pelo seu colo. – Não temos a noite toda vadia, diga logo!

 

Cameron me olha com ódio, vejo o cerrar de seus dentes conforme a sensei risca a lamina em seu pescoço aumentando a ferida e fazendo escorrer cada vez mais sangue, ela semicerra os olhos tentando manter-se calma, Asami sensei está visivelmente furiosa e eu não ouso mover um músculo sequer de meu corpo. O ar estava tão pesado que poderia ser cortado, aquilo não parecia ser uma rixa atual.

 

– Se você não falar eu vou te matar. Você sabe que eu faço Cameron, não tenho medo de Curt. – Asami cospe as palavras apertando mais ainda a gravata.

 

– É ela não é Asami. – Cameron diz finalmente. – Eu vou matá-la! Está me ouvindo, eu vou matar aquela desgraçada! – grita ela.

 

Continua...



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