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História Estrelas do Céu de Abraão - Um usurpador no poder.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Olá <3 Voltei, o capítulo ficou pronto e eu precisava postar logo, esse capítulo com essa grande revelação sobre Marduk, e com uma novidade de other ❤

Capítulo 34 - Um usurpador no poder.


Fanfic / Fanfiction Estrelas do Céu de Abraão - Um usurpador no poder.

 

Finéias, o sumo sacerdote de Israel, estava chegando a Escola de Hebrom, onde as crianças tinha aulas religiosas, musicais, linguagem, entre outras.

— Shalom. — disse ele, a Melina e Esther.

As duas ex princesas cananéias eram fundadoras da Escola. Tudo começou num Shabat na casa de Otniel, onde Elias, Esaú e Jacó, disseram que gostariam de aprender juntos, e não separadamente.

Esther e Melina tiveram todo o apoio de Otniel e Iru, e construíram a primeira Escola de Irsael. Com um objetivo de fazerem as crianças despertarem o interesse por arte, música e religião, ou qualquer outro talento que tivessem. 

— Shalom Abisua*. — disseram ao pequeno, que estava junto do pai.

— Shalom. — respondeu o filho do sacerdote.

— Eu e Abisua, viemos acompanhar as aulas, hoje. Podemos? — perguntou o sacerdote.

— É claro que podem, será uma honra. concordou Melina. 

— Será maravilhoso. — falou Esther. — As crianças podem aprender ainda mais, com a presença de alguém tão sábio, e de tanta fé, que pode ensinar tantas coisas boas à elas.

— Muitas coisas ruins estão acontecendo, mas a cerca de dois anos, uma iniciativa iniciada aqui, deu muito certo. — Finéias comentou . — As crianças aprendendo junto está sendo muito melhor, e com liberdade, para aprender o que quiser.

— Quero parabenizá-las pela ideia. E também ao seus maridos, por terem levado adiante, e não ser apenas, uma ideia, um sonho. — completou o líder levita. — Desde que vocês tiveram a iniciativa com o apoio de Iru e Otniel, outras tribos adotaram a ideia, também.

— Mas não é bem a gente que vocês tem que parabenizar não. São à eles, aos  nossos filhos. — disse Melina.

— Foram os meninos que pediram. — Esther reconheceu. — E nada teria dado tão certo,  sem os voluntários. 

— Sim,  tenho muito orgulho dos levitas voluntários, vivendo na tribo, ao invés de viver em uma cidade levitica. Dedicar sua vida a educação religiosa e geral das criança, isso é essencial aos levitas. E é preciso, evitar que o mal se propague por todas as tribos.

Esther sorriu ao se deparar com Adele, abraçada de alguns meninos, a quem ela ensinava a ler a escrever em hebraico, fenício, e outras línguas antigas, por ser uma princesa, ela sempre teve muitas aulas, e fazia questão de ensinar o que sabia aos pequenos.

— Esther. — alguém a chamou.

Era sua avó Martha.

— Minha avó. — Esther sorrir a a abraçou.

Estava preocupada, percebeu ao olhar para a avó.

— Aconteceu alguma coisa? 

— Eu não queria dizer, mas estou com uma sensação de que algo vai lhe acontecer. — Martha revelou.

— Como assim? — Esther perguntou, preocupando-se com aquelas palavras.

Martha balançou a cabeça.

— Não sei se ruim ou bom, mas sinto, que preciso te dizer, nunca perca a sua fé, ainda que pareça que está sozinha, ainda que tentem de convencer do contrário. 

— Eu sei disso, nunca me esquecerei. —garantiu a avó.

 

                   ***

—  É eu preciso ir agora, mas eu volto logo. Volto para você. — Otniel disse, olhando nos olhos azuis da esposa.

As palavras, o abraço, o ultimo beijo antes de ir, tudo o que Otniel fez antes de partir para encontrar a congregação em Siquém, permanecia nela.

Esther não conseguia dormir direito, as noites que Otniel não estava ao seu lado, na cama, perguntando-se o marido estava bem. Imaginava então, como Adele estava se sentindo sem Quenaz, agora que estava viúva. Não conseguia imaginar.

Ainda bem que ela tinha Seraías, sempre ao lado dela.

— Mamãe. — disse uma voz baixinha, vindo da porta. 

Era Elias.

— Oi filho, ainda acordado? Vem cá.

— Eu tive um sonho ruim, e não consigo dormir mais. — confessou, caminhando pelo quarto até cama.

— Me conte seu sonho. — pediu ao filho, enquanto ele subia na cama.

— Com a escravidão... Todos nós éramos escravos, na Mesopotâmia, até eu.

As palavras de Elias mexeram com a mãe dele. Não era uma condição que queria nem imaginar. 

— Foi só um sonho ruim, lembra-se da história de José? — falou para acalmá-lo, e o menino logo concordou.

— Sim, de escravo, a governador do Egito.

— E Moisés? — Esther continuou perguntando, Otniel contou o filho todas as histórias de Israel, desde da criação, até a conquista de Canaã.

Com certeza, a história de Moisés foi a que mais Elias gostou. Ele se surpreendeu ao saber que o pai conheceu o libertador dos hebreus.

— Libertou os hebreus que foram escravizados no Egito, pelo faraó. Até eles chegarem aqui, na terra prometida. — Elias falou. 

— A escravidão por mais ruim que seja, também tem um fim. — Esther disse ao filho, esperançosa.

— Mãe, a senhora acha que Deus vai enviar outro libertador? — perguntou Elias, de repente.

— Sim, eu tenho fé, temos que ter, porque senão esse libertador nunca vai chegar. Precisamos ter fé, Moisés foi enviado quando ouve um grande clamor no Egito.

— Mas para isso, o escravos do Norte, terão que se arrepender se seus pecados, e clamar à Deus. — Elias falou simplesmente

— Pois é. — Foi o que Esther respondeu sorrindo.

Elias, por muitas vezes a surpreendia e a emocionava, por sua sabedoria, e fé, mesmo sendo um menino. 

— Mãe?

— Pode dizer. — respondeu, enquanto acarenciava os fios claros do cabelo de Elias.

— Porque o rei da Mesopotâmia está fazendo essas coisas? — indagou de repente, pegando Esther de surpresa.

Como explicar à uma criança, seu filho, algo que nem mesmo ela entendia.

— Infelizmente meu amor, os monarcas fazem isso pelo poder. Para mostrar que são superiores, mais fortes.

— Escravizando o nosso povo?  — perguntou. — Mas mamãe, a gente só feliz de verdade, quando é livre.

Esther abraçou o filho,  emocionada pelas palavras dele.  Elias era só amor.

— Eu te amo muito, meu filho, tanto.

Elias a olhou com os olhos verdes brilhando

— Eu também amo a senhora, mãe. 

Esther ficou junto do filho, até ele dormir, era maravilhoso ver o filho dormindo, tranquilo, em segurança, que depois de um tempo, ela acabou pegando no sono também.

 

                   ***

 

— Você parece tão triste, Melina. — comentou Esther com a amiga. — Estava tão feliz ontem....  ainda por causa da nossa viagem à Aser.

Caminhavam perto do Jordão, enquanto conversavam.

— Estou preocupada com os nossos amigos do Norte.  — ela respondeu, pesarosa. — Ainda bem que pelo menos, minha mãe, Mireu e Tamar vieram conosco.

— E como eles estão? — perguntou Esther.

— Gostando muito de Hebrom, de viver em nossa casa, mas muito preocupados, com a possibilidade de não poderem voltar para casa, com a possibilidade de tudo ser destruído.

— Pois é, mas parece que a maioria do povo de Aser, não está muito preocupada. — opinou Esther.

— Que Deus tenha misericórdia deles — Melina falou.

Esther não teve tempo de responder Melina, se sentiu fraca, e a visão escureceu...

Melina segurou Esther nos braços evitando assim que ela caísse.

— Esther, Esther. — chamou em vão, ela havia desmaiado.

 

                         ***

 

Melina chegou com Esther desmaiada em seus braços, até a casa de Sara.

— O que aconteceu com ela? — indagou Sara.

— Ela desmaiou enquanto conversavamos. — esclareceu Melina. — Pode ter sido por causa do calor, não é?

— Sim, mas pode ter sido outra coisa. Temos que despertá-la, primeiro.

A filha de Raabe e Salmon, se tornou uma excelente curandeira, ficou vivendo em Hebrom, porque se casou com um rapaz da região.

Esther foi acordando e se dando conta de que estava em outro lugar, perguntou:

— O que aconteceu?

— Você desmaiou enquanto caminhavamos perto do rio.

— Como está se sentindo? — Sara perguntou.

— Estou me sentindo bem, agora.

— Eu aconselho que fique aqui, em observação, por um tempo.

— Está certo, Melina vá ficar com os meninos. — pediu Esther.

— Sim, até mais tarde, minha amiga. Fique bem! Shalom.

— Amizade bonita à de vocês. — comentou Sara, com um sorriso.

— Melina é como uma irmã para mim. — falou Esther, com carinho da amiga.

— Sara, eu queria te perguntar algo, é que é que tenho sentido os mesmos sintomas de quando estava grávida de Elias.  — contou ela. — Mas a única diferença é que minhas regras desceram. 

— Já vi alguns casos assim, você certamente está grávida, Esther. Eu recomendo bastante repouso. Deve evitar qualquer esforço e aborrecimentos. É uma gravidez de risco, precisará de cuidados.

Esther colocou a mão de forma protetora sobre o ventre.

Carregava ela segunda vez, uma nova vida dentro de si. Estava emocionada, mas também sentia muitas outras coisas, entra elas insegurança e um pouco de receio... E guerra se aproximando, e ela com uma gravidez complicada. Seu filho, ou filha, nasceria em um tempo muito difícil.

— Não parece feliz com a noticia. — percebeu Sara. — Olha, fique tranquila, se você se cuidar, dará tudo certo.

— Não é isso, eu estou feliz, muito, mas é que eu não quero ver o Otniel passando por aquele sofrimento de novo, Sara. Quando eu estava grávida de Elias foi tão difícil. Qualquer coisa que eu sentisse, por mais natural, Otniel se desesperava, ele mostrava em suas ações, em seus olhos que tinha medo de me perder. — recordou-se. — E agora, com a ameaça da guerra, tudo se torna pior...

— Quem sabe não é menininha dessa vez? — Sara tentou animá-la, com o comentario.

— Quem sabe? Mas minha única preocupação é que venha com saúde.  Isso é o que importa.

— Sei que estamos passando por uma fase difícil, mas um filho é um milagre.  É a prova de que Deus não nos esqueceu, se ele ainda proporciona o milagre, é porque nossa descendência seguirá.

— É isso mesmo, Sara. Estou impressionada diante de sua fé. Como sua mãe, Raabe.

— Faça exatamente o mesmo. Confie em Deus.

— Eu confio. — respondeu, com a mão sob o ventre. — Ele me abençoou com a maternidade pela segunda vez.

A irmã que Hatate, e principalmente Elias tanto desejavam, finalmente viria ao mundo. 

 

                          ***

 

                Assíria (Alta Mesopotâmia)

Marduk agora era conhecido por todos como Cusã Risataim, os seus conselheiros, haviam aconselhado a ter um nome forte, como o soberano forte que era.

Monarca de toda Mesopotâmia, ele havia conseguido!

Após um plano perfeito que foi executado com êxito, e a carruagem que levava o soberano da Mesopotâmia, da Assíria até a Babilônia, foi sabotada,  causando um grave acidente onde nem o rei e nem seu herdeiro sobreviveram. 

Restava apenas uma herdeira para assumir o trono, a princesa Nina. 

Assim ela foi coroada Soberana de toda a Mesopotâmia, é claro, seu esposo Marduk se tornou rei, subiu ao trono do Império Assírio.

Finalmente chegando aonde tanto desejou,  desde que pisou naquele palácio de Nivine, pela primeira vez. 

Marduk começou seu reinado,  mostrando o quanto era cruel,  queria ser temido por todos!  E foi!

Execuções em praça pública, derrotando reis inimigos, conquistando cada vez mais terras para a Mesopotâmia. 

E seu plano mais ousado, escravizando o povo de Israel, enquanto todos os outros reis temiam os hebreus, Marduk fazia que eles os temessem. Queria mostrar ao mundo que ele era mais poderoso.

E que definitivamente a Mesopotâmia merecia o título de maior império da terra, Egito, havia ficado para trás, era passado.

Os espiões que enviou a Israel, voltaram com muitas informações.

Uma delas, era por onde andava Esther, o que havia sucedido com sua prima.

Pensou ter ouvido errado, Esther casada com um hebreu de Judá, chamado Otniel?  Como era possível se ele havia matado o rival há anos atrás com uma flechada!? 

Marduk estava em estado de fúria, ao descobrir o que aconteceu com a prima, quebrou diversos objetos valiosos, e quando se acalmou um pouco, chamou seu general até os aposentos reais.

Se era mesmo real,  eles não ficariam mais juntos, ele acabaria com a felicidade de ambos,  rapidamente. 

— General Adonis. — iniciou ele. — Os espiões que enviei para o Sul Israel voltaram, sabe o que descobriram? 

— Bom soberano, creio que trouxeram informações valiosas sobre as tribos do Sul.

— De fato.  — concordou,  andando pelos aposentos.  — Mas existe uma informação que não me parece verídica, não pode ser!

— Qual,  Majestade? — indagou Adonis.

Marduk suspirou, o simples fato de ter que pronunciar aquelas palavras eram difíceis para ele.

— Esther se casou. — falou de uma vez.

Adonis deu um leve sorriso.

— Mas já era de se esperar, que aconteceria, tão bela!

— O problema é que ela se casou com Otniel, o maldito hebreu! — Marduk praticamente gritou.

— Mas o soberano, não o matou à anos atrás, antes de voltar para a Assíria?  — perguntou Adonis confuso, afinal,  recordava-se de Marduk contar com orgulho, sobre ter matado Otniel. 

— Ele era para está morto, mas pelo visto, o maldito sobreviveu, e está casado com minha Esther. Compreende?

Adonis engoliu a seco e assentiu, o que diria? Sempre achou um absurdo a obsessão de Marduk por Esther, mas havia falado sobre isso no passado, agora não se atreveria mais.

Agora havia ficado claro o motivo do mau humor do rei, pensou.

— Está tudo certo para o ataque de mais uma tribo do Norte? — quis saber Marduk.

— Sim, amanhã mesmo atacaremos uma tribo denominada Aser. — Adonis garantiu, risonho.

— Pois quero que prossiga com o ataque. E que passe rapidamente para outras tribos, quero que não exista um único hebreu livre.  — falou com ódio. — Voltarão ao lugar de onde nunca deveria ter saído, a servidão,  como no Egito.

— Os espiões admitiram que as tribos do Sul, são mais forte... — completou Marduk.

— Temos que nos preparar para não haver falhas. — pronunciou-se o general.

— Exatamente, mas quero que organize um pequeno ataque ao Sul. Não posso esperar, já esperei demais... Não posso esperar mais para ter Esther. É só ela que me falta, quando eu tiver Esther sob meu total domínio não me faltará mais nada.

Adonis entendia exatamente o que seu rei desejava ainda que não falasse as palavras exatas.

— Um ataque à Judá,  para raptamos sua prima? — indagou o general.

— Isso mesmo, o mais depressa possível! — ordenou o rei.

— Mas soberano... — Adonis começou, sem a chance de terminar sendo interrompido:

— Sem mais, é o que o seu soberano mais deseja nessa vida: Esther. — finalizou Marduk.

 

                       ***

 

Esther voltou para casa, com os pensamentos à mil. Em uma situação difícil, em época quase guerra, como diria a Otniel que esperava um filho?

Quando chegou de Siquém já a noite, Otniel mostrou-se preocupado, porque soube por Iru que ela havia desmaiado.

Quando se preparavam para dormir, Esther decidiu que estava na hora de contar.

— Soube que estava com Sara hoje, você está doente? — perguntou Otniel, preocupado.

— Não, é uma coisa maravilhosa, que trará muita alegria para nossas vidas. — ela fez uma pequena pausa, e por fim anunciou:  — Você será pai, mais uma vez. Eu estou grávida.

De Otniel, não houve medo, desespero, ou preocupação, apenas felicidade.

Se abraçaram emocionados. A chegada de mais um filho, num momento como aquele,  representava acima do tudo: esperança.

Havia mais uma vida que precisava de proteção, e eles, pais, fariam o que fosse possível para proteger essa vida, que já amavam tanto.

 


Notas Finais


Hoje, vou recomendar outra fic inspirada em ATP: https://spiritfanfics.com/historia/a-filha-de-tobias-7141060
Leiam, vocês não vão se arrepender ❤
*Abisua 😍, mais um personagem bíblico, filho de Finéias: I Crônicas 5:29-30 Agora, sobre o capítulo, Marduk realmente está na Bíblia, ele é o Cusã Risataim, rei da Mesopotâmia, ou seja, é ele quem está escravizando Israel. E pelo menos tivemos uma notícia maravilhosa, Esther grávida! #BabyOther


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