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História Esquizofrenia - Camren - Discomfort and pain


Escrita por: harmoniz3r1Luna

Capítulo 46 - Discomfort and pain


Fanfic / Fanfiction Esquizofrenia - Camren - Discomfort and pain

Camila sentia o seu coração palpitar, o sangue nas mãos de Lauren, no chão do banheiro, toda a agitação. a ambulância já havia levado Keana, ninguém sabia qual era o estado dela, os alunos foram liberados pra ir pra casa, restou o diretor na porta e Lauren ainda imóvel olhando para as próprias mãos, a latina tremia, precisava se acalmar e cuidar de sua namorada, não era hora de ter uma crise.

-vem amor, se levanta, precisamos sair do banheiro

-se ela morrer Camz..

-não pense nisso, e a culpa não foi sua

com a ajuda de Camila ela se levantou, estava tão em choque ainda que não notou o quanto as mãos da mais nova estavam frias

-seus pais já estão aqui, por favor, saiam do banheiro

-m-meus pais? -perguntou e o diretor assentiu com a cabeça

-precisei chamá-los, você tem que ir na delegacia agora, precisamos saber o que aconteceu

-ela se golpeou!

-mas ela gritava pedindo para você parar

-ela fez uma cena, para me atingir, me ferrar!

o diretor não falou mais nada, apenas acompanhou as duas até sua sala onde Clara e Michael estava, Camila ficou no lado de fora e aproveitou isso para ir até o bebedouro e tomar um pouco de água, ela estava um pouco ofegante, sentia falta de ar

-você está bem?

saltou quando sentiu a mão no seu ombro, era Ally

-misericórdia! quer me matar?

-desculpa Mila, eu resolvi não ir com o restante dos alunos, estava na biblioteca quando tudo aconteceu e acho que não me viram pra me mandar ir pra casa, fiquei então a espreita, vi quando caminhou pra cá, não parece bem

-e eu não estou, é aquela sensação ruim de desmaio, falta.. de ar

-tomou seu remédio?

-eu parei a um tempo

-tem que deixar de ser teimosa e se cuidar Camila, e seu braço, ainda dói muito?

-não, eu estou quase pra tirar esse treco daqui

-apenas quando for ao médico e autorizarem, vem! vamos se sentar um pouco, tenta se acalmar

-foi muita agitação pra mim, eu.. fiquei nervosa, quando vi aquele sangue eu lembrei das vezes que já machuquei a mim mesma, do incêndio, eu fiquei em pânico, a única coisa que me impediu de surtar foi Lauren, ela estava precisando de mim, ainda está

-cadê ela?

-na sala do diretor, com os pais

***

dentro da sala Lauren explicou o que acontecia, seus pais estavam com uma cara de poucos amigos, nunca eram chamado no colégio e quando foram chamados o diretor praticamente acusava a garota de ter tentado matar outra aluna.

-foi isso, ela estava fora de si, disse que se eu não ficasse com ela não ficaria com ninguém

-isso mais parece cena de novela, não é querendo te menosprezar, mas tantas garotas no mundo, porque ficar sofrendo justo por aquela que não quer?

-não sei, eu só sei que deixei claro que não queria mais nada com ela, foi Keana que fez um plano pra me separar de Camila o que a machucou, ela sofreu um acidente e felizmente está bem, mas e se não tivesse? a loucura daquela garota chegou a um nível perigoso. eu tinha ido ao banheiro, achei que ela nem tinha vindo a aula já que não apareceu, ela entrou de surpresa e trancou a porta

-nós vamos para a delegacia e qualquer acusação contra a nossa filha de forma injusta, você diretor, vai ter que arcar com as consequências

-desculpe se me entendeu errado senhora Jauregui, eu só queria saber se aconteceu mesmo do jeito que ela falou

-Lauren não é uma mentirosa, eu sou advogada e eu cuidarei disso, agora nos dê licença, vamos a delegacia resolver logo, primeiramente essa garota nem estava em condição psicológica quando resolveu fazer essa vingança, ela não pode de forma alguma incriminar a minha filha, se ela se fato se bateu isso irá ser provado com exame de corpo de delito e pela posição do corte também pode ser avaliado se foi feito por ela mesma ou pela minha filha, coisa que está fora de questão, eu não criei uma assassina, disso eu tenho certeza

Clara se levantou puxando Lauren para fora da sala, Michael estava mais calmo e viu a expressão de medo no rosto do diretor, as vezes a sua mulher era um pouco severa nas palavras e isso transmitia medo nas pessoas.

-com licença, não se preocupe com o que Clara disse, apenas vamos provar a inocência da nossa menina, não terá problemas

-obrigada senhor Jauregui

saiu da sala e se juntou a Clara. Lauren foi lavar as mãos, tudo que mais queria era tirar aquelas roupas sujas de sangue, ela avistou Camila com Ally e caminhou até ela, seus pais viram e analisaram a moça já supondo que ali era a namorada de Lauren

-Camz!

-está mais calma?

-sim, eu vou pra delegacia

-quer que eu vá com você?

-não, por favor, vá pra casa com a Ally, descanse, você ainda precisa se recuperar, não quero que faça esforços, não quero que fique nervosa

-mas eu estou bem, por você eu posso ficar bem

-ela não está bem

-Ally!

-a verdade tem que ser dita, quando a encontrei ela estava com as mãos tremendo e com falta de ar

-viu só o que eu te causei?! eu só sirvo pra isso

-não fale assim, porque não é verdade

envolveu seus braços nela, abraçou sua namorada e viu o homem e a mulher muito bem vestidos atrás dela encarando-a como se fosse uma estranha, o olhar de análise dos dois dava medo.

-você deve ser o pivô disso tudo, o motivo dessa atrocidade toda e dos problemas

-Clara! -Michael a repreendeu

-o que foi? eu só quero saber com quem a nossa filha está se relacionando, por isso não apresentou ela Lauren? o que ela tem?

-mãe por favor! agora não

-meu amor, me desculpa ok? -sussurrou para Camila

-depois que sairmos da delegacia vamos ter uma conversa séria Lauren, você mal me falou sobre essa menina e muito menos sobre ela tem um problema, pelo que ouvi ai, é depressão?

se aproximou dela e segurou em seu braço vendo algumas cicatrizes de cortes em seus pulsos

-só podia ser! isso foi pra chamar atenção?

-a senhora não me conhece!

-não conheço mesmo, Lauren não falou quase nada sobre você, sinal que não será algo duradouro, o que você tem?

-mãe cala a boca por favor

-eu sou esquizofrênica! satisfeita?!

se soltou dela e olhou pra Lauren com tristeza no olhar

-amor..

-depois a gente se fala

a voz um pouco falha, ela queria chorar, Lauren sabia disso e se sentiu mal, porque o motivo foi Clara.

-viu só o que você fez?!

-eu? apenas falei a verdade, nunca comentou com a gente sobre essa garota, apenas por alto, nunca dando detalhes

-PORQUE VOCÊS PASSAM MAIS TEMPO FOCADOS NA PORRA DO TRABALHO DE VOCÊS DO QUE NA PRÓPRIA FILHA! inferno!

os dois a olharam com os olhos arregalados, Lauren nunca tinha gritado assim com ela

-está aprendendo com essa suburbana a gritar com seus pais também?!

-você não tem o direito de falar assim da minha namorada! ela é muito melhor que você, com todo o seu dinheiro, luxúria, não consegue ter o caráter que ela tem, sempre focada em seus casos, seu trabalho! não quero ser um dos seus casos, deixe-me em paz! eu posso me defender sozinha na delegacia, falo a verdade e só, com certeza lá terá outros advogados

Clara ia rebatar mas Michael a impediu.

-já chega! conversaremos em casa, agora precisamos encerrar essa assunto, venha Lauren

pousou a mão no ombro da filha e caminhou com ela até o carro, Clara acompanhou os dois com o sangue fervendo. havia policiais no hospital, Keana havia adentrado na emergência e foi atendida logo, essa foi a sua sorte, estava com uma hemorragia que foi controlada, o corte por não ter sido profundo e não havia atingido nada além de pele, ela foi extremamente sortuda. depois que o corte foi devidamente fechado pelos pontos e ela foi colocada na cama desacordada os policiais entraram com o perito criminal que veriam as digitais no corpo da garota, analisariam o corte, já que a arma do crime já estava também em análise. Lauren depois de ter passado na delegacia pra explicar tudo e deixar o restante nas mãos dos policiais, perito e advogada, que no caso teve que ser Clara mesmo, ela foi pra casa com seu pai. já ia correndo para o quarto quando ouviu a voz grave do homem.

-precisamos conversar Lauren

-o que é? vai chamar a minha namorada de suburbana também?

-claro que não

-então o que quer? dar um de pai preocupado agora?

-e eu me preocupo com você, Clara também, somos seus pais

-se vocês se preocupassem saberiam que quando Keana vinha aqui pra casa não era pra fazer trabalhos escolares, a gente bebia até cair, a gente fumava, a gente se divertia naquele quarto, acho que podíamos tocar fogo nele que vocês não sentiriam o cheiro da fumaça

-o que?

-pois é pai! acho que depositaram muito do seu tempo no trabalho e esqueceram que eu existo, sabia que a pouco tempo abandonei o vício do álcool? graças a Camila! ela vem sendo tudo de bom que encontrei em meio ao caos que é a minha vida, e não venha me dizer que eu tenho tudo, porque dinheiro é nada em comparação ao que eu precisava que era o apoio e carinho dos meus pais! mas tudo bem, se quiser ver as garrafas secas que eu escondi, estão todas na garagem, mesmo tirando o carro todos os dias nunca reparou né? em baixo do pano preto, agora por favor me deixa em paz! eu quero ir pro meu quarto, tomar um banho, tirar essas roupas sujas e depois falar com a minha namorada e deve estar magoada nesse momento depois do que a Clara falou!

deixou Michael sem palavras e foi em direção ao seu lado. o homem enxugou o suor que se formo em suas têmporas ainda digerindo tudo aquilo, não imaginava que tinha mesmo deixado de prestar atenção em sua filha para focar mais no trabalho. foi até a garagem e puxou o pano preto que ela havia mencionado e lá estava várias garrafas varias, levou as mãos até a cabeça praguejando a si mesmo. voltou para o interior da casa e foi para o seu escritória, viu sua coleção de bebidas, começou a contar e só então notou a falta de algumas. ela estava certa, eles mereciam o seu desprezo naquele momento, haviam esquecido de prestar atenção no mais importante, a filha, e colocaram o trabalho como prioridade, naquele momento ele se deixou chorar se remorso, de raiva de si mesmo.


Notas Finais


alguém bate na cara da Clara ai por favor


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