Ele te ajudava, mesmo sendo apenas uma voz, você se sentia segura escutando ela. Se sentia bem para falar o que estava acontecendo com você.
O tempo foi passando e você ia quase toda hora pra lá. Ia pra lá para relaxar e conversar com seu novo amigo. Havia se apegado de mais à ele.
“Meu aniversário é hoje!”
Você fala empolgada e pulando pelo quarto coberto da cor branca.
“Parabéns, pequenina.”
“Não me chame de pequenina, senhor moço.”
“Ha. Ha. Ha. Ha.”
“Sua risada ainda é esquisita.”
“A sua também é.”
“Estamos na mesma então.”
Você se sentia a vontade para brincar, pular, se divertir, contar como foi seu dia ou o que estava te perturbando ele te acalmava e te fazia um bem muito grande. O tempo passou e você completou 29 anos, e uma semana antes de completar 30, ele te avisou.
“Querida… Você está prestes a completar 30 anos, e já que você se suicidou antes… Você…”
Mesmo não terminando de falar, você entendeu o que ele queria dizer e seus olhos se encheram de lágrimas.
“Senhor moço, eu terei que apertar em deletar, né?”
Perguntou com um sorriso no rosto e com suas lágrimas caindo.
“Não chore, pequena.”
“É que… Eu vou morrer e eu estou com… Medo. Eu tenho você e eu não quero te perder, senhor moço.”
“Eu também não quero te perder, minha pequena, mas aos 16 foi sua primeira morte, e não podemos passar por cima das regras…”
“Eu… Eu estou feliz por ter morrido aos 16 anos.”
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