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História Estrelas do Céu de Abraão - Capítulo LIV.


Escrita por: onlyreason

Notas do Autor


Cheguei com o 54! Quero dizer que a parte do flash back, surgiu de repente, me deu uma curiosidade sobre esses monarcas do grande império, Alec e Belit, que acabei escrevendo, podem imaginar João Fernandes como Alec e Carol Macedo como Belit, ou como quiserem. Eles eram mais jovens, foi logo após ele ser coroado rei da Mesopotâmia, cerca de dois anos depois. Atualmente essa Fase I, da 2 Temp, são interpretados por Ricardo Tozzi e Letícia Sabatella, como foi informado no elenco.
Na capa, rei Tiglate Pileser I (Alec), rainha Belit, e rainha-mãe Adele.

Capítulo 54 - Capítulo LIV.


Fanfic / Fanfiction Estrelas do Céu de Abraão - Capítulo LIV.


Nivine, Assíria

Elias observava o grandioso palácio de Nivine, esteve naquele palácio, muitos anos antes, mas as coisas estavam diferentes agora. Estava na varanda da sacada,  esperando para falar com o rei. — Primo Elias. — ouviu uma voz. 

Avistou um homem trajado com  um rei. Era Alexander, ou Tiglate Pileser I, pois mudou de nome no quinto ano de seu reinado. O rei da Mesopotâmia, Aram Entre Rios.

— Um prazer imenso recebê-lo, primo.

Elias o reverenciou,  logo avistou perto dali, aquele que deveria ser o general de rei, do qual sempre ouvia falar, Adonis. — Aquele é...

— O general Adonis. E o menino ao seu lado é Rafael, seu filho. 

— Sei, o filho de Rebeca.

— Exatamente, a hebreia Rebeca, esposa do comandante Adonis.

Uma bela mulher de cabelos escuros, cacheados, se aproximou deles, a rainha, pensou Elias, ao ver a coroa em sua cabeça. E Alec a apresentou a Elias.

— Essa é minha esposa, Belit, a rainha da Mesopotâmia.

—  Soberana. — Elias a reverenciou.

A rainha era natural da Babilônia, e era filha do rei vassalo da província, não era o que Alec desejou no começo, pensava que não poderia ser feliz em um casamento arranjado, mas aplacou a fúria dos babilônios uma soberana babilônica, e o amor entre ele foi acontecendo, hoje ele amava sua rainha, com que teve três filhos, Tamuz, o primogênito, herdeiro, e também Bel Marduk, a rainha descobrirá a pouco dias que estava grávida novamente.

— Esse é o primo Elias. 

A rainha sorriu para Elias.  — Seja bem vindo Elias, Tiglate e Adele sempre falou muito sobre você, seus pais.


O rei se orgulhava de sua rainha, e mais que isso, a amava. Como nunca imaginou amar, foi um casamento por interesses políticos, um acordo de paz ...


FLASH BACK ON

Por séculos, a Mesopotâmia governada por diferentes povos, muitas guerras eram travadas, a terra entre rios eram grandiosa e fértil, abrandando dois importantes rios o Tigre e o Eufrates. Império Acádio, seguido pelos Amorreus, Império Paleobabilonico, e era vez dos Assírios, com o Império assírio Médio.

Outros reinos, mas principalmente a Babilônia, estava em alerta, o temido Cusã Risataim estava morto, seu filho que assumira o trono, era jovem, jovem demais, inexperiente. O rei vassalo da Babilônia guerreou contra ele, porém a batalha terminou empatada.

Os sábios logo proporam ao rei Alexander, um casamento com uma nobre caldéia, para impedir que a Babilônia, avançasse numa batalha, seu pai já havia pensado na união dele com Belit, o jovem monarca aceitou, sabia que teria que se casar logo, precisava de uma Rainha, e também precisava ter seus herdeiros, e assim acabava com as chances de uma guerra. Logo, disseram que o rei vassalo da Babilônia, tinha uma bela filha, a princesa Belit. O casamento poderia celar a paz.

— Escriba real, escreva um papiro, informando ao governador sobre meu interesse em desposar sua filha. — disse o rei.

— Sim, soberano.

Adele, em seu trono, pronunciou-se:— Quer mesmo se casar, Alec? Você me disse que ainda não pensava nisso... E agora, se casará com uma moça que não conhece.

Adele estava muito preocupada com Alec, não queria que seu neto fosse infeliz. Porque o filho havia sido, e o poder o destruiu.

— É o meu dever, terei de me casar mais cedo ou mais tarde. E ao mesmo tempo, faço uma aliança com os caldeus.

— Sua maturidade, me impressiona. — Adele disse à ele.

O jovem a observou com admiração, Adele, ela assumirá com o cargo de rainha-mãe com excelência, tinha muita sabedoria, e o ajudava a tomar decisões com sensatez.

— Sua capacidade de colocar o bem do reino, acima de suas próprias vontades. Parabéns, meu neto.

— Eu jurei diante de Marduk, Assur e Ishtar, ser o monarca que devolveria os tempos de glória ao reino, e estou cumprindo meu papel.

— Belit. — falou Adele pensativa. — Um belo nome, espero que a princesa seja uma boa moça, e que tenha todas as características para ser uma rainha digna desse reino.

— Eu também espero, rainha-mãe.

                       ***

                  Caldeia, Babilônia


A princesa Belit estava desconfiada. A presença de seu pai em seu aposento no meio tarde, era atípico, e também a nobre, podia ver que ele estava preocupado com algo. Conhecia bem o pai, e o amava muito.

O governador, mostrava seu caráter e sabedoria em enfrentar os babilônicos rebeldes, e continuava dizendo não à uma guerra contra o rei da Assíria. Havia cedido uma vez, após tanta pressão,  porém não houve vencedores na batalha.  Não cederia novamente.  Para ele, a unificação da Mesopotâmia, fora um bem, afinal, o reino estava muito próspero, unificado, e governado pelos do Norte com excelência.

— Pai, o que aconteceu? — indagou a princesa.

— Recebi algumas correspondências essa tarde... — iniciou o governador.

Aquilo deixou a princesa ainda mais nervosa. Porque seu pai falaria com ela sobre correspondências? Havia algo muito errado...

Belit não tinha do que reclamar, apesar de a Babilônia, e toda a Caldéia ser o um reino dependente do império Assírio, sua vida era como de uma princesa. Sentia falta de sua mãe, mas já não doía tanto, como quando a perdeu.

O rei decidiu falar, logo todos estariam falando sobre tal acontecimento: — Minha filha, você terá de ser casar com o rei da Mesopotâmia.

Sabia que esse dia chegaria, mas esperava que ainda demorasse, mas não, tudo aconteceu muito rápido, ela muito jovem, apenas 21 anos, e seria rainha da Mesopotâmia!? — Assim!? Eu vou embora daqui para nunca mais voltar? E eu não tenho escolha, não é? Não posso recusar? 

O pai a respondeu com toda sinceridade:— Não, não tem.  Não está tudo acertado, chegará como pretendente, mas não podemos recusar o desejo do imperador.

— Mas eu não me sinto pronta para ser rainha. — a nobre disse, insegura.

— Filha, Cusã Risataim, já havia me falado que o casamento entre minha filha,  e o filho dele,  seria uma boa aliança, anos atrás, eu lhe avisei.

— Mas eu seria princesa, teria uma e  temporada me acostumar com Nivine, e... 

— Você tem o sangue nobre, e sairá muito bem como rainha. E o casamento não acontecerá com tanta rapidez, vocês ficarão noivos, e terão um tempo para se conhecerem, antes da cerimônia. E finalmente chegar o dia de seu casamento e coroação, eu estarei ela.  

— Eu tenho medo, pai. — confessou Belit. 

— Mas não irá falhar, eu acredito em você, Belit. 


                                ***

Assíria, Nivine

A princesa chegou ao palácio dias depois, tinha visto o rei na sala do trono, no dia da recepção,  tão jovem quanto ela, era na verdade  três anos mais jovem que ela, bonito, porém seguro, impotente em seu trono.

Mas aquela situação era outra, aquela era a primeira vez que estava sozinha com o rei. Ele a convidou para um passeio a beira do rio Tigre.

— Pelo seu olhar, desde que chegou...  Eu... acredito que não deseja esse casamento.

As palavras dele, surpreenderam Belit. Sentaram-se numa tenda, à beira do rio. Estava uma tarde agradável, ventava.

— E o meu desejo, importa? Claro que não, Soberano, o rei é você, todos atendem ao seu desejo.

— Princesa Belit, eu venho tentando acertar desde minha coroação. Esse casamento é sim uma aliança política, e será muito bom para nossos povos, simbolizará a paz.

—  Porque os sentimentos não importam, não é? Só o poder.

— Eu não penso assim. — confessou a ela.

— Não!?

— Não, princesa. Quantos reis não começaram assim como suas rainhas? Sem nem conhecê-las, e passaram a amá-las profundamente?

— No entanto, em alguns casos, a reis e rainhas e que vivem eterna rivalidade. — rebateu a princesa.

— Triste casos assim, não? O certo que se amem, ou que pelo menos, vivam em harmonia pelo bem do reino. Bem, cada um reage de um jeito, mas, eu acredito que podemos nos amar Belit, lutarei por isso, para que nossa felicidade não seja apenas aparência, eu quero ser feliz de verdade ao seu lado.

— Alec, desculpe pela minha frieza, minha indiferença, você está sendo tão carinhoso, gentil, eu não esperava por isso.

— Princesa, eu  não queria me casar ainda, mas é meu dever, o povo me cobra por uma soberana, apesar de existir a rainha-mãe, querem uma grande esposa real, e também herdeiros, então, eu tenho que me casar logo apesar de ser uma obrigação, eu quero que seja bom para nós dois.


Com o passar das semanas, meses, Alec e Belit estavam cada dia mais próximos, e ainda pensavam de maneira tão parecida, queriam governar com justiça.

E quando chegou o dia do casamento real, já estavam completamente apaixonados um pelo outro. — Eu te declaro, minha esposa, e  esposa real, Rainha da Alta e Baixa Mesopotâmia. Rainha de Aram Entre Rios. 

Ele a coroou. Belit sorriu,  já não sentia algum medo, aquele homem, agora seu marido, era diferente, do que pensava, era melhor do que esperava, e tudo o que ouvirá sobre ele, não era mentira de bajuladores, era real.


FLASH BACK OFF

Tiglate e Elias conversavam da varanda da sacada,  o rei pediu que trouxessem uma mesa com as iguarias da cozinha real para ambos. 

— E foi assim... Nenhum de nós queríamos isso, de verdade, foi pelo reino, mas o sentimento foi sendo lapidado. — concluiu,  a terminar de contar sobre sua história com Belit.

— Uma bela história de amor. Sempre dizem que os monarcas são insanos. — comentou Elias com Alec. — Mas vejo, que esse não é o seu caso. Vossa Majestade é um rei muito sensato, não perdeu a sanidade.

— Sem tantas formalidades, somos primos.

— Está certo, primo.  Li nos papiros que Adele segue no cargo de Rainha Mãe.

— Lê os meus papiros? — Alec perguntou a Elias.

— Todos. — confessou risonho, mas logo ficou sério. — Espero que não se importe, já que os escreve para meus pais.

— Não mesmo! Posso escrever para você, também, Elias. 

— Eu adoraria, ao completar dez anos, a Torá não era mais o bastante para mim. Sempre tive desejo de ter cada vez mais conhecimento. — contou.

— Entendo, o mesmo aconteceu comigo, sempre estive em busca de mais conhecimento.

— Imaginei  por isso nem me surpreendo que sabia o hebraico.

— Temos uma biblioteca real, construída a poucos anos, em Assur. Aconselho que a conheça.

— Irei com certeza.

— Creio que ser filho de um juiz, deve ser como ser um príncipe.

— Não, é bem diferente, garanto. 

— Então Hatate, não será o próximo juiz? Sucessor de Otniel?

— Não, o povo hebreu não é um sistema monárquico. A sucessão não é hereditária. É Deus que escolhe os líderes. Mas acredito que um dia, Israel será um reino. — Elias concluiu após uma pausa.— E minha tia-avó Adele, como está?

— Ela se torna mais sabia a cada ano que se passa, ideal para um Império.

— O que percebi assim que cheguei, é que as muralhas estão maiores. É impressionante!

— Depois de perdemos a guerra para Israel, ficamos vulneráveis, e eu tive que aumentar as muralhas. Muitos reinos tentaram nos dominar.

— Também não é para menos. Fico supreso com o tamanho, e grandiosidade e fartura da Mesopotâmia. Admiro tudo o que fez, Tiglate!

— Meus pais começaram errado, usurparam do trono, eu quis fazer do jeito certo.  Invés de oprimir outros povos, me preocupei me cuidar de meu povo assírios, babilônios, aramaicos e caldeus.

— Já tentaram contra minha vida, mas a maioria dos Assírios me aceitam, já os Babilônios é mais difícil de controlar...

— Converso muito com meu pai sobre essas coisas. Os impérios caem, Alec. O Egito mesmo, não é mais a maior potência da Terra. Mas o nosso povo permanece, Israel não precisa temer à nada.

— Eu duvidaria dessas palavras, se não tivesse visto o exército hebreu destruíu o assírio, quando eu tinha dezesseis anos. 

— A única coisa que pode destruir o povo Israelita, é ele mesmo. Se seguimos nos caminhos de Deus, nada, nenhum monarca, nenhum exército, nenhum império, absolutamente nada será capaz de nos destruir. 

— Tem muita fé nesse Deus, primo. Seu Deus é muito poderoso, um Deus misericordioso, que liberta. Se eu pudesse, não haveria batalha, nenhuma guerra, por poder. Só se fosse como seu povo que lutou pelo fim da opressão, da desigualdade, a favor da liberdade.

— Você tem um bom coração, Alec, mas para o rei de um império, isso pode ser muito perigoso.

— "Um rei precisa ser cruel, tirano, meu filho", meu pai sempre dizia.

— Indo contra isso, você fez do tratado de paz com Israel, e também a independência da Núbia.

— Eu pago um preço alto por ter dado independência a Núbia. — confessou o rei. — O casamento com a filha do governador da caldeia, aplacou a fúria dos babilônicos, por um tempo, mas eles ainda querem sua independência.

— A independência da Babilônia seria um grande risco. — reconheceu Elias.

— Sim para Assíria, e para Israel, eles logo colocaram um monarca para governar, e seguida, declarariam guerra ao meu reino. A Babilônia quer dominar toda Mesopotâmia novamente, como fez na época do primeiro império Babilônico.

— Você fez  acordo de paz com Israel, mas esse possível monarca certamente não obedeceria.

— Claro que não. A maioria dos reis, assim que sobem ao trono, querem dominar todos os povos que consegue.

— Infelizmente,  por falar na Babilônia,  estive lá. — contou Elias. 

— E o que achou da jóia da Mesopotâmia? — quis saber o rei.

— Uma bela cidade,  o que me incomodou... Foi ver tanta idolatria. 

— Sinta-se à vontade para conhecer todo o território de Aram, com esse anel estará seguro. — lhe disse, entregando um anel de ouro. 

—Muito obrigada,  primo.  Mas antes, quero ver minha tia-avó Adele.

Tiglate assentiu sorridente. — Ela ficará feliz em revê-lo.


                            *** 

Adele mal acreditou quando ouviu que Elias estava no palácio, sentia saudades da família que havia deixado para trás.

—  Elias!? —Adele disse supresa e emocionada ao ver o sobrinho neto.

— Tia Adele. — falou, enquanto caminhava até ela. — Ou devo dizer, Rainha mãe?

Ela sorriu, então o abraçou.

— Apenas tia Adele mesmo. Como você cresceu, menino! Está lindo. — falou tocando o rosto de Elias.


                               ***

Enquanto caminhava pelo jardim  junto de Elias, Adele comentou:— Eu gosto tanto desse jardim, me lembro de Jerusalém, a única parte boa de minha vida naquele lugar, lá tinha um jardim tão bonito!

— Minha mãe também entende e gosta muito de flores.— Elias falou com um sorriso. 

— Ela sempre foi assim. Saudades de minha sobrinha Esther, e de todo mundo... Me conte tudo, como estão todos? Seraías e Tamar, Joabe, meu neto?

— Estamos todos bem, graças ao Senhor. Hadassa, Lis e Joabe, são melhores amigos, estão sempre juntos, brincando muito — contou Elias.

— Lis!? — indagou Adele.

— Sim, é o apelido de Eliseba, a filha de Hatate.

— Ah, claro. Tão linda! Ela se parece muito com Hatate.

— Segundo Otniel, ela se parece com Acsa, também. Já Hadassa...

— É a cara de Otniel, assim como você. Mas de todos os filhos, você e Hadassa, são os que mais se parecem com o pai. Yarin é toda Esther.

— Todos nós sentimos muita saudades da senhora.  — Elias falou.  — Minha ideia foi conhecer a Mesopotâmia, e claro te buscar para uma viagem até Israel.

Adele sorriu .

— Claro que irei, não vejo a hora de rever meu neto, Joabe. E todo mundo.




Notas Finais


Rebeca e Adonis realmente se casaram. E ele parou com esse desejo de poder, é um general fiel ao rei. E o que acharam do rei Tiglate, e da história dele com Belit? Adele topou ir para Israel. Mas antes, Elias vai voltar para Babilônia, vamos ver se Elya fugirá... Espero que tenham gostado.


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