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História Esse é só o nosso começo - 5


Escrita por: DMGregorio

Notas do Autor


Muito obrigado a todos que comentaram e favoritaram a história, me deixa mais motivado pra continuar escrevendo.
Esse capítulo é bem curtinho, mas espero que gostem.
Até mais.

Capítulo 5 - 5


Tem como essa situação ser mais humilhante?

Primeiro eu praticamente babo em cima do cara na escola e agora ele me pega chorando sozinho na chuva. Parece uma cena de filme dramático.

Eu penso no que fazer com o lenço. Não quero parecer uma mocinha indefesa e aceitar, mas acho que seria rude não aceitar.

-Pegue. - ele diz. Na verdade soou mais como uma ordem. Não sei se a voz dele faz isso ou se ele só está dizendo algo tipo. “Eu já te vi nessa situação cara, pega logo isso e para de passar vergonha.”

Eu aceito o lenço e limpo as lágrimas. Pergunto-me porque ele carrega um lenço na mochila. Estamos no século 19?

Não sei se eu deveria entregar o lenço a ele ou não. Vi num mangá a garota levar o lenço pra casa e lavar e só no outro dia devolver. Acho que ela usou isso como pretexto para ver o rapaz novamente e eu definitivamente não quero encontrar com o Cole de novo, então eu agradeço e entrego novamente o lenço a ele.

A chuva está ficando mais forte e eu rezo para que não se transforme numa tempestade.

A situação é constrangedora entre Cole e eu. Na verdade a minha vida é só uma sucessão de constrangimento.

Procuro algo interessante pra dizer, mas o que sai da minha boca é:

-Você gosta de deitar na grama? -

Meu Deus.

Me mata.

Por que eu não posso ser um cara normal que faz perguntas normais e consegue ter um diálogo civilizado?

Ele deve achar que estou o chamando de cachorro.

Ele tira os olhos da rua e me encara.

-Gosto do gramado dos fundos. É calmo. - ele diz, por um segundo acho que ele não vai dizer mais nada, mas ele completa. -Felicity e Kat não vão lá com medo de pegar carrapatos, apesar de não ter nenhum por lá. -

Eu balanço a cabeça. Faz sentido.

Não sei se estamos conversando ou não, mas quero que ele continue falando. A voz dele provoca cócegas em minha garganta, se é que isso é humanamente possível.

-O verão é bem parecido com isso. - ele diz. -Muito diferente de Nova York. -

Eu já imaginava isso. Sempre me disseram que Londres é fria e chuvosa.

-Eu sempre gostei da chuva. -

-Eu também. -

Meu celular toca no bolso e eu vejo o número de Marcus.

Atendo.

-Sean, onde você está? - ele pergunta. Nós estamos mais íntimos agora. Nossa conversa graças a Deus parece mais informal.

-Estou numa loja, não sei bem onde fica. Mas é perto da escola. - digo.

- Rua 72 com a Launch. - diz Cole.

Eu agradeço com um maneio de cabeça e digo o lugar para Marcus. Ele diz que vai me buscar e depois desliga.

-Obrigado. - eu agradeço, fico pensando se Marcus levaria Cole em casa. Não quero deixar ele aqui sozinho.  Então eu me lembro que ele me pegou aqui chorando e ainda assim não me fez nenhuma pergunta sobre o porque disso. Na verdade ele me distraiu completamente, eu até esqueci que estava chorando.

A chuva começa a parar lentamente e eu agradeço por isso. Quando só uma pequena garoa cai do céu, Cole se vira para mim.

-Bem, vou indo. Seu motorista deve estar chegando. Até mais Sean Baker - ele nem me dá tempo de responder ou qualquer coisa. Simplesmente sai andando e não olha para trás me deixando sem ação ali debaixo da cobertura.

Pouco tempo depois Marcus chega e eu continuo olhando para o caminho por onde Cole foi embora.

-Sean, você está ensopado. Entra aí. -

Eu olho para ele.

Cole Davis.

Marcus Davis.

Agora sim.

Eu entro no carro.

-Acabei de conhecer o seu irmão. - eu digo a ele tentando fingir que não era nada demais, mas com certeza foi muita coisa, apesar de eu não fazer ideia do quê.

-Cole? - ele pergunta.

-Isso. - é a única coisa que consigo dizer.

Marcus me olha pelo espelho e sorri levemente.

-Ele foi legal com você? -

Eu penso sobre isso. Bem, sim. Ele foi legal em me ajudar, em não perguntar o porquê de eu estar daquele jeito.

-Foi sim. - digo.

-É muito bom. Espero que vocês se deem bem. Ele. …- Marcus faz uma pausa. Eu olho pra ele com nítida curiosidade. -Ele tem passado por umas coisas e precisa conversar com alguém. -

Começou a chover novamente. Eu me pergunto se ele já chegou em casa. Se está debaixo de uma cobertura qualquer.

Me pergunto o que aconteceu com ele. Será que é por isso as olheira? Ele tem perdido o sono por conta de algo? Eu poderia perguntar a Marcus, mas não acho que seria certo.

Resolvi ficar em silêncio, Marcus me lança olhares de vez em quando, mas eu estou preso dentro da minha mente. Pela primeira vez em algum tempo só uma coisa ronda a minha mente. Essa cosia. Essa pessoa. É Cole Davis.

 


Notas Finais


Comentem o que estão achando eu gostaria bastante.
Até o próximo cap.
\o


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