História Eu sonhei... - Sonho 1- A Princesa e o Cavaleiro

Foi a primeira vez que a vi num sonho. Ela era uma princesa, literalmente. Estávamos correndo no jardim dos fundos de um grande castelo branco. Era cheio de janelas estreitas e detalhes dourados, simplesmente incrível.

Porém, a coisa mais incrível naquele lugar era ela.

- Duvido que me pegue! –eu a ouvi gritar enquanto corria para uma colina alta.

Eu a segui. Com a luz do sol se pondo, seus cabelos castanhos pareciam dourados, a voz dela era doce e cheia de alegria. Quando ela desceu a colina, tropeçou e rolou na grama.

Corri atrás dela, para ver se ela havia se machucado, mas tropecei também. Eu a ouvi rir enquanto eu rolava. Abri os olhos e me deparei com os dela, eram cor-de-mel.

-Perdoe-me, alteza... –estava prestes a me levantar quando ela segurou meu rosto entre as mãos e sorriu, corando.

- Não precisas de meu perdão. Acalma-te, cavaleiro, não há ninguém por perto.

Senti-me relaxado. Eu sentia que a amava, mas tinha medo por ela ser uma princesa e eu apenas um cavaleiro. Porém, ali, só havíamos nós. Acariciei seu rosto, seu cabelo longo e a beijei.

(...)

Eu não o conhecia. Foi o primeiro sonho que tive com ele, mas eu sentia que o conhecia. Ele era um cavaleiro, de verdade. Estávamos nos jardins de um grande castelo de mármore e havia tantas flores... o tempo estava aberto e o sol se pondo. Brincávamos de pega-pega, e era a vez dele.

- Duvido que me pegue! –eu gritei enquanto corria para uma colina. Ele me seguiu.

Os cabelos loiros dele pareciam feitos de ouro, e o traje de couro, blusa branca e botas, combinava com seu jeito sério. Mas eu conseguia fazer com que ele brincasse.

Estava tão distraída que só percebi a pedra quando tropecei nela e caí. Rolei na grama colina à baixo e ri do meu próprio tombo, ao chegar na parte mais baixa da colina olhei para cima e vi meu cavaleiro tropeçar e sair rolando quando veio para ver se eu estava bem, ri mais ainda.

Então ele caiu parou cima de mim e abriu os olhos, aqueles lindos olhos castanhos.

- Perdoe-me, Alteza –ele tentou levantar, mas eu segurei o rosto dele entre minhas mãos. Senti meu rosto corar e sorri.

- Não precisas de meu perdão. Acalma-te, cavaleiro, não há ninguém por perto.

Ele suspirou e eu pude sentir seus músculos relaxarem, eu sabia que ele tinha medo de ser visto naquela situação comigo, já que não era da realeza também, mas eu não ligava pra isso. Eu o amava.

Senti as mãos dele acariciarem meu rosto, depois meus cabelos, fechei os olhos e os lábios dele tocaram os meus.