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História Escrevendo - Capítulo Dez


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


Oiiii *-*
Eu me empolguei novamente escrevendo esse capítulo.
Gente estou tentando não me apaixonar pelo Scorpius, mas está difícil e espero que estejam passando pelo mesmo problema.

Boa Leitura.

PS: Eu amei tanto os comentário, assim que tiver mais tempo vou responder tudinho! Além, disso a semana tá uma coisa péssima e cansativa, mas vi os comentários e pensei: Vou postar mais porque merecem e para me deixar menos ranzinza...

Aproveitem.

Capítulo 10 - Capítulo Dez


Aquele com certeza foi o café da manhã mais longo da minha vida. Primeiro porque ninguém parecia muito à vontade, e segundo ninguém tentava fingir que estava à vontade. Um irmão calado de um lado. Uma prima muda do outro. E um Lorcan comendo sem parar finalizando a cena.

            Eu fugi o mais rápido possível para minha pintura. Os deixei se resolverem sozinhos. E claro que arrastei Lorcan para o mais longe possível deles, ele é um bom amigo só não sabe ser um amigo quieto. Estou escutando sua história sobre os grilos devoradores de seres humanos pela décima vez só essa semana. Ele é muito ligado aos assuntos da natureza e sempre fica impressionado com as noticias e tenta nos impressionar também. Raramente acontece.

            — Está tudo bem?

            Salto para cima do meu namorado muito confuso. Nós dois caímos e eu nem me importo quero beijá-lo até que minha boca adormeça. Porque ele consegue me tirar um pouco de mim e algumas vezes isso é tudo que preciso. Dizer um adeus para a Rose Weasley e dizer um olá para Scorpius Malfoy.

            — Vocês poderiam ser mais discretos. – Escuto a voz de Lorcan, mas ignoro por completo. Continuo beijando meu namorado sem me importar com nosso amigo.

            Tenho certeza que quanto mais eu beijar mais rápido ele sairá do meu quarto. O que na verdade é o que eu quero desde a hora que ele começou a contar a história preferida do ultimo mês. Sou uma amiga muito preocupada para dizer que é a pior história de todos os tempos e que na verdade queria um inseticida gigante para matar todos os grilos e consequentemente todas as baratas, principalmente as voadoras.

            — Estou deixando os bombinhos a sós. – Ele diz bem alto. – Ou seriam ratos? Por favor, eu não quero crianças em minha casa. Lysander iria pirar com todas as bactérias.

            — Lorcan? – Scorpius diz enquanto me afasta milimetricamente dele.

            — Sim? – Pobre loiro inocente.

            — Fora!

            Sabe o que gosto em meu namorado? Não é o jeito fofo como ele consegue me deixar sorridente, ou como ele me procurou a noite toda e depois nem ficou bravo o suficiente para me expulsar de sua vida. Gosto como ele consegue parecer mal. Acho que os olhos cinzentos ajudem muito na sua expressão de vilão de desenho animado. E eu preciso confessar que gosto de vilões, mesmo que ninguém perceba ou saiba.

            — Quero te beijar mais e mais. – Sorrio.

            — Me beije.

            Então eu beijo. Beijo até faltar o ar e depois respiro profundamente só para beijar mais. E quando finalmente estou cansada continuo beijando. Seus lábios são tão ásperos e algumas vezes batemos os dentes o que nos faz rir no meio dos beijos. Eu gosto tanto de beijá-lo que não me importo com nada. Não me importo por estar sujando sua roupa com as minhas manchadas de tinta. Não me importo com o que possa acontecer com Hugo e Lily. Não me importo com o futuro. Só quero beijá-lo e sentir o coração batendo forte para enviar o ar ao pulmão e a respiração igual a quando estamos embaixo da água quase nos afogando.

            — Talvez eu pudesse escrever sobre seus beijos. – Falo quando finalmente nos largamos. – Sobre seus lábios.

            Eu desenho com meus dedos seus lábios finos e vermelhos por minha culpa e depois passo para o nariz um pouco torto por causa de um skate no começo da adolescência, sigo adiante contornando os olhos, terminando no queixo. Eu poderia descrever o rosto dele e provavelmente ganharia um premio pela beleza que possui.

            — Você poderia escrever sobre qualquer coisa que ficaria incrível. – Nós ainda estamos no chão do quarto. Ele me abraça. – Suas palavras são mágicas.

            — Pena que não consigo escrevê-las. – Resmungo me levantando. – E o tempo está acabando.

            — Você vai conseguir. – Scorpius também se levanta. Coloca-se atrás da cadeira em que acabei de me sentar e massageia minhas costas. – Vai fazer a melhor redação. Não vão deixá-la escapar. 

            Deixo-me relaxar. Sinto suas mãos em meus ombros. Eu queria acreditar em mim tanto quanto ele acredita. Ser uma Rose confiante, intensa, completa. Não a Rose que pensa e, que se preocupa com ela, com outros, com o futuro, com cada passo que dá.

            — Acho que vou te seqüestrar e te deixar aqui o tempo todo. – Viro-me para ele. – E te obrigar a me beijar e massagear por toda a eternidade.

            Ele ri. E eu também adoro sua risada.

            — Rose, não me faça ter ideias erradas. – Ele volta a me beijar. E tenho certeza que poderia viver assim. Sem trabalho. Sem faculdade. Sem dinheiro. Mas com um loiro alto e sedutor me beijando o tempo todo.

            — Seria incrível, mas temos duas crianças na cozinha e uma no quarto no começo do corredor. – Suspiro profundamente.

            No fim das contas ele apenas tira a camisa e me ajuda a terminar de pintar minhas paredes. Seus cabelos quase brancos ganham diferentes cores do arco íris que resolvi pintar saindo da janela. Estamos rindo e nos sujando. E nesse momento a vida é boa. E ter vinte e poucos anos é a melhor sensação do mundo.

            Uma pena que o que é bom dura pouco.

            — Que bom que não estou atrapalhando. – Hugo se joga em minha cama. Eu poderia dizer que muito pelo contrario, mas apenas olho para Scorpius e imploro que dê bons conselhos ao meu irmão.

            Afinal eles são homens, acho que podem se entender e me poupar do drama todo.

            — O que aconteceu? – Scorpius entende o recado e faz a pergunta certa.

            — Eu não faço à mínima ideia. – Hugo responde. – Mas estou gostando.

            — Como assim? – Acabo entrando na conversa porque algumas vezes não sei me controlar e fingir ser invisível.

            — Não sei por que de repente estou me sentindo feliz em não ficar esperando uma pessoa para viver. Eu estou vivendo. – Hugo me encara. – Gosto de tocar na banda do Lysander mesmo ele sendo maluco. Gosto de sair quase todas as noites.

            — E de conhecer várias garotas. – Digo. E sinceramente não o estou julgando.

            — Gosto de conhecer garotas diferentes que gostam do meu jeito. Elas não pedem para que eu mude o cabelo, não pedem para que eu use roupas diferentes, não se importam com meu boné ou com meus desenhos. Elas só querem conversar. E ser feliz. Querem ser feliz e se arriscam pra isso. Rose, eu nunca me arrisquei. Nós nunca nos arriscamos. – Ele me encara de um jeito sincero, de uma maneira que nunca encarou antes. – Mas é tão bom se arriscar.

            Olho para minha parede colorida, para meu namorado sem camisa, para minha folha em branco em cima da escrivaninha. Olho meu irmão de boné, e meu espelho que reflete uma Rose com cabelo desarrumado, com camiseta larga e pés no chão. E eu concordo. Se arriscar é tão bom. E tão assustador.

            Sento-me ao lado dele na cama. Um ruivo cobrindo os cabelos, uma morena desarrumada e um loiro alto e magro. Nós estamos arriscando. Cada um de uma maneira. Todos com medo, porém mudando de brinquedo. Indo da roda gigante para a montanha russa.

            — Então continue. – É tudo que posso dizer. Dou um beijo em seu rosto.

            O resto do dia passa rápido demais. E ficamos juntos. Meu quarto finalmente é terminado e posso me reconhecer nele. Não me importo com o guarda roupa quase vazio.

Sento-me em frente a página em branco.

Sei sobre o que escrever.


Notas Finais


Quem ai tem algum medo? Quem se arrisca? Eu estou tentando sair da roda gigante, mas é difícil. Continuarei tentando. Tentem também.
Próximo capítulo talvez tenha o texto de Rose...
Beijos.


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