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História Estrelas do Céu de Abraão - Chegada à Moabe.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Shalom! Chegou a hora de descobrir para onde Esther fugiu... Lisandra Couto como Adama.

Capítulo 39 - Chegada à Moabe.




— Como assim, fugiu? — perguntou Marduk, incrédulo, se levantando do trono. — Não pode ser. — brandou raivoso.


Os guardas que faziam vigia nos aposentos onde Esther estavam, haviam informado a fuga de Esther, mas não atreveram a se explicar.  Se colocassem a rainha contra o rei, poderia acabar executados.


— Tem que haver uma explicação.


— Eu não sei como aconteceu, Soberano.


— Maldição. — gritou.— Adonis, dê um jeito nesses dois inúteis. — ordenou ao general.


— Não, não, não. Tenha clemência, tenha piedade, meu rei. — disse um dos guardas.


O general se aproximou do homem.— Dou cabo dele. Soberano? — questionou Adonis.


— Leve-os para o calabouço, que depois eu decido qual será a sentença.


A rainha Nina sorriu, adorava pressenciar execuções.


— Eu sugero decapitação, seguida de esquartejamento.


— Um excelente sugestão, minha rainha.


— E você General Adonis, vai atrás de Esther, reúna alguns soldados e vá. Ela não conseguirá fugir.


— Imediatamente Soberano. Ela  não deve ter ido muito longe, nem mesmo deve ter conseguido chegar aos portões de Nivine. — Adonis falou, orgulhoso da segurança que a cidade sempre teve.


— Mesmo que tenha conseguido sair de Nívine, encontrem aonde for, mas a encontrem. Ela pertence à mim.


O general assentiu e se retirou da sala do trono.


Marduk olhou para a rainha, que sorria satisfeita.


— Cusã-Risataim, eu amo quanto você está assim. Bem cruel. Mostrando que é mesmo o senhor de em toda Mesopotâmia!


— É assim que um rei deve ser. — ele falou, com ódio.  — Afinal, quem Esther pensa que é, para continuar preferindo aquele hebreu, mesmo agora que sou um homem tão poderoso? Mesmo sendo o rei mais poderoso da terra?


— Meu Rei, é simples. Depois de tanto tempo vivendo junto de hebreus, ela se adaptou, a simplicidade, a vida pacata.


Marduk balançou a cabeça, inconformado.


— Não consigo aceitar, uma princesa... Mas ela vai se arrepender, as consequências serão grandes.


Nina estava radiante. Conseguiu que Marduk sentisse ódio de Esther.


"Essa cananéia é mais burra do que havia pensando," pensou Nina.       


                      ***


Otniel e Iru entraram no palácio, se passando por nobres. Estiveram na sala do trono, e ficaram surpresos ao constatarem que Marduk, filho de Adele, e primo de Esther, era o monarca opressor dos filhos de Israel.


Era praticamente inacreditável, mas Marduk era o Cusã-Risataim.


Por sua vez, Marduk, estava com seus pensamentos longe, porque Esther ainda não havia sido encontrada, reparou neles por alguns segundos, os achou familiares, mas com os turbantes na cabeça, concluiu que era porque eles já estiveram no palácio antes.


— Agora eu entendi tudo. — Otniel falou, nervoso, caminhando pelos corredores do enorme palácio.  — Se Marduk é o rei, Esther certamente está aqui. Ele quem ordenou que a capturassem.


— Devemos procurar, por tudo. — Iru fez uma pausa, acrescentando com cautela. — E talvez esteja na masmorra.


Otniel se frustou ao pensar na possibilidade. Sua esposa grávida, em uma masmorra!?


— Não, ele não faria isso.


— Infelizmente, eu acho que faria sim, ele é completamente insano.


— Meu desejo foi matá-lo quando o vi naquele trono. — confessou Otniel.


— O meu também. — concordou Iru. — mas seríamos mortos antes pelos guardas.— É a Rebeca ali. — percebeu ele.


Se aproximaram dela, e Otniel a chamou:


— Rebeca.


A hebreia olhou assustada para os nobres.

Iru se aproximou mais e sussurrou:


— Somos nós, Iru e Otniel, de Judá.

Rebeca sorriu, mas com certo receio, sabia dos riscos que eles corriam, em estarem ali.


— Como entraram aqui? — sussurrou baixo, olhando para os lados,  com medo de alguém ouvir aquela conversa. — Se o rei descobrir...


— Ele nos viu, na sala do trono, e nem desconfiou. — Iru admitiu.


— Aonde está Esther? — Otniel perguntou, ansioso. — Ela está aqui, não é?


— Infelizmente vocês chegaram um pouco tarde demais. Esther fugiu ontem à noite.


— Fugiu!? — indagaram juntos.


— A rainha a ajudou, porque a odeia, e acredita que assim, ela morrerá na fuga.


Sem acreditar, Iru se revoltou:


— Pois essa rainha não tem sentimentos, como pode desejar a morte de uma mulher grávida!?


— Para ela Esther é apenas sua principal rival, e apenas isso. Ela a odeia muito.— confessou. — Pelo menos fugindo, Esther fica longe desses monarcas insanos. Deus vai protegê-lá, ela e o bebê.


— Não tenho dúvidas, Deus irá protegê-la. — Otniel repetiu. — Esther, e o nosso filho.


— Vai sim, agora por favor, me digam, Gabriel veio com vocês? — Rebeca quis saber.


Iru negou.


— Não, ele não veio conosco. Achamos melhor assim, menos gente, chama menos atenção.


A rainha Nina se aproximou deles, e já estava a procura dos nobres, que viu na sala do trono.


— Aí estão vocês, os nobres que estavam na sala do trono, de onde são?


— De Canaã. — iniciou Iru.


Eles disseram nomes cananeus, para não provocar desconfiança.


— Um dos poucos reinos sobreviventes da tomada dos hebreus, não é?


— Sim, um reino do Norte. — dessa vez, Otniel quem disse. — Próximo a Babilônia.


Nina sorriu para eles.


— Interessante, gosto dos resistentes. E o que vocês falavam com a serva? — quis saber a rainha, olhando para Rebeca.


— Apenas perguntamos se ela sabe de um lugar aqui, para nos divertimos.


— Não gostaram do meu palácio? O acharam tedioso?


Iru fez questão de responder depressa:


—  Nada disso, rainha. Apenas queríamos conhecer um pouco mais da Assíria, de Nínive.


Nina confirmou, não conseguia parar de olhar para Otniel.


— Pois eu acho que vão gostar ainda mais conhecer os meus aposentos. Gostaria de falar com vocês, lá. Me acompanhem.


Hesitantes, com a possibilidade da rainha descobrir a verdade, sobre eles, de serem hebreus, e  os entregarem a Marduk, Iru e Otniel, a seguiram até os aposentos reais.


— Para começar, tirem esses turbantes.— falou em tom exigente, e ansioso.


Eles fizeram, deixando os cabelos aparecessem.


— Ainda mais bonitos do que eu imaginei. — A rainha falou, e mordeu os lábios.


Havia se interessado em Otniel,  quando viu apenas os olhos verdes, na sala do trono. E logo, o desejou para si.


— Eu sou uma rainha fiel, mas meu rei não merece que eu seja. Por isso, eu decidi que não manterei mais a conduta impecável. Por isso, vocês serão meus primeiros amantes. — falou simplesmente.


— Senhora, é arriscado demais. E se o soberano descobrir... —Otniel falou receoso.


— Ele não vai descobrir, estará ocupado demais com suas outras esposas. — a rainha o cortou.  Se aproximou mais dele. — Tem certeza de que é apenas um nobre? — questionou, passando a mão pelos músculos dele. — É um homem tão forte, parece até um guerreiro.


— Sou apenas um nobre cananeu, mesmo. — ele mentiu.


— Está certo, que seja, essa noite, eu quero você.


— Não se preocupe, amanhã será a sua vez. — completou voltando-se a Iru.

Olhou novamente para Otniel.


— Venha aqui a noite. Terá a entrada autorizada.


— Eu estarei aqui, minha rainha. — garantiu Otniel, já pensando que teria que fugir, antes de anoitecer.


— Irei esperar, espero que a noite seja muito prazerosa para nós dois.


— Será muito prazerosa, minha rainha. Será.                            


                          ***


— A rainha se sentiu muito atraída por você, Otniel. Viu só? "Essa noite, eu quero você." — comentou Iru.


— Por você, também. — rebateu Otniel.


Iru fez que não.


— Mas foi diferente, o interesse era muito mais por você, ela não tirava os olhos de você, desde a sala do trono. Vai deixar a soberana na vontade...


— Iru, não é hora para brincadeiras você sabe que eu... — começou sério, sendo interrompido, pelo primo:


— Sei exatamente o vai dizer, primo; que jamais, se envolveria com ela, que ama Esther, e que adultério é pecado. E quer saber, concordo com tudo. Só estou brincando, um pouco. Entre ela e Melina, eu sempre vou preferir minha princesa.


— É exatamente isso, Esther é tudo o que eu quero, precisamos ir atrás dela, e encontrá-la.


Foram até a ala das servas, e bateram na porta do quarto de Rebeca.


Ao abrir, ela mostrou-se completamente surpresa.


— Vocês ainda estão aqui!?


— Nós viemos buscá-la. — informou Iru.

— Estamos indo embora.


Rebeca fez que não.


— Eu não tive tempo de falar mais cedo,  mas eu não vou.


— Não vai? O que vai fazer, ficar aqui? —Otniel perguntou, surpreso.


— Se eu quisesse mesmo ir embora, teria feito isso, fugido com Esther.  — ela suspirou, e olhou nos olhos deles. — Está decidido. Eu não vou com vocês.


                     ***


— Vamos pernoitar aqui. — o cocheiro avisou a Esther, parando a carruagem.


Estavam em uma pousada, na Babilônia.  Um lugar rústico, com  pedraria escura na fachada.


— Boa noite, dois quartos, por favor.— o cocheiro pediu.


— Temos apenas um. — Foi o que informaram à ele.


— Ficaremos com ele.


O cocheiro era um homem de meia idade, cabelos cacheados, e muito gentil. Diferente dos assírios, ele era o babilônico.


— Durma na cama, senhora. Eu durmo no chão. — falou, já colocando a esteira no chão.


Isso fez Esther, achar seguro pedir por ajuda à ele.


— Obrigada, isso prova que é alguém bom, então, por favor, senhor. Me leve até Israel... Eu lhe imploro.


O cocheiro fez que não.


— Não posso, senhora. Tenho de fazer, conforme minha rainha ordenou.


— Eu estou grávida, tenho outro filho, familia. Tudo o que quero é reencontrar minha família. — falou tentando convencê-lo.


— Sinto muito, me parece alguém de bom coração. E eu tenho nada contra ti, mas devo obedecer minha rainha.


Esther mal conseguiu dormir, tentando imaginar qual havia sido a ordem da rainha Nina.


Na manhã seguinte, o cocheiro e Esther seguiram viagem após o desejum na pensão.


— Minha rainha ordenou que eu a abandonasse no deserto. — o cocheiro contou a ela. — Mas certamente você não sobreviria nesse estado, por isso, te deixarei aqui, em uma cidade cananéia. Seu povo, então creio que será bem recebida.


— Sou muita grata, por não ter me abandonado no deserto.


O simples fato de estar fora da Assíria, fazia com que ela se sentisse mais segura.                         

                  

                       ***


Depois de caminhar, cerca de meia hora, pelas ruas do território cananeu, encontrou uma taberna, entrou.


— Posso ajudar? — perguntou uma bela mulher.


— Na verdade, eu entrei para perguntar se a senhora precisa de alguém para trabalhar aqui?


A dona da taberna, era uma cananéia chamada Adama. Ela se simpatizou com Esther imediatamente.


Contou que precisava sim de uma ajudante, que a última havia se apaixonado por um babilônico, e se casado com ele, indo embora. Esther disse que estava grávida, e ainda assim, Adama a aceitou.


— Olha, não precisa se esforçar muito, está grávida, e eu não quero que nada de mal aconteça ao seu bebê. — disse a Esther.


—Muito obrigada pelo preocupação, mas estou bem. Posso ajudá-la sim.


Adama a fitou.


— Você é tão bonita, Esther. Esse cabelo é maravilhoso.  É cananéia?


— Sim, eu fui uma princesa de Jericó. — falou simplesmente.


Adama riu.


— Está brincando, não é? Se bem que... Sempre ouvi, desde muito jovem sobre a beleza da rainha de Jericó. Sobre seus longos cabelos ruivos. Senhora da serpentes, rainha... — tentava recordar o nome da soberana.


—Rainha Kalési. — completou Esther, e se recordou da mãe. — É eu sei bem...


— Era esse mesmo o nome. É mesmo filha dela?


— Acreditar ou não, é uma escolha, mas o que importa é quem eu sou agora, não o passado.


— E quem você é? Não me disse onde vive, como vive...


— Não é tão importante assim. Eu me casei com o homem que amo, tenho dois filhos, três agora. — se corrigiu, passando a mão pela barriga. — Era feliz.


— E porque que deixou sua família?


— Eu não os deixei. É uma longa história, triste.


— Não vou insistir, se não quer contar, tudo bem.


Um mês se passou, Esther trabalhou na taberna, como todos os dias, normalmente, até ocorrer algo atípico.


Naquele dia, uns soldados entraram na taberna, como se procurasse por alguém, Esther percebeu que não eram caneneus, eram  soldados assírios, provavelmente a mando de Marduk a procurando.


Saiu o mais depressa possível, indo para o quartinho, Adama os atendeu, e quando perguntada se ela tinha visto uma moça, com as características de Esther, negou.


— O que aconteceu,  Esther?


— Eu tenho ir embora daqui. — ela falou, nervosa


— Por quê? — Adama quis saber.


Nervosa, ela andava de um lado para o outro.


— Porque aqui não mais um lugar seguro.


— Tem alguma coisa a ver com os Assírios que estavam aqui?


Esther só conseguiu assentir.


— Pelos Deuses! Os Assírios estão procurando por você, não é!? Eles perguntaram por você, a descrição que fizeram...


— Sim, mas eu garanto que não fiz nada demais. Só escolhi servir ao único Deus.


— Monoteísmo, eu só consigo pensar... Nos hebreus? Você vive junto dos hebreus? — Adama perguntou.


— Sim.


— E porque não me contou, antes?


— Tive medo de não ser aceita, por  monoteísta, e não politeísta. — revelou ela.


— Já ouvi coisas maravilhosas sobre o Deus de Israel, embora quase nenhum caneneu, acredita, mas como pode ser mentira se Canaã, foi praticamente tomada pelos hebreus, poucos reinos resistiram. Os maiores reinos, caíram diante de Israel.


— Deus é muito poderoso mesmo. — disse Esther. — Capaz de realizar grandes milagres.


— Eu espero algum dia reencontrá-lá, para falarmos desse Deus, porque eu quero muito saber mais sobre ele.


Adama a abraçou.


—Que o seu Deus, te proteja. E também, ao seu filho. 


                      ***


Caminhando pelo deserto com as provisões que ganhará na tabera, Esther começou a pedir ao Senhor que a guiasse na direção certa.


Para um lugar seguro. Chegou a Moabe.


Mas estava sedenta, viu um poço, ao longe, porém estava cansada demais para chegar até lá.


Foi então que uma moça, vindo do poço, com moringas de água, e se preocupou ao ver o estado de Esther, naquele sol escaldante.


— Moça, está sentindo mal?


Esther apenas assentiu. Estava exausta.


Sem hesitar, a moça entregou a ela, uma das moringas de água.


— Deve ser o sol está muito forte. Beba. — disse ela.


— Obrigada, eu não aguentava mais de sede.  — agradeceu. — Eu me chamo Esther.  Como se chama?


— Eu me chamo Rute.



Notas Finais


E a personagem bíblica, Rute estreou na fic ❤ Alchmene, meu amor que tanto esperou por isso, ela chegou ❤ Por falar nessa linda, vou recomendar a fic dela de ODM https://spiritfanfics.com/historia/o-comeco-de-um-sonho-6895473 dêem uma chance para ela, que encontrou um jeito único de contar a história de Moisés, um pouco diferente da novela, leiam, vocês vão amar OCDUS ❤


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