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História Estrelas do Céu de Abraão - Família reunida.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Shalom, capítulo com reencontro do otp para vocês ❤ Já estava com saudades de escrever cenas da família other..

Capítulo 41 - Família reunida.


Esther observava o céu estrelado, e a lua cheia da varanda da casa de Noemi.

Sempre teve a sensação de as estrelas brilhavam muito mais em Israel, que o céu era ainda mais belo.

Pensava ainda que talvez, não fosse  apenas impressão, afinal Israel era a terra prometida, a terra santa. Naturalmente, era uma terra abençoada, fértil, Deus pensava sempre no melhor para seu povo.

Percebeu passos, que alguém se aproximava dela, era Noemi.

— Eu não queria trazer problemas, nem preocupação para vocês. — começou Esther, então se virou para ela. — No entanto uma lua se passou, e nada de Malom, voltar.

Noemi se aproximou mais dela, negando com a cabeça.

— Esther preocupe-se apenas com o seu bebê. — Noemi pediu.

— Mas... — ela tentou argumentar.

— Eu também estou preocupada com meu filho, muito. — confessou Noemi.  — Mas eu tenho orado muito à Deus por ele, como ele me pediu para fazer, antes de ir. E é isso me traz tranquilidade, serenidade.

Esther assentiu, sabendo que Noemi tinha razão. Somente a fé sustentava em momentos difíceis.  A fé sustentava sempre. 

—Bem, eu sei tecer. — a senhora mudou de assunto.

Esther se recordou da bela túnica que a viu tecendo. E também outros tecidos.

— E muito bem, por sinal. — a mais a jovem a elogiou.

— Se gostou tanto assim,  farei algumas roupinhas para seu bebê.

— Não precisa se incomodar, já tem feito tanto por mim.

— É um presente que quero te dar, não recuse.

— Se é assim, eu aceito, e irei usar com carinho, em meu bebê.

Seguindo os conselhos de Noemi, pouco  tempo depois,  Esther deitou em sua cama, tentando não ficar preocupada. Ela precisava mesmo descansar. Começou a sonhar...

Israel, Hebrom, aquelas terras férteis, que ela conhecia bem. A sua frente, uma menininha ruiva, corria, sorridente.

— Nossa Yarin é tão linda. — comentou com Otniel, que estava ao lado dela.

—  É sim, nossa princesa. — ele respondeu. — Tenho duas princesas, agora.

Outra menina, aparentemente da mesma idade se aproximou dela, mas ao contrário de Yarin, que tinha cabelos ruivos, essa tinha cabelos castanhos escuros.

— Noemi! — exclamou Yarin;  e a abraçou. Era amigas. Esther sorriu, achou lindo ver as duas meninas brincando...

Acordou sorrindo. O mesmo sonho novamente. A menina que havia sonhado era... Sua filha.

Era um bela confirmação de que era uma menina que ela esperavaUma amostra de um belo futuro, repleto de bons momentos junto com Yarin. Só não soube quem era a outra menina, a Noemi, mas a achou encantadora também. 

Depois dessa, dormiu bem como nunca,  desde que tinha saído de Israel e acordou se sentindo bem, bem disposta.

E foi para a cozinha. Noemi sorriu ao ver Esther cantando e sorrindo aquela manhã, na cozinha. Esther que sempre acordava cedo, e aquele acordou antes dela. E já preparava o desejum.

— Bom dia, Esther.

— Bom dia, Noemi. — ela respondeu.

— Estou gostando de ver, acordou cedo hoje, e com essa alegria que contagia.

— Segui seu conselho, e dormir sim. E fiz um bolo para nosso desejum, acabou de ficar pronto.

— Não precisava se incomodar, somos três mulheres. Você precisa descansar.

— Estão sendo são atenciosas e gentis comigo, queria fazer alguma coisa.

— O cheiro do bolo está muito bom.

— Espero que tenha ficado bom.

— Porque está tão feliz, assim?

— Nada demais, o dia está tão bonito. Estou com uma sensação boa.

— Minhas noras, venham provar o bolo que nossa hóspede fez. — chamou Noemi.

— Você quem fez? — perguntou Orfa ao provar, do bolo.

Esther confirmou.

Orfa estranhou. 

— Você cozinha? — questionou.

—  Cozinho, afinal sou uma mulher casada, dona de casa.

— Imaginei que não, afinal você era uma princesa.

— Fui princesa quando eu era uma criança, mas tive tempo de aprender, na minha adolescência, com a minha avó.

— E aprendeu mesmo, parabéns. — Rute a elogiou.

A conversa se estendeu, enquanto as mulheres se alimentavam. 

Ao terminar Esther, avisou que queria dar uma volta, e saiu.                                                

                            ***

Enquanto caminhava pela beira daquele riacho de águas cristalinas,  Esther recordava o Jordão.  Apesar de o achar único,  qualquer pequena quantidade de água,  fazia com que se lembrasse.

As lembranças que tinha do sagrado Jordão, era quase como se estivesse em casa. Uma vida inteira vivendo em Canaã, que agora se chamava Israel, em nenhum outro lugar se sentiria tão bem.

Então, quando parecia que o cenário não poderia ficar mais belo, ele surgiu. Exatamente como entrou na vida, à dez anos atrás, para ficar.

O homem que deu a ela,  filhos, e o privilégio de ser mãe. Deu a ela uma família, algo que por muitas vez, achou que nunca teria.

Os cabelos claros dele, brilhavam como o astro solar, acima deles. Cada passo parecia mais lento, mais demorado.

— Esther, meu amor.

Esther se aproximou o tocou o rosto dele, queria ter certeza de que não era apenas um sonho.

— É mesmo real, você está aqui comigo. — falou emocionada.

Otniel a olhou nos olhos.

— Não importa quanto tempo ficaremos longe, sempre voltaremos um para o outro, porque pertencemos um ao outro , meu amor.

— Meus amores. — ele se abaixou para tocar e beijar a barriga da esposa.

Ao se levantar, sorriu abertamente para ela.

— Eu quero dizer tantas coisas, mas palavras são suficientes...

— Não precisa me dizer nada. — ela  afirmou. — Simplesmente, tudo o que preciso está aqui comigo.

— Eu nunca desisti, sabia que nos encontraríamos,  mas também não podia abandonar nossos filhos.

Para mostrar que estava orgulhosa, ela falou:

— É exatamente o que eu esperava de você, que cuidasse deles. Fez o que tinha que fazer.

Mal sabia como começar a dizer a Otniel, que Marduk era o rei que oprimia os Israelitas. Nervosa, contou, e o marido, afirmou ter estado no palácio à sua procura e descoberto tudo, e depois fugido, a surpreendendo. Ao mesmo tempo, que a verdade chocada, tudo fazia sentido. Aquela era a vingança de Marduk.

Havia algo que Esther sempre quis saber desde que foi levada a força até a Assíria. Como Melina estava?  Ela havia sido ferida, ao tentar protegê-la. Sua última imagem foi de Melina sangrando no chão.

— E a Melina? O que aconteceu com minha amiga? — perguntou,  bastante afoita. A amiga havia se arriscado por causa dela.

Otniel abriu um sorriso. Isso fez o coração de Esther disparar. Amava aquele sorriso, tanto! Era um sorriso tão lindo, como tudo nele. E também a tranquilizou.

— Está bem, muito bem. O ferimento não foi muito grave, ela se recuperou e ela...  também está grávida. 

Esther sorriu.

— Não acredito que Melina engravidou de novo na mesma época que eu, de novo.Otniel a acompanhou também sorrindo.

— Pois é.

— Quem veio com você para cá? — perguntou ela, curiosa.

— Dessa vez o Iru não veio, ficou com Melina, e com os gêmeos.

 — Ele está certo. — disse ela. Sabia melhor do que ninguém, o quanto era importante presença do pai do bebê,  durante a gravidez, estava se sentindo plena,  desde a chegada de Otniel,  à Moabe. E fazia poucos minutos que ele estava por ali.

— Alguns guerreiros vieram. E Hatate veio, e Elias também. — falou sorrindo.

O coração de Esther disparou. Estava tão feliz, que iria vê-los.

— Nossos filhos estão aqui? Eu quero vê-los.   

— Eles estão vindo ali. — avisou Otniel, e olhou para a direção que eles vinham.

— Mamãe. — Elias gritou, e correu em direção a  Esther.

— Filho, meu amor, eu te amo tanto. 

— Senti tanta saudades, mãe. Da senhora e da minha irmãzinha.

— Eu também senti muita saudades. Mas acabou, estou aqui com você, agora. — ela respondeu, emocionada, tocando o rosto do filho.

— Agora falta pouco para minha irmãzinha nascer, não é? — Elias perguntou, radiante.

— Sim, falta pouco. — ela respondeu ao filho.

Ao ver o enteado se aproximando, ela abriu um sorriso.

Hatate estava crescendo mais a cada dia, porque ela podia afirmar que ele estava maior.

— Hatate.

— Tia, eu fiquei tão preocupado, com a senhora, com o bebê. — relatou a ela.

— Eu estou aqui, Hatate. Estamos bem. Vocês precisam conhecer a Rute. E toda família.

— Malom me falou sobre Rute. — contou Hatate.

— E Malom, como ele está? — Esther perguntou.

— Bem na medida do possível.  — Otniel disse. — Explicou que foi atacado por salteadores no deserto, por isso demorou  tanto a chegar em Israel. 

— Rute e Noemi pediram tanto proteção para ele, em suas orações, eu também,  ainda bem que o pior não aconteceu. — Esther falou, feliz por Malom está bem.

— Agora,  vamos até a casa,  Noemi está ansiosa para conhecê-los.  — Esther disse,  à Hatate e Elias. — E Rute também.

Rute ficou feliz em ter seu marido de volta, e em conhecer a família de Esther, se encantou pelo pequeno Elias. E Noemi, ficou alegre em reencontrar Otniel, dez anos depois de tê-lo salvado, agora um homem casado, e com uma família linda. E Esther não conseguia parar de sorrir. A família estava completa novamente.   

                    ***

—Alguns soldados valorosos de Israel, vieram. Dois especialmente, você tem um grande apreço. — Otniel disse a esposa, enquanto caminhavam até eles.

Os que  Esther conhecia eram Mireu, Gabriel, e...

Esther  sorriu ao ver seus amigos de infância estavam realizando o sonho de serem soldados.

— Nobá, Gael. Shalom.

— Esther, shalom, que felicidade vê-la bem. — iniciou Gael. — Ficamos muito preocupados.

— Shalom Esther. — Nobá falou, e Esther notou que ela estava entristecido.

— Está assim por causa de seu irmão? — ela perguntou.

— Você viu meu irmão, Zilai? — Nobá perguntou, com curiosidade e também receio. — E o Kalu?

— Eu fiquei a maior parte do tempo, no palácio. Não vi o Zilai, apenas o Kalu. E se eu pudesse de verdade, eu apagava as imagens da minha mente. Estavam chicoteando o Kalu... — relembrou aquele dia, cheia de tristeza.

Otniel, ao notar toda dor que aquela lembrança trazia a Esther, falou:

— Não vamos falar disso, meu amor.

Otniel então olhou para Nobá,  procurando falar algo para trazer esperança ao jovem guerreiro.  

— Podemos não está prontos agora, mas estaremos. Vamos vencer esses assírios, e libertar nosso povo.

— Sabe o que é mais injusto!? Meus irmãos nunca perderam a fé à Deus. Quanto tempo eles ainda teremos de esperar? Será que Deus vai enviar um libertador? — Nobá indagou.

— Deus certamente enviará um libertador, mas será preciso que aqueles que foram escravizados, se lembrem que nosso Deus é único.

A resposta de Otniel, fez Nobá refletir.

— E o bebê? — Gael quis saber. 

— Estou quase certa de que é uma menina, se for chamará Yarin.

— Lindo nome.

Otniel sorriu.

 — Era o nome de minha mãe.

Gabriel se aproximou deles.

— Shalom. — disse ele. — Esther, aonde está minha esposa? — Malom disse que ela não está aqui.

Esther olhou para Otniel, antes de começar. Depois, olhou para Gabriel.

— Infelizmente não está mesmo. Ela quem deu a ideia da fuga, mas não quis vir comigo.

— Por quê, não? Não consigo entender! — exclamou indignado.

— Rebeca teve sonhos desde que fomos para Mesopotâmia.

— Sonhos!? — indagou Gabriel, confuso.

Esther explicou o que aconteceu, de que sonhos se tratava. Isso deixou Gabriel ainda mais frustrado. 

— Esteve com ela no palácio,  Otniel.  Porque você e Iru não a trouxeram para casa? Sonhos? Vocês todos enlouqueceram.

— Ela não quis. Cada um tem o direito de escolher o que deseja. Não íamos forçá-lá.

— Porque ela não queria?  — Otniel assentiu. — Então pois que a trouxessem à força.

— Não somos assim, em Israel. Compreendo sua dor, mas peço que não se altere diante da minha esposa, sua gravidez é de risco.

Gabriel balançou a cabeça.

— Não entende, porque está com sua esposa à seu lado, e você é um egoísta, para você é isso que importa. Rebeca não podia ter ficado! Vocês são egoístas, nem sei o que eu vim fazer aqui. — falou, e saiu revoltado. 

—  Depois eu converso com ele. — avisou Otniel. — Realmente não uma situação fácil que ele está passando.

 — Estou tão feliz que esteja aqui comigo,  conosco. — Esther falou, mas algo a intrigava. —Porque esses soldados vieram? 

— Esses guerreiros vieram para fazer nossa proteção, uma vez que não estamos em Israel, corremos riscos, ainda maiores.

Esther sabia que corria risco;  Marduk devia está com muito ódio dela,  depois de sua fuga. No entanto, Esther se sentia segura,  completa. E não queria pensar em coisas ruins que poderiam acontecer. Só queria aproveitar cada minuto ao lado de sua família.

Era o que mais amava, mas do que a própria vida; a sua família.


Notas Finais


Já estou preparando a segunda temporada dessa fic, vem novidade por aí... ❤


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