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História Esquizofrenia - Camren - Frágil


Escrita por: harmoniz3r1Luna

Notas do Autor


Essa foto é minha, usei pra ilustração de como são os machucados da Camila, cortes ainda não.. mas ela se machuca machuca outra forma.

Capítulo 2 - Frágil


Fanfic / Fanfiction Esquizofrenia - Camren - Frágil

esquizofrenia:

  substantivo feminino psiq termo geral que designa um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, esp. auditivas, labilidade afetiva etc.

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Pov Camila C.

Viver se tornou um grande fardo pra mim, acordo me sentindo vazia e quando vou dormir é a mesma sensação, sabe os sonhos? Eu não tenho mais nenhum, tudo se foi, e as vozes... elas dizem que sou uma fracassada, uh.. eu acredito nelas, de fato eu sou um grande erro que vaga no meio das outras pessoas consideradas normais. Pessoas, eu as odeio! a grande maioria, eu luto contra os meus fantasmas todos os dias, mas como se isso fosse pouco sempre tem os que não me deixam em paz no Colégio, eu odeio o meu Colégio, é sempre um tormento, se ainda estou insistindo em ir e aturando meus zombadores é por gratidão aos meus pais, sou bolsista e prometi que estudaria para tentar ter um bom futuro, eles são os únicos que se orgulham de mim.

— olha quem está aqui, a estranha 

— está escrevendo em seu diário maluquinha? 

Tapei os meus ouvidos, era sempre a mesma coisa, os risos, gritos, as piadinhas, um deles tocou meu ombro e eu fechei os olhos abraçando meu próprio corpo.

— além de louca é muda?

Austin é o pior deles, ele me persegue, sempre que vou reclamar na direção ninguém toma nenhuma medida, isso apenas porque ele é filho de um homem rico, não é uma garota miserável que sofre de esquizofrenia como eu.

— eu não sou louca, não sou.. eu não sou louca. .

Eles continuaram rindo, todos me encarando. Então eu gritei, chorei.

— o que está acontecendo aqui?

Era a voz da senhorita Dilaurentis, professora de literatura.

— só queríamos falar oi pra ela

— saíam já daqui agora!

Eu não olhei mas o barulho diminuiu, meu corpo tremia, meu coração estava acelerado. Ela se abaixou para me tocar mas se afastei, não gosto quando tocam em mim.

— você está bem? Quer um pouco de água?

Neguei com a cabeça.

— já deveria estar na aula Camila

— desculpa... eu só... eles não me deixam em paz 

— vou falar com o diretor

— chama a Dinah ou a Ally pra mim por favor

Eram as minhas melhores amigas, as únicas que nunca zombaram, e sempre cuidaram quando eu tinha alguma crise.

— elas já devem estar na aula, deveria fazer o mesmo

— quero ir embora

— mas senhorita Cabello

— EU DISSE QUE QUERO IR EMBORA!

Gritei, não pude evitar. Me levantei e saí correndo até a porta de saída, olhei pra trás e vi a senhorita Dilaurentis negar com a cabeça, decepcionada comigo eu sei, sou uma decepção pra mim mesma todos os dias. Quando virei de frente senti meu corpo bater com outro, a pessoa segurava algo e eu derramei, não ousei levantar o meu olhar, apenas sai do chão e corri, tudo que vi foi um par de coturnos.

— merda! Mas que droga

— você está bem Lauren?

— sim professora, não sabia que podia correr daquele jeito pelos corredores, falta de educação nem desculpas pediu

— a garota é problemática peço desculpas por ela

— agora estou toda suja de suco de morango 

— vá ao banheiro se limpar e depois vá pra aula, sinto muito pela senhorita Cabello

Então ela assim fez, mesmo irritada,  quem diabos era Cabello? Nunca tinha ouvido falar, mas iria descobrir, a mancha em sua roupa não ficaria barato. 

Camila havia pego um táxi e quando chegou em casa sua mãe estava de saída para o trabalho.

— kaki o que aconteceu?

— mesmo de sempre 

— sinto muito pelas pessoas serem tão cruéis com você.. mas precisa ser forte, é seu último ano, não pode vir pra casa sempre que algum babaca tentar te atingir com palavras 

— tinha muitas gargalhadas, minha cabeça... ela começou a girar, doer, as vozes mãe, as vozes!

— shiii, fique calma.. eu tenho que ir trabalhar agora, seu pai acabou de sair, promete que vai ficar bem? Se alimentar

Esse tipo de promessa era as quais ela tentava não fazer juramentos, mas por sua mãe ela tentaria.

— ok eu prometo 

— muito bem! Eu amo você 

— também amo você mommy

Recebeu o abraço materno e logo entrou pra casa, foi para o quarto e jogou a mochila na cama. Tirou a blusa com mangas cumpridas, usava para evitar falatorio, havia marcas em seus braços, marcas bem visíveis e não queria chamar atenção, só queria ficar em paz, mas na sua mente, paz era uma palavra quase que desconhecida



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