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História Estrela de Sangue - Único


Escrita por: Makoshida

Notas do Autor


Boa tarde pessoinhas, espero que estejam tendo um bom domingo, então vim aqui divulgar minha nova ONE, uma fanfic de vampiros, com lemon e um pouco de comédia.

Avisos: Os personagens de Yuri!!! On Ice, infelizmente, não me pertencem, mas utilizo-os para uma história de universo paralelo e original.

Decidi fazer uma versão diferente do Yuri, de uma fanart que vi aqui onde ele é adulto. É divertido brincar com isso, mudar o perfil a personalidade e tal.

É de vampiros, mas UMA OBSERVAÇÃO fiz uma mistura de vampiros, relacionando com os vários existentes na história e tirei de cada um algo para compor esse novo tipo que são o Viktor e o Yurio.

VAI ter SEXO por tanto não espere romance agua com açúcar de certos vampiros recentes na história da literatura. (uns que brilham)

No fim, divirtam-se e me deixem saber se gostaram.

PS: Tô de férias por isso esperem muito me ver por aqui. Ou não :D

Capítulo 1 - Único


Fanfic / Fanfiction Estrela de Sangue - Único

Estrela de Sangue

Rússia 1917

Viktor estava olhando todas os seus malões sendo embarcados no grande caminhão que ele havia alugado. Não gostava nenhum pouco de ter que se mudar assim, tão rápido. A Rússia passava por tempos perigosos, os bolcheviques estavam tomando o poder e as notícias da queda da monarquia Czarista estavam chegando a Viktor a alguns meses, de que Nicolái Románv foi forçado a abdicar durante um cerco ao trem dele que voltava de Pskov.

― Viktor? ― o homem de cabelos brancos e longos virou-se para ver um jovem rapaz  de longos cabelos loiros, olhos verdes, todo vestido de branco, como um aristocrata da época, usando a farda militar e portando uma espada com diamantes e ruis no cabo, ele usava um casaco de pele de tigre branco e nas mãos trazia um casaco das peles de raposas que havia matado e feito um casaco para seu mestre e senhor, Viktor pegou o casaco e se envolveu com ele, ajeitando os longos cabelos para caírem em cascatas sobre o manto.

― Obrigado Yuri, tudo está pronto?

― Sim, estamos de partida, sairemos da Rússia o quanto antes, espero que as estradas não tenham sido fechadas.

― Espero que sim... não podemos ter qualquer contratempo.

O rapaz de olhos verdes aproximou-se de seu mestre, tocando-lhe o ombro e apontando com a cabeça para luzes longe, como estava de noite eles poderiam viajar seguros.

― Não somos os únicos a fugir na noite meu Yuri.

― Mas nós estamos indo por que, somos mais fortes que eles.

― Mas somos em poucos Yuri, não subestime os humanos, apesar do meu poder e da sua ferocidade, eles são muitos. Até para seres como nós, a prudência fará com que vivamos séculos.

O Rapaz loiro concordou, indo abrir a porta do carro de aluguel para seu mestre, quando Viktor sentou-se e ajeitou o casaco ele entrou junto, ambos dividindo o espaço. Ambos eram homens grandes, Yuri estava com seus um metro e noventa e dois de altura, corpo muito mais definido de quando ele foi resgatado por Viktor, havia se tornado um rapaz lindo. Imortaliza-lo foi, de fato, uma grande ideia e esperar que ele desenvolvesse por cinco anos foi a melhor decisão que havia tomado. Até conjeturou transforma-lo quando era um jovem de dezesseis anos, magro e feminino, mas ainda sim Yuri conservou aquela beleza delicada em um corpo de homem. Aos vinte e uma nos, Yuri era o mais belo espécime de ser noturno que Viktor já tivera contato.

― O senhor já passou por isso antes? Não foi?

― Mas do que gostaria,ah sim, lembra-se que o acolhi depois da Revolução de Khmelnitski[1], você estava destruído, tinha apenas dezesseis anos e estava a beira da morte, nunca me esquecerei como você estava, levei-o para França, lembra-se dessa parte da sua vida humana?

― Lembro, perdi toda minha família nessa Revolução. Mas... também enfrentamos a Revolução Francesa.

― Mas nós nunca fomos franceses meu querido, aquilo não nos afetaria, por isso voltamos, agora não estou seguro que existir no Império Russo seja uma boa opção.

― Onde vamos?

Vamos sair agora de Ekateringurbo, iremos até Samara, de lá pegaremos outro caro para Saratova e depois Voronezh, vamos pegar mais um trem para Odessa, depois Kiev e de lá entramos na Polônia e depois Alemanha. Não muito, eles estão em guerra também, depois amos para o Reino Unido, Creio que ele será o vencedor dessa maldita Guerra que está para se iniciar, e lá ficaremos seguros... por enquanto, quando chegarmos lá, pensarei onde vamos nos refugiar.

 

Yuri assentiu encostando a mão no apoio da porta e olhando a noite fria da Rússia. Viktor tinha razão, por mais que eles fossem fortes, era arriscado demais ficar ali e serem descobertos, definitivamente mortos ou aprisionados. Seus olhos verdes focaram-se em seu mestre, Viktor parecia aéreo, mais que o normal, sabia que ele não gostava de deixar o Império Russo assim, era visível que naqueles olhos azuis da cor de safiras havia uma amor pela terra em que Yuri supunha que Viktor fora criado.

 

Ao longo de meses de fuga, eles viram todos os tipos de atrocidades que os humanos cometiam contra eles mesmos, mesmo que ambos fossem seres da noite e por regra de sobrevivência bebessem sangue humano, não eram tão brutais quanto os próprios humanos que matavam sem discernimento entre bom e mal ou sem necessidade. Yuri não odiava os humanos como viu outros seres como eles dois fazerem, caçando-os como gado, ambos, Viktor e Yuri, sentiam fascinação pelos humanos, o desejo de sempre conhecer suas façanhas, boas ou não.

 

Meses depois.

Cidade de Londres

 

 Viktor estava caminhando pelas Ruas de Londres, o ar da vitória ainda estava empregando nas pessoas. A vitória dos Aliados trouxe novo fôlego para aquele país, embora estivesse quebrado, tanto financeira quanto estruturalmente. Mesmo depois de uma semana após o Dia do Armistício[2]. O russo caminhou devagar, observando as pessoas arrastando-se ou muito alegres ou muito famintas, aquele país estava um caos.

― Meu senhor, meu senhor, uma esmola... estamos necessitados, ajude-nos.

Viktor tirou algumas notas, e deu a velha senhora que pegou, agradecendo e indo perder-se em algum beco qualquer. Viktor encostou-se por uma das paredes dali, Yuri estava caçando alguma das presas que eles poderiam se alimentar hoje, o garoto conseguia sempre boas mulheres, não de excelente reputação, mas sempre trazia linda mulheres que estavam ávidas a sair com alguém tão bonito como ele. O mais velho entrou em um prédio, subindo os degraus devagar, desviando da sujeira que ali havia acumulado. A fim das escadas, percorreu um corredor mal iluminado, com alguns ratos percorrendo pelo tapete sujo daquele edifício decadente. Ele podia ouvir os sons dos humanos suburbanos, brigando, fazendo sexo ou simplesmente lamuriando-se da sua desgraça. Ao fim, ele virou a direita e seguiu mais alguns metros até uma porta entreaberta, deixada assim para ele. Entrou no local e a fechou atrás de si, Yuri estava sentado aos beijos com uma garota de cabelos loiros amarelados enquanto outra, de cabelos ruivos e pele com sardas brincava de beijar o corpo parcialmente despido dele, haviam garrafas de bebida espalhadas na mesa e um pó branco também, a famosa Cocaína, produto mito utilizado a anos, mas que ganhou popularidade sendo utilizado como remédio por Freud, para vitalidade e formosura nas mulheres[3].

― Cheguei em boa hora?

― Viktor! ― ele afastou a loira de seu colo, expondo sua barriga e peito definidos, o rapaz foi até o encontro dele e o abraçou, depois beijou sua boca, ganhando assim risadinhas da plateia que os assistia. ― gosta dessas?

― Estou faminto, não serei seletivo quanto a isso, e você já provou?

― Esperei por você. ― o mais novo sorriu de lado, deixando entrever as presas bancas, e virando-se para a s damas que agora divertiam-se sozinhas. Beijavam-se e tocavam-se, dado ao dois seres um bom espetáculo de devassidão.

― Estou faminto Yuri, creio que secarei as veias de uma delas.

― Ninguém sentirá falta, verifiquei isso meu senhor, qual prefere?

― A Ruiva.

Ambos assentiram ao acordo, Yuri foi para a loira que já estava em sua posse antes, pegando-a pela base do cabelo e montando nela, ali naquele sofá mesmo. Viktor retirou as luvas e a cartola, pondo-as na mesinha, deixando também sua bengala de cabo de prata encostada ali.

― Criança? ― ele chamou a ruiva enquanto ela olhava alegre para os dois amantes que se beijavam e arfavam, ele retirou a casca e abriu alguns botões dos pulsos, enrolando-os, depois o casaco e afrouxou a gravata, abrindo a camisa um pouco. A ruiva entendeu bem o recado, e aproximou-se dele, ficando na ponta dos pés, era bem mais baixa que a loira e tinha um corpo cheio, mas tudo muito bem distribuído segundo os padrões da época. Viktor a agarrou pela cintura, sorrindo de lado e a beijando na boca, sugando sua língua devagar, deliciando-se com o sabor da presa, queria ela excitada, no auge do orgasmo para que seu sangue tivesse o melhor sabor.

As mãos frias dele foram direto ao sexo dela, erguendo as saias e a acariciando, manipulando as carnes molhadas e inserindo dois dedos, ali ambos em pé no meio da sala, ele a manipulava brutalmente, deixando-a arfante em segundos.

― Me-meu se- senhor... há...tão hab- habilidoso.

Ela continuou gemendo, segurando-se na nuca dele enquanto Viktor beijava-lhe  o pescoço, bem na veia e inseria os dedos nela com mais rapidez. Ela estava tão quente em seus dedos, soltando seu mel e encharcando a mão dele, gemendo mais alto, e quando sua amiga gemeu profundamente, Viktor pode ouvir sua cria rugindo como um tigre sobrenatural, mordendo-a e iniciando a sucção. A mulher em seus braços estava n borda, quase explodindo em prazer, e quando ela deu seu gemido mais longo ele a mordeu na veia, bebendo de seu sangue extasiado de prazer.

Ambos, mestre e aprendiz, Cria e Criador estavam agora entrando em um orgasmo magnifico, alimentando-se de sangue humano saturado de prazer, preenchido de luxúria, ambos delirantes no calor da vida delas que fluía para a veias mortas deles.

Ao largarem os corpos secos, ambos deixaram-se cair lado a lado nos sofás, suas presas estavam mortas, sem qualquer reação. Haviam morrido de tanto prazer, nos braços de predadores ferozes. Yuri arfava, ao contrário do que muitas lendas diziam, eles não estavam mortos de ato, apenas forma infectado por algo que os transformou naquilo, ambos ainda podiam andar ao sol, podiam ter ereções e seus corações batiam, ainda sim eram seres da noite, que estavam melhor adequados assim, possuíam uma força diferente dos humanos comuns. Magia corria nas veias deles.

― Eu estou excitado Viktor...

― Eu também, elas foram.. Yu... hum...

O mais velho não terminou a fala, sua boca macia foi atacada pela do outro que montou nele, tomando para si aquele corpo magro e definido. As mãos ágeis do mais novo já abriram sua calça e deslizavam por dentro, encontrando o membro duro e macio, as bocas chocavam-se em um beijo desesperado uma chupando a língua da outra. Yuri era exigente, afastou-se o suficiente para olhar seu criador e sorriu de lado, dando-lhe um tapa na cara fazendo aqueles longos cabelos prateados cobrirem o seu rosto. Segurou o pescoço de Viktor o fazendo encarar e sorriu sádico para ele.

― Vou fode-lo.

― Sim, você vai...

Yuri abriu o mais belo riso que podai ter, mostrando todos os dentes afiados que possuía, brancos como a neve da montanha. Afastou-se o suficiente para deitar o mais velho de costas naquele sofá, empurrando o corpo da prostituta para o chão, abaixando a calça do outro e tocando-lhe a entrada rosada, estava quente pelo sangue da puta e pela excitação do momento, sempre acabavam assim depois de se alimentar, em sexo selvagem. Afastou abunda dele, lambendo e chupando um pouco, causando arrepios e gemidos no mais velho que sem onde mais poder segurar, cravou os dedos no braço do sofá. Viktor soltou um rosnado baixo e olhou para Yuri que levantando a cabeça da bunda alheia sorriu, posicionando-se em cima dele, encaixando o membro ali e o penetrando, ganhando um gemido de prazer e um silvo.

Nada de palavras naquele momento, eram duas bestas não –humanas atracando seus corpos em um vai e vem desenfreado pela busca do prazer. Poderosas estocadas eram dadas em Viktor e ambos já arfantes ainda gemiam juntos pela rapidez do prazer. Yuri segurou os longos cabelos prateados, prendendo-os em suas mãos, puxando para que Viktor arqueasse as costas e dificultasse a penetração indo mais fundo nele e com mais força, ambos já quase desmontavam ao velho sofá quando finalmente gozaram entre rosnados e mordidas.

Cansados, abraçaram-se ali mesmo, Yuri ainda dentro de Viktor, aproveitando o resquício de orgasmo que o sangue das mulheres e a excitação deles lhes forneciam. Estavam sujos do suor, sangue e semem, mas pareciam bem no fim. Yuri sorriu de lado beijando o ombro de Viktor e acariciando seus sedosos cabelos de prata.

― Você é tão gostoso... mestre.

― Eu criei um monstro...

― Ah, foi mesmo? Que sorte não?

― Muita sorte, eu te criei bem.

 

Viktor ergueu sua xícara de chá a boca e bebericou. Olhava para a costureira que tirava as medidas de Yuri para um novo conjunto de roupas de montaria. O sol lá fora quase não era visível devido à chuva, mas curiosamente estava claro. Um dos empregados dele veio trazendo a correspondência, o mais velho pegou os papeis e analisou, selecionando os que abrir primeiro. Usando o abridor de cartas, abriu os envelopes lacrados e leu rapidamente, depois foi para cartas enormes. Franziu a testa um pouco e olhou para Yuri, falando em russo.

― Recebi uma carta do nosso amigo no antigo Império, parece que nossas terras agora são um lar de órfãos de Guerra, comunitário.

― Pss – Yuri estalou a língua, visivelmente irritado com aquilo, olhou para o lado e depois com uma voz fria comentou para Viktor, em russo. ― Esses idiotas, estão destruindo nosso legado, o que vai fazer?

A costureira olhou para ele, parecia assustada e deveria, o tom de voz de Yuri, mesmo no idioma natal era tão fio e cruel que chegava a gelar o sangue nas veias. Viktor estava achando-o tão sexy.

― Não sei, vou apenas negociar a venda de tudo, transformar em dinheiro ou ouro, terras não dão tanto lucro assim.

― Você é um nobre aristocrata, um Duque.

― De um Império morto, relaxe, não vamos ficar pobres se é isso que incomoda.

― Não ligo com isso, para que saiba, sempre podemos nos manter. Não é?

― Evidentemente que sim.

― Ai! Sua estúpida! Me espetou!

― P-perdão senhor e-eu... sinto muito.

Yuri arfou olhando para Viktor que apenas sorria de lado, negando com a cabeça ao silencioso pedido de Yuri de matá-la. O loiro arfou irritado e girou os olhos para ele. Ah, Viktor iria espanca-lo pela ousadia. A costurei continuou ajeitando tudo e o dia se seguiu assim, entre conversas mornas e uma boa música soando ao fundo. Um dia normal na vida imortal deles dois, se não fosse o plano de prende-los que estava se formando nos altos gabinetes do Estado. Onde a presença de dois aristocratas russos incomodava futuras alianças que o Reino Unido queria manter. Não por serem aristocratas, mas por serem eles dois, considerados perigosos por seus compatriotas e que tiveram suas cabeças postas a prêmio. Mal sabiam eles que aquela costureira falava russo tão bem como eles dois e que depois de sair dali, ela foi direto ao serviço secreto britânico, relatar sobre o que havia ouvido e visto.

Uma semana depois...

Um balde de agua fria foi jogado em cima de Viktor. Ele acordou da sua perca de consciência pós ser torturado por horas pelos humanos que capturaram ele e Yuri. Não foi fácil, haviam lutado bastante, contudo, eles não podiam deixar que sua verdadeira natureza fosse descoberta, isso atrairia a atenção de possíveis caçadores, e ninguém gostaria de tê-los em seu rastro. Eram dos poucos humanos que efetivamente destruíam seres como ele, e Viktor sabia disso, seu mestre fora morta por um desses caçadores. Ele estava fraco, não conseguia mais conter-se como antes dessa “brincadeira” e pensava seriamente se Yuri estava bem. O mais novo não tinha um gênio muito bom, poderia ter feito algo e se revelado, entretanto, se fosse o caso, Viktor não estaria ali ainda, então confiava que seu garoto estava comportando-se e contendo-se.

― Você vai passar todas as suas propriedades, riquezas de maneira legal para nós, assim podemos dividi-la com todo o grande povo dessa pátria, a aristocracia não existe mais, a nobreza caiu.

Viktor ainda lembrava de que estava em Londres quando foi pego, e agora, pelo que sabia estava em um barco, provavelmente voltando para sua terra mãe. Ah ele iria matar todos aqueles idiotas no banco e iria se divertir quando Yuri soltasse sua ira.

― O seu amante está em pior estado, os rapazes brincaram com ele demais.

― Onde ele está?

― Tenho nojo de pederastas como vocês, deveria todos morrer empalados pelo cu até a garganta por gostarem de se comer.

Viktor apenas sorriu de lado, ele ia mesmo gostar muito de matar todos eles.

― Não vai ceder? Pois bem. Tragam aqui. Sabe, até fico feliz que não se entregue logo, fica mais divertido para mim e os rapazes.

Yuri foi jogado dentro da sala que estava sendo usada como cela dele. O loiro estava com marcas de chicotadas nas costas, braços e até no rosto, visivelmente fraco pela quantidade de sangue que havia perdido e a beira da insanidade. Controlava-se por muito pouco. Um dos homens segurou a cabeça de Yuri, afastando os longos cabelos loiros dali e pondo uma faca na orelha dele, tirando um filete de sangue.

― Você vai fazer o que disse, ou eu corto ele na sua frente, pedaço por pedaço.

― Isso eu quero ver. ― disse Viktor sorrindo, e por alguns minutos deixando todos os cinco homens na sala em choque. Eles olharam-se entre si, obviamente aquela não era a reação que eles esperavam diante de tala ameaça. O que parecia ser o chefe acenou para o cara da faca, que concordou. Viktor apenas se debateu dando um grito forçando-o a parar de quase iniciar o corte em Yuri.

― Decidiu mudar de ideia pederasta nojento?

― Não... só queria dizer algo...

― O que merda você acha que pode dizer?

― Nada de mais, só... Pega eles grande Tigre Russo.

Yuri sorriu de lado, era tudo o que queria ouvir, com um rugido cruel, vindo do fundo da garganta ele socou o cara que lhe segurava, usando o cotovelo, pegando ele e mordendo no pescoço, soltando a presa e deixando o sangue escorrer pelo pescoço e peito desnudo, voltou seus olhos verdes, que agora eram de um puro tom de vermelho vinho para os outros quatro oponentes se como uma sombra matou mais dois, quebrando-lhe a coluna ao meio, dividindo-os em dois cada corpo.

― Ah... que emoção o sangue em minhas veias, mestre.

Viktor apenas gargalhou vendo o desespero dos dois que sobraram, tentando correr para a porta e sendo pegos pelo mais novo, que secou a veia de ambos em grandes goles. Viktor foi desamarrado, e ambos saíram caçando quem estava no barco, tornado aquele veículo um grande cemitério flutuante. Algumas horas depois, sentado em cima de uma pilha de corpos esquartejados Viktor estava pensativo. Mantinha a pose de nobre, em seu, feito por Yuri de cadáveres mutilados.

― E agora, vamos fugir? Onde desta vez?

― Vamos voltar a Londres, matar todos os que nos traíram e depois iremos para a América, vamos ficar naquele país livre dessa idiotice de nobreza e aristocracia.

― Mas somos nobres.

― Naquele país o que é importante é a riqueza, somos mais ricos do que qualquer coisa que ande, isso é o que compra a liberdade por lá.

― Entendo, então vou mudar o curso para Londres.

 

 

Nova York, 4 de Julho de 2016.

Dias atuais.

Yuuri Katsuki estava muito, mas muito atrasado. Ele corria loucamente pelas ruas de NY, a mochila e os livros firmemente presos em seu corpo, eram um peso extra desconfortável. “Droga! Droga! Phichit-Kun!!!! Por que não me acordou!!” Pensava ele quanto desviava de um cano, tendo que torcer o corpo para trás. Virou a direita, vendo que ao seu lado o ônibus já estava se encaminhando para estacionar no ponto à frente deles. Era o ônibus que Yuuri deveria pegar. Iniciou-se assim uma disputa, Yuuri atrás por cabeça do ônibus, assim que o mesmo parou Yuri entrou em desespero, as pessoas subiam muito rápido, e ele não chegaria a tempo.

― Não!! não!!! ― O ônibus já estava com a última pessoa subindo, Yuuri iria conseguir, Yuri iria conseguir ele estava algumas. Um grande corpo bateu com ele deixando cair seus livros e o jogando no chão de costas, por cima da bolsa. A dor se espalhou por ele, mas não foi maior que o desespero por perder seu ônibus. Olhou ao redor localizando o poste que bateu e vu uma mão enorme estendida pra si.

― Porra nanico, você está bem?

― Yuri, que boca suja.

― Ah qual é...

Yuuri olhou para s donos das vozes, o que lhe erguia do chão como se ele fosse uma criança era um rapaz de longos cabelos loiros, forte e alto, mas bem alto, tão alto que Yuri teve que erguer o rosto. Usava uma camisa branca com um colar de pingente de um símbolo, o nome era “Metálica”, o casaco tinha estampas de leopardo e as calças eram negras, com Nikes vermelhos de cano médio, destes que se usam para basquete. O outro ao lado dele parecia ser mais velho, estava com os livros de Yuuri nas mãos, usava uma camiseta em gola “V” preta e um casaco cinza, como as calças por cima, um cachecol azul índigo constatava com o cabelo curto e prateado e os olhos de safira. Outro gigante, embora menor que o loiro.

― Gomensai ― ele falou curvando-se um pouco, depois sentindo uma fisgada nas costas e lembrando que estava nos Estados Unidos e logo, seria muito estúpido desculpar-se em japonês. ― Ah... Quero dizer, desculpem.

― Hey, não tem por que se desculpar, meu rapaz aqui que estava olhando para o céu.

― Eu não estava olhando para o céu Viktor, estava olhando para o letreiro da loja alando de uma oferta de camisas de leão. Ok?

― Sei... ou seja estava olhando para o céu. ― Viktor sorriu de lado e negou a cabeça, tirando a franja do rosto. Com outra mão ele estendeu os livros para Yuuri que os pegou, limpando como podia suspirando por não terem caído na sarjeta.

― Obrigado, eu sinto muito, é que...

― Você perdeu o ônibus, eu note isso. Pegue um táxi, assim você chega na hora.

― Ah certo, então eu sou Universitário, por definição pobre. ― Viktor segurou o riso, pondo a mão na boca enquanto o rapaz olhava sem esperanças para os horários dos ônibus fixado no ponto de espera.

― Para onde está indo?

― Ah vou para o Bryant Park está localizado na 42nd Street entre a Fifth Avenue e a 6th Avenue, vai haver uma apresentação de patinação no gelo lá e eu sou uma das atrações, mas perdi o ônibus, vou chegar atrasado.... ― ele estava tirando celular do bolso traseiro quando viu a tela trincado, tentou ligar o aparelho e era evidente o desespero dele.

― Opa... ― murmurou Viktor olhando para ele. Yuri ergueu os olhos castanhos, a cara vermelha e os óculos embaçando por ele estar suando de desespero.

― Ai meu deus, meu deus, meu deus eu tô tão ferrado, vou ter que pegar um táxi, mas não tenho dinheiro, talvez eu pegue metade da corrida daí eu pegue um ônibus até a 42 street e corra até o Bryant park....

― Ou eu posso te dar uma carona.

― Você é um deus! Faria isso?

― Viktor! Você está doido?

― Eu não sou um deus e Yuri, é mínimo, afinal, certo alguém derrubou ele e ainda por cima não quer ajudar.

― Ag agradeço infinitamente então por essa ajuda.

Yuri bufou de seu assento, olhando sua rede social, resmungando em russo algumas imprecações para as atitudes de Viktor. Não que fosse contra nada que o seu mestre decidi, mas gostava de expor seu descontentamento com tudo aquilo que ele não gostava. E por que, também, no fim, não comprou sua camisa de leão. Por outro lado, Viktor e Yuuri estava em uma conversa muito interessante, o mais novo contava que era patinador, disputava o mundial e estaria fazendo uma apresentação ali, a fim de divulgar a abertura dos jogos de inverno.

― Yuri, você gosta de patinação, devia ouvir, sabe nós dois gostamos bastante de patinação.

― Mesmo? Oh, então...espera, cadê... ― Yuri vasculhou sua mochila, tirando uma malha azul com brilhos que estava bem dobrada dentro de um saco fechado com fita vermelha. Viktor segurou aquilo achando graça que agora ele tirava toalhas brancas e depois uma bolsa que possivelmente continha itens de higiene, no fim, puxou uma pasta pequena e de lá tirou duas folhas entregando aos mais velhos. ― Eu só vou começar a competir em duas semanas, ai tem os horários e programas e canais onde podem ver, também tem os estádios e valor dos ingressos se claro quiserem gastar um grana pra ir ver o evento pessoalmente, coisa que eu acho desnecessário por eu transmite oh.. Espera meu telefone. Alô.... Oi Celestino, sim, eu estou chegando, sim, não tudo bem, ahan, certo. Culpa do Phichit-kun, hai, hai. Até logo. Desculpem, meu treinador.

―  Você vai competir na Rússia também? ― Yuri sacudiu o papel e apontou para o local da Rússia. Yuuri olhou e concordou, dando um risinho de lado todo feliz. ― Viktor, vamos ver a competição na Rússia.

― Você já decidiu isso não é?

― Hum, sim, vamos.

Yuri riu um pouco para eles, atraindo olhares de ambos.

― Ah, vocês são bem, intensos... são um casal?

―QUE?

Viktor apenas sorria abertamente, escondendo as presas com as mãos.

― Olha aqui seu anão, eu não sou casal dele, somos...er...

― Um casal Yuri, o termo correto seria marido e marido.

― Ah...

― Eh? Não... me desculpem, não quiser ser intrometido.

― Hunf, karlikovaya svin'ya (porco anão)

― Eh? O que...ele falou?

― não se preocupe, foi uma grosseria, depois faço-o se desculpar, veja, creio que chegamos.

― Oh é mesmo, mais uma vez obrigado. ― disse ele pegando tudo e colocando na bolsa, mesmo apressado era metódico. ― Sayona...bye bye!.

Yurri saiu do carro, já encontrando-se com um rapaz de faces indianas que sorria e outro mais velho, com cabelos longos, ambos começaram a conversar. Os três estavam sorrindo, embora o japonês, que ajeitava os óculos agora estivesse ruborizado sobre algo que viu no celular do indiano.

― PHICHIT-KUN ― pode ser ouvido de dentro do carro que agora movia-se lentamente para encontrar uma vaga no estacionamento. Viktor apenas sorriu e voltou a se ajeitar no assento, cruzando olhar com Yuri.

― Não!

― Eu não disse nada criança.

― Eu te conheço, você vai querer ficar com aquele anão de patins, não e não. Essa sua mania de adotar vira-latas...

― Foi o que salvou sua vida, não é? Nunca se esqueça, além do mais, acho que precisamos de uma companhia mais contemporânea.

 

Yuuri ajeitou a mala, pela quinta vez, estava eufórico que daqui a dois dias fosse ver seus pais, sua irmã, amigos e bom, sua noiva. Terminaria os preparativos para as competições no Ice Castle, e de lá encontrar-se-ia cm Celestino na Rússia para o primeiro evento das eliminatórias do GP de patinação.

― Lembrancinhas... lembrancinhas... onde estão ah achei! ― ele pegou as miniaturas de pontos turísticos da cidade e um globo de neve e ajeitou na mala. Sempre levava algo peculiar quando voltava para casa, mas não pisava em solo japonês havia cinco anos. Muito tempo para ficar fora longe de casa. Estava animado, tomando um grande suspiro, foi pegar seu telefone, e quando o fez o mesmo tocou em suas mãos, fazendo o japonês sorrir.

― Phichit-kun, boa noite, eu iria te ligar agora... ah jantar claro, chego ai em uma hora, pede pizza de mozzarella. Hai, hai, até breve.

Ele desligou o celular e foi tomar um banho, estava suado da arrumação da mala e levaria apenas meia hora de caminhada descendo a rua até onde Phichit vivia com mais dois patinadores, um italiano e um grego. Depois de um tempo se ajeitando, pegou as chaves e enfiou-se no casaco, indo para sua caminhada, os carros passavam por ele, as ruas muito movimentadas pois o comércio havia decidido antecipar promoções, a fim de desafogar as loucuras das festas, por isso as ruas estavam apinhadas de gente. Yuuri se distraiu com um grande letreiro anunciando os inicios das competições e os representantes dos EUA. Le via, bem no fundo uma foto sua, que passou rápido, mas o jovem rapaz sabia que estava ali, ainda distraído esbarrou em alguém e pediu desculpas imediatamente.

― Ah!! Você de novo karlikovaya svin'ya (porco anão) que coisa, não olha para aonde anda?

Yuri arregalou os olhos, o loiro de dois dias atrás estava agora ali vestindo uma roupa toda negra, com uma camisa por dentro, com estampa de leão. Do lado dele haviam duas meninas bonitas, ambas loiras, mas não com o ele, eram um tipo diferente de loiro, evidentemente de farmácia.

― Ah, você...desculpe por isso eu estava...

― tanto faz, foi bom ver você, vem comigo.

― Eh? N-não e-eu... ― o loiro nem se deu ao trabalho de ouvir, apenas abriu a porta do carro jogando ele dentro e em seguida entrando coma s duas meninas, em uma festinha privada dentro da limousine.

―Y-Yuri e-eu ia jantar com uns amigos.

― Ok, disse certo, “ia”, do verbo “não vai mais”, passado, agora vai ser comigo e com Viktor.

― Eh? Vi-Viktor? M-mas –e-eu não avisei aos meus amigos.

Yuri não deu atenção, uma das loiras já brincava coma boca dele enquanto a outro roçava seu rosto entre as pernas do jovem russo. Yuuri arregalou os olhos diante da cena, não podia acreditar naquilo, quando tencionou algo, viu a mão do russo no seio da que ele beijava e abaixar o tomara que caia expondo seios fartos. O japonês levou as mãos a boca e depois sentiu algo quente escorrer pelo nariz, sangue. Estava tendo um sangramento nasal, e por um segundo Yuuri sentiu-se um patético adolescente de anime. Procurando um lenço, qualquer coisa, ainda segurando seu nariz, achou uma toalha no carro, destas que servem para secar as mãos e colocou ser o nariz, tentando parar o sangramento. Ato esse que foi acompanhado pelo olhar frio de Yuri, focando-se no aroma do sangue dele e em como seria delicioso sentir o mesmo descer pela garganta dele.

― Desculpe... eu tive...

― Vai ser tão divertido. ― disse o russo loiro sorrindo de lado, deixando entrever pequenas presas pontudas que causaram arrepios na espinha de Yuuri. Demoraram para sair do centro de NY, afastaram-se um pouco da zona urbana, indo para os grandes condomínios fechados com casas que eram separadas por quilômetros, para pessoas infinitamente ricas.

― Ual... é...

― Vamos anão!

Yuuri olhou bem para ele, não era pequeno, tinha uma altura boa, ele que era grande. Seguindo-o pelo local, viu quando a porta foi aberta por um empregado de roupa negra, o russo passou pela porta com as garotas e Yuuri seguiu, fiando embasbacado coma opulência do lugar.

― VIKTOR! ― gritou o loiro fazendo o japonês se encolher um pouco. “Credo, ele não tem educação, limites ou senso? ” Pensou o moreno, ganhando imediatamente um olhar assassino do russo loiro, como se ele tivesse ouvido, mas Yuuri sabia que havia falado baixo.

― O que... ahh, Yuri!

O moreno olhou para trás, e de lá vinha o russo de cabelos prateados, Viktor. Ele sorriu para o mais novo e aproximou-se falando algo em russo par Yuri, que apenas acenou, pegando as duas garotas pela cintura e as levando para outra sala. Viktor estendeu a mão para Yuuri, que a pegou e se cumprimentaram.

― É uma bela casa.

― Obrigado, vamos, vejo que Yuri te arrastou para cá hum? Quer beber algo, vinho, whisky, vodka, saquê?

― Eh...então, suco de laranja com gelo tem?

Viktor sorriu, largamente, e Yuuri notou as pontinhas dos dentes deles. Achou curioso e lembrou-se que Yuri possuía dentes pontudos, só que mais visíveis. Ele chamou o menor para perto das escadas e indicou o outro andar.

― Cozinha é lá em cima, a deste andar está em reforma, vamos ficar por lá.

Yuuri assentiu, e ambos foram para lá, chegando depois de subir as escadas, em dois lances, ao andar onde havia um grande salão com jogos e sofás, depois portas e ao fim uma cozinha não muito grande, mas que era maior que o apartamento que Yuuri tinha.

― Ual, deve ser bom ter tanto dinheiro... ― disse ele distraído, depois corando ao ouvir o riso disfarçado de Viktor. ― Ah... eh... eu... hum...

― Sim, é muito bom ter muito dinheiro, te abre possibilidades.

― O que você faz? ― Viktor tirou umas laranjas enormes da geladeira e cortou-as no meio, depois pegou um espremedor e começou a fazer o suco, ganhando a atenção de Yuuri, por ser ele a fazer, e não um dos empregados ou ser suco industrializado.

― Na verdade nada, bom, eu compro empresas falidas e revendo em pedaços por preços exorbitantes, agencio alguns contratos e sou herdeiro de uma fortuna incalculável de mais de sete gerações de nobres russos.

― Só isso? Nossa e eu achando que era dono de poços de petróleo ― Yuri riu um pouco, mas calou-se a ver a expressão pensativa de Viktor.

― Tenho um, acho.

― Nossa!

Ele colocou gelo em um copo grande e depois o suco, entregando a menino oriental que bebeu um grande gole. Olhou ao relógio e suspirou, pegando o celular, discando para enviar mensagens.

― Preocupado?

― Ah, eu estava indo a casa de um amigo, vou mandar um sms falando que vou me atrasar.

― Diga que não vai, quero curtir a noite com você.

― Eh? V-Viktor eu, hum... curtir comigo?

O mais velho aproximou-se tirando o copo da mão dele, colocando Yuuri, literalmente, contra a parede, onde havia a geladeira embutida. A mão do mais velhos foi ao rosto dele, tirando o cabelo da testa dele, acariciando o rosto e depois os lábios. Viktor cheirava a limão e alfazema, algo limpo e com um frescor maravilhoso, Yuuri inalou fortemente aquele cheiro embriagando-se.

―Sim, divertir-me e divertir, vamos nos divertir, em conjunto se quiser ou a dois... você decide como quer se perder essa noite.

Viktor aproximou ainda mais os corpos, abaixando a boca para a dele, roçando os lábios macios nos lábios secos e sorrindo, a ponta da língua de Viktor lambeu os lábios ressecados dele, ganhando um arfar de surpresa de Yuuri.

― Vi-viktor eu... e-eu não sou...

― Gay?

― Hu! Hai!

Viktor sorriu de lado e Yuuri sentiu uma fisgada no coração, era um riso bonito, desenhado para ser sensual, e aqueles olhos desfiras brilhante com pontos vermelhos cor de sangue estavam lascivos, na verdade os olhos de Viktor estavam carregados de luxuria. Ele encostou a boca na orelha do japonês, lambendo a pele dele, e sussurrando entre gemidos.

― Você não precisa ser, é só prazer, amanhã nem precisa me ver se não quiser. Ninguém vai saber.

Yuuri tentou negar, iria fazer mais dois argumentos, que eles não se conheciam e que ele era um rapaz noivo que se casaria com uma boa moça japonesa como seus pais haviam ajeitado desde criança, só que antes dele conseguir pronunciar algo, Viktor o beijou.

Yuuri perdeu qualquer linha de raciocínio com aquele beijo, tinha um gosto bom, era doce, sem ser enjoado. A língua do mais velho brincava na boca dele, chupando seus lábios para depois invadir a boca e procurar a língua de Yuri, voltando a chupar seus lábios. As mãos de Viktor passeavam pelas laterais do corpo do mais novo, apertando os músculos da coxa e da bunda, segurando-o pelo fim da coluna, enchendo a mão com aquela carne dura do traseiro dele.

― AH! Hum! ― Yuri assustou-se quando foi parcialmente tirado do chão, tendo que ficar na ponta dos pés e agarrar-se nos ombros largo de Viktor para poder equilibrar-se. O russo lambia seu pescoço, depositando beijos e roçando os corpos um dos outros, e agora Yuuri pensava naquilo, estava derretendo-se nos braços de um estranho do mesmo sexo que ele. Estava tão errado, tão confuso.

― Você já quis fazer isso com um homem Yuuri? ― gemeu Viktor no ouvido dele. ― já quis foder com um homem hum? Me diga Yuuri, já ficou olhando pros seus colegas de esporte naquelas roupas coladas? Nunca imaginou sendo possuído por um deles, ou possuindo-os?

Yuuri arfou sentindo o rosto queimar. Havia um patinador, da Romênia, de longos cabelos vermelhos que Yuuri achou o homem mais bonito que já havia visto, ele tinha olhos negros como carvão e era sorridente, delicado.

― Ah... ― Viktor empurrou nele, como se estivesse estocando naquele corpo pequeno, forçando Yuuri a abrir as pernas para que ele ficasse no meio, esfregando-se obscenamente.

― O que queria fazer com eles Yuuri...

― Na-nada.. eu... ahnn ahnn Viktor....

O russo sorriu de maneira doce, afastando-se um pouco para olhar aquele rosto perdido na vergonha e no prazer. Afastou do corpo dele, o fazendo ficar de pé, embora Viktor tivesse que segura-lo no lugar, as pernas de Yuuri estavam moles. Ele levou as mãos à cabeça, arfava enquanto sentia-se ser conduzido pelo corredor, e depois colocado em uma cama macia, com cheiro de alfazema e limão, e algo mais. As mãos de Viktor foram para as mãos dele, tirando-as de seu rosto, forçando-o a olhar para o homem a sua frente, Viktor estava com um riso lindo, e confuso Yuri notou que os olhos dele eram castanhos avermelhados, não, eram de um vinho tinto brilhante, como rubi. Como ...

― Sangue... seus olhos...

― Ah acontece quando estou realmente excitado. ― Ele sorriu, as presas diminutas estavam maiores, e agora eram mais de duas, os dentes vizinhos era todos pontiagudos. ― Eu quero fazer isso com você, muito, você quer Yuuri?

Aquela voz doce, encantadora, tocava dentro do mais novo que apenas concordou. Viktor olhou para o lado, e Yuuri fez o mesmo, chocando-se me ver Yuri, o outro russo, entrando no quarto apenas de boxer negra, aproximando-se da cama, segurando os cabelos de Yuuri e sorrindo.

― Você tem sorte, ou azar, não sei.

― Yuri...

Ambos começaram despir Yuuri, ele estava tonto, havia um forte cheiro ali, almiscarado, perigoso misturado ao cheiro de Viktor. Yuri, o russo era a fonte do cheiro almiscarado. Era como terra quente banhada por uma chuva rápida e tinha um cheiro forte, que Yuuri não conseguia identificar, estava tonto, mas sentia-se excitado, fortemente perdido em prazer enquanto seu corpo era tocado e beijado.

― AH!! ― Yuuri ergue-se da cama um pouco, contraindo o abdômen definido pelos treinos de patinação, seus olhos foram para a cena louca a sua frente, onde suas pernas abertas haviam dois homens ali, ambos beijando-lhe a parte interna da coxa, Viktor já mais avançado, engolindo seu sexo lenta e tortuosamente. Yuri dobrou-lhe a perna, toando-lhe na entrada e rindo de lado, falando algo em russo para o mais velho que apenas olhou para ele, sorrindo. Yuri queria chorar, e não era de tristeza. Yuri, ergue-se ali, engatinhando para ele, os olhos felinos no mesmo tom avermelhado de Viktor, o riso predador no rosto. Um predador grande, um tigre.

― Você é virgem.

Yuri mexeu-se incomodado, afastando Viktor um pouco e querendo sair, sendo segurado por Yuri, beijado por ele, que em nada lembrava Viktor, o loiro era sensual, este aqui era selvagem, beijava com determinação roubando o fôlego e a alma de Yuri, impondo-lhe um ritmo alucinante e deixando a boca dele formigando pela força da sucção.

 

Yuuri foi movido na cama, sendo colocado de joelhos com Yuri a sua frente e Viktor posicionando-se atrás dele. O loiro não teve pena de pegar o sexo do menor bombeá-lo com habilidade, segurando um pouco a cabeça e acariciando os testículos quando descia a mão. Yuri só sabia gemer, estava tão perdido em sensações, alucinado em estar sendo masturbado por alguém que não era ele mesmo. Viktor atrás de si massageava o corpo dele, subindo e descendo as mãos e depois a boca, beijando cada pedaço de pele das costas dele.

― Tão firme... você pratica muito seu esporte?

― O que... hum... hum... ― não poderia responder, Yuri exigia sua boca para outro beijo que o menor suspeitava que iria arrancar sua boca. Em dado momento o pensamento de Yuri o possuindo por trás foi demais, causando uma leve convulsão nesse, tremendo o coro e afastando o maior da sua boca. As imagens de ser possuído por Yuri ficavam explodindo na sua mente, sendo definitivamente possuído, com força. Yuuri tremia meio inclinado pelo no corpo de Yuri, ele nem sequer havia realmente transado e já estava assim.

― Oh Yuri... ― disse o russo mais velho sorrindo por sobre o ombro do menor― não ponha imagens na cabeça dele, não apenas de você, que tal...

Yuri ergue a cabeça do menor para focar nos olhos sangrentos, o japonês estava assustado, mas agora em sua mente ele via a si mesmo sendo possuído por Viktor, estava de quatro em cima de Yuri, enquanto sentia-se ser tomado por trás pelo de cabelos prateados. Era demais para o menor, ele não podia se segurar, queria gozar, precisava gozar, mas não conseguia, algo o impedia. Seus olhos turvos foram para seu pênis, estava tão duro, podia ver as veias dele, pingava na ponta e doía. Seu corpo estava queimando e a mente não estava muito bem, ele não conseguia respirar e pensar.

― Ah, pervertido... então vai ser assim.

Ele não entendeu, olhou por sobre o ombro apenas para sentir que seu corpo era deitado na cama, posto de quatro em ciam do corpo de Yuri que sorria, os cabelos loiros espalhados ao lado do rosto dele, as pernas roçando-se muito enquanto uma das mãos do loiro estava... Yuri sentiu- o choque percorrer na coluna quando viu Yuri se tocando atrás, alargando-se enquanto gemia.

― Você já comeu um macho, seu anão japonês? ― Yuri riu de lado afastando as pernas, guiando Yuuri para sua entrada, ele ergueu uma perna e viu Viktor ajudar o loiro russo a mantê-la ali. Yuuri estava atordoado, não raciocinava.

― Não era isso que queria Yuri, ter ele pra você. Vamos, enfie nele, só basta colocar e empurrar.

― E-eu...eu não...po-posso... não sei como... com um hom..― outra imagem lhe veio à mente, Viktor sendo possuído por Yuri, eles eram um casal no fim, então ele sempre achou que o mais novo era o ativo.

― Gosto dessa ideia, Viktor?

― Eu também.

Yuri sorriu beijando o moreno, saindo de baixo dele, e Viktor o colocou de quatro, abaixando sua cabeça.

― Ah... Yuri...

― Desculpe, machuquei?

― Sim, faça de novo.

O menor olhou para o lado, vendo a posição que estava, sua bunda para cima, as nádegas afastadas, Viktor fazia uma cara de odor e prazer, enquanto Yuri balançava-se atrás dele, impulsionando o corpo para frente.

― Gosta do que vê? Prepare-se.

Viktor abaixou o corpo colocando a boca entre as nádegas dele, lambendo sua entrada, chupando e enfiando a língua ali. Yuuri gritou, nada alto mas foi um belo gemido de surpresa, de entrega. As mãos seguravam a cama, sentindo os impulsos de Yuri dava no corpo de Viktor, em dado momento ele ouviu um tapa e um gemido, Viktor apenas afastou a boca e gemeu, jogando a cabeça pra trás, rosnando com grandes presas.

― Kami-sama...

― Não sou um deus, já disse.

Ele abaixou a boca, lambendo e agora colocando um dedo, deixando lubrificado, alargando por longos minutos enquanto Yuri o comia por trás. Com três dedos dentro, Viktor afastou-se dele, deixando Yuri deitado enquanto era possuído com mais ferocidade pelo loiro. Os olhos de Viktor estavam focados em Yuuri, havia desejo ali, e um poder que o menor não conseguia entender, mas o deixava desejoso só com aquele olhar.

Yuri estava com medo e com tesão.

Dois pares de olhos vermelhos estavam nele agora, Yuri e Viktor estavam abraçados, imóveis o olhando, ele sabia que estava entregue, e exposto. Aberto de desejoso de ser possuído daquela forma pelos dois. Seu corpo doía muito, era um prazer contido quero fazia perder a noção do que era certo ou errado.

― Ele quer gozar Yuri, deixe.

― Não agora, faça. Coma ele antes que eu o foda.

Viktor sorriu, ajeitando-se atrás de Yuri e entrando nele, devagar, dolorosamente. O menor gemeu em agonia, depois de susto e dor. Viktor não parava, apenas vinha e parecia não ter fim.

― Ah...doí..AH! Yuri!! Y-Yuri!!

O loiro estava embaixo dele, chupando seu pênis, não como nos beijos, mas em habilidade. Lambendo e puxando, engolindo e lambendo, chupando a cabeça e batendo a língua. Viktor atrás dele o segurava pelo peito, afastando um pouco o cabelo da nuca suada do menor, bombeando nele sem perca de tempo. Doía, era prazeroso, e era uma dor diferente. Yuri levou uma das mãos a boca, segurando os gemidos altos e arrastados, não fazendo um bom trabalho, pois mesmo abafados eles saiam repetidas vezes. Podia sentir seus olhos molhados, ele chorava ao ser totalmente possuído.

― Você será nosso, Yuuri Katsuki.

Viktor mordeu a curva do ombro dele, cravando as presas ali, fazendo o menor gemer alto, e arregalar os olhos em meio as lágrimas. Ele estava sendo mordido, podia sentir os dentes pontudos do outro em sua carne. Seus olhos foram vagando pelo local e focando-se em Yuri que estava com um dos seus pulsos firmemente presos em sua boca, bebendo dele assim com o Viktor bebia de si, era uma loucura, êxtase do mais profano. Tudo era demais, a dor, o prazer o fogo queimando no seu ventre a liberação de seu orgasmo. Tudo ficou escuro, Yuri havia perdido os sentidos assim que gozou, entregue nos braços dos dois que lhe bebiam o sangue.

 

Epilogo

― Eu sei Phichit que eu disse que iria sair com o pessoal, ma eu tenho outros planos.

Yuuri colocou a mochila com os patins e a roupa de patinação nas mãos de Boris, o mordomo da mansão, e subiu devagar pelas escadas escutando o amigo reclamar que ele não saia mais com ninguém.

― Não, eu vou ficar bem... sim eu vou estar com eles dois... Phichit –Kun eu não sou um tarado! Phci.. alô! Alô? Hunf, baka...

Yuri largou o telefone dentro do bolso, terminando de subir as escadas, indo direto par ao quaro que agora lhe pertencia. Suspirou ao olhar par a aporta em frente a sua, toda cheia de avisos de “NÃO ENTRE”, “PERIGO RADIOATIVO” VÁ SE FODER! ” . A decoração do quarto de Yurio também não era nada precida com a idade dele, de fato era um quarto de um adolescente cruel, que seria no mínimo um bandido perigoso caso crescesse. O som do rock estava estourando lá dentro. Yuri suspirou de novo entrando em seu quarto e sendo jogando na parede, sentindo seu corpo doer, a boca foi tomada por um beijo avassalador e os cabelos puxados para que acompanhassem quem o subjugava.

― Hey hey, porco anão, você pensa alto demais, então nas sus fantasias eu sou um bandido né?

― N-não Yuri...o o que você...

― Quer transar, gosto de transar com você.

― Eu estou sujo, acabei de chegar da patinação, podia esperar eu me lavar.

― Ahhhhhhh! Não! Foder. AGORA! Dá!

Yuri rolou os olhos, o loiro era tão limitado quando queria algo usando o linguajar de homem das cavernas.

― Me recuso.

― O que? Mas... VIKTOR!!

― Que porra é essa de barulho! ― Viktor apareceu pisando duro, em seu terno negro segurando um livro de capa dura e vermelha, com letras duradas. ― O que foi inferno?

― Yuuri não quer dar pra mim.

― Yuuri?

― Ele me tacou, eu quero tomar um banho primeiro, que droga, eu sou uma porra de um escravo de sexo desse pirralho!

― EH? QUEM É O PIRRALHO AQUI EU TENHO MAIS DE TREZENTOS ANOS!

― E age feito um adolescente de 19 espinhento e no cio!!!!

― VIKTOR!!! OLHA ELE!! ― Yuri apontou par ao Yuuri japonês e fez “A Cara”. Estava definitivamente emburrado e magoado. Viktor suspirou, fechando o livro e entrando no quarto, encostando a porta e o livro na mesinha, tirando a gravata e depois paletó.

― Vamos dar banho no Yuuri, e vamos transar com o Yuri...que bosta eu podia ter parado só em um Yuri, mas nããooo fui ceder aos meus caprichos.

Ele passou as mãos nos cabelos, agora um pouco maiores que a um ano atrás quando Viktor tomou Yuri do mundo, fazendo-o romper com a família ao negar-se casar-se com sua noiva arranjada, vindo morar com eles. Viktor estava deixando o cabelo crescer novamente, e sorria para agilidade de Yuri em ficar nu.

― Banho e depois Comida!

― Sim, sim, vamos lá.

Yuuri colocou a mão na cabeça, e depois sorriu.

Pegou o celular de dentro do bolso enviando uma mensagem ao Phichit.

 

 

 

“ É, você está certo,

sou um pervertido, te vejo amanhã.

Leve os meus livros. Katsuki, Y.”

 

Notas de rodapé

[1] Revolta de Khmenytskyi ou Rebelião de Chmielnicki Assinado o Tratado de Pereyaslav e o Tratado de Hadiach. Criação da Ucrânia, como estado satélite do Império Russo. Via: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_Khmelnitski Nesse caso Yuri teria 363 anos, ele foi transformado cinco anos depois de viver com Viktor em 1653, Viktor é bem mais velho.

[2] O Dia do Armistício é o aniversário do fim simbólico da Primeira Guerra Mundial em 11 de novembro de 1918. A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão em Compiègne, na França, pelo fim das hostilidades na Frente Ocidental, o qual teve efeito às 11 horas da manhã — a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês". Via:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Armist%C3%ADcio

 

[3]No Velho Continente, a planta era utilizada na fabricação de vinhos. Um deles, o Mariani, criado em 1863, era o preferido do papa Leão 13, que deu até medalha de honra ao produtor da bebida. Foi nessa mesma época que o químico alemão Albert Niemann isolou o alcalóide cloridrato de cocaína. Como tantos outros cientistas que você vai conhecer nesta reportagem, ele usou o corpo como cobaia: aplicou a droga na veia e sentiu a força do efeito.

O psicanalista Sigmund Freud investigou o uso da droga. Achava que ela serviria como remédio contra a depressão e embarcou na experiência: “O efeito consiste em uma duradoura euforia. A pessoa adquire um grande vigor”. Até que um dos pacientes, Ernst Fleischl, extrapolou e morreu de overdose. Freud, então, abandonou a droga.

 


Notas Finais


Aproveitem, eu aproveitei e me diverti.


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