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História Estrelas do Céu de Abraão - A volta de Otniel.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 26 - A volta de Otniel.


A chegada de Otniel à Hebrom aquela tarde,  causou grande reboliço, alegria de muitos, e insatisfação de outros.

Não havia sido fácil, os últimos dias, andando sozinho pelo deserto, com as provisões e água, que Noemi havia lhe dado, quando chegou a Edom, estavam muito fraco, mas ainda assim, chegou Rúben.

Lá, recebeu ajuda dos Rubenitas, e depois de semanas, finalmente ele estava de volta a herança de Calebe, ao monte Hebrom.

Ao se depara-se com o pai,  foi um momento emocionante.

— Otniel, meu filho. — disse Quenaz, e abraçou cheio de felicidade.

Calebe fez o mesmo em seguida.

— Você está vivo! — afirmou o chefe tribal de Judá, e tio de Otniel.

Iru observava a cena inciumado, ao lado de Jéssica. Estava feliz por Otniel está sã e salvo, mas as coisas se tornariam ainda piores, agora Otniel seria ainda mais bajulado, pensou o primo, revirando os olhos.

Foram para a casa de Quenaz, e Adele e Seraías, ficaram emocionados ao vê-lo.

— Esther,  esteve tão triste esses dias.   — relatou Adele, servindo água à ele. — E Hatate, então.

Otniel olhou em volta. Também não aguentava mais de saudade.

— E onde estão eles?  — quis saber,  ansioso. — Onde estão Esther, e meu filho?

Precisava abraçar o filho, e precisava dizer como se sentia para Esther, e que mais do que nunca, queria passar a vida ao lado dela. Iria marcar logo o casamento.

— Esther foi para sua casa, quis ficar junto da avó, e das flores. — contou Adele. — Hatate quis ir também.

Isso fez com que ele sorrisse.

— Fico feliz que ela esteja cuidando bem de minhas flores. E que estejam bem.

— E onde está Salmon? — perguntou ao se lembrar de Elimeleque. — Gostaria de falar com ele sobre alguém muito importante que eu conheci em Moabe.

— Você estava em Moabe? — Seraías indagou. — É muito longe, não é?

— Sim, é longe.

— Você está ferido, filho. — observou Quenaz.

— Mas está cicatrizando, acredite, estive bem pior que isso.

— Diga o que aconteceu, meu filho. —pediu o pai de Otniel, preocupado. — Como foi parar tão longe de Israel, em Moabe.

Otniel olhou para o irmão mais novo, não podia dizer na frente de Seraías, a crueldade que o outro irmão foi capaz de fazer.

— Outra hora conversamos sobre isso. — respondeu. — Teremos muito tempo.

Salmon logo apareceu, na residência de Quenaz.

— Shalom à todos.

Otniel sorriu, e se levantou só vê-lo.

— Salmon.

— Otniel, seja bem vindo de volta, meu amigo. — desejou Salmon.

— Obrigado, Salmon, temos que conversar. — relatou Otniel. — Conheci um parente seu,  mas outra hora,  agora eu preciso ir para minha casa.

— Entendo perfeitamente. — compreendeu Salmon. — Vai encontrar seu filho e sua amada. Outra hora conversamos,  Shalom.

                        ***

Para Esther, os dias e noites se tornaram ainda mais sombrios.

Não bastasse a angústia que sofria de não ter nenhuma notícia do noivo, ainda tinha lembranças do que Marduk tentou fazer a ela. A única pessoa que sabia de tudo,  além de Rebeca, era Martha.

Adele desconfiou que algo havia acontecido, porém Esther não foi capaz de contar. Disse apenas que ele partiu para Assíria, e não quis se despedir.

Esther não temia a volta de Marduk, se ele voltasse teria que ter sua punição, pelo mal que tentou fazer a ela, mas preferia nunca mais vê-lo.

Está no jardim secreto, fazia que pelo menos, ela tivesse boas memórias, diante das flores, se sentia bem.

Lembrou-se da noite em que foi pedida em casamento. Nunca se esqueceria, a rosa de saron,

— Adele tinha toda razão, você está mesmo junto da minhas flores.

Aquela voz... será que ela estava ouvindo coisas?

Levou alguns segundos para se virar, e ver que o que mais pediu a Deus em suas orações, nos últimos havia se realizado.

Era mesmo Otniel, ele estava bem, a sua frente. Sorrindo para ela. Sem pensar muito, correu para os braços dele.

— Otniel. — sussurrou, entre os cabelos deles. Amava aquele cabelo, aquele cheiro, amava tudo, tudo nele. Simplesmente amava aquele homem!

E não sabia mais viver sem ele.

—Aí. — ele deu um gemido baixo de dor.

Esther se afastou preocupada.

— Você está sentindo dor? Está machucado? Foi ferido!? — foi perguntando de uma vez, preocupada.

— Não precisa se preocupar tanto, meu amor. — falou na tentativa de tranquilizá-la.— Eu estou bem, fui ferido ainda sido um pouco de dor, de qualquer forma, seu abraço me fez bem. Está junto de você me faz bem.

Esther sorriu aliviada, olhando para o noivo. Passou a mão pelo rosto dele.

— Eu sabia que você voltaria, para casa, para sua família, e para mim. Nunca deixei de acreditar. Deus te protegeu, não te abandonou!

— Eu te amo, Esther.  — ele disse as palavras que mudava tudo.

Ela também estava certa do que o amava.

— E eu amo você. — respondeu.

— Então, vamos nos casar logo, vamos marcar a data, quero que seja minha esposa.

Esther assentiu, radiante.

— Ser sua esposa é tudo o que eu mais quero.

Depois daqueles momento, daquelas declarações, Otniel decidiu que preferia contar tudo.

— Precisamos conversar, é algo muito grave. — falou.

Esther assentiu, e notou a expressão dele, ficar muita séria.

— No início, eu não me lembrava, mas depois, eu me lembrei de tudo o que aconteceu no dia em que desapareci.

Mesmo com medo do que poderia vir a ouvir, ela perguntou hesitante:

— E o que aconteceu?

— Foi o Marduk...  —  ele iniciou e contou detalhadamente.

Ao terminar, percebeu que Esther, não parecia tão chocada, quase como se soubesse da capacidade de Marduk.

— Existia desconfiança da minha parte, mas eu não queria acreditar... Mas também depois do que tentou comigo.

— Tentou fazer o quê, com você? — quis saber, ficando nervoso.

Esther hesitou.

— Ele tentou me desonrar.

— Tentou!? Então alguém o impediu? Ele foi punido?

— Rebeca chegou, a ele desistiu. E partiu para Assíria, logo em seguida.

— Não, não pode ser. Ele tem pagar por todo mal que fez.

— Infelizmente não será possível.

                             ***

— Você está se sentindo realmente bem? — quis certificar Martha. — Pronto para cavalgar?

Otniel caminhava em direção a seu cavalo, que estava sendo preparado pelo lacaio.

— Sim, estou.

— E eu vou matar a saudade de Adele, Quenaz e Seraías. — disse Esther.

— Vamos comigo no meu cavalo? — perguntou Otniel à ela.

— Amo a Estrela, mas hoje aceito ir na garupa com você.

Otniel sorriu para ela.

— Eu vou amar, também. Senti tanto a sua falta.

Aproveitou cada segundo ao lado de Otniel, e das paisagens das redondezas de Hebrom.

Chegaram a casa de Quenaz, abraçados.

— Tão bonito ver vocês dois assim, juntos.  — comentou Adele, sorrindo. Fazia muito gosto, daquela união.

— Vai ser sempre assim, à partir de hoje. Pois vamos nos casar, em breve.

— Mas infelizmente viemos falar sobre um assunto muito sério. — avisou Otniel.

— Sobre o Marduk. — falou Esther, olhando para tia, e viu sua expressão ficar preocupada.

Sabia que magoaria Adele ao contar toda a verdade, mas era melhor assim. A própria Adele costumava dizer que a verdade deveria prevalecer sempre.

— O meu filho? — perguntou, incerta.— Podem dizer.

— Foi ele quem tentou me matar. Da maneira mais covarde possível. — começou Otniel e contou exatamente do que se lembrava.

Adele, ficou um tempo em silêncio.

— Eu sempre soube que havia alguma coisa, que ele não estava em paz consigo mesmo, mas... — não terminou de dizer.

Quenaz abraçava a esposa, tentando acalmá-la.

— E tem mais. — acrescentou Otniel, aumentando a apreensão.

— Não. — Esther sussurrou baixinho para ele.

Não estava pronta para dizer para Adele, o mal que Marduk tentou contra ela.

— Temos que contar, eu sinto muito. Se quiser, eu falo.

Quenaz e Adele esperavam apreensivos.  Ter tentando matar Otniel era um mal tão grande.  Como poderia haver mais!?

— Não, tudo bem, eu conto. — Esther se decidiu. — Marduk tentou... — ela fez uma breve pausa. — ele tentou  me violentar, Rebeca chegou à tempo de o impedir, eu não gosto nem de lembrar, foi horrível...

— E eu não suporto ouvir. Só de pensar que eu não estava aqui para defendê-la... — pronunciou-se Otniel

— Não pode ser, não... — disse Adele, aos prantos. — Não pode, como ele pode ser capaz de fazer tanto mal? — indagou em meio as lágrimas. 

— Tia... — Esther começou, mas não soube o que dizer.

— Venha comigo, querida. — chamou Quenaz, a ajudando a levantar. — Vamos tomar um chá, você precisa se acalmar.

Otniel voltou-se para Esther.

— Você tinha toda razão, meu amor. — disse. — Seria algo terrível para Adele, presenciar o filho ser apredejado.

Esther permaneceu em silêncio.

— Mas espero que nunca mais eu tenha que ficar frente a frente com ele, Esther.

— Não creio que ele volte a Israel, além de saber que é praticamente suicídio, ele tem outros planos. — ela finalmente se pronunciou.

— Outros planos? — questionou Otniel.

Não poderia imaginar o que seria, além de destruir hebreus, que ele odiava, e via como grandes inimigos.

— Usurpar do trono da Assíria. Ser um monarca poderoso, ele me disse. — Esther contou a ele.

— Não vai ser uma tarefa fácil, que ele passe a vida  tentando, e nos esqueça, mas que eu não tenha que encontrá-lo nunca mais. Se isso acontecer algum dia, ele será um homem morto. Eu o mato. — falou Otniel, convicto.



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