História One Shot - Eu nunca te disse antes... (NarutoSasukeItachi) - Eu nunca te disse antes..

– O Itachi??
–...Eu nunca te disse antes, mas...

Sasuke travou. Um calafrio percorreu seu pescoço:
– Não me diga que você e o Itachi...

– Sasuke-kun! Não me olhe assim... Tanto quanto eu, você sabe como o Itachi era... interessante. É natural que uma garota olhe para ele... Eu sei, eu sei, eu sou a Sua garota agora. Olhe pra mim.

A contragosto, Sasuke virou-se para ela, sentando na cama inconformado. Com os pés no chão, abaixou o rosto, e com as mãos na cabeça, lembrou-se mais uma vez do irmão... “Até agora?”, pensou.

O maior amor de sua vida era também o seu grande rival... Nenhuma garota podia ocupar em seu coração o lugar de Itachi. Um Shinobi perfeito, diziam. Aos 13 anos já era Capitão na ANBU. E ele, o caçula, o que tinha feito com a mesma idade?
Engaiolado, pensando nele. No irmão, é claro. Não conseguia lembrar-se de um único dia em que não ficara para trás; mas ainda agora teria que superar um Itachi inatingível? Uma amargura percorreu lhe o peito, e quis sair dali.
“Até a minha garota, Itachi?"

Enquanto Naruto ganhava experiência, por onde eu andei? Refletiu. Correndo atrás de poder, atrás de vingança, atrás de você, Itachi, e eu quis a todo custo te matar, sem saber de nada, sem querer saber de nada, da verdade por trás de Konoha. Mas você, Itachi... Você sabia. Não consigo perdoar. "Ele sabia", lembrou com amargura. Mas Itachi sempre sabia de tudo. Era bonito e maduro para a idade, inteligente e gentil. Não era à toa que fosse o preferido do pai.
Mas Sasuke nunca havia pensado nas garotas... Até nisso, até agora, ele nunca seria páreo para o irmão?!
Uchiha Sasuke lembrava-se bem de todo o resto. Coincidentemente as memórias que mais lhe causavam dor eram também as mais vivas em sua lembrança. Lembrava-se de tudo da infância, e também de como perdera tudo. A raiva percorreu-lhe as entranhas. Raiva de Itachi. Raiva de Konoha. Sasuke não podia lembrar-se de tudo que passou sem sentir um desejo enorme de fugir dali...

            Sasuke ainda lembrava-se de como os pais saíam para reuniões com os Uchiha mais velhos , e ele ficava chorando e atirando kunais pelas portas, tentando correr atrás deles... Sasuke devia ter mais ou menos 3 anos a primeira vez que ficara impressionado com o irmão mais velho: Itachi parava todas as kunais, shurikens, facas e brinquedos que Sasuke eventualmente acabava jogando em seu ataque de fúria contra os pais, e nunca errava uma.
Um a um, ele acertava em pleno ar todos os objetos com suas kunais de estilo próprio, "sempre treinando"... Tudo nele era personalizado e perfeito, e até os lugares em que ele passava ficavam com “ar de Uchiha”. Era o orgulho do Clã. "Itachi..." Sasuke era criança, mas lembra-se mais dessa época do que de todo o treinamento nos esconderijos de Orochimaru. “Não é estranho?”, pensava ele às vezes. Foi durante esses primeiros treinos com Itachi que pensou pela primeira vez que era impossível ser tão bom, ou que o irmão pudesse ser assim aos 6 anos!  A diferença entre os dois não era normaol: sempre fora a mesma de um abismo. Itachi parecia uma pintura. Um herói saído de filme, e naquela época Sasuke achava mesmo que ele era, visto que Itachi era realmente assim tão bom e também muito parecido com um ator conhecido...

                 – Sakura! Por que... Porque agora!?

Ele era simplesmente impressionante, o Itachi! Foi assim por toda a vida. Surpreendeu quando estava morto, e agora esquecido surpreendia novamente! Sua garota!

No final, sobraram apenas lembranças dos dois irmãos, sorrindo e brincando, e Sasuke não queria mais pensar nelas. Naqueles dias, ele não conseguiria nem imaginar o destino que os aguardava... Seus dias com Itachi eram felizes, a única verdadeira felicidade que conheceu, ele e o irmão querido, que o amava, e a quem ele amava mais do que seus próprios pais, e não havia traços neles dos shinobis frios que se tornariam um dia. Isso até... Itachi ser promovido, é claro. A Ne. ANBU raíz. Foi lá que nele tudo mudou.

Depois de entrar para a Ne, Itachi tornou-se sombrio e distante, e aos 11 anos começou a participar das reuniões do clã. As únicas crianças que não eram proibidas de se juntar aos mais velhos eram ele e seu melhor amigo, Shisui, o Shunshin de Konoha com aquele Sharingan lendário. Juntos, formavam um par de deuses. Seria impossível que alguém atacasse a Vila naquela época, Sasuke sabia agora. Esse privilégio acabou afastando Itachi não só do irmão, mas dos amigos, e já não saía com ninguém. Algo estranho acontecia entre ele e Shisui também... Era estranho pensar que havia alguma garota, mas fazia sentido... Sasuke era tão obcecado por ultrapassar Itachi que sequer pensou em garotas até completar 16 anos... Toda a vida, Sasuke foi obrigado a espelhar-se no irmão e a correr para alcançá-lo em tamanho, força e velocidade, sem falar na precisão, e ele só tinha olhos para Itachi e sua superioridade invencível. O irmão, sendo naturalmente bom em tudo, com certeza teria tempo livre para... Sakura. Seus pais nunca haviam lhe dado a devida atenção, e depois até Itachi começou a ignorá-lo. Não, agora até sua namorada o ignorava para lembrar-se de Itachi! Ah, se ele não tivesse entrado para a ANBU, então nada disso teria acontecido, e ambos os irmãos nunca teriam se odiado, disso Sasuke tinha certeza! Ao pensar nisso, lembrou-se do destino de Danzou, e sentiu-se quase feliz e satisfeito; um sorriso escapou em seu rosto.

– Sasuke. Eu sei que você também amava seu irmão. Não tenha inveja ou ciúmes do Itachi. Ele já se foi...  Só nós dois podemos contar sua história agora... E eu não tenho mais ninguém com quem lembrar-me dele... E sou a única que o conheceu tão bem quanto você.

                Ela disse isso sorrindo, mas um fio de choro cortava sua voz.

-Ainda me lembro do cheiro do cabelo dele... E de como o Itachi era forte, mas carinhoso comigo. Ele nunca falou ou fez nada errado... Isso deve te irritar bastante – Disse ela, sorrindo enigmaticamente e segurando Sasuke pelo antebraço.
             Até ali, naquela parte insignificante do corpo, o último dos Uchiha que tinha na sua frente era musculoso, e ela podia sentir suas veias saltadas mesmo sem olhar. Ela sabia que o segurava apenas com palavras. Mesmo sendo uma kunoichi talentosa, não poderia forçá-lo nem se quisesse. Mas o toque no braço macio de Sasuke quase a fez esquecer por um instante de Itachi. Ele era forte e viril, cheio de energia, impetuoso, e estava vivo. E Sakura queria que ele soubesse disso.

– Você e eu, Sasuke-kun, foi ele quem nos uniu... – E sorriu apaixonadamente, olhando para ele. Então disse:

– Itachi-san era tão bondoso. Ele nunca me abandonou. – Disse ela, desviando o olhar.

Sasuke olhava para Sakura sem entender nada! Afinal, divagava sobre ele ou o irmão!? “Essa garota sempre foi meio maluca ou é impressão?”.  Ele havia desistido das lembranças de quando era criança. Causavam muita dor. Sasuke tinha jurado se esquecer dele!

Poucas pessoas, com exceção talvez do Kakashi, e do irritante do Naruto, ninguém mais falava do Itachi... E ainda assim tão calorosamente... essas palavras doces... não, ninguém falava assim do Itachi. Ninguém mais o conhecia tão bem, disso Sasuke sabia. Era estranho sentir isso junto a ela, mas era bom poder sentir-se bem com isso... Muitas vezes parecia um crime que ele gostasse do irmão, e ele também sentia-se culpado por tudo que acontecera. Afinal, fora por causa dele que Itachi dera fim a todo o seu clã: para que seu irmãozinho sobrevivesse.

Se ao menos, depois de tudo, tivesse forçado Itachi a falar! Se não fosse tão teimoso, talvez naquele dia ele pudesse... Talvez quando ainda era tempo! “Antes de matá-lo...”, pensou, e então Sasuke quis muito chorar. A dor era imensa, a saudade era ainda maior. Sentia falta do seu Grande Rival, do Inalcançável Itachi. Sentia falta do que não tiveram, e até do que quase teve com ele. Sentia apenas falta... Queria dividir algo com seu irmão mais velho, algo que pudessem amar juntos, queria dividir tudo com Itachi, mas já não sobrara nada além de Konoha. Um único lugar no mundo, apenas lembranças de um passado distante, e mais nada. Não havia nada, a não ser as memórias da sua infância, durante a noite, quando pegava-se divagando se iria ter filhos e se iria contar a eles tudo que passaram juntos os dois últimos Uchiha de Konoha, ou se a ferida da saudade jamais se cicatrizaria, e então ele ficaria para sempre impedido de lembrar... Sim, era difícil até mesmo lembrar-se de Itachi, e ele não sabia o quanto iria suportar ouvir de Sakura aquelas palavras.

–Sakura, por que isso agora? Me fala! 
Repetiu ele.

No fim não sobrara nada que pudesse compartilhar com Itachi, mas a garota à sua frente de repente confessava que conhecera o irmão quase melhor do que ele! Convivera com seu irmão, mais do que isso, ela o amara... Deve ter ouvido seus pensamentos mais íntimos, e deve tê-lo beijado e talvez se deitado com ele um dia... Não, não podia, eram muito novos... Mas aquele Itachi! Sempre conseguia o que queria, e sempre fora precoce em tudo que fizera... E a vida dos ninjas começava cedo, porque também acabava muito cedo. Será que os dois... Não era impossível que Sakura tivesse idade para tanto. Pensando bem, ela também era madura para a idade, e alguns meses mais velha que Sasuke, então se ela tivesse já 15 anos e isso tudo tivesse acontecido no ano em que Itachi partiu... Eram anos de muitos acontecimentos em Konoha, sua entrada na Academia Ninja, o talento desenfreado do irmão, o assassinato dos Uchiha... Sobrava pouco espaço para se preocupar com o amor. E quanto a isso... Bom, Sakura sempre fora resoluta em seu amor por ele, desde a Academia Ninja. Será que desde aquela época... Por causa de Itachi... Não... Não podia acreditar nisso.

Sasuke revirava-se por dentro. Num misto de querer ouvir mais e de também nunca mais voltar a vê-la, ele não sabia se sentia raiva ou amor pela pequena ninja à sua frente. O irmão a teria amado? Era tão delicada... Era linda. Como podia ser que suas mãos fossem tão fortes, sendo tão frágeis, ele não sabia. Se talvez o irmão a tivesse ensinado alguma coisa, isso explicaria o controle excepcional que Sakura possuía de seu chakra ao entrar na Academia Ninja, e que no fim a levaria a ser discípula de Tsunade. Mas antes que ele pudesse continuar a pensar, Ela continuava a falar, e a revirar-lhe o estômago.

Ciúmes, Inveja, ódio e rancor, mas Sasuke estava entregue, e não podia pará-la. Sua obsessão pelo irmão era ainda maior que a raiva que sentia de tudo isso. Sempre foi assim, e agora Sasuke teve certeza de que o seria sempre. Itachi era mesmo o que os unia a todos, pensou.

– Eu ainda me lembro do cabelo compridinho dele – ela riu, e continuou. – Lembro-me de como caía pelo rosto, ele ficava tão irritado com aquilo, mas nunca quis cortar... Seu irmão sempre foi um mar de contradições, Sasuke-kun. Sempre quis te falar. A culpa não foi sua.
Ele lutou também pelo bem de Konoha, e por mim... Por tudo que conhecemos hoje. Itachi protegeu o lugar para onde podemos voltar, todos nós. Ele é um verdadeiro herói.

                Aquela foi a gota d’água. Sasuke não podia aguentar mais, mas algo o segurava ali. Mantinha a atenção presa como um ímã às palavras de Sakura, atento à parte em que ela diria ser tudo mentira, e em parte querendo que fosse tudo verdade, ele não sabia. Sabia somente que queria saber mais sobre Itachi, mesmo que doesse mais que a própria vida. Ele era o guardião das suas memórias, e tudo que pudesse ter ou ouvir sobre o irmão, assim o faria. Sakura não sabia, naquele momento, que o havia agarrado para Sempre, e que depois daquele instante Sasuke nunca mais sairia de perto dela.

– Itachi era tão seguro de si. Tão parecido com você, Sasuke-kun. Em tudo... Os olhos, você tem os olhos dele...
Sasuke congelou. – Seu jeito cool... o mistério junto à cavalo, afinal vocês são demais... Ninjas impecáveis. Só o seu cabelo, mais curto e mais claro que o dele... Não fique bravo comigo. Não estou reclamando, e eu te amo porque vocês são pessoas diferentes. Eu posso imaginar o que está sentindo... Eu nunca te contei antes, eu não tive coragem. Mas sei o que está pensando.

Ela parou. Olhava de forma tímida, insegura com a revelação, mas era de tal forma penetrante, parecia que a qualquer momento diria as palavras que Sasuke mantinha em pensamento, em segredo até para si mesmo, mas o coração de Uchiha Sasuke ansiava por mais, ele gritava “eu te amo tanto por isso!, me conte mais!!!, conte-me tudo que se lembrar do Itachi, me conte como ele te amava, então eu poderei odiá-los juntos, mas obrigada por isso! Obrigada por me dar mais do meu irmão!”, mas ele não disse nada, nem ela. Se poderia ou não saber o que se passava na mente de Sasuke, Sakura guardou para si.

– Você quer saber como aconteceu. Quer saber onde eu conheci o Itachi, onde íamos juntos... Fez uma pausa e sua expressão mudou. Bom, continuou a garota, tudo acabou de qualquer forma quando ele se juntou à ANBU.

O olhar de Sakura pela primeira vez desde que mencionara o nome de Itachi ficou opaco e distante. Por esse mesmo motivo Sasuke não a matou ali mesmo, de ódio e rancor, porque sabia que seu amor pelo irmão fora genuíno, e não apenas uma brincadeira de mau gosto de Haruno.

–Sabe, e Sakura voltou a falar "por Deus, ela voltou a falar", Itachi ficou tão distante, deve ter sido assim com você também... Eu não posso imaginar o que seja isso para um irmão. Sendo uma namorada, eu até desconfiei que tivesse outra; ele já não me encontrava mais, e pensei que estava saindo com alguém da ANBU, uma ninja mais velha, mais bonita... mas eu soube depois que os membros da NE não podem se envolver. Sakura parou de falar, então suspirou, e disse: – Ele me protegeu. 

Seu olhar agora se tornara hostil como o de uma onça, "é quase perigoso", Sasuke pensou, rindo. Sakura era tão fofa.

– Itachi-san... Não queria me ter refém do Danzou.

Sasuke voltou a querer matá-la. Itachi, Itachi, Itachi-san... Só se falava no Itachi! Primeiro, o modo como falou dele, com o mesmo brilho de quando ia atrás de Sasuke seguindo os rastros de Kabuto, junto ao Naruto e todo o time... Parecia mentira (não queria acreditar, mas agora sabia que era a pura verdade), e ainda a menção ao nome de Danzou o enchia de ódio mais que qualquer coisa no mundo, o modo como ele matou e manipulou tudo que era vivo ao seu redor, e como usara os ninjas da ANBU em proveito próprio... a memória de tudo isso enchia Sasuke de nojo e mal estar. Quantos Itachis tiveram sua vida destruída por ele? Não suportava esse nome, e menos ainda que sua mulher falasse com tanta intimidade sobre seu irmão... Sakura viu os punhos de Sasuke cerrando e se apertando contra o colchão.

– Sasuke-kun, seu irmão... Itachi-san... Era mesmo um ninja brilhante. Ele nos defendeu a todos, e não nos desamparou. Sou grata a ele, e não me faça nunca esquecer o que ele me deixou, todas as boas lembranças, e de quando... De quando... Dormimos juntos a primeira vez, disso nunca vou esquecer. Acho que fui a primeira dele também. Não sei se ele teve outras depois de mim, juntando-se à Akatsuki e tudo mais... eu também não fiquei esperando por ele. Mas o que teve por mim foi verdadeiro, ele me amou, Sasuke-kun, o que tivemos foi forte e verdadeiro.

                Sasuke estava a ponto de desmaiar de raiva, mas também de excitação, e pensar que por um momento pensou em esquecer-se de tudo que vivera com o irmão! Não conseguia parar de se culpar, e não sabia o que pensar da esposa, guardando segredo tão grande por tanto tempo.

Sakura olhou fundo nos olhos de Sasuke, desculpando-se em silêncio. Rápida, disparou a falar, arrependida de tudo que revelara até ali, mas que inevitavelmente a levara a esse momento...

– Sim... Itachi e eu... nos amávamos muito. Eu vivi tudo que eu pude com ele, como se eu soubesse que acabaria cedo, mais cedo do que eu tinha idade para lembrar... Sakura sorriu. "Ele era mesmo perfeito, Sasuke-kun. A não ser..."

                Sasuke travou novamente. Os pés enraizados ao chão, ele estava impossibilitado de fazer qualquer movimento, Haruno Sakura havia imobilizado o ninja mais esguio e completo de Konoha, a não ser talvez pelo Hokage, e somente com palavras. Sasuke desconhecia se Sakura possuía qualquer espécie de Genjutsu.

– A não ser talvez pelo seu irmão mais novo...

Sasuke ouvia, paralisado, tendo de se lembrar de como respirar novamente.

-Sasuke-kun. Você era o único defeito do Itachi. E ele sabia disso. E eu te amo porque, diferente dele, você voltou. Diferente do Itachi, você não me abandonou até que deixasse a vila para seguir atrás dele. E isso eu pude perdoar em você... Eu quase fiz a mesma coisa quando você partiu... Mas eu não pude perdoar no Itachi que ele tivesse me deixado para entrar no mundo obscuro da Ne! Ele estava em Konoha, esteve ao meu lado, mas partiu! Mas você... você não... Sasuke. Você não me deixou enquanto esteve comigo...  eu...

  – Eu amei muito o seu irmão. Não consigo esquecer como ele era carinhoso, e do seu cabelo comprido caindo no meu rosto, ah, Itachi-san... – Ela riu novamente, mas chorava. Sasuke achou aquilo tudo muito estranho, e não sabia o que pensar. Estava imóvel.

– Hoje acho que ele fez tudo de propósito... ele queria que eu esperasse por você, Sasuke-kun. Não, no fundo, Itachi-san sabia... ele sabia que eu olharia para você.

–  Ele sempre soube quem você se tornaria um dia. Que você o superaria com o tempo. Você tem amigos que quase morreram para te salvar, você ajudou a salvar a Vila, você e o Naruto são os maiores heróis que Konoha já viu, e eu não me surpreenderia se fosse você o Hokage...

– Mas foi o Itachi quem te preparou para superá-lo. Não se esqueça se disso, Itachi nos deu tudo que temos. Você tem até mesmo a mulher que foi dele um dia. Itachi-san... Ele... Ele nunca nos abandonou realmente. Ele foi tão bom com a gente. Ele nos deu mesmo tudo. Sakura sorria, mas estava triste. – Ele nos salvou, e protegeu o lugar para onde podemos voltar, e nos preparou um futuro em Konoha!

Houve um silêncio. E então...

– Sasuke-kun, não me deixe nunca esquecer do Itachi!  Eu te amo tanto! Prometa-me... prometa que também nunca o esquecerá, e então eu nunca mais toco no assunto!

E beijando-o, Sakura teve um último pensamento aquela noite...

“Itachi... você... Deixou até mesmo um irmão que eu pudesse amar. Arigatô.”