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História Estrelas do Céu de Abraão - Junto a família de Elimeleque.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Cheguei com o capítulo 40 para vocês! Vou agradecer a @Rebecca_James, por todo o carinho com a fic, todos os belos comentários, e por ter chegado até aqui! Obrigada 😍❤ Gente, Rute acabou de chegar e já encantou, ela é maravilhosa, rainha 😍 Nesse capítulo, vamos conhecer melhor sobre ela, e rever a família de Noemi, infelizmente um pouco menor 💔
p.s Bruna Marquezine como Rute nessa fase.

Capítulo 40 - Junto a família de Elimeleque.


Rute observou Esther, sem saber o pensar, era uma bela mulher, e não fazia ideia do porque dela  está caminhando pelo deserto sozinha.

E era acima de tudo perigoso, se mercadores a encontrassem, ela seria escravizada por eles.

Então, começou a perguntar:

— Está vindo de onde?

Esther estava se sentindo bem melhor, já não estava mais sedenta.

—  Da Assíria. — Esther falou baixo, só de pronunciar o nome do lugar, lembrava de todo sofrimento que passou, nos poucos dias que esteve no palácio.

— Norte da Mesopotâmia? — indagou a moabita, e Esther assentiu. — É muito longe... Vejo que está grávida. — percebeu ela.

— Sim, estou. — ela respondeu e colocou a mão no ventre.

— Vai para onde?

— Israel, Hebrom de Judá.

— Você é hebreia? — quis saber Rute, sem esconder a surpresa na voz.

Imaginou que Esther fosse midianita, cananéia, moabita como ela, tudo menos hebreia.

— Sim, quer dizer, quase isso. Digamos que eu sou uma cananéia que se converteu, e se casou com um hebreu.

— Essa também é a minha moabita que se casou com um hebreu. Minha sogra me fala tanto sobre o Deus de Israel sempre, eu creio nEle, e não nos deuses moabitas.

Foram caminhando se sentiu tão à vontade que contou à Rute, suas origens. Talvez por ser uma estrangeira, como ela.

—  Sou natural de Jericó, eu era princesa na época da monarquia canenéia.

— E sobreviveu a queda das muralhas? A batalha de Jericó?

— Houve alguns sobreviventes, embora seja improvável que eu tenha sobrevivido. Eu era uma menina de sete anos, filha do rei.

— Era uma princesa.— Rute falou, supresa. —Ainda bem que Deus esteve ao seu lado, e você conseguiu recosntruir sua vida, com um homem de fé.

— Não poderia ser diferente. Otniel é o homem mais justo e generoso que eu ja conheci. Ele tem muita fé.

— Otniel?! Eu já ouvi esse nome antes... Ah, claro, minha sogra, Noemi sempre fala de um hebreu com esse nome.

Foi nesse momento que Esther percebeu, ou era coincidência demais, ou se tratava dos parentes de Salmon.

— Noemi!? A esposa de Elimeleque!? — perguntou ela.

— Sim, viúva na verdade. Como sabe?

— É que eu sou esposa de Otniel, esse hebreu que sua sogra sempre fala, ele também fala sobre ela, Quiliom, Malom, e o senhor Elimeleque.

Rute sorriu ainda mais.

— E eu sou esposa de Malom. Vamos logo, Noemi vai amar conhecê-lá. Ela dizia querer muito conhecer a esposa de Otniel. Vamos.

Depois de caminharem bpor mais algum tempi,  chegaram a simples casa de Noemi, feita de adobe.

Assim que entraram, Malom, marido de Rute, foi o primeiro a ver Esther. Ele a olhou entrigado.

— É uma sacerdotisa de Aserá? — ele quis saber.

— Claro que não, meu marido. — Rute respondeu.

— Tudo bem, Rute. É o que estou parecendo mesmo. Há muitas moabitas de cabelos ruivos. — Esther falou, mostrando que não se importava.

— E essa estrela de cinco pontas no seu colar? — Orfa questionou.

Esther segurou o colar, e como sempre, ficou nostálgica, e lembrou do pai, Marek.

— Para mim, é só uma joia de família, uma lembrança de meu pai.

— Esther é cananéia, uma princesa de Jericó, e se casou com um hebreu. — explicou Rute.

—Assim como você e Orfa. —Noemi sorriu.

— Noemi, ela é casada com Otniel. Aquele hebreu que a senhora, sempre fala conosco.

— Otniel, filho de Quenaz?— perguntou Malom, enquanto se levantava —Eu me lembro dele, um bom rapaz, foi alvo de uma tentativa de assassinato.

— Rute ainda não havia se casado com você na época, meu filho, Infelizmente,  eu fiquei viúva e pedir meu filho mais velho.

— Nossa, que tragédia. Eu sinto muito, meus pêsames.

— Deus tem me dado conforto, e força para seguir em frente.

— Eu sempre quis poder agradecer a senhora.  Por ter salvado o Otniel. — revelou a Noemi, segurando as mãos das senhora. — Se não fosse pela senhora,  a gente não teria casado.  E nem teria construído minha familia.

Noemi a abraçou.

— Fico feliz que tenham conseguido viverem o amor de vocês. Afinal como veio parar aqui, grávida? Está perdida?

— É uma longa história, senhora Noemi.

— Pois eu tenho tempo para ouvir tudo. E o rapaz que tentou matar Otniel? — perguntou ao se recordar. —Foi encontrado e teve sua pena diante de Israel?

— Infelizmente não. Ele fugiu à tempo. Na realidade, as coisas tomaram um rumo inacreditável. O rei que me capturou, é ele. Meu primo, é o rei da Mesopotâmia. 

— Com tanto poder assim, é claro que ele pensaria em vingança. —Malom opinou.

— E pensou. 

Esther então contou a Noemi, Rute e Malom tudo o  que passou desde que foi capturada pelos Assírios.

— E onde está Orfa? — ela perguntou ao se lembrar da outra sogra de Noemi.

— Nem desconfia porque ela saiu?

Esther pensou um pouco, e logo encontrou a resposta.

—Ah. — foi o que respondeu.

Era o fato de Orfa ter se oferecido para Otniel, quando ele esteve por ali, há anos atrás, pensou Esther.

— Shalom, eu estou aqui.

— Shalom.

— Confesso que estou um pouco  envergonhada pelo que fiz no passado. Antes, eu tinha meu marido e desejei o seu noivo na época.

— Você fez isso, Orfa? — indagou Malom, completamente surpreso. Afinal não sabia da situação até então. — Isso explica a partida repentina de Otniel

— Infelizmente fiz. — falou

— Se está arrependida, tudo bem, além do mais, isso tudo ficou no passado. — Esther  deixou claro que estava tudo bem. 

— Sente-se conosco, Orfa. —pediu Rute.

— Você parece tão jovem, Rute. — Esther comentou ao vê-la ao lado de Malom.

— Tenho dezoito anos. Casei muito jovem,  Malom também era jovem.

— Ainda são muitos jovens. — Noemi falou, enquanto tecia uma bela túnica.

Esther sorriu se identificando com Rute.

— Assim como eu,  uma estrangeira que se casou com um hebreu.

— Sabe que na época, muitos me dizeram que eu estava louca, que deveria me casar com alguém de meu povo. — contou ela.

— Se fosse em Israel, seria exatamente o contrário, diriam que Malom deveria se casar com uma hebreia.

—Hebreus sendo preconceituosos com estrangeiros? — perguntou Orfa, incrédula.   Afinal os únicos hebreus que Orfa eram os da família de Elimeleque.

— Preconceito existe em todo lugar, por mais que as leis de Israel,  nos proíba de fazer isso. — dessa vez, foi Noemi que respondeu. — Ainda bem que é uma minoria.

—Mas hoje eu sei que foi o certo que eu fiz em me casar com um hebreu, os moabitas infelizmente,  são um povo completamente corrompido, mas eu sei que nunca me desviar do verdadeiro Deus.— Rute disse. — Nunca esquecerei todos os ensinamentos que aprendi com Noemi.

                 

                 ***

Rute e Esther, estavam envolvidas em uma longa conversa, a cananéia, contava a moabita, como era sua vida em Israel.

— Você não pode ficar aqui. — começou Malom. — Não enquanto lá em Israel, não fazem ideia do que aconteceu com você.

— Voltar para casa é o que eu mais desejo, abraçar o Elias,  mas eu não posso arriscar a vida desse outro filho que está aqui.  Não mais. 

— Eu vou até Israel, vou lá em Judá, e falo com Otniel que está aqui. Ele pode ficar aqui com você até bebê nascer, depois vocês podem voltar juntos para casa.

Esther observou o rapaz a sua frente, emocionada com sua generosidade, sua prestatividade.

— Malom, eu serei grata a você eternamente se fizer isso por mim, mas tem que pensar em você, também. Se sente bem para fazer isso? É um longo caminho...

— É o certo a se fazer, gosto de Otniel, ele é um bom homem, mas meu filho, você está adoentado. — Noemi disse, preocupada.

Malom se aproximou da mãe, balançando a cabeça, e calmamente, falou:

— Mas mãe, não vai acontecer nada, comigo. Ore por mim, minha mãe e dará tudo certo.

— Um gesto lindo, meu marido. — reconheceu Rute. — E é prova que eu me casei com um homem de bom coração.

— Eu voltarei. — garantiu e abraçou a esposa, em seguida, ele olhou para Esther. —  Voltarei com Otniel.

                     ***

Esther decidiu que escrevia uma carta para sua filha.

Rute se aproximou e viu concentrada.

Esther olhou para ela.

— Shalom. — disse.

—  Shalom, te atrapalhei, não é? — Rute perguntou.

— Não, eu quero escrever com calma mesmo, um pouquinho a cada dia.

— Está escrevendo em uma letra diferente. — percebeu ao sentar, ao lado dela, e olhar para o permaginho.

— É hebraico. Estou escrevendo para minha filha.

— Sei apenas um pouco de fenício, hebraico, eu não aprendi.

— Nunca é tarde para aprender, assim você poderá ler o Torah nos Shabat.

Rute assentiu, e sorriu.

— Linda ideia essa de escrever uma carta, mas filha!? Como sabe que é uma menina?

Sorrindo, ela contou:

— Eu sonhei com ela, num futuro em que eu, ela e o pai seremos muito felizes. Nossa Yarin.

—  Sonhou com sua filha, que coisa mais linda. Pensou até mesmo no nome dela.

— Sim, é um nome hebraico, o nome de minha sogra que eu não conheci, e nem mesmo Otniel conheceu, ela morreu quando ele nasceu.

— É uma bonita homenagem.  Sabe, eu sempre sonhei em ser mãe.—  Rute revelou seu desejo a Esther.

 — Eu sou mãe, e o que senti ao pegar meu filho, meu Elias nos braços pela primeira vez. Foi a primeira vez na vida que eu me senti completa. — Esther tentava explicar,  mas sabia que não conseguiria.  Somente quando Rute fosse mãe,  saberia. — E agora, Deus está me dando essa felicidade novamente, mais um filho.

— Eu sempre sonhei em ser mãe, cuidei de meus irmãos mais novos, primos,  mas ainda não fui mãe.

— Você ainda será, tambem fiquei ansiosa quando me casei. Não se preocupe, sabe porque? Porque o tempo de Deus, é perfeito.

Rute suspirou, preocupada, e questionou ao se lembrar do marido:

— Será que Malom chegou à Israel?

                     ***

                 Um mês depois

Nobá viu um rapaz caminhando pelas ruas, de Hebrom, e percebeu que parecia perdido. Ao se aproximar-se reconheceu. Era o primo de Lila.

— Shalom, Malom, é você?

Ele então reconheceu Nobá. Havia ido o visitar junto com a família de Salmon,  em Moabe.

— Sim, Nobá, sou eu.

— O que faz aqui em Hebrom? Tão longe de Moabe. Está tudo bem?

— Sim, eu fui atacado por saltadores, mas agora está tudo bem. 

— Eu vim falar com Otniel, mas não sei onde encontrá-lo.

— Ah sim, mas ele não mora aqui, mora nos campos.

— E é muito longe?

— Não muito. Se quiser, posso te acompanhar até lá. 

— Eu aceito, sua companhia.

— É sobre a esposa dele, Esther. — contou Malom,  enquanto cavalgavam. — Eu sei onde ela está, e em segurança.

— Emuná. — disse Nobá.  — Vamos, eu te levo lá imediatamente.

              ***

 Malom, foi até a casa de Iru, onde Otniel se encontrava.

— A última e única vez que te vi, era um menino. Agora é um homem formado.  — Otniel dizia à ele. 

— É passa muito rápido mesmo, olha nossos filhos. E o Hatate, então, já é um rapaz. — comentou Iru. 

Otniel sorriu, Hatate estava se tornando em um homem de valor.

— Onde estão seus pais? Seus irmãos? — perguntou Otniel, à Malom. 

— Infelizmente, meu pai e meu irmão, faleceram. E minha mãe, ficou em Moabe.

— Eu sinto muito, perdi meu pai, também, recentemente. Eram homens de fé, estão todos junto de Deus.

— Estão sim.

Malom começou a tossir. E Iru o perguntou:

— Você está doente?

— Eu tenho essa tosse a algum tempo.

— Você tem que se cuidar. 

Malom assentiu.  

— Bom, o motivo que me trouxe aqui foi sua esposa, Otniel.

— Esther? Como é possível? Se eu estou à sua procura à meses, os assírios a levaram.

— Esther está em Moabe, eu deveria ter vindo muito antes, mas infelizmente fui atacado por salteadores. Ela está em minha casa.

— Sua casa? Ainda aquela mesma casa em Moabe?

— Sim, ela chegou até lá, e Rute a encontrou, perto de um poço.

— E como ela está?

— O que eu posso dizer, é que está bem, ela e o bebê. E pelo tempo que levei, ela deve está de cinco meses, agora.

                  ***

— A última vez que vi alguém assim, com uma tosse desse jeito, foi a Jéssica. — comentou Iru com Otniel.

Otniel ficou pensativo e preocupado com a revelação de Iru. Malom era tão jovem para estar acometido com uma doença incurável.

— Quer que eu o acompanhe até Moabe, primo? — Iru se ofereceu.

— Não será preciso, outros soldados irão me acompanhar. Você tem que ficar junto de sua esposa, seus filhos.— falou e olhou para Melina.

Ela estava com a barriga de grávida, já evidente.

— Estou muito feliz por minha amiga, Esther, está bem. Eu orei muito por ela. — Melina falou.  — Traga sua Esther de volta, ela é sua forteleza. Vocês ficam mais fortes juntos.

                      ***

Depois de verificar se Malom estava bem instalado,  no quarto,  onde dormiria, ele foi falar com o filho mais novo.

Com o Torá, Elias estava, em sua cama. Sempre gostou desde que era muito pequeno, e ainda não sabia ler. 

— Shalom, filho.

— Papai, shalom!

— Tenho uma notícia maravilhosa, meu filho.

— Sei onde sua mãe, está. Amanhã eu irei até Moabe, encontrar com ela.

Elias sorriu.

— E ela vai vir para casa? — perguntou.

— Acho que não, seria arriscado uma viagem, agora. A gravidez está avançada. Ficaremos lá, até o bebê nascer. 

Elias não soube conter sua felicidade, abraçou o pai, fortemente. Não havia um dia que não pedisse pela mãe, e pela "irmãzinha", que ele já imaginava, em suas orações.

— Então, eu quero ir, também, pai. Sinto tanta saudades, da minha mãe.

— Está certo, Elias. — disse, fazendo carinho nos cabelos claros do filho, como os deles. — Nós vamos para Moabe.


Notas Finais


Malom, eu só quero aplaudir esse homem 👏 👏Graças à ele, teremos Esther encontrando a família ❤ Quanto ao OTP, Boaz e Rute, acontecerá na hora certa, só na próxima fase, mas prometo tentar escrever o mais fiel possível a Bíblia, por enquanto Rute segue por mais alguns capítulos, nessa fase na fic ❤


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