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História Estrelas Perdidas - Protetor


Escrita por: AnaCosta

Notas do Autor


Boa noite Estrelinhas!

Vou fazer de conta que não atrasei desta vez lá, lá, lá...

Quero desejar as boas vindas às novas Estrelinhas que se juntaram a nós, agradecer aos comentários e visualizações. Beijinhos a todos e prometo voltar logo rsrsrsrsrs.

Leiam e divirtam-se!

(^.^)

Capítulo 58 - Protetor


Fanfic / Fanfiction Estrelas Perdidas - Protetor

 

Segunda-feira. 22 de Janeiro do ano do Criador...

 

Inverno...

 

- Como está o bebê? E Minseok...? – Luhan perguntou enquanto Minseok ainda era examinado pelos magistrados - E Heechul e Jade...? – ele insistiu, Alcyon e Belinda haviam sido chamados, estavam com eles no centro médico da Academia. Luhan seria eternamente grato aos amigos por terem protegido seu eterno, jamais cansaria de agradecer pelo que haviam feito, Minseok estava terminantemente proibido de vagar sozinho pelo bosque novamente, mesmo pelas manhãs.

- O bebê está bem – disse o sábio que examinava Minseok – Minseok também está bem, não há nada quebrado, nem um osso, os arranhões foram fechados, o inchaço no corpo por causa das quedas estão sendo retirados. Não se preocupe. Jade está bem, o caso de Heechul requer mais cuidados, ele poderia ter morrido, poucos elfos jovens enfrentaram um Licantro e sobreviveram, nunca vimos um elfo jovem enfrentar um dháfyrus de igual para igual e sobreviver, sua sorte foi seu poder de mutação – disse o sábio erguendo o rosto para olhar nos olhos do rei - Receio que a Academia não seja mais um lugar seguro para que o ômega permaneça majestade. Nossos limites estão muito bem protegidos mas o inimigo de alguma forma consegue burlar nossas barreiras protetivas.

- Assim como protegemos nossos reinos por milênios o inimigo também esteve em tempo de planejar ataques, eles tem aliados poderosos, simples assim - disse o rei – Devemos encontrar um destino seguro para Minseok...

- Querem enviar Minseok para outro alugar? Assim como fizeram com ele quando o trouxeram para Trinyon...? – Luhan perguntou preocupado, ouvia a conversa dos dois mas não imaginava que o pai fosse concordar com o que o magistrado dissera, se Minseok fosse para outro lugar iria junto, não se separaria do ômega por nada.

- Devemos considerar isso filho. As circunstâncias nos levam a considerar esta hipótese...

- Se ele for irei com ele – Luhan disse firme, a mãe ao seu lado suspirou preocupada.

- Conversaremos sobre isso mais tarde sim? – disse Belinda – Vamos cuidar de Minseok e seus amigos primeiro... – ela continuou, Luhan balançou a cabeça de forma afirmativa tentando se acalmar enquanto se aproximava da cama onde Minseok estava. O magistrado deu espaço para que ele se aproximasse e se sentasse ao lado do ômega.

- Pai, o senhor disse que aquilo era um dháfyrus, a mesma espécie que nos atacou na ilha de Centralhya? – Luhan perguntou enquanto segurava a mão de Minseok adormecido, não querendo mais pensar na hipótese do ômega ser mandado para longe dele.

- Acho que podemos contar – Alcyon falou olhando nos olhos de Belinda – Mas faremos isso em casa – ele continuou enquanto se aproximava da cama onde Heechul repousava – Ele é um herói. Já avisaram a família dele? – Alcyon verbalizou o que todos achavam em seu íntimo.

- Sim, os pais dele estão vindo – disse o diretor Smith.

Alcyon e a família esperaram até que os pais de Heechul chegassem, explicaram tudo a eles e falaram como o filho havia sido um herói. Quando tudo se acalmou, Heechul foi levado pelos pais, Jade estava em família, sendo que sua mãe era a diretora do lado feminino da Academia, Alcyon também levou todos os príncipes que estavam sobre sua custódia de volta ao castelo. A magia de família após a cura dos enfermos era o melhor remédio para os três que haviam sido atacados pelo dháfyrus.

Minseok e Jade não estavam tão ruins quanto Heechul, mas o certo era que a Academia talvez não fosse mais segura para nem um dos alunos, não enquanto Minseok permanecesse nela.

 

______________________________L&M______________________________

 

- O que aconteceu com ele? – Dany perguntava preocupada enquanto pulava ao redor da cama do ômega no castelo tentando vê-lo, já que os pais, o irmão e os sete sábios reais haviam ido ao quarto do ômega, estavam fazendo um novo diagnóstico só por precaução.

- Vem aqui – Luhan a puxou para seu colo para que ela pudesse ver Minseok – ele está bem, não se preocupe sim? – ele pediu enquanto sorria sincero e apertava a ponta do nariz da irmã, olhou lá fora e viu as amiguinhas de Dany paradas na porta, elas haviam ido passar a noite com a irmã. Sorriu para elas – Festa do pijama?

- Sim – ela disse – Mas o que ele tem? Porque não acorda?

- Ele está apenas dormindo, tivemos um pequeno incidente na Academia, ele está bem agora.

- E Yixing? – Babooh perguntou preocupada entrando no quarto.

- Seu irmão está bem, está no quarto dele, foi tomar banho para o jantar – disse a rainha – Sehun está com ele, D.O. e Jongin também estão em seus quartos, acabamos de chegar, deviam estar se preparando também para o jantar – ela disse se virando para a porta vendo Linnie, Hany e Ýllia que entravam tímidas no quarto – Vamos? – ela perguntou e não deu tempo para que respondesse nada, as levou para fora do quarto, cuidaria delas enquanto o consorte explicava a Luhan sobre os dháfyrus.

- Não mãe... – Dany tentou protestar enquanto saiam – Quero ficar com o Minnie...

- Daqui a pouco ele estará desperto então poderá ficar com ele – Luhan ouviu a mãe responder enquanto levava as pequenas ninfas. Sorriu, esperava mesmo que a mãe estivesse certa, que seu amado ômega despertasse logo.

Luhan também foi diagnosticado pelos sábios, só por precaução e constatando que tudo estava bem com ele e com o ômega os sábios se retiraram do quarto deixando-o a sós com o pai e o ômega adormecido. Luhan beijou a testa de Minseok e levantando-se da cama virou-se para o pai.

- O que era aquilo pai? – Luhan perguntou e o pai o pegando pela mão o levou em direção à sacada do quarto, o campo de força havia sido reforçado, havia sentinelas por toda parte, estavam seguros, mas até quando? Lá fora estava muito frio, mas eles não eram sensíveis a isso.

- Um híbrido filho – ele disse ao fazer Luhan se sentar em uma das elegantes cadeiras ao redor da mesinha e se sentar na outra de frente para ele.

- Hibrido de licantros e vampiros...?

- Sim. Ha dois anos vampiros e licantros desgarrados voltaram às nossas terras e agora híbridos dos dois nos atacam, não por acaso, fazem parte dos exércitos aliados de Gornothy. Há dois anos eles buscam insistentes por Minseok, dois deles foram capturados em Hélyos e agora estão aqui também, o que vimos hoje são dháfyrus. Suas presenças são comuns em algumas galáxias, mas aqui não.

- Então foram enviados?

- Sim.

- Eu vi aquela coisa em combate, é assustador, como aquilo pode ser derrotado? Não encontraram a cura para a maldição?

- Não há cura, esta é sua essência, sua natureza desde que o primeiro deles foi amaldiçoado, tanto uma espécie quanto a outra, sua sociedade aprendeu com a graça e perdão do Criador a conviver com isso, eles aprenderam com o tempo a controlar seus desejos por sangue e morte, alguns deles apenas perdem o controle durante a fase em que as luas estão cheias, principalmente os mais jovens quando começam a se transformar depois dos quinze anos. Tanto licantros quanto vampiros são civilizados agora, você sabe – disse o rei e Luhan se lembrou dos amigos Hoseok e Anurb, filhos gêmeos dos reis Kasper e Isabely de Ubar, na galáxia de Elron, descendentes direto de Krivya, o primeiro a ser amaldiçoado com a licantropia. Luhan se lembrou de que em breve eles estariam em Trinyon para o aniversário de seu pai. Alcyon balançou a cabeça afirmativamente como se estivesse lendo os pensamentos do filho e continuou – Eles podem ser tão bons ou maus quanto qualquer criatura. Seus híbridos sejam naturais ou experimentos de laboratórios são inteligentes e calculam muito bem todas as suas ações. Não há cura para eles, é como a morte, mas o Criador lhes permitiu continuar conscientes pois o primeiro vampiro e o primeiro Licantro foram amaldiçoados por uma criatura que tem forças que estão acima das nossas. Aos perversos conseguimos matá-los ou dominá-los, o uso da prata ainda é eficiente, Tao nos avisou e pudemos comprovar isso pessoalmente. Seu amigo Heechul teve sorte, geralmente o veneno que os Licantros tem em suas garras ou salivas é mortal, sua sorte foi ser um metamorfo, assim o impacto das substancias em seu organismo não foi tão agressivo – Alcyon suspirou.

- Como aconteceu com Baekhyun e Torrefee.

- Com Baekhyun e Torrefee foi pior – disse o rei – Eles poderiam estar mortos agora se as mães que estavam presentes em Centralhya não tivessem agido com rapidez.

- Falando nisso, tenho algo a lhe contar, mas quero saber antes sobre os dháfyrus – disse Luhan, contaria ao pai sobre as dúvidas de Minseok, sobre Torrefee correr o risco de se transformar em uma dháfyrus.

– O que sabemos sobre os dháfyrus vem do que sabemos sobre os licantros e os vampiros. São apenas mais inteligentes, fortes e resistentes, alguns possuem asas e podem voar, não são muito ágeis em vôo, mas são extremamente perigosos. Tao e Suho estavam pesquisando sobre eles...

- Estavam...?

- Suho está desaparecido e seus pais não conseguem sentir se ele está vivo ou não – O rei disse, não esconderia mais nada do filho, não havia mais motivos para isso – Mas não conte a Yixing – ele pediu e Luhan ficou sem saber o que dizer.

– Quando ele desapareceu?

- No dia em que resgatamos sua tia.

- Desde aquele dia?

- Sim. Agora deve prometer que não contará nada a Yixing, precisamos ter certeza de qualquer coisa antes que ele seja avisado, Yixing já tem problemas o suficiente – o pai pediu mais uma vez, Luhan balançou a cabeça em afirmação.

- Eu prometo – ele disse – Mas ainda o estão buscando?

- Sim, todos os dias – disse o rei e Luhan repassou com rapidez em sua cabeça a origem de licantros e vampiros antes de falar com o pai sobre Torrefee, lembrava-se de que a origem dos licantros em particular vinha de milênios, na galáxia de Elron que ao que tudo indica fica próxima ao reino sombrio. Quando Gornothy tentou dominar Arcadhy e toda a galáxia de Zenorhá pela primeira vez ele buscou aliados em outras galáxias pelas estrelas das quais tinham acesso na época. Em Elron, no planeta Ubar, o rei supremo Krivya se negou a servi-lo, como vingança, dizem que o próprio Brilhante o amaldiçoou assim como fez com todos os cinco planetas da galáxia e todos os seus habitantes que de alguma forma se negaram a obedecê-lo e ajudar a seu mais fiel servo.

Elron foi escolhida e atingida por ser perto dos domínios sombrios, se tronou alvo fácil, mesmo assim, amaldiçoados e sofrendo todo o tipo de ataques, o povo seguiu com a graça do Criador com seu coração puro como Ninjord seu guardião. Os descendentes de Krivya se tornaram escravos das luas cheias, dobrando-se sobre seus ventres quando elas chegavam, em reverência ao brilhante contra sua vontade, seu corpo transmutando assustadoramente com garras pelos e presas. Sem o domínio de suas vontades podiam machucar qualquer um que atravessasse seu caminho, fosse amigo ou inimigo, espalhavam terror e caos por onde passavam. Ainda hoje em alguns planetas muitos os temem por causa da origem de sua história sombria.

- Ainda há portais aqui? Foi assim que todos eles tiveram acesso à nossas terras? – Luhan quebrou o silêncio depois de sua reflexão.

- Estamos sondando todo o planeta, mas por enquanto, só os que Tao noticiou. Sabemos que eles estão tentando se apossar das terras onde os demônios estão adormecidos por isso enviaram um exército de dháfyrus e uma outra espécie que ainda não foi identificada, nem Tao a conhece. Eles foram divididos pelos doze continentes para que agissem de forma silenciosa, foi assim que alguns deles vieram parar aqui, eles não são muitos e a princípio não haviam vindo atrás de Minseok exatamente...

- Os demônios adormecidos...? Pensei que haviam desistido...

- Não desistiram - Disse Alcyon - Mas as terras onde os demônios adormecidos estão permanecem povoadas, estão sendo vigiados com constância por famílias de sentinelas guerreiros a comando dos reis Christopher, Alfonso, Christian, Leeteuk, Kyunhyun e Siwon. Nossa prioridade agora é manter Minseok a salvo, o inimigo quer levá-lo, não podemos permitir – disse o rei – Até o alinhamento, não podemos fazer mais nada além disso, um confronto direto com o inimigo só traria perdas élficas desnecessárias, ficaremos em ordem de defesa e combate se formos atacados, mas não iremos atrás deles. O que tinha a me dizer? – O pai perguntou querendo dar por terminada a conversa.

– É sobre os dháfyrus também, Minseok andou observando o comportamento de Torrefee depois que ela foi ferida na ilha e com base no que Tao e Suho disseram, ele acha que Torrefee está se transformando em um deles – Luhan falou. O pai o olhou surpreso, como haviam deixado este detalhe escapar? As desconfianças de Minseok tinham fundamentos, não era algo comum porque o veneno também matava logo suas vítimas, mas era possível.

– Ele disse isso?

– Não – Luhan respondeu um pouco envergonhado por causa da forma pela qual havia descoberto - Sem querer li sua mente, ele estava tão nervoso que os pensamentos praticamente gritavam, ele não sabe que eu sei. Também não sabe que eu sei que ele acha que a única coisa que pode salvar a ninfa é a magia de renascimento, por tudo o que ela sofreu.

– Precisamos avaliar Torrefee com calma, em relação aos dois casos, talvez não seja necessário o uso desta magia.

– Ela é perigosa?

– Não. É complicada e assusta – disse o pai.

– Dois problemas – Luhan respirou profundamente, fechou os olhos, sentia a visão confusa, cansada.

– Este é um. Qual é o outro? – O pai perguntou procurando seu olhar e logo Luhan abriu os olhos olhando nos olhos do pai.

– Minseok está sendo envenenado – disse Luhan e explicou ao pai o que havia descoberto esta manhã – O que me deixa mais preocupado é o fato de que inúmeros sábios o examinam com constância e nem um deles descobriu nada.

– Tem a amostra do creme? – o rei perguntou. Luhan levou uma mão ao bolso do casaco da farda acadêmica que ainda usava, retirou dele o frasco com o creme e o entregou ao pai – Amanhã pela manhã levaremos Minseok, Torrefee e a amostra para que teus tios examinem – ele disse, referia-se a Siwon e Melanie, com a ajuda do Cérebro do Universo eles conseguiriam detectar tudo o que se passava com Minseok e Torrefee.

 

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Alcyon e Belinda entraram em contato com os pais de Minseok, contaram-lhes o que havia acontecido, Oberon e Selena concordaram com a decisão que eles haviam tomado, por enquanto Minseok não deveria retornar à Academia nem deixar o castelo mesmo que fosse para visitar os jardins terrestres.

Luhan permaneceu com Minsoek no quarto enquanto ele dormia, jantou no quarto e depois se deitou ao lado do ômega que acordou por volta das dez horas nesta noite, estava desorientado e preocupado com Heechul e Jade, foi um custo acalmá-lo e fazê-lo entender que os dois estavam bem, que poderia vê-los em alguns dias e agradecer por tudo o que haviam feito.

- Como eles estão...? Preciso vê-los Luhan, Heechul estava muito machucado... – Minseok insistiu mais uma vez ainda sentado na cama, esperava pelo jantar que as ninfas estavam trazendo.

- Os verá em alguns dias, eles estão bem meu amor – Luhan respondeu ao abraçá-lo – Estão com a família, nossos pais já conversaram com os pais deles, eles sabem que você precisa se recuperar, o bebê...

- Aconteceu alguma coisa com o bebê? – Minseok o interrompeu preocupado afastando-se para olhá-lo nos olhos.

- Ele está bem, mas se continuar preocupado assim passará para ele toda sua energia nervosa – o alfa respondeu com um sorriso sincero e Minseok respirou profundamente como se emergisse de um longo mergulho, sabia que Luhan não estava mentindo apenas para acalmá-lo, podia sentir isso através do elo que os unia. Tentou se acalmar, pelo filho.

Alcyon e Belinda retornaram ao quarto do ômega ao mesmo tempo em que uma das ninfas que ajudavam na cozinha trazia a refeição do ômega. Rei e rainha explicaram a Minseok o que havia acontecido, o que os havia atacado.

- Como está se sentindo? – Belinda perguntou ao se sentar na cama ao lado do ômega.

- Estou bem – disse Minseok - Estou apenas preocupado com Jade e Heechul, quero vê-los, agradecer pelo que fizeram, por que me trouxeram para o castelo antes que eu acordasse? – ergueu os olhos para olhar nos olhos do rei.

- Luhan não explicou? – o rei perguntou confuso.

- Explicou sim, mas preciso falar com eles, deviam me trazer apenas depois que eu acordasse, preciso agradecê-los...

- Precisa descansar Minseok, você foi ferido pelo dháfyrus...

- Heechul está pior, como ele está? – Minseok interrompeu o rei, mais uma vez se desesperando.

- Ele está bem agora, está com os pais assim como Jade.

- Eu fui tão burro não percebendo o perigo – Minseok se culpou – Preciso agradecê-los... – insistiu.

- Precisa se cuidar, por Hiperion. Lembra? – Luhan o interrompeu - Fará isso assim que se recuperar. Eu prometi. Precisa ficar deitado e descansar.

- Estou bem, estou cansado de descansar, quero levantar.

- Vai levantar em breve – disse Luhan.

- Minseok – O rei chamou a atenção do ômega - Andei conversando com os reis continentais, com teus pais, concordamos que você não deve voltar à Academia por estes dias – disse Alcyon. Os olhos de Minseok se abriram em descrença, abriu a boca para dizer algo, estava confuso, deixar a Academia significava que os mais poderosos guerreiros de Arcadhy não eram mais capazes de lhe defender, que o inimigo ganhava terreno em suas investidas.

- Querem que eu fique como antes? Preso no castelo? Por favor, não tirem isso de mim... – ele disse com os olhos marejados – Majestade, por favor, converse com eles, converse com meus pais, eu prometo evitar as caminhadas que tanto amo, mas não me tirem da Academia... – ele implorou.

- Pensamos em mandá-lo ao nosso castelo de inverno, lá será tão seguro quanto este castelo foi seguro quando você chegou aqui. Lá estará seguro da sombra que paira sobre nosso castelo e sobre as propriedades da Academia, com certeza estão em sua busca e muitos outros virão em breve – disse o rei e Minseok arregalou os olhos chocado.

- Querem me deixar trancado em uma gaiola novamente? – sentia-se um lixo, devia estar acostumado com isso, mas estes meses em Trinyon o fizeram se sentir em paz por um tempo, ilusão pensar que poderia permanecer como estava até que viesse o eclipse. Ilusão. Luhan se aproximou da cama e se sentou ao seu lado abraçando-o.

- Quando meu pai se reunir com eles vou estar junto, vou pedir por você, vamos dar um jeito – disse Luhan – Serei teu protetor – ele sorriu e o ômega olhou em seus olhos esperançoso, o rei e a rainha se olharam, um sorriso discreto brotando em seus lábios, eram assim também em sua juventude, nos momentos mais difíceis. Pediriam por Minseok, por Luhan, para que não os separassem.

Em sua tristeza Minsoek não se esqueceu de Torrefee, preocupado com a ninfa contou ao rei o que desconfiava que estivesse acontecendo com sua amada ninfa.

O rei não querendo dizer que o filho já havia lhe dito sobre o assunto, falou ao ômega que marcaria uma hora com Siwon e Melanie para que a ninfa fosse examinada com calma, deixaria que Luhan explicasse ao ômega o que havia descoberto e como havia descoberto, o filho havia lhe pedido isso.

Minseok estava ansioso, nervoso, não conseguia comer, pediu a Luhan que colocasse a bandeja com comida que estava ao seu lado na cama sobre a mesa de estudos, tentaria depois com mais calma, para ele não havia mais escolha, a magia de ressurreição era a única forma que havia da ninfa voltar a ser quem era de verdade.

- Meu pai e meus tios podem ajudar, mas a magia e os rituais necessários para isso choca as criaturas muitas vezes – Minseok disse.

- Vamos esperar um pouco – Alcyon pediu – Vamos procurar uma segunda saída para Torrefee...

- Não há outra saída majestade, o eclipse vai demorar muito e nem Yixing, D.O. ou eu poderemos curá-la antes disso...

- Primeiro Siwon e Melanie a examinarão, depois conversarei com teu pai, teus tios e os pais da ninfa, se eles concordarem conversaremos com ela, mas conto com você para convencê-la caso os pais aceitem, ela confia em você Minseok – disse Alcyon, Minseok ficou menos preocupado, esperava que todos concordassem com a execução da única magia que poderia salvar Torrefee neste caso.

Ouviram sons de conversas vindas de fora do quarto e logo duas babás entraram, pareciam preocupadas, uma delas trazia Lyo em seus braços. Lyo chorava sem parar, preocupada Belinda o recebeu.

- Mais uma vez majestade, hoje é a terceira vez que ele acorda chorando assim – disse uma das babás preocupada olhando nos olhos da rainha.

- Olharam no berço, não havia nem um inseto, nada...? – a rainha estava muito preocupada, não era somente Lyo que acordava por estes dias chorando com pesadelos, todos os bebês que moravam no castelo acordavam da mesma forma há alguns dias, os bebês das ninfas que moravam no castelo, que ficavam na torre de seus apartamentos com suas famílias enquanto elas trabalhavam, todas as mães estavam preocupadas.

- O que está acontecendo? – Minseok perguntou preocupado estendendo os braços para o bebê que se esticou em direção a ele. A rainha se aproximou e entregou Lyo para Minseok – Vem bebê – disse o ômega. O bebê aceitou seu colo, Minseok sorriu, estava grande, completaria mais uma primavera em poucos meses, a segunda de sua vida. O bebê se enroscou no pescoço do ômega se sentindo seguro, protegido.

- O que aconteceu? – Luhan reforçou a pergunta enquanto Alcyon se aproximava da cama para ver o filho.

- Acordou assustado mais uma vez – disse uma das babás – Não creio que seja um simples pesadelo majestade – ela disse convicta - É estranho, ele e os bebês das criadas tem acordado assustados há alguns dias... Os bebês que visitam o castelo também como Amora, Vydda e Enzo. Todos estão passando pelo mesmo quando vêem ao castelo para as aulas com os príncipes.

- Desde que aquilo entrou no castelo – disse Alcyon pensativo.

- Sim – Belinda concordou. Se referiam ao que havia atravessado o portal no peito de D.O. – Devemos ser vigilantes, não sabemos do que tal criatura é capaz e até termos uma forma de capturá-la ou expulsá-la do castelo devemos ser cuidadosos...

- Majestade, o que são estas manchas nos braços de Lyo? Há nas pernas também... – Minseok perguntou observando a pele do bebê com mais calma, a rainha se aproximou, ainda não havia visto.

- Parecem queimaduras – ela disse chocada passando as mãos sobre os bracinhos do bebê que ainda estavam em volta do pescoço do ômega.

- Elas não estavam ai quando o trouxemos majestade – disse uma das babás, estava confusa. Colocaram Lyo deitado sobre a cama e tiraram-lhe a roupinha, o corpinho de Lyo estava todo marcado com manchas vermelhas e inflamadas.

- Não estavam visíveis, mas estavam aqui – disse Minseok – Acho que minha magia as tornou visíveis. A criatura está atacando as crianças majestade – Minseok concluiu chocado – Por isso estão acordando assustados, não são pesadelos...

 

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Era cedo da manhã em Atlas quando os pais de Yixing receberam uma chamada inesperada, sem que fizessem nada a tela do imenso computador no salão de reuniões no castelo onde os dois se encontravam com alguns sábios e conselheiros foi ligado e nele apareceu uma imagem que os deixou chocados, confusos, ansiosos. Era Suho, o jovem príncipe estava dentro de um imenso tanque transparente com águas, estava ligado a uma máquina exposta na placa que ficava sobre ele por inúmeros fios. Exibia sua forma aquática, estava desacordado. O coração de Bey se encheu de alegrias vendo o filho do outro lado da tela e pela primeira vez conseguiu sentir que ele estava vivo. Mas seria realmente ele?

O foco da tela mudou e em seguida o rosto de Urano a preencheu.

- Saudações velhos amigos – ele disse do outro lado – Como podem ver tenho em mãos algo precioso que devem desejar ter de volta – sorriu com cinismo.

- Seu miserável, o que fez com ele? - Kyuhyun disse nervoso.

- Calma, precisamos negociar com calma – Urano manteve o sorriso nos lábios.

- Não temos o que negociar, devolva meu filho agora, ou se arrependerá de tudo o que fez a ele e Yixing...

- Sim. Yixing. Este é o ponto onde quero chegar – Disse Urano o interrompendo novamente – Lembre-se que não está em posição de exigir nada velho amigo.

- Insultas a palavra “amigo” dizendo-a assim...

- Quer Suho de volta? – Urano o cortou – O jovem príncipe tritão não suportará por mais tempo aprisionado dentro deste tanque, sei que por mais que seja aquático ele precisa respirar o oxigênio daqui de fora e deixar com que suas pernas se movimentem por algumas horas em alguns dias, precisa se alimentar também... Acho que não o estou alimentando corretamente. Ouça o que eu digo. Dê-me Yixing, ele será tratado como um rei, eu lhes devolvo Suho, não preciso dele, poderão passar o resto de suas vidas juntos nas masmorras no subsolo deste castelo que em breve será meu lar.

- Estás louco? - Kyuhyun perguntou sem saber o que fazer, Urano tinha seu filho e queria o outro em troca deste. O que poderia fazer.

- Pense bem Kyuhyun - Volto a me comunicar com vocês em breve. Cuidarei de Suho muito bem neste meio tempo, espero que pensem com cuidado nos prós da negociação, Suho não me servirá de nada, se não desejarem sua troca por Yixing posso me desfazer dele sem remorso algum. Estava pensando em transformá-lo em um de meus híbridos, o que acha? – Sorriu sem piedade alguma de Bey que se desfazia em lágrimas silenciosas ao lado do consorte. Ah! Ele era seu amigo de infância, como poderia ter imaginado que ele se transformaria em um traidor da pior espécie? - Posso fazê-lo esquecer a amada família que tem e transformá-lo em uma arma de guerra, o que acha? – Urano continuou - Até mais velhos amigos, volto a me comunicar com vocês em breve – Urano finalizou a chamada e o monitor apagou.

 Bey não conseguiu dizer nada, apenas sentia que seu filho precisava dela mais do que tudo naquele momento, não suportaria perdê-lo, não sabia o que fazer, não sabia se sentia alívio ou não, não poderia dar Yixing em troca de Suho, não poderia dividir seu coração desta forma, abraçou o consorte e chorou antes que ele pensasse em fazer qualquer coisa.  Kyuhyun lhe deu seus braços, seus ombros, Urano pagaria por cada lágrima derramada de sua amada ninfa, pagaria. Pagaria por machucar seus filhos.

Kyuhyun sabia que Tao e Suho estavam há algum tempo tentando encontrar o esconderijo do inimigo no planeta pois eles sabiam que o inimigo tinha uma sede em Arcadhy, e agora o filho estava preso nele, teriam que ver com Tao e sua equipe se suas buscas haviam conseguido fazer algum progresso, se não, ele mesmo o ajudaria a encontrar.

 



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