(Daphne)
Enfim Janeiro. Meu pai viajou e eu fiquei em casa. Minha mãe vem quase todos os dias passar a noite comigo. De vez em quando eu durmo na casa da Gabi ou de Maju. De noite eu sempre saiu pra Dançar com o grupo. Durante o dia eu treino bastante para um teste de uma escola de dança maravilhosa da França que agora também está aqui no Brasil. Eu sei... vocês querem saber do Bruno. A última vez que eu o vi, foi quando vim para casa do meu pai. Nas festas que eu ia com a Gabi eu sempre passava saber antes se ele iria. Ouvir uma vez os meninos murmurarei que ele quase não anda mais com eles, pois a Camile não sai da cola dele e quem trazia o Lucca pra vim me visita era sempre a minha mãe.
Eu e minha mãe estavamos assistindo a um programa em casa a tarde. Já que o meu pai tinha viajado, minha mãe ia bem cedo pra minha casa e só ia embora a noite.
_ Você podia voltar pra lá né filha? Já se passaram quatro meses, agora você não estuda mais e a faculdade que você quer entrar fica lá perto - ((Esperta)) Minha mãe sabia muito bem como me convencer.
_ Eu não sei se é uma boa ideia mãe - Falei ainda com a atenção na Tv
_ Eu preciso de você filha. - Ela fez biquinho _ Até porque eu não estou dando conta daquela casa sozinha. Eles ainda não contrataram uma nova empregada. - Resmungou
_ O QUEER? A senhora tá cuidando de tudo sozinha???
... No dia seguinte ...
_ Olha mãe... Já vou avisando que eu só estou voltando porque não quero a senhora fazendo nada sozinha naquela casa enorme. - Deixei claro pra minha mãe enquanto colocávamos as minha coisas no táxi.
_ Você já repetiu isso umas dez vezes. - Minha mãe revirou os olhos. _ Vou começar a achar que não é por isso. - Ela me zuou
_ Hahaha! Engraçadinha a senhora dona Manuela. - Fiz careta pra ela que riu. Em seguida entramos no taxi.
Quando chegamos fui direto pro meu quarto guardar minhas malas e confesso que entrar novamente no meu quarto foi estranho. Rolou um flasback de tudo o que tinha acontecido no ano passado. Eu respirei fundo, guardei todas as minhas coisas de volta no guarda-roupa e fui até a cozinha.
_ Pra onde eles viajaram? - Perguntei de boca cheia para a minha mãe.
_ Londres, e parece que depois ião para a Disney comemorar o aniversário do Lucca. - Tinha até me esquecido. O aniversário do Lucca estava chegando e eu não tinha comprado nada.
_ O Sr. Heitor? Na Disney? - Gargalhei ironicamente
_ Claro que não né - Minha mãe riu _ Ele ficaria em Londres resolvendo assuntos da empresa e depois buscaria os três. - Assenti
_ Eles devem chegar essa semana. Pelo menos foi o que a Elizabeth disse.
_ Ah sim. - Fiz pouco caso
_ É bom ir se preparando... Quando Elizabeth voltar, vai querer resolver fazer festa pro Lucca e aí já viu né?! Todo mundo fica louco junto com ela. - Nós riamos juntas.
... Três dias depois ...
(Bruno)
A viajem poderia está sendo ótima. Se o meu pai não tivesse convidado a Camile pra vim. Desde o dia em que meu pai me obrigou a pedir a mão da Camile em noivado, ela não saia do meu pé. Não ia em nenhum brinquedo, e só queria saber de compras. Eu perdia meu tempo de brincar com o Lucca pra ficar em loja escolhendo sapato feminino. Até sair a noite com os meninos eu não consigo mais por causa dela. Já estávamos ajeitando as coisas pois meu pai iria buscar a gente no jatinho particular dele.
_ Mozi, qual você acha que eu devo colocar? - Camile segurava dois pares de brincos totalmente iguais.
_ Tanto faz Camile, são idênticos. - Falei sem me importar.
_ Af... não sei porque eu ainda peço sua opinião. - ((rainha dos dramas))
_ Pois é. - Debochei
... Horas depois ...
Eu tava doido para chegar em casa e ir pro meu quarto e ficar o mais longe possível da Camile. Eu não estava suportando mais ouvir a voz dela. Assim que chegamos no Brasil, o Marcello foi nos buscar. Meu pai foi direto para a empresa dele. Entramos na garagem de casa, minha mãe e Lucca caminhavam até a porta da sala e eu fiz o mesmo.
_ Bruno!! Me ajuda com as malas - Camile me chamou fazendo voz de choro. E eu não sei porque ela não foi direto pra casa dela ((Que droga)) Revirei os olhos e fui forçado a ajudar. De repente ouvir a voz do Lucca vindo da sala eufóricamente.
_ DAAAAAAPH!!!! - O quer? foi isso mesmo que eu ouvir? Não pode ser. Ao ouvir o que o Lucca disse eu soltei as malas da Gabi ignorando as reclamações dela por deixar ela para trás cheia de malas. Quando adentrei a sala, Lucca estava jogado por cima da Daphne, os dois caídos no chão a gargalhadas.
_ ain...Meu Deus .. que abraço gostoso! - Daphne se sentou no chão, enchendo o Lucca de beijos.
_ Puxa... desse jeito eu vou ficar com ciúmes viu. - Minha mãe brincou colocando as mãos na cintura.
Eu não conseguia falar nada. Ouvir novamente aquela voz, aquela risada, eu só consegui ficar que nem um bobo parado na porta.
_ Bruno! Você me deixou lá sozinha com esse tanto de mala! - Camile me tirou do transe, ao entrar na sala resmungando toda desajeitada com um tanto de mala chamando atenção atenção de todos mundo.
_ Ãnn? .... ah... Oi... foi mal... - Nessa hora Daphne parou os olhos em mim e sorriu sem jeito e eu fiz o mesmo. Sem ligar para Camile que estava ao meu lado.
_ Vamos para cozinha! Trouxe presente para todos. - Minha mãe disse empolgada, enquanto pegava algumas sacolas de presente do chão.
_ Elizabeth... não precisava... - Manu resmungou e minha mãe riu.
_ Para de ser chata e vamos - Minha mãe ordenou fazendo sinal para todos irem para a cozinha. Daphne saiu brincando com o Lucca no colo e a minha vontade era de ter seguido eles junto. Mais o encosto ainda estava do meu lado.
_ Vamos pro teu quarto? Quero tomar um banho. - Camile me deu um selinho e piscou para mim ((tome na sua casa)). Não respondi, apenas me virei e fui na frente a caminho do meu quarto.
(Daphne)
A dona Elizabeth trouxe muitas coisas. Eu, ela, minha mãe e Lucca estávamos na cozinha vendo todos os presente e aproveitamos para programar o aniversário do Lucca. Que já pulava de felicidade ao ouvir.
_ Então Daphne... Vai ficar aqui em casa né? - Dona Elizabeth perguntou
_ Sim... - Falei olhando para a felicidade do Lucca. _ Se não for causar nenhum problema. - Voltei a atenção a ela.
_ Claro que não querida! Que bom que voltou... O Lucca estava em um tédio tremendo enquanto você ficou fora. - Nós riamos. A dona Elizabeth ficou muito mais carinhosa do que já era comigo, depois do meu acidente.
_ A Camile é uma chata... não blinca comigo e não deixava o Buno blincar... Não quelu que ele case com ela... - Meus olhos arregalaram ao ouvir o que Lucca disse.
_ Casar? - Forcei um sorriso disfarçadamente e notei Dona Elizabeth trocar olhares com a minha mãe. _ Que foi gente? - Eu olhei para as duas.
_ Eu pensei que... a Manuela tinha te contado. - Dona Elizabeth me olhou com tristeza.
_ Filha eu não contei porque... - Minha mãe ia se explicar com cautela e eu interrompi.
_ Gente... calma... tá tudo bem! - Rir ironicamente _ Eu não tenho nada haver com o Bruno mais. A senhora não tinha mesmo obrigação de mim contar. - Tranquilizei as duas tentando fazer pouco caso. Mais eu elas continuavam me olhando com dúvida. _ Eu vou pro meu quarto... Vamos Lucca? - Sair desviando os olhares das duas, chamando o Lucca que me seguiu.
Algo incomodava dentro de mim. Um aperto no coração. Um aperto que eu não queria sentir mas era mais forte que eu. O Bruno estava noivo. Porém eu não notei nem um pingo de felicidade na cara dele quando o vi na sala. Por um momento pensei em voltar pra casa do meu pai, porém voltei atrás. Eu tinha que ser forte, eu nunca fui fraca, porque agora eu ia ser? A única coisa que posso fazer é desejar que ele seja feliz. Mesmo que não seja comigo.
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