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História Estou grávido do líder da alcatéia - Ele será um ômega


Escrita por: BelladonaBlack e TiaMegui

Notas do Autor


Eu realmente achei que a fanfic iria ficar paradinha com a reescrita, mas fico muito feliz em saber que não.
Muito bom saber que vocês leitoras — novas e as antigas —, estão nos dando apoio total. ❤️🤪

Notei que algumas de vocês estão preocupadas com alterações drásticas no enredo, porém fiquem tranquilas! Vamos permanecer da mesma forma que antes, e embora eu tenha reescrito foi apenas para mudar algumas ações que estavam bem incoerentes, apenas isso. Eu não sou beta e nem tenho a quem pedir pra fazer essas correções, então os erros ortográficos é quase certeza que vão aparecer ainda.


Obs¹: Diferente da primeira vez, vou tentar de responder à todos os comentários.

Sem mais delongas,
Boa leitura.

Capítulo 2 - Ele será um ômega


Capítulo II —

Ele será um ômega 

 

Byun Baekhyun 



 

Sempre ouvi do meu pai que eu era um ômega muito diferente dos demais. Que eu nunca seria um submisso e talvez por isso seria difícil achar um alfa que aceitasse ser meu parceiro, mas na verdade eu não queria um parceiro e nunca quis, mas ele nunca entenderia isso, embora respeitasse minha decisão.

Eu apenas sonhava em viver sozinho e ter um lindo filhote para me fazer companhia, porque gerar uma criança era um sonho e seria um amor sincero, puro e genuíno sem segundas intenções, porque eu acreditava fielmente no amor fraternal e apenas nele. E era por isso que eu não iria ceder ao líder.

Eu ainda me encontrava no luxuoso escritório do Park e a cada segundo ali, meu ódio por aquela espécie — que se auto denominava superior— crescia em meu peito.

— Não, senhor Park. Essa criança é minha e somente minha. Você não é pai dela, nem nunca será. 

Precisei reunir toda a coragem que tinha dentro de mim para falar aquilo, mas em parte era apenas meu instinto falando, todo ômega ficava arisco quando sentia que sua cria estaria em perigo e um alfa lúpus era um enorme perigo para mim. 

— Eu não queria que meu genes fosse desperdiçado em um ômega como você, que nem futuro tem.  

Grosseiro, porque todo alfa precisava ser tão insuportável assim? Uma sociedade poderia muito bem viver sem eles, inclusive metade dos problemas seriam solucionados se eles não existissem.

Ouvia ele falando e aquela voz de alfa arrepiou até o último pêlo do meu corpo, ele estava impondo sua presença alfa e tudo que meu lobo queria era se esconder e proteger meu filhote e essa submissão forçada me causava repúdio. Ele havia ferido meu orgulho ao falar daquele jeito, mas como de hábito ele não se importou de ser rude com um ômega que está grávido e sensível a qualquer palavra dita mais firme. Me forcei a desviar o olhar e me controlar para não chorar ali mesmo e dar essa vitória para ele.

— Mas como meu filho está no seu ventre eu exijo que me deixe cuidar dele, ou não medirei esforços para tirá-lo de você.

Concluiu saindo detrás da mesa e caminhando até onde eu estava, mas como mecanismo de defesa eu dei alguns passos para trás e o encarei amedrontado, sentindo o desespero tomar cada pedacinho do meu corpo, ele não podia tirar meu filho de mim. Que direito ele tinha de me ameaçar dessa forma? 

—Filho da puta! — retruquei baixo mesmo ciente de que ele poderia ouvir e usar isso contra mim como insubordinação. Mas, céus eu estava perdendo a guerra. — Por que está fazendo isso? Você pode ter filhotes com outro alguém, qualquer ômega dessa alcateia iria adorar viver nesse conto de fadas e lhe dar um filhote... —Mordi o lábio inferior tentando não chorar, mas sabia que era em vão porque já sentia minhas bochechas molhadas pelas silenciosas lágrimas. A presença lupina e dominadora dele me sufocando aos poucos, era demais para mim. — Esse filhotinho é tudo que eu tenho, é tudo que eu mais quero na vida. Por favor, não tire-o de mim.

Os olhos de Chanyeol pareceram ficar ainda maiores, após eu explicar-lhe que não tinha mais nada além daquele bebê que eu carregava no ventre. Ele respirou fundo e passou uma das mãos por seus fios os bagunçando antes de se afastar e diminuir sua presença lupina para então voltar a falar comigo.

—Olha Baekhyun, eu também não posso ter outros filhotes... Assim como você quer esse filho eu também quero, ele é o único que vou ter. Eu sempre sonhei em ser pai, por favor, não retire esse sonho de mim. 

E pela primeira vez desde que entrei naquela sala eu me senti penalizado com um alfa, eu sabia como era querer tanto algo e estar disposto a tudo por isso. Porque eu também queria muito ter um filho e gastei todas as minhas economias para fazer o tratamento. Uni levemente as sobrancelhas e criei coragem para levantar os olhos e encará-lo de volta.

— Eu não quero me casar com você, eu não quero ter contato nenhum com um alfa, muito menos um alfa lúpus como você.

— Você não precisa se casar comigo. — ele respondeu por fim, parecia não acreditar no que eu havia dito de não querer ter nada com ele, mas mesmo assim manteve a postura firme. — Apenas me deixe cuidar de você e do filhote, durante a gestação fique na minha casa, por favor, eu estou te implorando

Em alguma passos ele parou em minha frente e se ajoelhou, buscando segurar minha mão e eu me senti tremer por inteiro. Nunca em toda a minha vida eu havia visto um alfa implorar algo a um ômega, e mesmo que ele tenha usado palavras grosseiras comigo eu me peguei concordando com aquela insanidade, durante a gestação eu viveria com ele. 

—Tudo bem.

Sussurrei derrotado não demorando para ver um enorme sorriso abrir-se no rosto do maior, e se eu soubesse que depois daquelas duas palavras ele fosse voltar a ser autoritário novamente eu jamais teria aceitado aquela proposta ridícula.


 

~xXx~


 

Os guardas de Chanyeol me ajudavam a carregar as malas para o carro, eu tinha aceito apenas passar a gestação com ele, seria apenas mais seis meses já que meu pequeno estava para completar seus três primeiros meses. Enquanto fazíamos o caminho para ir até a residência de Chanyeol aproveitei e liguei para meus pais contando lhes o que havia acontecido e como esperado eles acharam muito bom eu morar com um alfa, mesmo sabendo do meu repúdio aos mesmos.

Quando o carro parou em frente a entrada principal e um dos funcionários abriu a porta para que eu descesse do carro senti-me enjoado e tudo que eu queria era voltar para casa, mas obviamente isso não aconteceria. Fui orientado a entrar na casa que logo levariam minhas malas ao quarto, meio atordoado com todas aquelas informações fiz o que me pediram e mal havia posto os pés para dentro quando um homem poucos anos mais velho que eu me abordou, deixando me um pouco assustado.

— Então, você é meu novo sobrinho. É tão lindo. Chanyeol não disse que o ômega dele era a beleza em pessoa.

— Sobrinho? Ômega do senhor Park? — respirei fundo mantendo a calma. — Eu não sou ômega de ninguém, muito menos de um alfa lúpus.

Ditei firme, olhando  o homem seriamente, este que agora estava a poucos passos de mim e mantinha um sorriso nos lábios, parecendo ignorar tudo que eu havia acabado de falar.

—Eu sou Key, tio de Chanyeol. Bem vindo a família, venha vou te acompanhar até seu quarto. 

O mais velho voltou a se aproximar me fazendo enlaçar o braço ao dele, e se ele não fosse um beta o teria afastado logo de primeira. Não demorou para que ele me levasse até onde seria meu quarto. Não pude deixar de observar a grandeza e beleza daquela casa, tão diferente do meu humilde apartamento e foi ali que senti uma pontada de saudade do conforto da minha casa, por mais que aquele lugar fosse grande e bonito parecia vazio e sem vida, jamais deixaria meu filho crescer cercado de sentimentos vazios, pensei enquanto Key hyung se dispunha a abrir uma das portas para que eu pudesse entrar. 

— Esse é seu quarto, já foi mandado uma das empregadas vir até aqui para arrumar suas roupas no closet, então não se esforce. — inevitável não revirar os olhos com toda aquela precaução desnecessária, eu era saudável e arrumar umas roupas não iria prejudicar meu filhote. — O quarto do Chanyeol e esse aqui... não precisa ir muito longe para vê-lo.

Deu uma piscadela para mim e senti minhas bochechas queimarem de vergonha, ele estava falando como se Park e eu tivéssemos algo a mais. Não era só porque teríamos um filho juntos que tínhamos algo, na verdade fora um pequeno erro da clínica, eles deveriam se responsabilizar não eu. Na verdade, eles deveriam manter as identidades dos seus pacientes secretas não é mesmo?

—Obrigado por me trazer até aqui.

Fiz uma breve reverência a ele, um pouco perdido do que deveria fazer em seguida e por sorte ele notou isso, já que voltou a sorrir acolhedor.

— Tome um banho e desça para jantar, Chanyeol estará te esperando.

Confirmei com um acenar de cabeça e não demorou para que ele saísse fechando a porta, me sentei na cama um pouco cansado e passei a acariciar minha barriga, a alguns dias atrás eu pretendia ser um pai solteiro e ter uma vida estável sozinho, mas agora com essa confusão ao qual Chanyeol me colocou acabou com todos os meus planos de vida perfeita. Soltei um longo suspiro derrotado olhando ao redor, o quarto tinha as paredes em um leve tom de bege, os móveis em um tom delicado de lilás, a cama posicionada no centro do cômodo parecia confortável, embora fosse muito grande para mim, havia uma janela com uma pequena sacada e duas portas uma sendo a do closet e a outra deduzi ser do banheiro, sem pressa alguma me levantei indo até uma de minhas malas e escolhi uma roupa, seguindo até o banheiro, ignorei a enorme banheira e apenas utilizei do chuveiro, deixando a água morna levar embora todas as tensões daquele dia exaustivo demais. 

Saio do banheiro já devidamente vestido e fui para fora do quarto, não queria fazer com que Chanyeol esperasse ainda mais por mim, embora eu desejasse que ele já tivesse jantado e eu pudesse ter um momento sozinho e assim iria conseguir repor as ideias no lugar, me reorganizar e planejar tudo novamente. Ainda dava tempo de fugir?

 

Enquanto caminhava até a sala de jantar alisava minha barriga, desistindo de uma vez por todas da idéia de fugir, não iria arriscar a vida do meu filhote e sem que eu percebesse eu já estava sorrindo, porque quando pensava no meu filhote nenhum problema exterior parecia ter importância, eu só desejava que ele nascesse logo para eu poder pegá-lo no colo e dar-lhe todo o amor que ele merecia.

—Meu desejo de pegar você no colo só cresce a cada dia, neném...

Suspiro sorrindo abobalhado e não percebi que havia um par de olhos me observando atentamente, apenas notei que já estava na sala de jantar quando o timbre rouco de Chanyeol se fez ouvir.

—Eu também quero pegá-lo no colo, estou tão ansioso para isso. — ele parecia genuinamente sincero.

Olhei meio sem graça para ele que caminhava na minha direção e parou a poucos passos de mim, não demorando para colocar aquela mão enorme em cima da minha barriga e acariciar ali, me fazendo contrair os músculos em tensão com aquela proximidade toda, não queria ser tocado por ele e nem por nenhum outro alfa.  Chanyeol pareceu notar isso pois logo tratou de tirar a mão dali e me lançar um olhar envergonhado.

—Desculpe, mas é meu filhote também.

Explicou com um sorriso de covinhas envergonhado, e daquela forma eu até podia  admitir que ele era muito fofo e infantil. 

Escolhi o lugar mais afastado possível da cadeira dele para me sentar, e após acomodado passei a me servir em silêncio e por alguns longos minutos a sala permanece assim, em um silêncio que para mim era agradável, mas pelo visto para o alfa não era tanto assim, já que ele pareceu incomodado e não se conteve para iniciar uma conversa. 

— Baekhyun — chamou-me e apenas levantei o olhar para que ele entendesse que estava ouvindo.— quando poderemos saber o sexo do bebê.

—Eu não sei ao certo, mas tenho uma consulta marcada para mês que vêm.  

— Eu posso ir junto?

Olho para ele com o cenho franzindo em sinal claro de que não havia entendido direito, mas sabia que se eu negasse àquilo a ele era bem provável que o mesmo começasse um longo discurso de que o filho também era dele. E bem, eu já tinha perdido a guerra e não queria começar outra.

—Pode. — dei de ombros começando a comer. — Se não tiver nada marcado no dia e não for te tirar dos seus afazeres.

Por fim, acabo dando  um pequeno sorriso querendo demonstrar -lhe trégua, pelo menos por enquanto.

—O que acha que nosso filhote vai ser?

Ele pergunta com uma empolgação, parece uma criança quando ganha um doce e isso me faz rir contido, porque era um contraste muito grande entre o Park alfa líder e esse Park querendo ser o paizão do ano.

—Vai ser um lindo menino ômega.

Ele fica sério, e até mesmo se põe a farejar o ar, mesmo ciente que ainda era muito cedo para que o cheiro deles ficassem presente.

— Não, ele será um Alfa lúpus. 

Eu levanto a sobrancelha para fitar-lhe com desdém. 

—Nem pensar, ele será um ômega igual a mim. 

—Bom isso é o que você acha, já sabe qual nome podemos dar a ele? 

Revirei os olhos para aquela resposta dele, será que era difícil ele entender que ômegas simplesmente sabem qual o sexo do bebê? Talvez porque nós tenhamos uma ligação que eles jamais saberão como é. Por fim acabei dando de ombros e fiz um sinal negativo com a cabeça, eu ainda não sabia um nome para dar ao meu pequeno. 

—Eu gosto de Sehun. O que acha? 

—Gostei do nome, então se for menino se chamará Sehun. 

Pela primeira vez no dia sorri sincero para o alfa, meu pequeno bebê se chamaria Sehun, um lindo nome para uma criança maravilhosa. 

—Esse nome combina com a classificação que ele terá, a de um alfa lúpus.

—Se você diz…

Falei dando de ombros e voltando minha atenção para a comida em meu prato,  "se meu Sehunnie nascer ômega eu vou fazer questão de rir na cara desse lúpus" pensei rindo sozinho.


Notas Finais


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