História Estou grávido do líder da alcatéia - Ele nunca me amou

Capítulo IV –

Ele nunca me amou

Park Chanyeol

Acordei assustado no meio da noite ouvindo o choro dolorido no quarto em frente ao meu, levantei em um pulo e corri para o quarto de Baekhyun, não me importando com a privacidade do pequeno ômega, apenas estava preocupado demais que alguma coisa de ruim pudesse ter acontecido à ele ou ao nosso filhote. Encontrei o menor encolhido na cama chorando enquanto repetia diversas vezes a frase "não, meu filhote não!".

—Baekhyun?

Tentei chamar pelo menor, sentindo o pânico tomar conta de mim, nada poderia acontecer ao meu filho. Não seria justo isso, preocupado me aproximei da cama e olhei pro ômega que parecia preso em um sono terrível e me permiti suspirar aliviado ao ver que estava tudo bem, que não passava de um pesadelo. Abaixei-me tocando seus fios de forma carinhosa, mesmo que em nenhum momento ele tenha me dado intimidade para isso, eu o fiz enquanto o chamava para que acordasse, mas o ômega apenas se moveu um pouco agitado ainda preso em seu pesadelo, me levando a trazê-lo para perto de mim enquanto passava os braços por seu corpo pequeno em um abraço, temia que aquela agitação toda não fizesse bem ao nosso bebê.

—Ei, Baekhyun acorda. Eu estou aqui, por favor tenha calma. 

Aos poucos seus olhinhos foram se abrindo e me encararam um tanto quanto perdidos.

—Foi só um sonho ruim, tenha calma, ok? Eu estou aqui.. 

—F-foi h-horrível! Eu havia perdido o Sehunnie... Eu não quero perder meu filho, Channie...

Arregalei levemente os olhos ao ouvi-lo. Pela primeira vez eu tive certeza que Byun Baekhyun queria tanto a paternidade quanto eu, pois seu desespero apenas com a mais remota possibilidade de perder nosso filho o deixava apavorado. Continuei a acalmá-lo enquanto ele se escondia em meus braços atrás de proteção, parecia pequeno e indefeso acho que era certo afirmar que sem toda aquela marra e desobediência o Byun era um ômega muito dócil e fofo, ri internamente enquanto o apertava mais em meus braços, sentindo seus soluços e seu pranto.

—Calma Baek, você não vai perder o nosso filho, ele ainda está aqui.

Levei nossas mãos até a barriga do menor, fazendo com que ele acariciasse o próprio ventre e logo me pus a fazer o mesmo.

—Consegue sentir? Nosso filho está bem e saudável.

Afirmei sentindo que aos poucos o desespero dele ia se dissipando, longos minutos de silêncio se seguiu até que ouvi a voz baixinha do Byun me pedindo para passar a noite com ele e prontamente aceitei, afinal das contas era tudo que eu queria, uma chance de me aproximar ainda mais dele. Me deitei na cama e fiquei a acariciar a barriga do menor e passei a conversar com o nosso bebê, dizendo coisas como " você será garotão do papai", "muitos ômegas ficarão atrás de você".

Quando Baekhyun estava quase pegando no sono novamente deixou que sua vozinha rouca de sono pronunciar aquela pergunta, aquela que eu não queria que ele fizesse, estava muito cedo para saber da história toda.

—Chan, por que você não pode mais ter filhotes? 

—É uma história complicada Baek..

Eu ficava triste só de lembrar o que aconteceu no passado, ainda consigo sentir a angústia e a tristeza em meu peito, como se revivesse aquilo tudo. Mas com um tempo aprendi a esquecer as mágoas pelo qual fui submetido. Não sabia se devia ou não contar para Baekhyun.

Em pensar que depois de tudo que eu passei, eu já estava pensando que os Deuses não estavam mais comigo até a chegada do Baek que estava carregando no ventre uma criatura pequena que terá meu sangue. Só de pensar já abro o um sorriso. 

Oh meu pequeno Sehun, você nem nasceu e já quero te proteger contra toda a maldade do mundo.

— Eu não gosto de lembrar muito de mágoas passadas. — Voltei a falar após algum tempo. —Mas eu irei te contar o por quê de eu não poder ter mais filhos e de ter dando meus espermatozoides para a clínica.

“ Eu estou caminhando agora com o meu bem mais precioso, a pessoa que quero ficar o resta da minha vida, a pessoa que vou marcar como minha, ter filhotes com ela e viver a vida até o fim. Seu nome  é Z.Tao, mas eu carinhosamente o chamo de Tao, a única pessoa capaz de me faz suspirar de amores.

—Tao, meu amor vamos ali na praça sentar debaixo da nossa árvore? —Falo com um sorriso que chega quase rasgar o rosto.

—Ahn? Vamos, vamos.

Não é de hoje que ando percebendo a mudança de humor e comportamento de Tao comigo, ultimamente ele anda muito estranho, não olha mais para mim como antes e vive grudado nesse celular mandando mensagens para sabe-se lá quem.Nós nos sentamos na grama e olho para ele, quero lhe questionar, saber o que está acontecendo e se fiz algo de errado, e mesmo receoso se deveria ou não fazer crio coragem para o fazer, eu precisava saber o que estava fora de linha em nosso relacionamento.

— Já chega, o que você tem, que fica dando esses sorrisos bobos para a tela do celular e não olha mais pra mim?

 A pergunta saiu em tom brincalhão, mas ao olhar o modo nervoso que ele ficou, acabei ficando sério também. 

— Ah amor, não é nada, eu só estou conversando com uns amigos ômegas.

Eu levanto a sobrancelha franzindo o cenho, tentando ver resquícios de mentira e não vejo nada. E me forcei a acreditar no que ele dizia, Tao não iria mentir para mim.

— Ah tudo bem então.

~xXx~

Em um dia qualquer, Tao e eu estávamos jantando  quando o celular dele tocou, fazendo-o parar de comer para atender, coisa que ele raramente fazia.  Ele tentou falar com a pessoa normalmente, mas percebi ele olhando com o canto do olho para saber se estava ou não prestando atenção, e finjo não estar escutando e nem ter interesse. Ele desliga e olha para mim.

—Ahm.... Chanyeol meu amor, eu vou ter que ir na casa da..... Taeyong é a Taeyong, eu não tenho hora para voltar ok? Sabe como ômegas grávidas são

—Ah tudo bem amor, se precisar é só me mandar uma mensagem ou me ligar que vou até você.

Mandei um sorriso para ele forçado. E ele sai de casa e pouco depois eu também sai, iria segui-lo para saber o que estava rolando.

—É hoje que eu descubro a verdade, tomara que não seja o que estou pensando.

Então eu vejo que ele não foi na casa de Taeyong, passamos por algumas cidades, até que ele para num restaurante. Fico no meu carro olhando, até que vejo ele indo até uma mesa jja ocupada com ninguém menos que o meu inimigo Wu Yifan, também conhecido como Kris. Então tudo desmorona quando vejo eles se beijando, saio do carro com raiva. Queria ir até eles, mas não fui apenas controlei minha raiva voltando pro carro, parando no primeiro bar que encontrei. Não iria começar outra guerra com o clã dos Wu por conta de um ômega que claramente não me amava.

~xXx~

No outro dia minha secretária entra na minha sala. Olho para ela,  uma beta.

— Sr.Park a clínica que o senhor deu seus espermatozóides ligou, para saber quando o Sr Z.Tao vai a clínica. 

Fico com raiva só de lembrar a noite passada, Tao hoje me ligou várias vezes, tentou entrar na empresa só que não dei sua liberação. Então para me vingar dele, antes quando nós estávamos juntos eu daria meu espermatozóides para o Tao fazer Inseminação artificial, ele ia fazer consulta amanhã. Só que aconteceu aquilo.

—Diga para clínica que está cancelada a consulta.

Ela olha para mim com um ponto de interrogação. 

—Mas e os seus espermatozoides? O que eu digo?

Então eu penso, até que veio uma idéia.

—Pode dizer que é para doar para outra pessoa, sei lá. 

Então ela abaixa a cabeça se vira abre a porta e olha para mim.

— Sim senhor, se me der licença.

Então ela saiu, me deixando pensativo. Eu nunca mais vou acreditar no amor. Porque os deuses foram cruéis comigo o que eu fiz para merecer, eu estava tão feliz com a pessoa que eu amava, a pessoa que eu iria construir minha família meu futuro. Nunca mais vou ter um parceiro ou um filhote para amar, cuidar e proteger. ”

—Eu lembro de me sentir um lixo, foi horrível passar por isso...