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História Estrelas Perdidas - A Ordem da Rosa


Escrita por: AnaCosta

Notas do Autor


Bom dia Estrelinhas!

Vejam o desenrolar da conversa entre Luhan e Minseok e conheçam também um pouco sobre a Ordem da Rosa.

Perdoem pelo erros, sei que são muitos, mas revisei ontem à noite, quando os olhos ficam bem confusos kkkkkkkk, tentei postar mas a energia estava caindo muito e não consegui. Ah! Quero aproveitar e agradecer pelas visualizações e desejar as boas vindas aos novos leitores. Volto no próximo sábado!

Beijinhos a todos, leiam e divirtam-se.

(^.^)

Capítulo 60 - A Ordem da Rosa


Fanfic / Fanfiction Estrelas Perdidas - A Ordem da Rosa

 

Quarta-feira. 24 de Janeiro do ano do Criador...

 

Inverno...

 

Minseok olhou nos olhos do alfa, pensou em desistir de falar, mas não haveria oportunidade melhor do que aquela, precisavam deixar tudo muito claro o quanto antes, suas visões do futuro eram confusas ainda, mas ele sentia que algo muito ruim estava por vir, não demoraria.

— Mas é verdade Luhan, não podemos negar, não podemos mais ignorar... Eu não vou permanecer com você e nosso filho...

— Eu não vou ficar aqui sem você... — Luhan o interrompeu mais uma vez, sabia que precisava encarar a verdade de frente, mas porque ela doía tanto sendo dita assim? Ele sabia que ela doeria muito sendo dita de qualquer forma. Parou, respirou fundo. Sabia que este dia chegaria, ansiava que o ômega lhe contasse tudo há muito tempo. Que Minseok falasse.

— No penúltimo ano, quando estive em cativeiro, a única coisa na qual eu conseguia pensar além de fugir era no teu rosto, tinha medo de ir e não te ver mais, tinha medo em pensar que Hiperion não tivesse a chance de nascer — ele revelou, Luhan o olhou chocado – Tem que me prometer Luhan, que ficará e cuidará dele como faríamos se estivéssemos juntos...

— Você não vai nos deixar, eu o proíbo está me ouvindo? – Luhan falou consternado segurando o rosto de Minseok com as duas mãos, diamantes rolavam por sua face – Não vai, ainda temos Beibey, se lembra? Tens a obrigação de trazê-la ao mundo, quero meus quatro filhos Minseok, quero você comigo, quero você conosco – ele falou ao abraçar o ômega desesperado.

— Não conheço meu destino Luhan... — O ômega o abraçou também e insistiu em falar o que Luhan já sabia em parte, mas que agora não fazia mais diferença, ele daria um jeito de manter Minseok consigo e seu filho, ele faria seu próprio destino e nele estavam Minseok e seus filhos, mas sabia que desabafar fazia bem, por isso o ouviria — Sei que sabe muito de minha missão agora, e isso é quase tudo. Sei que você sabe que eu sonhei com as naves que deveriam ser feitas para uma possível fuga em massa de nosso povo, daqui para as estrelas... Depois de ter tido várias visões do futuro, visões confusas com imensas naves, correrias e ataques ao nosso povo, um anjo, uma luz passou a se encontrar em sonhos comigo. Nos encontrávamos em um monte muito alto onde ele me mostrava e falava como tudo deveria ser feito, às vezes eram pequenas frases e eu acordava, às vezes eu via um protótipo do modelo que deveria ser seguido, contava tudo aos sábios e reis e juntos fomos montando o quebra-cabeça. Em relação às doze portadoras da luz eu tive visões mais claras, elas tem a missão de continuar depois que os ômegas não conseguirem mais na cura do planeta, mas será mais leve para elas, nós ômegas reconstruiremos as estruturas do planeta, seu núcleo, suas bases, recolocaremos as águas dos rios e mares, assim como  as terras e montanhas, tudo em seu devido lugar, como é agora, elas reconstruirão o ornamento, deixando nossa terra perfeita fixando a beleza da natureza assim como a vemos hoje, curarão as espécies das quais já temos um par de cada para a possível viagem nas naves...

— As venderemos baratinho para o turismo intergaláctico em breve, garanto que dezenas de imperadores em todas as galáxias irão querer ter uma – Luhan falou fazendo Minseok sorrir, mas Luhan estava sério. Minseok amava o otimismo de seu alfa, o fazia ter esperanças também, mas ele como sempre, deveria ser realista. Respirou fundo, Luhan lhe deixou continuar.

— Elas, as doze luzes serão como os ômegas depois disto, como pilares de sustentação, cada uma para seu continente, em seguida, elfos e ninfas adultos reconstruirão nossos prédios, casas, castelos... Tudo o que for destruído nas investidas do inimigo — Minseok se calou, sobre as luzes era o que precisava dizer, mas Luhan sabia que havia outros assuntos a serem abordados.

— O que mais tem feito meu amor, por todos nós às escondidas? Dou graças ao Criador por tua peregrinação entre as estrelas ter acabado...

— Uma missão a menos – Minseok sorriu novamente.

— Sim. E esta dor nos lábios?

— Eu sempre fiz isso, quando preciso, não sempre, fiz muitas vezes nos castelos de meus pais onde estive escondido, mas aqui comecei ha pouco tempo. Me ajoelho e recito os poemas sagrados do Grande Livro da Vida. Sete poemas por dia, como um ciclo, do primeiro do livro ate o ultimo e depois novamente. Às vezes faço antes de tomar banho, antes do lanche da tarde e antes de dormir.

— Nunca percebi — Luhan o interrompeu curioso.

— Sou discreto, faço no quarto quando te expulso de lá – desta vez foi Luhan quem sorriu, pois lembrou-se de algumas vezes em que o ômega tentava lhe expulsar do quarto e ele ficava sem querer sair.

— Me desculpe, eu não facilitei as coisas, não foi? – ele pediu.

— Tudo bem, eu sempre consegui – Minseok o acompanhou no sorriso e Luhan se calou para ouvir mais, o ômega percebeu – Recitar sete dos 300 Poemas Sagrados por dia são o suficiente.

— Suficiente para o quê? O que eles fazem exatamente...?

— Não somente eles, mas a combinação de minha voz com os poemas. Eles fecham portais e eu os uso para isso também, afastam demônios e este é meu objetivo principal agora, afugentar as sombras que se escondem dentro do Castelo do Sol...

— Por que não me disse antes? — Luhan perguntou ao se afastar do ômega para olhá-lo nos olhos.

— Me perdoa? Prometo não esconder mais nada de ti, mesmo que seja para o teu próprio bem — Minseok pediu com os olhinhos brilhando.

— Tudo bem. Contanto que não me esconda mais nada. Promete?

— Prometo — Minseok respondeu. Sabia que seria difícil aprender a partilhar estes assuntos com o alfa, mas tentaria exercitar seu lado mais fofoqueiro para agradá-lo.

— E estes portais? — Luhan perguntou, Minseok compreendeu.

— Portais que ligam o reino sombrio do inimigo do Criador a Arcadhy, eles tem se multiplicado muito nos últimos dois meses, por todo o planeta, estes portais não trazem nada concreto ainda, apenas os que nunca andaram sobre a terra, demônios sem matéria, mas que podem matar, eles chegam aqui e tem perturbado todos o que são como D.O. todos os que tem a mesma sensibilidade que ele, e tem sugado ou possuído inúmeros elfos ao redor do planeta obrigando-os a fazer atrocidades perdendo assim a sua alma.

— Demônios como o que perturbou o irmão de Aisha?

— Sim.

— Há quanto tempo está fazendo isso?

— Há pouco tempo e o resultado é quase satisfatório, consigo com minha voz alcançar uma grande área no planeta e assim ajudar a muitos como D.O., elfos e ninfas que tem problemas com os desencarnados que não querem partir e ficam fazendo coisas ruins com os vivos depois de muitos anos, os Arautos assim como Kendra e Constantiny e os sábios estão se encarregando dos lugares onde não posso alcançar. Quando eu recito os poemas e eles chegam a lugares onde não há mais demônios a solta, minha voz fecha todos os portais de determinada região, mas eles acabam sendo abertos dias depois e eu os fecho novamente e novamente... Os demônios ficam furiosos, como a sombra que paira nas propriedades do castelo e tentam me combater de alguma forma, tentam me calar para que eu não recite mais os poemas, seu ódio vem a mim de forma que fere minha boca – Minseok respondeu deixando Luhan aflito, puxando-o e abrindo sua boca pra olhar.

— Eu estou bem agora – disse o ômega assim que conseguiu tirar as mãos de Luhan de sua boca — Tua mãe e os sábios de teu pai sempre fecham as feridas assim que podem, não precisa ficar com nojo.

— Não estou com nojo - Luhan o interrompeu – estou preocupado – ele o repreendeu.

— Desculpa.

— Será assim todos os dias?

— Não há previsão de quanto tempo demore, pode demorar até que venha o Endoênio ou que eles desistam de reabrir os portais espirituais, mas não creio que eles desistam disso, é algo mais discreto, como o inimigo está acostumado a agir — Minseok respondeu e Luhan respirou fundo, estava confuso com todas as revelações. Se encostou novamente no banco, puxou Minseok para seus braços e pediu a ele que continuasse – Eu não nasci para permanecer Luhan. Nasci com um propósito e só para isso, o Criador sabia que sua criação seria tentada, que o filho rebelado tentaria nos destruir novamente, por isso prometeu uma luz para a continuação de nossa espécie. Eu sou esta luz. Quando eu vim para Trinyon, vim para minha proteção ate que o momento exato chegasse, não vim com a idéia de encontra um alfa ou eterno, te encontrar como meu eterno nunca foi meu objetivo, embora já desconfiasse por visões confusas que havia tido, por causa do rosto de Hiperion. Somente o castelo de teu pai era seguro o suficiente para me abrigar. Vim por minha missão e ela sempre foi o sacrifício pelo bem de todos, para isto os ômegas nasceram ha muito tempo atrás e eu não estaria indo longe disso me sacrificando para que todos os outros fiquem, é o que eu devo fazer. Eu nunca quis ir, seria perfeito permanecer contigo todos os nossos dez mil anos e depois partirmos juntos como nossos antepassados, mas não tenho escolhas, apenas o Criador pode permitir que eu fique depois que tudo acabar. Eu te amo e amo nosso filho... — ele disse quando percebeu que Luhan o acariciava delicadamente no ventre e algumas pedrinhas de diamante caíam sobre ele, Minseok as recolheu — Se eu tiver que ir para que ele, você e todos os outros permaneçam, para que fiquem bem. Eu vou — ele continuou e Luhan o apertou ainda mais em seus braços — Eu nunca quis explodir como aquelas criaturas que se explodem por causas políticas em alguns planetas, por seus jogos políticos e depois colocam a culpa no Criador alegando que tudo o que querem é paz... Eu quero ficar contigo... Com nossos filhos, com todos... Mas se não tiver outro jeito, e não há, tenho que ir...

— Daremos um jeito, cuidaremos juntos de nossos filhos... Daremos um jeito — Luhan falou tentando se controlar. Tinha que ter muita calma enquanto Minseok se doava por todos, se ajoelhava por alguns minutos a cada dia, não mais que meia hora e recitava sete dos 300 poemas sagrados do Grande Livro da Vida, poemas específicos, os que se repetiam nos Livros da Vida de cada planeta.

Sendo descendente daqueles que dominam as artes e espalham os dons das artes pelo universo, recitando versos específicos Minseok mantinha o equilíbrio e a harmonia do planeta, expulsando os demônios, fechando os portais para o submundo, protegendo o planeta como um campo de força invisível mesmo que o planeta já tivesse sido invadido em algumas partes. Sua voz combatendo o mal, o mal o atingindo diretamente, forçando-se para machucá-lo fisicamente, a cada palavra pronunciada uma nova ferida se abria em sua boca para torturá-lo, para impedi-lo, mas ele não desistiria, Belinda e os sábios com o dom da cura o curariam sempre no fim de cada evento, mesmo assim, alguns sintomas permaneciam torturando-o.

 

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Era madrugada em Jazrahá, terra dos senhores das criaturas, os que dominam e controlam toda a fauna do planeta, terra da agricultura, de onde saiam para o resto do planeta os melhores grãos, terra de Heechul.

Os relógios daquela parte do continente soaram as três badaladas da madrugada e sete portais se abriram em Évora, uma ilha em particular pertencente às forças armadas dos doze reis de Arcadhy. Évora era severamente protegida por um exército especial à parte conhecido como “A Ordem da Rosa”, formado por elfos com dons extraordinários para executar a missão que lhes foi confiada ao longo de milênios. No subsolo de Évora, debaixo de um grande templo erguido ao Criador jazia o corpo intacto daquele que desejava voltar. Gornothy. Seu corpo não havia sido destruído ao longo dos milênios que se passaram desde sua derrota, seu mestre o protegera para que ele um dia pudesse voltar, nada o deteriorava, nem a água, nem o fogo, nada o consumia.

Foi decidido pelos doze reis da época em que ele fora derrotado que aquele era o lugar mais seguro para que seus servos não o resgatassem, pois o lugar era impenetrável pelas forças do mal, era solo sagrado. O mal não entrava e Gornothy não saia. Uma guarda milenar foi criada, a Ordem da Rosa, da qual faziam parte em segredo de todos os mais jovens, Kris, Suho, Tao, Chanyeol e Chen, além de muitos outros que vieram ao longo dos milênios. Cada um em uma área específica. Kris e Chen, entre outros ocupavam um dos postos mais perigosos, tinham contato direto com o corpo do demônio que desejava voltar.

Sempre atento, Chen fazia sua ronda, por sua competência e poderes especiais havia sido escolhido para este cargo há três anos atrás. Verificou mais uma vez a imensa urna onde estava o corpo de Gornothy. O perverso elfo não mudara nada em milênios, quem não o conhecesse diria que era a versão masculina de “A Bela Adormecida” por sua tão extraordinária beleza, a pele pálida por não ser tocada pela luz do sol há muito tempo parecia leitosa e mantinha a superfície de alguns pontos ainda corada assim como a face e os lábios, os longos e lisos cabelos loiros haviam parado de crescer com sua morte, mas brilhavam como ouro. Ah! Pobre daquele que se deixasse enganar por tal bela criatura. Era podre por dentro, em vida não tinha piedade, matava por diversão, seus súditos eram números sem importância e se queria soldados ou mais escravos élfico apenas ordenava à população que procriasse para seus propósitos. Pobres daqueles que se atreviam a contrariá-lo, em sua época dizimou cidades inteiras para alcançar seus propósitos, governou Arcadhy em um regime de escravidão, eram todos igualmente pobres, todos igualmente miseráveis, apenas seus mais fiéis aliados, sua elite escolhida se diferenciava, vivia no luxo, na opulência, até que os justos se ergueram para lutar.

Chen fez a volta na urna, verificou mais uma vez se estava lacrada como sempre, confirmando se dirigiu à parede transparente que os separava de um lugar mais seguro do que aquele, quem freqüentava aquela cripta sentia-se muitas vezes mal, dores no corpo, febres, tonturas, enjôos, desconfortos. O corpo de Gornothy mesmo sem vida sugava quem se atrevesse a entrar ali, mas Chen não, o elfo se mostrara imune às investidas do corpo que descansava dentro da urna.

Gornothy roubava dos outros para se manter conectado ao mundo atual, para seguir suas mentes quando deixasse aquele lugar, para espionar e foi em um destes dias, bem antes que Chen assumisse este posto que seu espírito se libertou do mundo espiritual, se libertou daquela prisão de cristal onde estava trancafiado para vagar pelo mundo concreto e alcançar lugares mais distantes se projetando onde queria ir, para que sua mente espionasse o ômega que tanto desejava, para vigiá-lo, para remoer seu ódio pelo príncipe da terra e do sol, para conquistar mais seguidores, para planejar sua vingança.

A porta transparente da cripta se abriu para que ele saísse e se fechou quando ele pôs os pés para fora, em alguns minutos terminaria seu turno e ele poderia voltar para o confortável apartamento no setor familiar da base militar onde Avril sempre o esperava. Em alguns minutos seria substituído. Ele deixou a sala que circulava a cripta, entrando em um elevador subiu para o primeiro andar, se despediu de seus superiores que daquela sala monitoravam a cripta e seguiu por um imenso corredor encontrando-se no caminho com o amigo leal que o substituiria, Hanthor, um companheiro precioso e honrado, membro da mais alta patente da Ordem da Rosa. Deu boa noite, se despediu.

Chen pegou sua moto flutuante e subindo nela deixou a base, pilotar era um de seus passatempos preferidos, um dos poucos que ainda costumava praticar quando estavam em dias críticos na base, haviam sido atacados duas vezes no ultimo mês, investidas tímidas do inimigo e nada lhe tirava da cabeça que aquelas investidas eram apenas o aperitivo para algo maior.

Chen amava pilotar, amava sentir o vento batendo em seu rosto enquanto cortava a noite iluminada, pilotaria até o condomínio onde ficavam hospedados os que trabalhavam na base, eles e suas respectivas famílias. Era um condomínio de luxo, com todo o conforto de um lar como em qualquer parte das cidades do reino. Chen havia tentado deixar sua consorte aos cuidados dos pais em seu continente neste ultimo mês, pois temia colocá-la em perigo, mas Avril se negara categoricamente, o seguiria onde quer que ele fosse, estaria com ele onde quer que ele estivesse e de alguma forma, mesmo sentindo-se egoísta por isso Chen gostava de voltar para os braços de sua amada depois de um dia cansativo de trabalho, ele sentia como se ao estar ao lado dela estivesse sempre em casa.

No momento em que ele chegava ao condomínio que ficava perto de um imenso lago e da base militar veio a primeira explosão, perto e tão forte que lançou para longe o veículo que ele pilotava. Quando ele se percebeu no solo, sangrando e machucado, mesmo zonzo pelo impacto se levantou rápido e correu para longe do veículo que pegava fogo e logo explodiu lançando-o mais uma vez para outra parte da estrada.

Estendido em um canto da pista ele respirou fundo de olhos fechados tentando buscar equilíbrio para se reerguer, sentou-se. Ele sabia o que estava acontecendo, ele sabia o que eles queriam. Procurou pelo comunicador de pulso, ligou, ainda funcionava, conseguiu ligar para o templo para avisar que reforçassem a segurança, desligou o comunicador e desviou rapidamente rolando pelo chão antes de ser atingido pela lâmina da espada de um feroz skrull que o havia alcançado. O inimigo não desistiu e investiu novamente contra ele.

Chen não trazia consigo espadas, não era sua especialidade e por um descuido por ainda se sentir zonzo o inimigo o acertou no braço fazendo-o sangrar ainda mais. Quando o guerreiro conseguiu se recompor fechou novamente seus olhos e quando os abriu, deles saíram uma luz tão forte e tão clara, como um raio em direção à criatura das trevas que o perseguia e o exterminou como cinzas depois do fogo.

Mesmo desorientado Chen conseguiu correr em direção à base, tinha a velocidade dos ventos nos pés, mas preferiu levantar vôo no meio do caminho e do alto ele viu a segunda explosão vinda do condomínio onde ficavam as famílias dos militares, outras explosões se sucederam a esta, ele pode ver skrulls e elfos guerreiros entrando em combate e ele sabia que os elfos que estavam em combate eram capazes de conter a invasão e manter o condomínio a salvo, ele mesmo havia ensinado a Avril como se defender, havia no subsolo do condomínio esconderijos, abrigos para uma possível invasão e em cada apartamento havia uma passagem para ele, certamente ninfas e crianças já haviam sido enviadas para o subterrâneo, Avril ficaria bem, ele sabia que o ataque ao condomínio era apenas uma distração.

Chen voou em direção ao templo, o verdadeiro alvo daqueles que atacavam, era sua função, sua obrigação, mas sua mente não deixara de viajar para o local onde estava sua amada, se conectou com ela através da ainda recente ligação, sentiu, ela estava bem, poderia fazer sem preocupações o que tinha que fazer.

Quando ele chegou ao templo uma batalha já se estendia por toda a base, por toda a região nos arredores do templo, centenas de skrulls forçavam passagem para seu interior, não havia licantros nem vampiros entre eles, o que era de se estranhar, skrulls eram violentos mas não eram inteligentes.

Chen não pensou duas vezes, usou sua Semente de Portal, uma poderosa arma desenvolvida por Tao para o inimigo, porém sabotando as que lhe foram entregues e entregando as que realmente funcionavam a Alcyon e seus aliados.

O artefato era do tamanho de uma semente de ameixa acoplado a uma pulseira no braço esquerdo e acionado por um toque em um lugar estratégico seu portador era transportado para a coordenada indicada. A semente de Chen sempre indicava o interior do templo.

Chen foi reaparecer no térreo da torre central, era ali o mais perto que qualquer Semente de Portal conseguia ir. Rápido Chen correu para o subsolo onde ficava a cripta com o corpo de Gornothy, pois lá dentro nenhum portal funcionava. A decepção, a descrença, e o terror se apoderaram de Chen. Aquele que o substituíra em seu posto estava lá, o amigo fiel em quem confiaria a própria vida. O traidor.

Ninguém tinha permissão para se aproximar do domo de cristal que ficava ao redor da cripta, apenas Chen por suportar seus efeitos. Ninguém além dele fazia isso, tendo Chen feito isso uma vez no dia não havia mais necessidades, por que então ele estaria lá? Hanthor, o amigo. Ele ultrapassou facilmente a porta do domo pois o domo o reconhecia como um daqueles que o protegiam e que poderiam o ultrapassar, se desejasse.

Hanthor se aproximou do enorme caixão de cristal onde o corpo de Gornothy repousava e tocando-o seu olhar se encontrou com o de Chen, sorriu para o amigo enganado e desapareceu levando consigo o corpo do inimigo. Os olhos de Chen se arregalam ao máximo, como fora possível que um portal funcionasse dentro do domo? O inimigo estava mais forte, mais esperto , mais poderoso. Mais um amigo seduzido pelo mal.

Quantos mais haveriam?

 

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O traidor se materializou em um suntuoso salão, a urna com o corpo de Gornothy foi imediatamente colocado sobre um altar. Hanthor foi recebido com entusiasmo por Urano e por outro que ele chamou de Janus, o que era possuído pelo espírito de seu mestre quase sempre, mas eles sabiam que o mestre não habitava nele agora, Janus estava como um zumbi, uma casca viva mas vazia, seu espírito estava preso em algum lugar de sua mente e logo, logo Gornothy habitaria aquela casca mais uma vez, assim que voltasse de sua incursão, de suas horas espionando o ômega que tanto desejava. Três belas ninfas de pele escura estavam ao lado da grande porta do salão, seus rostos expressavam medo, terror, viam tudo assustadas, conheciam os dois lados da guerra muito bem agora, para Alex, Minseok era seu amigo íntimo.

— Thaís, Alex, Elora. Cuidem bem dele, assim como desejam que cuidemos de vosso rei – Disse Janus automaticamente antes de deixar o salão acompanhado por Hanthor e Urano, deixando as três ninfas que mais do que antes sentiam o ambiente de seu amado e sempre alegre castelo no continente de Castella se tornar sombrio, sufocante.

Há alguns dias Castella havia caído, havia sido dominada, há alguns dias Alex não voltava à Academia, seu pai havia sido encarcerado e para não ver sua mãe e sua irmã menor serem espancadas com freqüência a jovem princesa concordara em fazer tudo o que lhe fosse ordenado.

Os três elfos se dirigiram a outro salão onde havia um trono e nele Janus se assentou, Gornothy não demoraria a voltar e gostava de ter a sensação de estar assentado ao trono, isso lhe transmitia um pouco de todo o poder que teria em suas mãos em breve. Janus era o Primeiro Sábio do rei Lázaro, o Primeiro Ministro. Seu mais fiel conselheiro e braço direito. Sua mente não era fraca, nem seu coração sombrio, mas Gornothy era poderoso demais e dominando parte do reino, dominara também a mente do sábio que mesmo tentando lutar contra a força do que tentava voltar, havia perdido sua batalha interna.

O rei Lázaro havia sido dominado, pego de surpresa e agora era mantido em cárcere privado no subsolo de seu próprio castelo, sua consorte e filhas serviam como escravas aos caprichos do mal, sob a ameaça de nunca mais verem seu rei vivo novamente. Os skrulls haviam se espalhado por todo reino aterrorizando e escravizando o povo de forma tão sutil que os onze reis do planeta não desconfiavam, eles sabiam sobre o portal em Castela, mas haviam trabalhado juntos para isolá-lo, porém o inimigo viera de outra parte, com poderes extraordinários vindo das estrelas, as mesmas estrelas que abençoavam aquela terra.

Castella havia caído e sobre o continente havia sido erguido uma barreira impenetrável, mas as aparências ainda eram mantidas quando o rei Lázaro era solicitado a alguma reunião com os outros reis continentais, ninguém desconfiava de nada, por isso, seria difícil deduzir para onde o corpo de Gornothy havia sido levado.

Capturar Minseok seria o próximo passo do inimigo.



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