(Bruno)
A Daphne estava pálida, o cabelo solto, e me olhava com um olhar sereno. Minha vontade era de apenas abraça-la e não solta-la nunca mais.
_ Oi... - Eu falei tão baixo que quase nem me ouvir.
_ Oi... - Dei um sorriso bem pequeno.
_ Tá melhor? - Me aproximei dela
_ Acho que sim... - Ela evitava me olhar. Ficamos em um silêncio completo por uns dois minutos e fitava o chão até que eu quebrei o silêncio.
_ Daphne eu... sint.... - Eu queria dizer mais ela me interrompeu.
_ Minha mãe disse que você passou a noite aqui... Obrigada - Notei que ela temeu pelo o que eu ia falar mudando de assunto.
_ Daphne... - Tentei falar denovo.
_ A sua mãe teve aqui? Minha mãe fal... - Ela me interrompeu mais uma vez e foi aí que eu entendi. Ela tava tentando fugir da conversa sobre o bebê.
_ Daphne para! - Dessa vez eu a interrompi e segurei na mão dela. E ela fechou os olhos abaixou a cabeça e começou a chorar. Eu não sabia o que fazer. O que falar com a Daphne. Eu simplesmente matei o meu desejo e a abracei fortemente e ela desabou a chorar nos meu braços.
_ Um bebê Bruno... - Foi o que ela conseguiu dizer em meio aos prantos. E meu coração se partiu. E eu senti uma lágrima percorrer meu rosto.
_ Nosso... Nosso bebê... - Sussurrei para mim mesmo. Tava sendo difícil pra gente. Nós iamos ter um bebê e não tivemos a oportunidade de conhecê-lo. Depois que a Daphne se acalmou , levantei o rosto dela e enxuguei suas lágrimas. _ Se acalma... você ainda não tá 100% Daphne. - Ela respirou fundo e me encarou. Fui me aproximando do rosto dela até que ela se afastou.
_ E-eu tô... melhor.. - Ela disse limpando as lágrimas. _ Eu só tô... precisando de um tempo pra pensar mesmo.
_ Quer... ficar sozinha? - Franzi a testa
_ Eu acho melhor eu... ficar um tempo na casa do meu pai. - Ela disse olhando para as próprias mãos e eu arregalei os olhos.
_ QUEER??? CASA DO SEU PAI?? PORQUE??? - Eu não entendir.
_ É melhor assim Bruno. - Ela disse decidida.
_ Mas você não precisa ir pra casa do seu pai Daphne.
_ Eu não vou conseguir ficar na sua casa Bruno. - Os olhos dela se encheram de água. _ Eu preciso ficar um tempo longe de tudo... e de todos... é muita coisa pra minha cabeça. Eu preciso pensar. - Ela passou as mãos no rosto.
_ Eu entendo... - Disse seco e ela assentiu.
_ Ai... - Ela gemeu ao tentar se ajeitar na cama.
_ Espera... eu ajudo... - Me aproximei dela para concertar o travesseiro e nossos olhares se cruzaram. Ficamos nos olhando por um bom tempo até que meu celular tocou. " DROGA " Falei mentalmente.
(Chamada recebida de Camile)
Quando peguei meu celular e vi que era a Camile eu rejeitei. Não tava afim de atender ela. Não naquele momento. Porém meu telefone tocou mais uma vez.
_ Atende logo Bruno - A daphne percebeu que só podia ser a Camile e eu fiquei sem jeito, mas foi preciso atender ou então ela não iria parar de mim ligar.
_ O que foi Camile? - Falei em um tom nada agradável
- ****
_ Eu já disse que meu celular tava descarregado caramba. - Estava sem paciência para os dramas dela.
-****
_ Eu tô... na casa do JP fazendo um trabalho. - Menti
-****
_ Eu tô ocupado agora falow? Depois eu te ligo. - Desliguei na cara dela e respirei fundo antes de mim virar e encontrar a Daphne dormindo feito uma criança. Tão doce. Me encostei na cama e soltei um sorriso ao ve-la dormir daquele jeito. Acariciei seu rosto e depositei um beijo em sua testa.
E me lembrei do seu desespero a minutos atrás...
...
~ [...] E ela fechou os olhos abaixou a cabeça e começou a chorar. Eu não sabia o que fazer. O que falar com a Daphne. Eu simplesmente matei o meu desejo e a abracei fortemente e ela desabou a chorar nos meu braços.
_ Um bebê Bruno... - Foi o que ela conseguiu dizer em meio aos prantos. E meu coração se partiu. E eu senti uma lágrima percorrer meu rosto.
_ Nosso... Nosso bebê... - Sussurrei para mim mesmo. ~
...
Depois de sair do quarto deixando a Daphne dormir. Fui até a lanchonete me despedir do pessoal e acabei dando carona aos meninos. Manu ficou no hospital pois tinha que ajeitar umas papeladas para a alta da Daphne.
Chegando em casa encontrei a minha mãe que estava sentada no sofá lendo um livro.
_ Oi filho! - Tirou o óculos ao me ver. _ Estava esperando você ou a Manu chegar. Iai? Como esta a Daphne?
_ Está melhor... Acordou. Terá alta provavelmente hoje. - Disse forçando um sorriso.
_ Ah que bom. Ligarei para a Manu avisando que Marcello irá busca-las. - Assenti sem ânimo e fui em direção as escadas. _ Filho!!
_ Oi? - Me virei para ela.
_ Você... conversou com ela? - Eu assenti. _ E ela...? - Minha mãe fez cara de curiosa.
_ Ah mãe. É complicado pra ela ainda. A Daphne perdeu um bebê. Um bebê que era meu mãe.
_ COMO É QUE É????? - Meu pai surgiu na sala dando um susto em mim e na minha mãe. _ QUE HISTÓRIA É ESSA?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.